quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

A Reencarnação Na Visão da Umbanda

                


    Muito se fala dentro dos dogmas espíritas sobre "reencarnação".

    Mas o que seria reencarnação?

    Como é visto essa colocação entre as pessoas que pregam essa
verdade?

    Como será que devemos nos permanecer junto a algumas polêmicas
vindas de pessoas descrentes e más informadas sobre esse assunto?

    Antes de tudo vamos falar da palavra "reencarnação" em si. Vamos
ver qual é o significado no dicionário Aurélio:

"reencarnação s. f. Ato ou efeito de reencarnar(-se).  reencarnar v.
Intr. e pron. Tornar a encarnar-se; reassumir (o espírito) a forma
material."

    Ou seja, viver, morrer, viver novamente, morrer novamente até
estarmos evoluídos para uma próxima caminhada sem precisarmos ter a
matéria ou estar nesse planeta como ser vivente.

    Mas em uma visão mais espiritualista vamos perguntar:
O que é a reencarnação e pra que ela nos serve?

    A Reencarnação é voltar a viver num novo corpo físico. É uma nova
oportunidade de aprendizado, como prova do amor de Deus para seus
filhos.

    A Reencarnação é o processo pelo qual o espírito, estruturando um
corpo físico, retorna, periodicamente, ao polissistema material. Esse
processo tem como objetivo, ao propiciar vivência de conhecimentos,
auxiliar o espírito reencarnante a evoluir.

    O reencarne obedece a um princípio de identidade de frequências,
ou seja, o espírito reencarna em um determinado continente, em um
determinado país, em uma determinada região desse país, em uma
determinada localidade dessa região, com determinadas características
culturais (idioma, usos, costumes, valores, tradições, história etc.),
bem como em uma determinada família, de acordo com a sintonia que a
frequência do seu pensamento consiga estabelecer em relação a cada um
desses elementos.

    O espírito encarnado, fundamentando-se em seu existente (a bagagem
de conhecimentos e experiências adquiridos ao longo de toda a sua
história, seja encarnado, seja desencarnado), passa a exercitar sua
capacidade, a constatar e desenvolver suas potencialidades, enfim,
passa a construir seu momento presente e seu momento futuro. Vai
enfrentando contradições, dificuldades, obstáculos, facilidades,
administrando encontros e desencontros, permanecendo no seu plano
geral ou se desviando em função de algumas variáveis do processo, mas
sempre de acordo com sua vontade. No exercício do livre-arbítrio, o
espírito encarnado vai construindo seu equilíbrio ou seu
desequilíbrio, de acordo com a maneira pela qual enfrenta as situações
e a vida. Vai, por assim dizer, determinando-se, segundo a natureza de
seus pensamentos e atos. Por menos que faça, ou por mais que se
desequilibre, o espírito sempre alcança progressos em um ou outro
aspecto do seu ser . A evolução não está necessariamente vinculada ao
tempo de vida material, mas à intensidade com que ela é vivida. A
quantidade de experiências e o aproveitamento que é feito delas é
fundamental para o crescimento do espírito, não importando se as
experiências estão sendo vivenciadas no polissistema material ou
espiritual. É de se ressaltar que, entre uma encarnação e outra, o
espírito continua trabalhando, continua aprendendo, continua
evoluindo, de modo que ele não reencarna no mesmo estágio em que
desencarnou.

    Somente através da reencarnação se prova a justiça e a bondade de
Deus, pois é a única explicação racional para as desigualdades sociais
existentes no mundo.

    Como explicar o fato de crianças que morrem em tenra idade,
enquanto outras criaturas vivem quase 100 anos? Como explicar os que
nascem com saúde perfeita, enquanto outros nascem com deficiências
físicas grosseiras? Somente a reencarnação nos dá a chave desse
"mistério". Com as múltiplas experiências na carne, temos a chance de
adquirir e aprimorar conhecimentos que ainda nos faltam nos campos do
intelecto e da moral. Além de reatar as amizades com nossos inimigos e
reparar erros do passado. Quando estivermos evoluídos moral e
intelectualmente, não mais necessitaremos reencarnar.

    Muitas pessoas se perguntam, quantas reencarnações já tivemos, ou
quantas teremos ainda. Mas não podemos precisar esses números, pois
isso depende do estado evolutivo em que se encontra o Espírito.

    Algumas pessoas evoluem mais rápido por seu maior esforço,
portanto necessitam de passar menor número de vezes na carne, outros
são mais lentos permanecendo mais tempo no mundo de sofrimentos. Tudo
dependerá de nós. Quanto mais rápido progredirmos moral e
intelectualmente, menos encarnações teremos que sofrer.

    Quando nosso Espírito tiver alcançado todos os graus de evolução
moral e intelectual, seremos Espíritos puros.

    E após todo esse tempo de encarnação, desencarnação e
reencarnação, seremos encarregados de cumprir os desígnios de Deus,
colaborando com a manutenção da ordem universal e transformando-nos em
Seus mensageiros. O trabalho nunca acabará, pois a criação divina é
incessante e há diversos mundos em faixa de evolução diferentes. Os
Espíritos fazem parte do conjunto de inteligências que governam o
Universo, mas, em termos de existência, estão ligados a Deus, assim
como folhas em uma árvore ou gotas no oceano.

    Muitas pessoas se questionam o porque não temos lembranças vivas e
claras de nossas vidas passadas, mas isso é simples de demonstrar e
explicar. Estamos encarnados para evoluirmos, precisamos vencer os
erros de outras vidas, portanto o esquecimento temporário das vidas
passadas é uma necessidade. Não devemos nos lembrar das vidas passadas
enquanto estamos encarnados, e nisso está a sabedoria de Deus. Se
lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos
inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não
teríamos condições de viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes,
os inimigos do passado hoje são nossos filhos, irmãos, pais e amigos,
que, presentemente, se encontram junto de nós para a reconciliação.
Por isso a reencarnação é uma bênção de Deus para seus filhos. As
lembranças de erros passados certamente trariam desequilíbrios de toda
ordem, uma vez que estamos muito mais perto do ponto de partida do que
do ponto de chegada, em termos de caminhada evolutiva. Depois de
desencarnado, normalmente nos lembramos de parte desse passado,
conforme o grau evolutivo em que nos situamos.

Resumidamente, reencarnação não serve para explicar
tragédias e desgraças; não serve para esconder a ignorância, não serve
como desculpa ao imobilismo; não serve como consolo para aquelas
situações que deveriam ser modificadas e não o são; não serve para
destacar o passado e paralisar o presente. Reencarnação é oportunidade
de aprendizado, é oportunidade de se aplicar o que se sabe e superar
as limitações através de vivências sucessivas no polissistema
material. Reencarnação é afirmação da unidade e da continuidade da
vida.

    Dentro de uma visão mais abrangente, podemos dizer que temos que
viver essa reencarnação para que possamos nos educar e consertar
erros do passado, aprendermos a conviver com algum fato ou pessoa que
possivelmente nos fez algum mal ou vice versa, aprendermos as lições
que nos foi dada para elevarmos a nossa evolução espiritual.

    Portanto estamos nessa vida de passagem apenas para evoluirmos,
apenas para aprendermos, apenas para perdoar e sermos perdoados,
apenas para nos prepararmos para a próxima lição.

    Vamos viver de acordo que possamos desencarnar e reencarnar de uma
maneira que possamos aumentar nossa luz evolutiva, e para isso temos
que usar, e usar bem o nosso livre arbítrio para chegarmos a pureza
desejada por Deus, nosso Pai Maior.


Aborto na Visão da VERDADEIRA UMBANDA


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  Antes de prosseguir com esse texto, gostaria de esclarecer o seu
título, e o porque friso o "VERDADEIRA UMBANDA".

    Como é sabido, dentro de todas as classes ou religiões encontramos
pessoas que realmente vivem o ato de ser, de fazer parte dessas
determinadas classes ou religiões, e encontramos também os que apenas
usam o nome delas para alguns fins de causa própria, como por exemplo,
usar o nome de uma determinada religião para conseguir satisfação numa
melhoria econômica ou social.

    Para melhor entendimento, vamos entrar com a nomenclatura de
"umbandista", assim poderemos demonstrar com mais exatidão o que é
"verdadeira Umbanda".

    Temos dois tipos de religiosos, o "SER UMBANDISTA," e o "ESTAR
UMBANDISTA". E a diferença de um para o outro é simples, o "ser
umbandista" segue as leis e regras espirituais da Umbanda, independente
se essas leis possam de alguma forma não dar uma vantagem esperada
ou dar uma sensação de justiça para satisfazer o ego de quem
usando o nome da Umbanda tenta fazê-las.
   Como por exemplo, dentro da lei da Umbanda usamos de fazer a
caridade e lutar de todas as formas para que o bem seja sempre o
caminho a ser seguido.
    Para demonstrar essas duas regras do "ser umbandista", o cobrar
por trabalhos espirituais dentro de uma gira de Umbanda, ou o pedir o
mal de seu semelhante a alguma Entidade de Luz, está totalmente fora
de cogitação para a verdadeira Umbanda, enquanto que para o "estar
umbandista", que se utiliza do nome da religião, isso é algo do cotidiano.
Então essa é a diferença da "VERDADEIRA UMBANDA" para a
Umbanda mentirosa que os farsantes pregam para seus interesses
particulares.

    Voltando ao tema principal, vamos ver como o aborto é visto dentro
da verdadeira Umbanda.

    Os umbandistas que realmente vivem as leis da maravilhosa Umbanda,
aprendem com nossas Entidades de Luz, que estamos constantemente em
evolução espiritual, que estamos seguindo por várias reencarnações,
que a cada passo dentro dessas reencarnações estamos aprendendo
lições, e que a cada lição aprendida nos eleva um degrau a mais para
nosso melhoramento e logicamente a evolução como ser.

    Se estamos nessa evolução espiritual, logicamente todos os seres
estão, e se estão temos a necessidade de reencarnar, de sermos
gerados, de nascermos, de crescermos, evoluirmos, amadurecermos,
envelhecermos até desencarnarmos para que assim um novo ciclo volte a
acontecer e novamente fazermos toda a caminhada evolutiva, para que
assim chegarmos a uma evolução determinada por Deus.

    E então, com todo esse ciclo preparado, já tão aguardado pelo
espírito, é interrompido de uma forma covarde, brusca e totalmente
radical por intermédio do aborto, feito por uma mulher, na maioria das
vezes com aval de um homem, no qual chegaram a essa situação pelo
simples fato de se entregarem a um prazer carnal de alguns minutos.
Então para entendimento, reduzindo, se aniquila a possibilidade de
anos e anos de lições e  evolução espiritual de um ser gerado, pela
falta de responsabilidade de um casal sem estrutura, que sem a menor
culpa assassinou um futuro ser, ser esse que tem o nome sagrado de
filho.


   Abaixo descrevo a visão espírita dessa ação perversa e covarde:

O Espírito Emmanuel nos fala deste hediondo crime:

"O aborto provocado, mesmo diante de regulamentos humanos que o
permitem, é um crime perante as Leis de Deus."
Emmanuel (Leis de Amor , Cap. XI)

 "A insensibilidade humana na prática do aborto cruel mostra quanto
estamos distantes das Leis Divinas, ainda mais quando as instituições
dos códigos humanos criam leis aprovando o direito à mulher de negar a
continuidade da vida a um ser que está desenvolvendo-se dentro de seu
próprio organismo."

" O aborto provocado destrói não somente o corpo do bebê, mas também o
santuário divino das formas humanas na mulher."

"As consequências imediatas do aborto delituoso logicamente se
refletem, primeiro e em maior grau, no organismo fisiopsicossomático
da mulher, pois abortar é arrancar violentamente um ser vivo do
claustro materno."


    O centro genésico, que é o santuário das energias criadoras do
sexo e tem sua contraparte na organização perispiritual da mulher, com
a prática do aborto condenável sofre desequilíbrios profundos, ainda
desconhecidos da ciência terrena. O Espírito André Luiz em seu livro
"Evolução em Dois Mundos" descreve os resultados no mundo psíquico da
mulher que comete o aborto delituoso. Conforme descrito abaixo:

" É dessa forma que a mulher e o homem,  acumpliciados nas
ocorrências do aborto delituoso, mas principalmente a
mulher, cujo grau de responsabilidade as faltas dessa
natureza é muito maior, à frente da  vida que ela prometeu
honrar com nobreza, na maternidade sublime, desajustam as
energias psicossomáticas, com mais penetrante  desequilíbrio
do centro genésico, implantando nos tecidos  da própria alma
a sementeira de males que frutescerão,  mais tarde, em regime
de produção a tempo certo."
(Evolução em Dois Mundos, Cap. XIV - Parte II).

O crime do aborto não é simplesmente o de destruir um corpo que está
se formando, mas também o de interferir no direito do Espírito
reencarnante que realmente está dando vida ao feto, pois a partir do
momento da concepção, o Espírito passa a atuar profundamente no
crescimento do embrião.

    Para entendimento e esclarecimento sobre a falácia de algumas
pessoas que tentam demonstrar que um ser recém concebido não é
considerado um ser com alma, e sendo assim não teria gravidades
espirituais ao ser expulso do ventre de sua genitora, analisemos o que
nos esclarecem os Espíritos Superiores em "O Livro dos Espíritos" , na
Questão 344:

"Em que momento a alma se une ao corpo?

A união começa na concepção mas só é completa por ocasião do
nascimento. Desde o instante da concepção, o Espírito designado para
habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez
mais se vai apertando até o instante em que a criança vê a luz. O
grito, que o recém-nascido solta, anuncia que ela se conta no número
dos vivos e dos servos de Deus."


    Como na organização fetal existe um Espírito administrando o seu
crescimento em simbiose mental com a mãe, em realidade já é o dono
desse corpo em formação, e em sã consciência a mulher gestante não
poderá dizer que é dona do feto e faz dele o que lhe aprouver, pois
ela já está trabalhando em parceria com um Espírito, filho de Deus
como ela mesma, e com os mesmos direitos de possuir um corpo e de
voltar à Terra.

    A mulher que cometeu aborto delituoso passa a sofrer consequências
desagradáveis imediatas em seu próprio organismo, seja pelo surgimento
de enfermidades variadas ou pelos processos sombrios da obsessão, em
virtude da antipatia nascida no Espírito reencarnante, que vê seu
tentame frustrado. Meditemos nas explicações de Emmanuel:


"O aborto oferece consequências dolorosas especiais para as mães?

Resposta - O aborto oferece funestas intercorrências para as mulheres
que a ele se submetem, impelindo-as à desencarnação prematura, seja
pelo câncer ou por outras moléstias de formação obscura, quando não se
anulam em aflitivos processos de obsessão." (Leis de Amor, Cap. IV)

    Deus nos deixa com o livre-arbítrio para decidirmos se cometeremos
ou não o hediondo crime do aborto, uma vez que somos responsáveis
pelos nossos próprios atos. Mas Deus não dá a ninguém o direito de
eliminar a vida de um ser que está em formação no organismo materno,
pois este direito somente Ele o possui. Quem está patrocinando o
renascimento de qualquer criança, antes de tudo, é DEUS.


    Podemos refletir, que além da covardia de estar assassinando um
ser, que além de estar interferindo na evolução de um espírito, que
além de estar atrasando a evolução de seu próprio espírito, que além
de estar declinando de uma das maiores bençãos de Deus que é de ter um
filho, ao interromper uma vida com o gesto cruel e imoral como o
aborto, a mulher e o homem, que em muitos casos são cúmplices nessa
ação assassina, estão arriscando a saúde física da própria genitora.

Vamos esclarecer:

    As consequências desagradáveis do aborto delituoso podem ser
imediatas e a longo prazo, principalmente para a mulher, seja no seu
corpo físico, na atual existência, seja na vida espiritual após a morte,
e também na próxima reencarnação. Já analisamos o problema da
obsessão por parte do Espírito reencarnante que não pôde ser um filho
na Terra.

    Vejamos agora as enfermidades na organização física da mulher,
tendo como causa a prática do aborto. Esses desequilíbrios, que têm
começo nesta existência, seguirão por muito tempo na organização
psicossomática da mulher que engendrou o aborto cruel. Os
desajustamentos do centro genésico no penspírito da mulher irão
refletir-se em enfermidades graves do corpo físico, ao longo da
existência terrena:

  Arrancar uma criança ao materno seio é infanticídio confesso. A
mulher que o promove ou que venha a cometer semelhante delito é
constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alterações deprimentes
no centro genésico de sua alma, predispondo-se geralmente a dolorosas
enfermidades, quais sejam a metrite, o vaginismo, a metralgia, o
enfarte uterino, a tumoração cancerosa, flagelos estes com os quais
muitas vezes, desencarna, demandando o Além para responder, perante a
Justiça Divina, pelo crime praticado. E, então, que se reconhece
rediviva, mas doente e infeliz, porque, pela incessante recapitulação
mental do ato abominável, através do remorso, reterá por tempo longo a
degenerescência das forças genitais."
Ação e Reação, Cap. XV)

       Na vida corpórea, dificilmente percebemos que nossas
enfermidades são resultados positivos de nossos deslizes diante da Lei
Divina, mas na Vida Espiritual cada Espírito vê, sente e vive em si
mesmo os reflexos negativos de seus pensamentos enfermiços, emoções
inferiores e ações criminosas, praticadas na existência humana
irresponsável. A miséria moral se estampa perfeitamente no mundo
mental e tem como consequência a desorganização e a deformidade do
corpo espiritual. E o que acontece com as mulheres que praticaram o
aborto com plena liberdade e consciência do que estavam fazendo,
segundo as declarações de André Luiz:

" O aborto provocado, sem necessidade terapêutica, revela-se
matematicamente seguido por choques traumáticos no corpo espiritual,
tantas vezes quantas se repetir o delito de lesa-maternidade
mergulhando as mulheres que o perpetram em angústias indefiníveis,
além da morte, de vez que, por mais extensas se lhes façam as
gratificações e os obséquios dos Espíritos Amigos e Benfeitores que
lhes recordam as qualidades elogiáveis, mais se sentem diminuídas
moralmente em si mesmas, com o centro genésico desordenado e infeliz,
assim como alguém indebitamente admitido num festim brilhante
carregando uma chaga que a todo instante se denuncia."
(Evolução em Dois Mundos, Cap. XIV - Parte II)

    Para a mulher que praticou o aborto, injustificadamente, os
sofrimentos continuarão na próxima encarnação, através dos
desequilíbrios psíquicos diversos, enfermidades do útero e a grande
frustração pela impossibilidade de gerar filhos. Mesmo a mulher que
praticou o aborto, após já ter concebido o primeiro ou o segundo
filho, receberá, na próxima encarnação; os sintomas perturbatórios de
seu crime, justamente depois do primeiro ou do segundo filho, período
exato em que praticou o aborto na existência anterior. Diversos
problemas que sofrem hoje as mulheres no exercício da maternidade têm
suas causas profundas nos deslizes do passado, que hoje surgem no
corpo físico como reflexo positivo da desorganização perispirítica.

    Em razão disso, nem sempre a mulher recupera a saúde, afetada por
esses transtornos, somente com o uso de medicamentos e hábeis
cirurgias da medicina terrestre, pois há que resgatar em si mesma, à
custa de muitos sofrimentos, suportados com fé e abnegação, os crimes
do ontem, para aprender a valorizar, respeitar e amparar a vida dos
filhos que Deus temporariamente lhe entrega nas mãos.

    Todos aqueles que induzem ou auxiliam a mulher na eliminação do
nascituro possuem também a sua culpabilidade no ato criminoso: maridos
ou namorados que obrigam as esposas, médicos que estimulam e o
realizam, enfermeiras e parteiras inconscientes. Para a justiça humana,
não há crime, nem processo, nem punição, na maioria dos casos,
mas para a JUSTIÇA DIVINA todos os envolvidos no ato criminoso
sofrerão as consequências sombrias, imediatas ou a longo prazo, de
acordo com o seu grau de culpabilidade.

Emmanuel nos esclarece bem isso:

 " O aborto oferece consequências dolorosas especiais para os pais?

Resposta: Os pais que cooperam nos delitos do aborto, tanto quanto os
ginecologistas que o favorecem, vêm a sofrer os resultados da
crueldade que praticam, atraindo sobre as próprias cabeças os
sofrimentos e os desesperos das próprias vítimas, relegadas por eles
aos percalços e sombras da vida espiritual de esferas inferiores."


    Então nenhum dos envolvidos nesse assassinato inconsequente
estarão livres de uma cobrança divina, contudo tanto a Umbanda como
qualquer outra designação espiritualista, não interfere em algo que
todos os seres humanos tem, que é o livre arbítrio. Portanto a
reflexão extrema antes de tomar uma decisão deve ser profunda, pois
mesmo tendo o livre arbítrio de seguir o caminho desejado, sendo ele
bom ou ruim, todos nós devemos estar preparados para futuras
cobranças, pois de forma nenhuma ao tomar a decisão de assassinar um
inocente, ainda em formação no ventre de sua genitora, esse ato sairá
impune.


    As Entidades de Luz nos ensinam que temos que ser caridosos, que
de forma nenhuma poderemos subtrair a vida de um semelhante, pregam o
amor e a compreensão, a luta pela vida e o acolhimento e a proteção de
nossos filhos. Nos lembram constantemente das mulheres negras
escravizadas, que tinham seus filhos retirados de seus braços após o
nascimento, e o quanto elas sofriam por isso. Nos lembram quantas
mulheres incapacitadas de terem filhos, choram pela grande vontade de
serem mães, de alimentar seus filhos em seus seios, de darem e
receberem carinho de um pequeno ser que pelos laços do amor seriam
gerados em seu ventre.

    Enquanto tudo isso é lembrado pelas nossas Entidades divinas,
mulheres capacitadas a dar a luz, que podem ter a felicidade de ter em
seus braços a extensão de um relacionamento de amor, que tem a seu
alcance a possibilidade de acompanhar o desenvolvimento de um novo ser
que busca a evolução espiritual, matam sem culpa através do aborto
seus filhos, que julgados e condenados por essas mesmas assassinas
irresponsáveis, que exterminam a chance desse ser que acabaram de
serem concebidos, a busca de uma nova vida e evolução.

    Aborto é crime!

    E para a mulher que acha isso um tanto normal, reflita, e rogue a
Deus que sua pena não seja tão dolorida quanto a dor desse pequeno
ser que foi arrancado do seu ventre.

    Para concluir, deixo uma mensagem do saudoso e tão iluminado
Francisco Cândido Xavier, o nosso instrutor das leis divinas:

"ABORTO DELITUOSO.

    Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tragédias que
agitam a opinião. Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam
largas equipes policiais... Furtos espetaculares que inspiram vastas
medidas de vigilância... Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos
de todo jaez criam a guerra de nervos, em toda parte; e, para coibir
semelhantes fecundações de ignorância e delinquência, erguem-se
cárceres e fundem-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e em
algumas nações a própria lapidação de infelizes é praticada na rua,
sem qualquer laivo de compaixão. Todavia, um crime existe mais
doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio
do santuário doméstico ou no regaço da Natureza... Crime estarrecedor,
porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços
robustos com que se confie aos movimentos da reação. Referimo-nos ao
aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos
próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam sorrir
para a bênção da luz. Homens da Terra, e sobretudo vós, corações
maternos chamados à exaltação do amor e da vida, abstende-vos de
semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o caminho!
Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio,
porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência,
assomando no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação
humana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos
familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos
contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a
fim de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que
perpetrastes.

Espírito: EMMANUEL
Médium: Francisco Cândido Xavier


    Volto a afirmar: A Umbanda é totalmente contra a ação do aborto.
O umbandista verdadeiro jamais se utilizará, apoiará  e incentivará esse
ato criminoso.

    As mulheres que pregam a liberação do aborto por alegarem que seus
corpos são de sua propriedade, e elas podem fazer deles o que bem
desejarem. Afirmo que sim, seus corpos realmente são seus, e
logicamente poderão fazer deles o que bem entender, mas para reflexão,
os seres gerados em seus ventres não fazem parte de seu corpo,
portanto não são de vossa propriedade, sendo assim, não poderão
simplesmente eliminá-los.

Se permitirmos que uma mãe mate seu filho no próprio ventre, como
dizer às pessoas que não matem umas às outras? (Madre Teresa de
Calcutá)

Aborto é a mais alta falta de amor ao próximo. Umbanda condena
totalmente o aborto.

Reflita: Antes da concepção já estão designados os Orixás de proteção,
as Entidades de cada ser e a vontade de Deus. O Aborto mata tudo isso.


    Gostaria de dedicar esse texto as mães verdadeiras, mães que lutam
bravamente pela vida de seus filhos, mães como a genitora do pequeno
Jorge Renan de Araújo, que nasceu com insuficiência renal, e após 3
meses de luta contínua, desencarnou, ou como a mãe das gêmeas, Sara e
Esther, que após ficar os últimos 3 meses internada em estado crítico,
com sua gravidez de risco, continua agora ao lado das pequenas no
hospital, implorando a Deus que com sua benevolência, restaure a saúde
de suas pequenas princesas.

Carlos de Ogum

Conceito e Tipos de Mediunidades


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Mediunidade - Conceito :

    Lamartine Palhano Jr. em seu "Dicionário de Filosofia Espírita",
conceitua mediunidade como sendo uma faculdade inerente ao homem que
permite a ele a percepção, em um grau qualquer, da influência dos
Espíritos. Não constitui privilégio exclusivo de uma ou outra pessoa,
pois, sendo uma possibilidade orgânica, depende de um organismo mais
ou menos sensitivo.

Mediunismo :

    Alexander Aksakof, em 1.890, empregou o termo mediunismo para
designar o uso das faculdades mediúnicas. A prática do mediunismo não
significa que haja prática de Espiritismo propriamente dito, visto que
a mediunidade não é propriedade do Espiritismo.

Médium :

    (Do latim: médium = meio; intermediário; medianeiro). Pessoa que
pode servir de intermediário entre os Espíritos e os homens; aquele
que em um grau qualquer sente a influência dos Espíritos de modo
ostensivo. Como já foi mencionado, todo aquele que sente, num grau
qualquer, a influência dos Espíritos, é, por esse fato, médium. Essa
faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, privilégio
exclusivo, donde se segue que poucos são os que não possuem um
rudimento dessa faculdade. Pode-se, pois, dizer que todos são, mais ou
menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em
que a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por
efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma
organização mais ou menos sensitiva.

Os Tipos de Mediunidade

A mediunidade é um compromisso que o espírito assume ao reencarnar, de
exercer um trabalho constante em favor da idéia da imortalidade da
alma, o exercício da caridade ao próximo, e incluindo o dever de
melhorar a sua própria graduação espiritual. Este intercâmbio
exerce-se de diversas maneiras, pois há vários tipos de mediunidade e
de médiuns. Tratando-se de médiuns, existem os médiuns naturais e
médiuns de prova.

MÉDIUNS NATURAIS: são espíritos que já atingiram um alto grau moral, e
ao encarnarem ligam-se naturalmente ao Astral Superior, pela
sensibilidade adquirida através do próprio aprimoramento espiritual.
São espíritos abençoados com o dom da intuição pura, como por
exemplo, Antúlio, Rama, Chrisna, Buda, Jesus, etc.

MÉDIUNS DE PROVA: são os que recebem a faculdade mediúnica como
empréstimo, proporcionando-lhes a oportunidade de resgate de suas
dividas cármicas. Através de processos ainda desconhecidos por nós, os
técnicos do astral hipersensibilizam o perispírito daqueles que ainda
precisam encarnar com a obrigação de trabalhar mediunicamente,
acelerando determinados centros energéticos vitais do seu perispírito,
despertando-lhe provisoriamente a sensibilidade psíquica para maior
percepção dos fenômenos mediúnicos enquanto encarnados. Entre médiuns
de prova, temos médiuns conscientes, semi inconsciente e
inconscientes.


Fases da Comunicação Mediúnica.

O conjunto fenomênico envolve algumas fases, dentre muitos fatos
acessórios que influenciam no resultado final: a Consumação da
Comunicação.

São elas:

Atração, Aproximação e Envolvimento

ATRAÇÃO - quando o desejo coloca o comunicante e o médium em condições
harmônicas. Quando isto ocorre, o comunicante é atraído,não importando
onde se encontre, para a linha de força ( frequência) correspondente,
existente no campo de possibilidades Mento-Magnéticas do Médium.

Como se dá a ATRAÇÃO?

Nos Universos existe uma poderosa força o PENSAMENTO. Ele é a força
maravilhosa responsável por tudo quanto existe. Tal o ser pensante,
tal a obra. Entretanto, para que o pensamento como força geratriz de
algum cometimento possa ser acionado, é necessário o uso da alavanca
do DESEJO, que é representado pela AÇÃO. O pensamento sem o desejo da
Ação, se transforma apenas em sonho. Dito isto, completemos: a atração
se dá, quando o pensamento é acionado pelo desejo da comunicação de
ambos os participantes do fenômeno, médium e espírito.

APROXIMAÇÃO - com a presença do comunicante nas proximidades do campo
de possibilidades do médium, onde suas primeiras emoções já se fazem
sentir, de maneira pouco perceptível, mas reais.

ENVOLVIMENTO - é quando completa-se o fenômeno. As linhas energéticas
harmônicas do comunicante e do campo de possibilidades do médium se
encontram, proporcionando a evidência do fenômeno de forma
indiscutível, assumindo o comunicante o comando relativo das ações
variando de influência mental ao domínio total do físico e quase total
da mente, guardando o médium, entretanto, o domínio das últimas
decisões.

Para melhor entendimento classificaremos a Mediunidade Em graus de
conhecimento, a saber:

Mediunidade Positiva.

Sinônimo de faculdade espiritual.

O médium controla seus sentidos, a mente, a consciência, dominando
tudo através da razão e do sentimento. Através dela, reconhece seus
Guias Espirituais, e Mentores de Alto Nível, seu Mestre de Luz, o
verdadeiro instrutor da sua alma, O médium, é um canal consciente, não
se prestando a manipulações.

Mediunidade Negativa.

Determinados tipos de Mediunidade são originários de problemas nos
Centros de força (Chacras) que estão espalhados pelo corpo e funcionam
como filtros, que protegem a entrada dessas energias. Algumas células
sensitivas do cérebro, ou grupo de células, os neurotransmissores
recebem e transmitem as energias que percorrem por nossa rede nervosa.
São ultrassensíveis, captando energias que vão muito além daquelas que
a ciência lhes atribui. Quando há uma sobrecarga de energias
negativas, tanto astral emocional, quanto mental, podem surgir
inversões dentro dos neurônios, neste caso, há uma predisposição
natural ao desordenamento dessa mediunidade podendo apresentar-se como
falsa mediunidade ou mediunidade negativa, visto que capta mais forças
negativas do que positivas. Normalmente é inconsciente. Sua frequência
vibratória é muito baixa e o médium, está sujeito a perder o controle
para Entidades Espirituais de nível inferior, fazendo-se passar por
Espíritos de Luz, enganando e influenciando o consciente individual e
coletivo. O médium, não está em condições de distinguir a verdade da
mentira, o que vem de fora ou o que vem da alma. Como não há
discernimento, julga esses atos provenientes de um ser superior.

Mediunidade Consciente:

Alguns médiuns ao assumirem suas faculdades espirituais, ou sua
mediunidade, elevam sua sensibilidade e podem, temporariamente, passar
por processos inconscientes devido ao seu desenvolvimento ou preparo
espiritual. Gradualmente essa mediunidade vai se estabilizando até
tornar-se positiva, ativa e consciente. Quando um médium trabalha, com
seus verdadeiros Guias Espirituais, percebe a sua evolução. Tem um
controle melhor da parte emocional, psíquica e mental, assim como o
aumento da sua sensitividade.
Os médiuns CONSCIENTE são aqueles que, apesar da incorporação, guardam
total percepção de tudo que se passa ao seu redor, de tudo que sua
entidade está fazendo. O espírito e o perispírito afastam-se da
matéria, dando a oportunidade da entidade comunicante ligar-se a ela,
mas permanecem ao seu lado. Daí terem consciência de tudo o que está
se passando. Ter mediunidade consciente traz ao médium muita
responsabilidade, pois o médium precisa conhecer bastante a doutrina,
para não atrapalhar manifestação e serviço da entidade com seu mental.
Os médiuns SEMI CONSCIENTE são os que têm momentos de lucidez, de
lembranças, e momentos que sua mente se apaga, eles não se lembram de
nada que aconteceu.

Mediunidade Inconsciente:

O pensamento é dominado por forças externas. As mensagens e os
ensinamentos que vem de seres que servem a Divina Luz, não deixam
margem às dúvidas, eles sempre serão direcionados pelo amor,
sabedoria, fraternidade, paz, justiça, e buscam ajudar a todos a
caminhar para a Luz, e a se tornar verdadeiramente livres.
Os médiuns INCONSCIENTE são os portadores de mediunidade de maior
resgate, e por isto tem que dar mais de si. Então as entidades atuam
com maior intensidade.

Mistificação

Mistificadores existem em toda a parte, dentro da ciência, da
religião, da política, da economia e no espiritismo também. Temos tido
muitos exemplos, pois não é pelo fato de estarem desencarnados que
lhes conferimos credibilidade e confiabilidade ou grau evolutivo, sem
comprovação. Do outro lado da vida, muitos, pouco evoluídos, continuam
a mistificar e enganar pessoas de boa vontade, que só querem servir e
ajudar aos seus semelhantes. A mediunidade pode se tornar um grande
problema se não for tratada adequadamente e com consciência, se não
houver um embasamento seguro com métodos corretos para o médium saber
o que se passa realmente em sua mente e como se proteger dos “Campos
de Força Negativos”. Os estudiosos, desenvolvedores do conhecimento
sobre esta matéria, já classificaram mais de cem (100) tipos de
mediunidade. Dentro deste universo, vamos exemplificar as mais
conhecidas.

Quanto a mediunidade , há várias maneiras de o médium efetuar o
intercâmbio com o Astral. Há então a mediunidade INTUITIVA,
INCORPORAÇÃO, VIDÊNCIA, AUDIÇÃO, PSICOGRAFIA, DESDOBRAMENTO,TRANSPORTE, EFEITOS FÍSICOS, PSICOMETRIA
E CURA

.Mediunidade Intuitiva:

Considerada a mais comum. Existe em um grande número de pessoas.
médiuns, desenvolvidos ou não. Determinados impulsos vibratórios em
sua consciência coordenam e compreendem as mensagens recebidas, para
transmiti-las a terceiros. Médiuns intuitivos são aqueles que captam
os pensamentos dos espíritos.[intuição] Como os outros médiuns, os
intuitivos também servem aos espíritos para suas comunicações.
Prestam-se muito para a direção das sessões espíritas e para a
doutrinação dos espíritos sofredores, porque instantaneamente sabem
quais os pontos a tocar para o esclarecimento deles. Entretanto, dado
a facilidade com que chegam a perceber os pensamentos dos espíritos,
as pessoas dotadas da mediunidade intuitiva precisam ser calmas e
muito ponderadas. Calmas, para não agirem precipitadamente, ao sabor
de qualquer idéia que lhes aflore ao cérebro. Ponderadas, para
analisarem muito bem as intuições que recebem.
Ela é a mediunidade através da qual o médium ouve, sente ou recebe o
pensamento dos desencarnados, mas o faz de modo consciente. O espírito
desencarnado age diretamente no cérebro perispiritual do médium
intuitivo, que depois transmite as idéias do seu comunicante ao mundo
material, servindo-se de seu vocabulário próprio. O médium é então um
receptor telepático das entidades.

Mediunidade de Incorporação:

Quando uma entidade espiritual elevada aproxima-se voluntária ou
involuntariamente para manifestar a sua ação de irradiação de sua Luz
Divina, ao médium, voluntariamente. Compulsória Quando a entidade
espiritual vem cumprir sua missão, independentemente do chamado do
médium.
Na mediunidade de incorporação inconsciente e semi inconsciente, o
perispírito do médium afastam-se da matéria, deixando-a sob o comando
total do desencarnado comunicante. Já o consciente, o espírito do
médium posta-se ao lado da sua matéria, para dar o comando da mesma ao
espírito comunicante. Não é porque seu espírito está ao lado ele
conserva a consciência de tudo que se passa, que ele não está
incorporado. Embora o espírito do médium abandone temporariamente a
matéria, fica a ele ligado pelo cordão fluídico. No inicio de
desenvolvimento de incorporação,a entidade não toma a matéria mais sim
irradia seus fluidos a ela, aumentando gradativamente a sua atuação,
até que a matéria do médium acostuma-se com seus fluidos, dando-se
então a incorporação total.

Mediunidade Voluntária:

Quando a Entidade vem cumprir sua missão atendendo ao chamado do Médium.

Mediunidade de Cura Pelas Mãos (Magnetismo):

Quando, por uma sensibilidade psíquica, ocorre uma evasão ou retração
fluídica pelas mãos ou ponta dos dedos. É como um magnetismo
possibilitando os mais variados tipos de cura pela imposição das mãos
sobre um determinado corpo, para equilibrar suas energias, vitalizá-las 
ou para cura de partes materiais ou espirituais, doentias.
Na mediunidade de cura, o médium é um espírito com pesados débitos
a resgatar, e por isso tem que dar muito de si, de sua matéria, para
beneficio do próximo. Este desgaste é relativo, e não significa que
encurta a vida do médium. Pode também proceder as curas pela simples
imposição das mãos, que através de passes, incorporando ou não. Neste
caso, o médium não será necessariamente inconsciente.

Mediunidade de Comunicação:

São os diversos graus de irradiação entre o Plano Astral Superior e o
plano material. O médium se comunica telepaticamente recebendo,
transmitindo e repassando mensagens.

Clarividência: é a visão mediúnica, quando se vê o mundo astral.

Vidência: visão mediúnica com imagens que se formam mentalmente 
e que tem algum contexto com a realidade ou o mundo astral.
A vidência é o tipo de mediunidade que permite ver as entidades, as
irradiações.
Nela se permite ao médium ver o mundo astral, através dos olhos
perispirituais. É por isso que dizem que os cegos podem ver os
espíritos, pois não dependem da visão material dos olhos para fazê-lo.
O médium, sem auxilio dos cinco sentidos ou do raciocínio, percebe
coisas e fatos que se desenrolam em torno de si, no mundo astral. O
médium pode nascer vidente, e então a sua vidência será chamada de
astralina direta, ou então, através do desenvolvimento mediúnico e
aprimoramento espiritual, torna-se um médium de vidência mental
indireta. Tanto uma como a outra, dependem da maior ou menor
sensibilidade psíquica da criatura, mas sua segurança, exatidão e
proveito, subordinam-se a graduação espiritual do ser.

O médium pode ver as entidades de quatro maneiras diferentes:

Vidência 1. Projeção , o médium vê apenas um facho de luz, uma
coloração que depende da vibração atuante. Não vê forma humana, nem
identifica a entidade.

Vidência 2. Parcial , o médium percebe uma forma humana ao lado de
quem está trabalhando espiritualmente, mas ainda não dá uma perfeita
identificação. Vê somente o contorno, a forma.

Vidência 3. Acavalamento , o médium vê a entidade por cima dos ombros
de outro médium. Já percebe se é masculina ou feminina, se é caboclo
ou preto-velho ou outro falangeiro qualquer, se os cabelos são longos
ou curtos, etc. Muitos médiuns que tiveram esse tipo de vidência
afirmam, por desconhecimento, que as entidades vistas possuíam mais de
dois metros de altura, não percebendo que a entidade, vista acima dos
ombros de outro médium, produziu uma falsa impressão de altura.

Vidência 4. Encamisamento , o médium vê a entidade toda, perfeita.
Isso acontece na incorporação integral, quando a entidade toma conta
do corpo de um outro médium.

Mediunidade de Audiência:

Clariaudiência: audição mediúnica, dom de ouvir a voz dos espíritos.

Há duas espécies de médiuns audientes:
1. Os que ouvem a voz dos espíritos, como se estivessem ouvindo a voz
de uma pessoa.
2. Os que ouvem a voz dos espíritos dentro de si mesmos.

No primeiro caso, os espíritos impressionam os nervos auditivos do
médium.
Isto se deve ao aumento da escala auditiva, normalmente o ouvido
humano percebe vibrações de 16 a 20.000 ciclos por segundo. No médium
audiente, esta percepção vai de 80 a 180.000 ciclos por segundo.

No segundo, o perispírito do médium recebe o pensamento dos espíritos
e o médium o sente como se fosse uma voz interior.
 Um médium audiente pode ouvir a voz dos espíritos, das duas maneiras
ou apenas de uma. Conversa com os espíritos e transmite o que eles
querem dizer aos encarnados.

Mediunidade de Transporte:

 É a capacidade de visitar espiritualmente outros lugares, enquanto o
corpo físico permanece repousando tranquilamente; o espírito se
desliga do corpo e vai para o espaço. Esse transporte pode ser
voluntário ou involuntário.

 No transporte voluntário, o médium se predispõe a realizá-lo. Ele se
concentra e se projeta espiritualmente a outros lugares, tomando
conhecimento do que vê e do que ouve.  O transporte involuntário
ocorre durante o sono. Todos nós nos desligamos do corpo físico
durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais
não nos recordamos ao acordar. Às vezes,  recebemos nesses transportes
soluções para os nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão
idéias próprias. A respeito, diz um ditado popular: "Para a solução de
um grande problema, nada melhor que uma boa noite de sono".

Desdobramento:

Desdobramento é um transporte em que o espírito do médium fica visível
à outra pessoa. O corpo físico fica repousando, o espírito do médium
se transporta a outro ambiente e, nesse ambiente, torna-se visível.
Sonambúlico : Médiuns de Desdobramento: são capazes de se afastarem de
seu corpo físico e desenvolverem atividades espirituais
Neste caso, o perispírito do médium se afasta do corpo físico, podendo
efetuar viagens. O desdobramento pode ser involuntário (quando se
efetua espontaneamente sem a vontade do médium), voluntário (quando o
médium prepara-se, concentra-se para efetuá-lo segundo sua vontade) e
provocado (quando há interferência de uma pessoa, ou de uma corrente
de pessoas para efetuá-lo, por exemplo, a hipnose). Durante o
desdobramento, o médium guarda lembrança variável, mais ou menos
acentuada desta viagem astral, pois ele se conserva consciente o tempo
todo.


Mediunidade Psicográfica:

Tipo de mediunidade muito comum, podendo ser Intuitiva, Semimecânica
ou Mecânica. É a capacidade de receber comunicações pela escrita.
O espírito coloca-se atrás ou do lado do médium, e através da ligação
de seus fios fluídicos ao perispírito do médium, ele adquire o comando
dos movimentos dos braços, antebraços, mãos e dedos dos médiuns, que
passa então a obedecer o comando do espírito comunicante, na
transmissão de mensagens e pinturas.

Psicografia Intuitiva, o médium recebe as mensagens na mente e as
passa para o papel. É pura intuição.

Psicografia Semimecânica, o médium, à medida que vai escrevendo, vai
também tomando conhecimento do que escreve. O espírito atua,
simultaneamente, na mente e na mão do médium.

Psicografia Mecânica, o espírito atua somente na mão do médium, que
escreve sem tomar conhecimento da mensagem recebida.

Quando, ao invés de escrever, o espírito utiliza a mão do médium para
pintar, esse tipo de mediunidade é chamado de psicopictografia. No
Brasil, entre os diversos médiuns que se destacam nessa área em
particular, citam-se os nomes de Luiz Antonio Gasparetto, José
Medrado, Marilusa Moreira Vasconcelos e Florencio Anton, entre outros.


Mediunidade de Efeitos Físicos:

É uma característica que permite ao Médium liberar energias
ectoplasmáticas para exercer uma ação sobre a matéria (movimento) e
promover sua consequente manifestação (apagar ou acender luzes),
podendo se caracterizar de forma consciente ou inconsciente, chamada
de Telecinesia. Esses médiuns são particularmente aptos a produzir
fenômenos materiais, como os movimentos de corpos inertes ou ruídos,
materialização de Espíritos, etc. Foram muito comuns no passado e
tinham a finalidade de chamar a atenção para os fenômenos espíritas,
mas hoje, são cada vez menos frequentes.
Nesta mediunidade , o médium é doador potencial de ectoplasma, como já
foi dito, que manipulados pelas entidades resultam em materializações,
ruídos, levitações, etc. Este ectoplasma é também utilizado nas
operações espirituais. Apenas com a presença do doador de ectoplasma,
muitas vezes sem nem ele saber que é médium, processam-se os fenômenos
ou os benefícios nas operações.

Materialização de pessoas ou objetos acontece com médiuns que tem o
dom de doar muito ectoplasma o mesmo vai recobrindo o corpo
perispiritual até que se veja nitidamente sua presença no mundo físico
material (ficou muito conhecida através do médium Peixotinho, de Macaé
– RJ, que as realizou na década de 50; Chico Xavier também realizou
algumas sessões com seu grupo e outras junto com o próprio
Peixotinho.). Existe ainda a materialização por transporte de objetos,
um pouco diferente de plasmar, quando o médium tem o dom de
desmaterializar algo em algum local físico e materializar em outro
local. Muito conhecida através do médium Adelarzil (faz
materializações no algodão).

Xenoglossia:

É o ato de falar em outras línguas.

    Essa forma de mediunidade é um tanto mal usada por pessoas que
tentam enganar seus consulentes ou fiéis, pois dentro de religiões que
se utilizam deste dom, a regra sempre é que quando se envia alguma
mensagem, e se é dita em línguas diferenciadas, tem que se dar a
tradução por obrigação.

Psicofonia:

Psicofonia (do grego psyké, alma e phoné, som, voz), de acordo com a
Doutrina Espírita, é o fenômeno mediúnico no qual um espírito se
comunica através da voz de um médium. A Doutrina Espírita identifica
duas classe principais de psicofonia: [Psicofonia]   - a  consciente 
- quando o médium afirma ter percebido mentalmente ou escutado uma
fala proveniente de um espírito que desejava se comunicar, tendo-a
reproduzido com o seu aparelho fonador; e   - a  inconsciente  ou 
sonambúlica  - quando o médium afirma não saber o que disse, fazendo
entender, neste caso, que o espírito comunicante ter-se-ia utilizado
diretamente de seu aparelho fonador, por estar ele, médium,
inconsciente. Como se verifica em toda classificação espírita, esta
deve ser entendida como didática, sabendo-se haver uma diversidade de
nuances entre uma e outra classe.

Psicometria:

    Através dela, certos médiuns pelo contato de algum objeto, relatam
minuciosamente não só a origem e a historia desse objeto, como também
de seus possuidores. O psicometra desarticula, de maneira acelerada e
automática, a visão e audição perispiritual, acompanhando o mapa de
ações que lhe é traçado no espaço e tempo pelas entidades, obtendo
assim, as informações e impressões que procura.

Absorção:

    A mediunidade de absorção é aquela em que o médium puxa ou pega
para si alguns males de outras pessoas ou ambientes carregados com
sentimentos ruins, como inveja, maledicência, rancor, ódio, etc.
Podendo-se também ser obsessores, espíritos sem luz, no qual esses
males podem trazer complicações para um médium sem desenvolvimento
mediúnico e espiritual.


Mediunidade é a faculdade que dota o homem de sensibilidade permitindo
a percepção e interação com o mundo espiritual.

Mediunidade é coisa séria. Uns a tomam como benção, outros como
maldição. Não importa. Deus nos dá a oportunidade de evolução.

Mediunidade é darma em ação, resgatando carmas antigos e fazendo novas
flores desabrocharem na atmosfera física e espiritual do mundo.

Mediunidade é escutar com o coração, tudo aquilo que não é dito; é por
vezes falar, sem palavras; é amar.

Mediunidade é oportunidade de evoluir acima de tudo, trabalho de
assistência e auto conhecimento íntimo e espiritual.

Mediunidade não é brincadeira, . É um exercício que deve ser levado a
sério, independente de local, idade ou situação financeira.

Médiuns são seres humanos como outros, mas desempenhando seus
trabalhos com mais responsabilidade, amor e fé em Deus, nos Guias e
Orixás.
Carlos de Ogum