segunda-feira, 29 de agosto de 2016


Não confunda o médium com a entidade


A importância do cambone no terreiro

Os perigos e consequências da mediunidade mal orientada



Os perigos e consequências da mediunidade mal orientada

A falta de doutrina e de comprometimento que existe, em muitas casas espiritualistas, coloca em risco a saúde física e psicológica dos médiuns.
Para se ter ideia, há casas que iniciam qualquer pessoa que tenha vontade em trabalhos de desenvolvimento mediúnico de incorporação.
E as pessoas que começam a frequentar os trabalhos, por não terem a menor noção do que é certo ou errado, se submetem.
Na verdade, existem casos em que a mediunidade de incorporação nunca vai se manifestar porque o médium deverá desenvolver outras formas de mediunidade.
Consequentemente, tentando fazer incorporar quem não deve, surgem atrapalhações de toda ordem.
A mediunidade deve ser desenvolvida de forma progressiva e individualizada, e o bom desenvolvimento do corpo mediúnico depende muito da firmeza e da competência do chefe encarnado do grupo e do espírito dirigente dos trabalhos.
Na Terra, a esfera material das diversas formas de religião é conduzida pelos encarnados, o que inclui a organização das casas, a orientação das pessoas e até a redação dos textos que explicam os fenômenos espirituais.
É justamente por se tratar de “coisa de humanos” que a religião muitas vezes é deturpada.
Se os espíritos de luz pudessem atuar sozinhos, várias situações inoportunas deixariam de acontecer.
Mas os trabalhos religiosos na Terra precisam da união do plano físico e do espiritual.
Sem o fluido vital dos médiuns, não é possível para os espíritos atuar em nosso nível vibratório. Daí a grande importância dos médiuns e também da assistência nos trabalhos religiosos.
Quando um dirigente religioso, independente da linha em que trabalhe, se deixa envolver pelo ego, passa a acreditar que é dono da verdade e, o que é ainda pior, que é dono das pessoas sua mente se fecha para as orientações do plano espiritual que deveriam orientar sua conduta, porque sua vontade passa a ser mais importante.
Quando o chefe dos trabalhos “se perde”, os espíritos não compactuam com os erros cometidos, mas respeitam o livre-arbítrio de todos. Ficam à parte, aguardando que a situação se modifique para novamente poderem trabalhar com seus médiuns.
As pessoas não ficam desamparadas, mas os espíritos não compactuam com o ego. Há trabalhos que, irresponsavelmente, surgem em função da vontade que têm algumas pessoas de dirigirem grupos. Se uma pessoa resolve iniciar uma sessão, a responsabilidade é dela. Os seus protetores não vão puni-la por isso, mas toda a carga que surge em função dos trabalhos vai ser também responsabilidade dela.
Surgem, em função disso, muitas complicações, para quem dirige e para quem é dirigido. Portanto, não bastando atrapalhar a si mesmo, o chefe deverá arcar com as consequências do que provoca para o corpo mediúnico de sua casa.
O mesmo vale para quem decide que vai prestar “atendimentos espirituais” ou outros tipos de “trabalho” relacionados, sem as devidas proteções que só uma casa, com os devidos calços, pode ter.
Toda aplicação do dom mediúnico deve estar sobre a proteção de uma corrente espiritual e de uma chefia realmente capacitada.
Infelizmente, em muitas casas sem boa direção espiritual, exerce-se o hábito de desenvolver a mediunidade em pessoas obssediadas, causando-lhes desequilíbrios ainda piores do que a própria obsessão.
São pessoas que, estando claramente doentes, são levadas a abrirem seus canais de mediunidade, irresponsavelmente, a fim de supostamente se curarem.
A pessoa perturbada chega nos trabalhos e é aconselhada a desenvolver… porque tem mediunidade. Deveria procurar entender o que acontece consigo, através da doutrina, e não sair procurando um lugar para “desenvolver”. Situações como essa, ocorrem devido ao pouco conhecimento doutrinário dos dirigentes das casas e até dos médiuns que dão consultas, acreditando que estão falando pelos espíritos.
A mediunidade perturbada pela obsessão não merece incentivo. No aspecto patológico, existem aqueles que, por desequilíbrios neurológicos, se comportam como vítimas de processos obsessivos. Nestes casos, também é inoportuno o desenvolvimento das faculdades mediúnicas.
Mentores espirituais de casas honestas cuidam de tratar desses processos obsessivos até que os fenômenos cessem, e o enfermo, curado, possa retomar suas atividades normais e, quem sabe, desenvolver sua mediunidade.
Tudo está muito bem, se o médium está preparado, saudável e consciente de que desenvolver a mediunidade é o que realmente deseja e de que realmente precisa. Por outro lado, se a pessoa está desequilibrada, doente, desenvolvendo algo que nem sabe exatamente o que é, possuir um canal aberto será algo muito perigoso. Em ambos os casos, haverá a possibilidade da comunicação com o mundo dos espíritos, e um médium despreparado não vai saber identificar, nem filtrar, mensagens boas de mensagens oriundas de espíritos obsessões.
Por isso, desenvolver a mediunidade em quem não está preparado permite que as obsessões se manifestam pelo canal mediúnico que foi aberto, ocasionando demências em diferentes graus.
A mediunidade não é causadora da enfermidade ou da loucura. É o seu desenvolvimento indevido que permite que um espírito obsessor dela se utilize para instalar, na mente de sua vítima, a enfermidade mental.
Pensar na mediunidade como causa desses distúrbios seria o mesmo que culpar a porta de uma casa pela entrada do ladrão. A porta foi somente o meio ou a via de acesso utilizada para a realização do furto, por negligência e desatenção do dono da casa.
Precisamos também conhecer a fadiga mediúnica. O exercício da mediunidade provoca perda de fluidos vitais do corpo do médium e tende a esgotar os seus campos energéticos. Por isso os dirigentes capacitados dedicam especial atenção e cuidado para com os médiuns iniciantes.
É comum encontrar médiuns desequilibrados, atuando em grupos espiritualistas, onde incluem-se até mesmo os brandos trabalhos de mesa kardecistas. Em alguns casos, o descontrole psíquico pode levar o indivíduo à loucura, principalmente no caso das pessoas predispostas ao desequilíbrio. Convém que o dirigente espiritual esteja atento à conduta dos médiuns, para perceber indícios de anormalidade.
Mediunidade é uma atividade psíquica séria, e a ela só devem se dedicar pessoas que se disponham a ter conduta religiosa, ou seja, uma moral sadia e hábitos disciplinados.
A prática da mediunidade em obsediados é capaz de produzir a loucura. A irresponsabilidade e incompetência de dirigentes nos critérios de admissão e instrução de seus trabalhadores pode culminar em demência. Basta imaginar a situação em que uma pessoa obsediada é submetida a entidades hipócritas.
É fácil imaginar que se estabelecerá um processo de fascinação que pode culminar em demência.
Lembremos que a humildade, a dedicação, a paciência e a renúncia são os caminhos do crescimento mediúnico. O orgulho e os maus espíritos são seus obstáculos.
A mediunidade, assim como todos os dons, possui dois lados. Se, por um lado, é fonte de abençoadas alegrias; por outro, pode ser também de profundas decepções. Mas isso nunca deve ser motivo para que alguém desista de desenvolver a sua mediunidade, de cumprir a sua missão, pois ela é simples e gratificante na vida das pessoas que a abraçam como missão de serviço nas legiões do Grande Pai Oxalá.
Por Jorge Menezes

A felicidade


 
              
 
“A felicidade, dizem estar na esquina, outros dizem que mora ao lado. Pois voz digo queridos e amados irmãos da Terra, que está no íntimo de cada ser, de cada um de vós. Já dissemos isso outras vezes, mas parecem não acreditar. Por isso voltamos a repetir.
Olhe para seu interior, reveja seus conceitos e os analise e compare se estão em acordo com as Leis Divinas, se estão em acordo com os ensinamentos deixados por Jesus.
A felicidade tem vários significados para cada um, dependendo das circunstâncias. A felicidade para quem está endividado é acertar na loteria, mas vos garanto que o dinheiro acaba e a dívida antiga só aumentará.
Ainda assim é um meio externo de buscar a felicidade. Quando você acha que a encontrou, esta foge por entre os dedos. Daí vê-se que não era felicidade e sim ilusão. Aí é um pouco tarde, pois oportunidade de ouro foi perdida.
A felicidade maior, verdadeira, duradoura, vem de pequenas coisas, como um estender de mãos ofertando auxílio, colocando à serviço do próximo, nem que seja para carregar, por algumas quadras, uma sacola de feira de uma senhora com o corpo cansado.
A felicidade consiste no caminhar leve do espírito que carrega consigo o sentimento de dever cumprido, sabendo que há muito mais ainda a fazer.
Temos vários exemplos no plano de vocês, inclusive irmãos que ao aportarem do lado de cá, continuam ansiosos por continuar a servir.
Deixem essas prisões que cada dia mais vocês se trancam, saia do seu mundinho dito seguro e vá ler uma historinha num orfanato, vá trocar bandagens de curativos dos velhinhos nos asilos, vá pintar o muro da escola onde seu pequeno estuda.
Enfim, trabalho há muito e por várias áreas, o que nunca para de crescer é o número de vagas esperando serem ocupadas por espíritos empreendedores, guerreiros e dedicados.
Jesus quando habitou a Terra, não media esforços para levar a palavra de Deus a todos os cantos. Atravessou desertos, passou fome, e tudo isso para levar conhecimento e a palavra de Deus aos seus irmãos e filhos.
Você não precisa deste sacrifício todo. Apenas Ele, Jesus, é que teve condições de suportar. Sua tarefa é mais simples, não menos honrosa nem livre de desafios.
O desafio maior ainda é deixarmos o orgulho, a vaidade e a mesquinhez de lado para levar um pouco de luz a quem se acha na escuridão. Outra coisa que não é hábito do ser-humano, é colocar-se na condição do semelhante. Hoje você tem a sua fartura e o outro não. Quem garante que isto não possa se inverter e ser você o necessitado?
Mas ao auxiliar não pense assim. Pense apenas no amor incondicional. Sinta o desejo simples de apenas ajudar. Jesus disse certa vez: “Fazendo ao pobre, ao humilde, estarás fazendo a mim”.
Portanto, não vamos decepcionar o Mestre dos Mestres. Vamos unir nossos corações em uníssono e levar o Planeta Azul à evolução, mesmo que tardiamente.
Vamos todos caminhar juntos, para que juntos possamos evoluir e reconstruir essa família linda chamada HUMANIDADE!
Com a Luz que nos recebestes esta noite, os deixamos.
Seguiremos agora em caravana à outras paragens de auxílio de conhecimento.
                          
Mensagem canalizada pelo irmão Valério em: 26/08/2013

A bagagem que carregamos


 
A bagagem que carregamos.

 

            Olá caríssimos.

            Como espíritos que somos, eternos fomos criados. Não nos é possível e/ou permitido saber a nossa idade espiritual, uma vez que a mesma é contada diferentemente do nosso plano. Aqui contamos cronologicamente. Na espiritualidade o tempo/espaço é diferente…mas isso é outro assunto.

            Felizmente ou infelizmente, o fato é que somos tão antigos quanto (talvez) a Mãe Terra, este orbe maravilhoso que nos abriga como lar temporário.

            Muitos de nós já habitamos as “diversas moradas de Meu Pai” e, ao longo de nossa caminhada, através do acúmulo de erros e acertos nos encontramos aqui. E com a bagagem que aqui, também, vamos deixando e levando partiremos um dia para um outro “lar”, independentemente do tipo de bagagem que carregamos dentro de nós.

            Há muito se fala que nosso orbe passa por uma fase de transição, deixando de ser um mundo de provas e expiações para ser um mundo de regeneração. Você pode acreditar nisso ou não, pois é um direito seu. Eu acredito.

            Se somos “criados à imagem e semelhança de Deus”, como cita determinado Livro Sagrado, carregamos assim a Centelha Divina, ou seja, um pedaço do Deus Pai em nosso íntimo. Portanto nada mais justo que o Deus que habita em mim, seja exteriorizado através do auxílio ao próximo, do amor, do respeito, do bom dia (boa tarde ou boa noite), do muito obrigado, do por favor, do trabalho caritativo, a começar nos respeitando, tratando e procurando conviver bem entre os que habitam o mesmo teto e levando isso para mais além. Tudo isso é ação! Para isso acontecer eu já pensei, eu já senti, eu vibrei. Com isso eu aglutinei ao meu redor energias positivas que me envolvem e interagem com os demais. Essa interação é algo fantástico, pois quando direcionamos essas ações às pessoas, elas também se sentirão tocadas e com isso também devolverão o mesmo sentimento, a mesma energia. Assim já são dois criando um campo energético maior. Agora nós dois vamos levando isso para mais dois, que levarão para mais dois, para mais dois e assim por diante. Chegando ao ponto de criar toda uma cadeia energética que se mantida ao longo do tempo, acaba por envolver nosso globo, interagindo assim com a energia do planeta, que absorvera toda essa vibração. Resumindo é nossa contribuição para que a Terra deixe de ser um mundo de prova e expiação para ser um mundo novo de regeneração. Não está na oração “...seja feita a Vossa Vontade, assim na Terra como no céu”? No céu (espiritualidade) isso já ocorre, resta apenas fazermos com que se instale o reino dos Céus na Terra. É óbvio também que escrevendo e lendo é fácil. Na prática é complicado. Na contramão disso há espíritos que possuem outra opinião, não partilham do mesmo pensamento e desejam, sequiosos, que a Terra continue no caos e/ou piore ainda mais para que estes espíritos possam continuar a habitar esta morada. Não querem que o ser-humano evolua, impedindo assim a evolução de nosso planeta.

            Felizmente há algo chamado “Justiça Divina”, que não permitirá que este retrocesso ocorra. Tudo e todos foram criados para evoluir. Evoluir é imperativo. É Lei. Uns o fazem mais rapidamente, outros nem tanto, mas o fato é que independentemente da velocidade a evolução ocorre, tanto aqui quanto em qualquer outro lugar onde o poder de Deus alcance.

            Se gostamos tanto do nosso planeta, se inconformamo-nos com muitas das coisas que estão ocorrendo, voz digo:

            - Primeiro que faz parte de todo um processo já calculado e projetado pelo Divino, pela Justiça Sideral. “Ah, então Deus é o responsável por toda essa violência descontrolada?” Não. Não é. Isso é reação desesperada daqueles que não querem essa evolução, e os mais suscetíveis aceitam sua irradiação (outro assunto). Por isso é importante continuarmos orando, nos vigiando e vibramos o Bem, se quisermos sermos merecedores de permanecer neste mundo e vê-lo evoluir e fazer parte disso tudo. Não. Não é para dizermos amém à tudo, absorver que é parte de um processo evolutivo e ficarmos apáticos. Mas sim, voltarmos os nossos olhos para nosso interior, nos modificando e perguntando-nos: Como posso contribuir para que se “instale” o “Reino do Céus na Terra”?

            - E segundo. Se desejamos alcançarmos mundo evoluídos, mais que a Terra, corra, o tempo está passando e podemos perder a oportunidade, novamente. O tempo urge!

            O momento de decidir de que lado ficaremos é agora.

            Que bagagem, que contribuição você quer deixar para o novo mundo? E que bagagem e experiências quer levar daqui para onde vai?

            Embora estejamos todos conectados, esta escolha é individual. Cabe apenas a cada um.

            Bom resto de semana a todos e sejamos felizes com as escolhas que fizermos.

            Saravá! Axé! Namastê! Amém! Assalamu Alaikum! Paz e Luz! Om Shanti! Om Mani Padme Hum! Om Santhya! Shalom! Om Namo Naraya Naya!
Texto escrito pelo irmão - Valério Ruan em 21/08/2013.

O grande banquete


 
 
Unamo-nos em prol da Evolução Humana. Em prol da Evolução de nosso Planeta, Cultura e Espécie.

              Desde há muito fala-se sobre batalhas sobre o bem e o mal.

            Desde há muito o ser-humano luta para impor ao seu semelhante que sua religião é a verdadeira. É a única que traz a verdade. Condena o irmão, condena sua crença, fé e religião.

            Todos são uníssonos em dizer que Deus é um só, mas na pratica isso não ocorre.

            Vimos recentemente, quase que todos os dias, irmãos de várias vertentes religiosas mais preocupados em abocanhar espaço na área política ao invés de se voltarem aos seus ensinamentos e/ou aos seus fiéis.

            Assim como é triste também vermos irmãos incumbidos de missões de conduzir rebanhos, acabando com o seu próprio rebanho.

            Mas o motivo que me traz aqui hoje, não é criticar ou condenar ninguém.

            O motivo que me traz a produzir estas linhas, intuído certamente e amparado por irmãos de Luz, é fazer um convite.

            Quero, em nome de nosso Mestre Maior, do nosso Diretor Planetário, convidar a todos para o “Grande Banquete”.

            Reunamos em Seu Santo Nome. Seja você Católico, Protestante, Budista, Umbandista, Candomblecista, Muçulmano, Mago, Testemunha de Jeová, etc. Sentemos à mesa, na presença do Pai e façamo-nos família.

            Pois se o mal existe, se o inimigo nos espreita, se o “capeta” é ardiloso, nada melhor do que trabalharmos em conjunto, em comunhão de Amor e Fraternidade.

            Ninguém vai vencer o mal que assola nosso mundo sozinho. É preciso esforço mútuo. União, Amor e Fé.

            Só assim cairão por terra toda maldade.

            Trabalhemos, nos doemos em nome de Nosso Senhor, em nome da Caridade Suprema, em respeito ao nosso semelhante.

            Quando falo do “Grande Banquete”, isso está na Bíblia.

            Quando Moisés se dirigia ao seu povo dizendo que havia um Deus punitivo, ele não o fazia por maldade, mas sim, como única maneira de seu povo na época entender. Pois o ser-humano naquela época era um tanto bárbaro. Só entenderia uma mensagem de ensinamento Superior, Divino, utilizando o artifício de que se aquele irmão continuasse a manter certa conduta moral, Deus o puniria. Era uma forma de conter o caráter bruto, de um povo, de uma época.

            Assim também o é no meu entender com a Bíblia. Conforme vai passando as épocas, as gerações, cada uma de suas “traduções” vai sofrendo mudanças para que a mensagem chegue mais clara ao ser que vive aquela época.

            Quando foi escrito no Grande Livro Sagrado a passagem que cita o “Grande Banquete”, cada cultura à sua época tinha uma interpretação. E a interpretação que particularmente tenho é essa. Estamos na Casa do Senhor. Ele nos convida a todos para celebrar a boda. Ou seja, como para Ele não há rótulos de religiões, apenas Filhos, espíritos em constante evolução, nos convida que sentemos todos à Sua mesa e sirvamo-nos de seu amor. Amor este que deve ser levado a todos os cantos do mundo. Para levar a Paz, o Amor, a Fé, não é só um religioso que pode e que sabe fazer isso. Qualquer um que se coloque à disposição do Amor Divino, do Amor Incondicional, que tem vontade de se doar em prol de seu próximo, já está plenamente capacitado a cumprir tal missão.

            Na Bíblia, quem Jesus ordenou que fosse convidado a estar à mesa? Não foi nenhum diplomado, nenhum sacerdote. E sim, gente simples, gente do povo, como só Ele o era.

            É isso que Ele tão ansiosamente espera de nós. Ele não quer e não espera que nos tornemos Santos para poder servir-Lhe. Ele trabalha com o que tem. Basta lembrar da passagem “do Bom Samaritano.”. Os Samaritanos pouco se importavam com Jesus. O foco deles era outro. Sem saber, assim já contribuíam para um mundo melhor, combatendo o mal com o bem.

É isso meus caros. Vamos deixar nossas diferenças de lado, pois só nos atrasam a evolução. Faz-nos perder tempo, gastar energia com o que não tem valor e o mais importante vai ficando de lado.

Unamo-nos em torno da Fé Maior, do Amor Incondicional, da Caridade em prol da nossa evolução planetária. Como isso ocorre? Começando no coraçãozinho de cada um. O treino leva à perfeição.

Vamos nos unir? Vamos nos respeitar? Vamos poder todos abraçados olhar o Pai de frente, olhando nos Seus olhos e poder dizer obrigado e dizer também que lutamos o bom combate?

Não é fácil, mas dá pra chegar lá.

Uma boa sexta-feira, um bom fim-de-semana, cheios de Luz, Paz e Harmonia.
Texto canalizado pelo irmão - Valério Ruan

Trabalho Espiritual


 
“Era noite fria na cidade.

Vagava de um lado para o outro tentando me aquecer e ao mesmo tempo fugindo do sono e das malvadezas que rondam nossas ruas. Ao dobrar certa esquina, um homem vestindo sobretudo e chapéu coco se dirigiu a mim perguntando se estava com frio e se queria algum tipo de ajuda.

De início recusei, mas o bom homem insistiu e acabei aceitando. Me levou a um estabelecimento e lá foi-me servido um belo e quente prato de sopa. Há dias que não me alimentava decentemente. E aquela hora da noite, onde tudo já estava fechado e com aquele frio, essa ajuda só pôde ter vindo dos céus, de tanto que clamei à Deus rogando-Lhe Sua ajuda e amparo.

Isso foi há muito tempo atrás, numa São Paulo longínqua. Hoje é apenas lembrança e, até hoje agradeço àquela alma por sua caridade, onde quer que esteja.

            Assim é como ando pelo mundo espiritual. Levando um pouco de alento e luz aos corações desesperados, para que suportem um pouco mais a sua provação, para que não desistam de sua trajetória, pois como ocorreu comigo, é rezar e ter fé, que a ajuda Celestial sempre vem.

            Hoje faço parte de uma caravana de irmãos que realizam trabalho junto à crosta. Vimos muita coisa, pior do que na época em que vivi (encarnado). Naquela época não existiam as drogas que existem hoje e que transformam os seres-humanos em verdadeiros zumbis. Estes são os mais difíceis de ajudar, pois nos veem, falam conosco, mas a grande maioria acha que está delirando e saem pelas ruas desesperados. Outra parte, já que se perderam há tempos, unem-se à outros (espíritos) como vampiros. São quadros tristes pintados por nós mesmos humanos.

            São experiências que levamos conosco para que aprendamos, também, a entender e respeitar o livre-arbítrio de cada um.

            O Pai dá as mesmas chances à todos. Cabe a cada um saber aproveitar e fazer o melhor uso da oportunidade que foi dada.

            Esperemos que um dia, não que a maldade se extinga, que as drogas desapareçam, mas para que num futuro próximo os seres-humanos saibam melhor fazer suas escolhas e serem fortes o suficiente para encarar as consequências.

            Agradeço ao irmão que empresta sua mão para que pudéssemos expor um pouco de nosso trabalho, auxiliando-o no seu novo desafio que decidiu abraçar grandemente.

            Que o coração de Cristo esteja sempre com todos vocês, amparando cada e todo trabalho desta casa de auxílio.

            Amém!”
                                                                                                                            Um irmão da Luz.

Mensagem ditada pelo irmão da Caravana "Mensageiros da Verdade”, canalizada pelo médium e trabalhador do CEU Geração, na noite de 22/07/13.

Roda de Preto Velho


 
Mais um dia de corre-corre esvai-se. Quem produziu, produziu. Quem não o fez, perdeu grande oportunidade, mas aí é outra estória.

            Agora a correria é para chegar dentro do horário no terreiro de umbanda a qual sou médium em desenvolvimento e quando a engira é aberta (como é o caso desta noite), ou seja, atendimento fraterno aos irmãos necessitados de uma orientação, tenho a responsabilidade de cambono, dando todo o suporte necessário à entidade em terra.

Hoje a engira é com os nossos amados anciões da Umbanda, os nossos queridos e queridas Pretos-Velhos e Pretas-Velhas.

            Realizada toda ritualística tradicional da Umbanda, deu-se início aos atendimentos da noite.

            A quantidade de pessoas na assistência (consulentes) era pouca.

            Nesta noite eu “cambonava” a entidade de nome Pai Joaquim de Aruanda. Preto-Velho meigo, atencioso, calmo, e de muitas histórias para contar.

            No atabaque uma irmã de fé que ama o que faz e toca com amor e fervor o couro do instrumento.

            Sempre gostei de prosear com o Pai Joaquim de Aruanda, entre um atendimento e outro.

            Naquela noite em especial, naquele espaço de silêncio onde não tendo o que falar devemos ficar quietos, assim o fiz. Já tinha proseado um pouco com o Preto-Velho e minhas dúvidas sanadas temporariamente.

            Foi nesse momento de silencio entre nós (eu e o Preto-Velho) que sem querer, dei uma “mergulhada” no toque forte e contínuo do atabaque. Deixei o intenso e ritmado som do tambor me envolver. Por uma fração de segundo, desdobrei. Por ser novidade para mim, me assustei e retornei rápido. Pois tinha de manter a atenção em todo o trabalho e manter-me ligado à corrente, a fim de não quebrá-la.

            Mas Pai Joaquim de Aruanda que não é bobo nem nada, já tinha visto e perguntou se eu queria ir até onde eles, os Pretos-Velhos ficavam quando em vida e dar uma “espiadinha” para vê-los. Devido minha grande confiança no médium (cavalo) que emprestava seu corpo físico para que este formoso Preto-Velho se manifestasse e à minha grande confiança nesta entidade, aceitei de bom grado o convite.

            Então o Preto-Velho me disse, em tom de voz de comando: “Filho agora feche os olhos, segure em minha mão e mergulhe novamente na sonoridade do atabaque”.

            Assim o fiz. Que alegria.

            Deixando os detalhes de lado, do sofrimento, do que a história nos conta, a cena que presenciei foi linda.

            Remetido à memória espiritual daquele Preto-Velho, cheguei ao terreiro (aqui significa espaço de terra ocupado para acomodar os negros escravos e a senzala) e pude vislumbrar um quadro que a história não nos conta ou pouco nos relata.

            Pude localizar entre os negros ali presentes o próprio Pai Joaquim de Aruanda. Mas ali ele não era/estava como velho que se apresenta para o trabalho espiritual. Ele é/era jovem, sorriso largo e branco. Pude vislumbrar todos eles alegres e felizes por poderem à noite realizar seus batuques, cantos, saudações, enfim, suas festividades. Pude ver todos eles dançando, cantando e batendo palma em roda numa fogueira linda que crepitava. Tudo isso ao som de um atabaque. Alguns negros um pouco mais afastados apenas quietos estavam, sendo levados pelo pensamento e pelo toque do atabaque até seus locais de origem, até suas famílias, que tiveram de deixar para trás. Pude notar um deles, só de calça branca, sentado com as costas escoradas, olhar longe, contemplando as estrelas. Pude ver outros, apenas assistindo à festividade. Estavam alegres também. O evento todo contagiava. Mas apenas assistiam.

            Mas o que me deixou impressionado, emocionado, alegre e feliz, foi poder ver todos eles cantando com alegria, após um dia de muito trabalho pesado e sofrido.

            Mesmo após um dia intenso como era, colocavam suas tristezas de lado e se uniam para festejar. Talvez festejar a vida, festejar seus Orixás ou até mesmo festejar aquele momento em que por instantes esqueciam suas dores.

            Tudo isso eu pude vislumbrar em apenas alguns segundos.

            De repente me vejo novamente no terreiro. Deixei o desdobramento e recobrei minha consciência.

            Novamente o amável Pai Joaquim de Aruanda olha para mim com um sorriso lindo, delicado e pergunta: “Viu fio? Viu nego véio? Viu nosso cantinho?”. Respondi emocionado que sim, que vi tudo. Mas ao mesmo tempo, entre lágrimas, lembrando da história deles de sofrimento, por um segundo entristeci e chorei mais ainda.

            O Preto-Velho me diz: “Não carece di fio fica assim não. Tudo isso já passo e nego veio já não senti mais nada disso”.

            Recobrei-me e entre sorrisos o agradeci pela maravilhosa viagem.

            O resto da noite transcorreu calma e tranquila.

            Encerramos a engira.

            Agora tinha que correr para não perder o último ônibus da noite até minha casa.

            Ainda de branco e cheirando a charuto, adentrava ao veículo. E, perdido pelas lembranças da noite, da experiência vivida, e também cansado, aguardo ansiosamente chegar em casa, tomar um banho e dormir.

            Ô Saudade!

Obs.: Embora contado de forma romanceada, trata-se de uma história baseada em fatos reais ocorridas comigo, Valério Ruan. O fato ocorreu há alguns anos atrás quando trabalhávamos numa outra casa.

Texto do filho e irmão Valério Ruan.

O riso


 
O RISO

Ahhh o riso! Esse meu companheiro fiel, que só benefícios me traz.

Esse é um santo e milagroso remédio. Diminui distancias, aproxima pessoas, traz da memória longínqua, momentos até então esquecidos. Relaxa, descontrai, acalma o coração e é contagioso.

Em algum momento de nossas vidas e/ou do nosso dia-a-dia, passaremos por eventos que dificultarão imprimir em nosso rosto, o velho e bom riso. Mas se esforce para tal. Tenho certeza que exige muito menos esforço que responder à vários “O que foi? O que você tem?”, evitando assim, tocarem ainda mais na ferida, no que lhe incomoda.

Portanto, sorrir só nos faz bem.

Ainda assim tá difícil de fazê-lo? Darei uma dica que acredito ser infalível. Pegue cinco minutinhos agora, ou ao final da leitura e mentalize o rosto de uma criança, seja ela, seu filho, seu sobrinho ou até mesmo aquela criança que viu no metro, por exemplo. Não há nada mais puro que o riso de uma criança. É um riso puro, delicado. Riem por qualquer coisa, principalmente das mais simples. Fuce em suas memórias. Com certeza há um riso guardado lá no fundo. Busque-o, traga-o para a frente. Ria!

Não há nada como um bom riso. Não há nada mais lindo que um riso e um olhar de “Paz de Espírito”.

Como somos humanos e, com um leve toque de “vingança”, não há nada mais doce que ver estampado na cara do “inimigo”, a raiva de nos ver rir e sorrir, enquanto ele se contorce de fúria por não ter alcançado seu intento: Nos ver chorar! (Ou será que foi você que não se permitiu isso?).

Mas atenção: O que difere o remédio do veneno, é a dose. Rir em demasia é desespero!

O riso ao qual me refiro é o riso que liberta a alma, que ama, que não julga, que aceita, que envolve, que solta amarras e permite navegar por águas de mansidão sem fim.

Ao sair de uma situação difícil, ou seja, transpor uma barreira, olhe para o Alto e sorria em agradecimento.

Ao chegar ao portão de sua residência, antes de cruzá-lo, pare por uns quinze segundos (antes cheque a segurança, primordial é sua integridade física) e deixe do lado de fora todos os problemas do seu dia-a-dia, toda sua raiva, angústia e desânimo. Os entes que te aguardam ansiosamente sua chegada não merecem isso. Merecem que você adentre ao seu lar, ao seu templo sagrado, com um belo sorriso e um sonoro boa-noite!

Antes de deitar-se e ao levantar-se: Ria intimamente ao Criador. Ele entenderá isso como um “Obrigado Pai”.

É difícil às vezes, mas procure manter sempre o sorriso no rosto. Isso também impede que pessoas enfermas da alma se aproximem. Há aquelas que se irritarão pro vê-lo assim e se arriscarão em investidas contra você. Resista! Não permita que elas imprimam em você o “ranger de dentes”.

Enfim, tanto o riso quanto o sorriso, são chaves-mestra de todos os corações, mesmos daqueles mais trancafiados.

O riso é alavanca de um novo recomeço.

O riso afrouxa os nervos, exige muito menos músculos do corpo, por isso você não se sente tanto desgaste.

O riso não é do homem. É do espírito.

“Estudos realizados com deficientes visuais e auditivos comprovaram que eles podem rir e sorrir, mesmo sem a possibilidade de imitar as pessoas. Noutro estudo com crianças cegas congênitas verificou-se que riem como qualquer criança normal e pelos mesmos motivos, ou seja, por brincadeiras, cócegas, ao ouvir uma música alegre,etc”*.

O riso é linguagem universal. Onde quer que vá pelo mundo a fora, o sorriso é cartão de visitas e o riso é o seja bem-vindo.

“Tá estressado? Vá rir”