sexta-feira, 1 de julho de 2016

HIERARQUIA E PODER  DENTRO DO TERREIRO



O Poder e a Hierarquia por Nelson Souza Ter poder, e ser de fato detentor de algum poder, são situações distintas em uma comunidade religiosa de Candomblé, isso no meu entendimento. Veja que sempre me refiro ao meu entendimento pessoal, porque o que escrevo é fruto da minha vivência religiosa. Caberia melhor dizer que é fruto da observação dos fatos e situações ao longo dos anos, com pessoas que possuem os mais variados desejos de poder, desde aqueles que rejeitam o poder que lhe é concedido, até aqueles que o desejam muito e intensamente e não medem esforços para conseguir o objectivo. A utilização do poder e da hierarquia numa Casa de Santo não está escrita em nenhum código explícito de conduta, nem mesmo está escrito de fato; a hierarquia e o poder existem pelo simples fato de ser assim e ponto final. Porém, são a hierarquia e o poder bem aplicados que mantém o grupo unido em torno de um objectivo ou de alguém, um líder. Mesmo se pensarmos em um trabalho filantrópico, sem fins lucrativos, perceberemos a hierarquia por trás do projecto; há sempre um líder, um catalisador, alguém a quem se prestam contas; e numa Casa de Santo não seria diferente. O que vejo de problemático neste modelo de hierarquia e poder concentrados em mãos pouco habilidosas para o trato com as pessoas, é o fato dessa hierarquia sacerdotal estar directamente ligada ao status que os postos de zelador, ogan, ekedi ou outro oiê dão a alguns dignatários sem preparo e sem cultura suficientes para exercer estas funções; que lidam directa e diariamente com pessoas, com emoções e sentimentos, com vidas. E, desta forma, o poder se torna um comércio e uma forma de se impor pelo medo. Para exercer correctamente o poder é necessário, além do “direito conquistado”, ter o reconhecimento e o respeito da comunidade. É necessário ser um líder nato, e não um mero ditador de normas. Os grandes nomes de nossa religião nem sempre tiveram educação formal completa, mas tinham carisma e sensibilidade. Portanto, a educação a que me refiro nem sempre é a formal, pois educação vem de família e, como somos uma família pergunto: - Como estamos então educando nossos filhos? Deve-se ter bem claro em uma comunidade quem é o líder e quem são os liderados. Falo em líder e liderados, não senhores e escravos. Frequentemente se confunde hierarquia com satisfação dos desejos do elemento mais graduado, confundindo liderança com imposição do medo. O bom líder orienta, o mau líder se aproveita da fraqueza do outro para diversos fins. Como disse antes, em nossa religião não há um código de conduta escrito e formal; cada zelador é livre para fazer ou desfazer o que bem entender da forma como bem entender em sua Casa. Logo, isso leva à formação de entendimentos particulares das noções de respeito à pessoa, e a hierarquia passa a só ter valor quando imposta de cima para baixo e de dentro para fora do grupo detentor do poder, sendo o restante do grupo relegado à condição de mantenedores do “status Real”. Casos típicos de confusão e de má conduta ética são os zeladores que, não tendo cultura ou educação (inclusive formal), quando empossados no comando de uma Casa não hesitam em tratar as pessoas com total desprezo, principalmente os membros da sociedade civil de maior prestígio que lhes frequentam as Casas. A mim parece um tanto de preconceito ou revanchismo. São pensamentos retrógrados e arraigados de que, fora da Casa, o filho de santo é um médico ou um doutor, mas uma vez dentro da Casa ele fará o que for ordenado, se humilhará e será humilhado. Esse comportamento, associado à falta de ascensão social e reconhecimento profissional do zelador fora do seu próprio meio social/religioso, cria situações de constrangimento e desagrado,  e acabam por excluir muitas pessoas que não compactuam com esse modelo. Educação talvez seja um bom começo. Não é porque não há um código de conduta que direccione o comportamento dos graduados que estes podem dispor das vidas, desejos, anseios e liberdades alheios da forma como melhor lhes convier. Somos, no mínimo, pensantes e temos sim direito ao bom e respeitoso tratamento, pois hierarquia e poder não pressupõe opressão. Pelos motivos acima, creio que o que constantemente leva uma Casa a perder seus filhos e ser reconhecida como um local não muito confiável é a falta de capacidade do seu quadro, do seu staff, que geralmente está mais envolvido em disputas internas e silenciosas pelo poder do que centrado no que realmente importa, que é a educação e crescimento dos membros da comunidade. E, nestas disputas, não se leva em conta a sobrevivência da própria Casa como instituição de amparo aos filhos; não se leva em conta nada, somente a obtenção do poder a qualquer custo ou a manutenção dele. Como disse anteriormente, há também os que rejeitam o poder. Estes não contribuem em nada e se colocam à margem das disputas, mas também não se posicionam contrários a estas. São como já li em um grande livro “Ogãns de bênção”, referindo-se às pessoas sem compromisso com a Casa. Não fala especificamente sobre os Ogãns, não há nenhum preconceito, refere-se à generalidade dos cargos e do status que eles proporcionam na comunidade, sem no entanto se envolverem profundamente com seus assuntos. Claro exemplo de dominação pelo medo se dá em uma consulta de búzios ou a uma Entidade, onde o objectivo principal é a busca de soluções e respostas para um determinado assunto, e essa consulta acaba por impor ao consulente uma série de outros assuntos que não são pertinentes, mas que dão status de grande adivinho ao zelador. Refiro-me aos casos como os declarados no próprio blog sobre informações desencontradas dadas por diferentes zeladores a respeito de um mesmo assunto. Sei que o jogo não é um tomógrafo de última geração, uma máquina programada para dar sempre os mesmos resultados com margens mínimas de erros, mas falo de percepções e de técnicas diferentes em que até o dia em que se consulta o jogo pode ter influência sobre a leitura. Uma coisa não muda em tudo isso, o interesse em ajudar ou ser ajudado do adivinho. O assunto é esse, eu em particular não jogo nem dou consulta, portanto em princípio não deveria falar dos que o fazem, mas, com liberdade para opinar e responsável em conjunto com a Manuela por divulgar a religião neste espaço democrático, não posso omitir este assunto. Esse é somente um item de um grande arsenal de formas usadas para impor o medo. No jogo/consulta se “vê” que o consulente “precisa urgentemente” fazer ou deixar de fazer, ter ou deixar de ter diversas coisas e é nesse ponto que começamos a diferir o poder de fato do poder imposto. Afinal, amedrontar uma pessoa se utilizando de um jogo ou de uma Entidade para obter vantagens é coisa fácil, o difícil é encontrar pessoas que queiram orientar e cuidar, dar carinho e uma palavra de conforto. Como disse, é difícil encontrá-los, mas graças aos Orixás pessoas sérias também ocorrem em grande número, pois afinal é para isso que são graduados e ocupam seus cargos. O objectivo deste texto é dizer que o poder deve ser utilizado para colaborar, para influenciar positivamente, para fazer crescer a comunidade e os filhos, portanto devemos, antes de nos entregar de corpo e alma, avaliar cuidadosamente que tipo de poder queremos exercer e a que tipo de poder estaremos sujeitos. A busca constante da felicidade conduz à felicidade. Não sei de quem é a frase, mas é bem interessante. Tomege do Ogum. fonte:http://suamidosun.blogspot.com


GUIAS,CONTAS,ROSÁRIOS




Elas tem um comprimento que deve ser abaixo do umbigo(chacra sacro-umbilical)que é para proteção do médium. Nas GUIAS,COLARES, são imantadas energias dos ORIXÁS,ENTIDADES, que servem como proteção contra ENERGIAS NEGATIVAS emanadas do próprio MÉDIUM ou durante os trabalhos de assisatencia espiritual a irmãos em desequilibrio,bem como as energias negativas existentes em determinados locais onde se reúnem entidades maléficas. Dizem que elas são os OLHOS DOS ORIXAS, é um canal que permite intercambio entre o MÉDIUM e a DIMENSÃO DO ORIXÁ ou ENTIDADE correspondente a firmeza. CONFECÇÃO:são feitas de contas de cristal ou louça,buzios,lágrimas de N.Sra, dentes,palha da costa,etc... Normalmente são confeccionadas seguindo o PADRÃO DA CASA. Elas obedecem uma numerologia e uma cromologia  adequada ou ainda de acordo com as determinações de uma Entidade. -Servem como pára-raios -são elementos ritualisticos -não devem ser usadas por outros médiuns AS GUIAS DEVEM SER TRATADAS PELOS MÉDIUNS COM TODO CARINHO E O MÁXIMO DE RESPEITO, POIS ELAS REPRESENTAM O ORIXÁ E A SEGURANÇA DO MÉDIUM. Na umbanda, as contas são feitas de pedras ou materiais naturais, e cada pessoa tem o seu rosário particular, confecionado com as cores correspondentes ao nível de desenvolvimento espiritual e à vibração energética. Os adeptos da Ordem Iniciática do Cruzeiro Divino, grupo religioso de umbanda de São Paulo, chamam de guias os fios de contas sagrados. Segundo eles, servem para proteger e manter boas energias.
HIERARQUIA  DAS ENTIDADES



Proximidade de Deus - Classe Subclasse MAIS PRÓXIMOS DE DEUS Trabalhadores da Lei de Amor e Caridade -Chefes de Linha -Chefes de Legião -Chefes de Falange -Mentores -Guias -Protetores Despertados para a Lei de Amor e Caridade - Coroados - Batizados MAIS AFASTADOS DE DEUS Indiferentes à Lei de Amor e Caridade - Atormentados Rebeldes à Lei de Amor e Caridade -Zombeteiros -Perversos A descrição abaixo é baseada no Livro dos Espíritos, de Alan Kardec. TRABALHADORES DA LEI DE AMOR E CARIDADE CHEFES DE LINHA Estes espíritos são os mais próximos de Deus, cujas ordens executam para manutenção da Lei de Amor e Caridade universal. São completamente purificados de todas as influências da matéria e reúnem em si as mais elevadas bondade, qualidade morais e suprema sabedoria espiritual, superior a dos demais espíritos. Os espíritos desse grau não mais necessitam sofrer provas, nem expiações e não estão mais sujeitos à reencarnação. Por estarem livre da influência da matéria, vivem em plena felicidade ao lado de Deus, nos mais elevados planos espirituais. Por causa de suas características, eles comandam as linhas de espíritos que desempenham um trabalho em prol da Lei de Amor e Caridade. Como chefes dessas linhas, compete a eles designar as missões das legiões espirituais, bem como auxiliar os espíritos que lhes são inferiores em seu aperfeiçoamento espiritual. Esses espíritos não incorporam, nem se manifestam aos encarnados, deixando esse tipo de ação para os que lhes são inferiores. Ainda assim, assistem aqueles em suas aflições e os estimulam à prática do bem. São classificados como espíritos puros no Livro dos Espíritos e como anjos, arcanjos, querubins, serafins ou devas em várias religiões, onde são considerados divindades benfazejas. CHEFES DE LEGIÃO A purificação de toda a influência da matéria é o que os caracteriza, reunindo em si elevada bondade, as mais elevadas qualidades morais e altíssima sabedoria espiritual, superior a dos Chefes de Falange. Os espíritos desse grau não mais necessitam sofrer provas, nem expiações e não estão mais sujeitos à reencarnação. Por estarem livre da influência da matéria, vivem em suprema felicidade nos planos superiores da vida espiritual. Por causa de suas características, eles comandam as legiões de espíritos que desempenham um trabalho em prol da Lei de Amor e Caridade. Como chefes dessas legiões, compete a eles designar as missões das falanges espirituais, bem como auxiliar os espíritos que lhes são inferiores em seu aperfeiçoamento espiritual. Esses espíritos não incorporam, nem se manifestam aos encarnados, deixando esse tipo de ação para os que lhes são inferiores. Ainda assim, assistem aqueles em suas aflições e os estimulam à prática do bem. São classificados como espíritos puros no Livro dos Espíritos e como anjos, arcanjos, querubins ou devas em várias religiões, onde são considerados divindades benfazejas. CHEFES DE FALANGE A purificação de toda a influência da matéria é o que os caracteriza, reunindo em si elevada bondade, as mais elevadas qualidades morais e elevada sabedoria espiritual. Os espíritos desse grau não mais necessitam sofrer provas, nem expiações e não estão mais sujeitos à reencarnação em corpos materiais perecíveis. Por estarem completamente livre da influência da matéria, vivem em suprema felicidade nos planos superiores da vida espiritual. Por causa de suas características, eles comandam as falanges de espíritos que desempenham um trabalho em prol da Lei de Amor e Caridade. Como chefes dessas falanges, compete a eles designar as missões dos espíritos que lhes são inferiores, bem como auxiliá-los em seu aperfeiçoamento espiritual. Suas manifestações, embora raríssimas, são sublimes e suas comunicações são extremamente bondosas e repletas de ensinos morais e espirituais, porém são restritas àqueles que procuram a verdade espiritual com boa-fé e que não os evocam por curiosidade ou com propósitos que fogem ao bem. Rarissimamente atuam através de trabalhos que exijam incorporação, deixando esse tipo de ação para os que lhes são inferiores. Ainda assim, assistem os encarnados em suas aflições e os estimulam à prática do bem. São classificados como espíritos puros no Livro dos Espíritos e como anjos, arcanjos ou devas em várias religiões, onde são considerados divindades benfazejas. MENTORES A associação de bondade, de qualidades morais elevadas e de elevada sabedoria espiritual é o que os caracteriza. Essa superioridade que possuem os tornam mais qualificados a transmitirem verdadeiros ensinamentos sobre o mundo espiritual, dentro do limites do que lhes é permitido revelar. Situam-se muitíssimo acima da condição geral média da humanidade, não apresentando qualquer apego às coisas do mundo material. Por causa disso, a encarnação destes espíritos no planeta Terra é rara e quando assim o fazem, cumprem a missão de servir de exemplo aos demais na evolução que se deve buscar. Suas manifestações são sublimes e suas comunicações são extremamente bondosas e repletas de ensinos morais e espirituais, porém são restritas àqueles que procuram a verdade espiritual com boa-fé e que não os evocam por curiosidade ou com propósitos que fogem ao bem. Raramente atuam através de trabalhos que exijam incorporação, uma vez que seus trabalhos de caridade não estão mais no campo de socorro a necessitados, nem no auxílio na evolução espiritual de um único indivíduo. A principal missão de um espírito neste grau é auxiliar na evolução espiritual de coletividades, seja de seres encarnados ou não. São classificados como espíritos superiores no Livro dos Espíritos. GUIAS A associação da bondade com as qualidades morais mais elevadas é o que os caracteriza. Não possuem conhecimentos ilimitados, dinheiro porém são dotados de uma capacidade intelectual que lhes faculta juízo reto sobre os seres humanos e as coisas. Situam-se muito acima da condição geral média da humanidade, não apresentando qualquer apego às coisas do mundo material. Suas manifestações não apresentam grosserias de quaisquer espécies e suas comunicações são extremamente bondosas e repletas de ensinos morais. Não se fazem muito atuantes através de trabalhos que exijam incorporação, uma vez que seus trabalhos de caridade não estão mais no campo de socorro a necessitados, embora muitas vezes ainda o façam. A principal missão de um espírito neste grau é auxiliar na evolução espiritual daquele de quem é guia e, em algumas ocasiões, de pessoas próximas a ele. São classificados como espíritos de sabedoria no Livro dos Espíritos. PROTETORES A bondade é neles a qualidade dominante. Ficam satisfeitos em poder prestar serviço aos seres humanos e protegê-los, porém seus conhecimentos são limitados. Situam-se acima da condição geral média da humanidade e não mais apresentam apego às coisas do mundo material. Suas manifestações não apresentam grosserias, seja de expressão, seja de linguagem, e suas comunicações são bondosas e repletas de bons ensinamentos. São bastante atuantes através de trabalhos que exijam incorporação, utilizando o corpo de seus médiuns como instrumento para praticarem a caridade para as pessoas necessitadas, através de passes e consultas. São classificados como espíritos benévolos no Livro dos Espíritos. DESPERTADOS PARA A LEI DE AMOR E CARIDADE COROADOS São espíritos que abandonaram quase que totalmente os trabalhos voltados para o mal ou as ações zombeteiras, tendo já demonstrado em suas ações que se esforçam na prática dos trabalhos voltados para o bem. Por causa desse seu compromisso com o bem, costumam sofrer verdadeiramente pelos males que ocasionaram aos outros. Situam-se pouco acima da condição geral média da humanidade, tanto no que se refere a moral quanto ao que se refere a conhecimento, e ainda conservam certo apego a algumas alegrias do mundo material. Suas manifestações apresentam pouca grosseria nas expressões e na linguagem e nas suas comunicações já é possível observar alguns ensinamentos dos espíritos mais elevados. São classificados como espíritos neutros no Livro dos Espíritos. BATIZADOS São espíritos que apesar de já terem sido despertados para os trabalhos do bem, ainda não abandonaram completamente os trabalhos voltados para o mal ou as ações zombeteiras, se dedicando a cada um deles de acordo com a influência que recebam de outros espíritos. Situam-se na condição geral média da humanidade, tanto no que se refere a moral quanto ao que se refere a conhecimento, e são apegados às coisas do mundo material, de cujas alegrias sentem falta. Seus conhecimentos sobre as coisas espirituais são restritos e, invariavelmente, acabam por misturá-los com suas próprias idéias e preconceitos. Suas manifestações ainda apresentam alguma grosseria nas expressões e na linguagem e suas comunicações não transmitem mais do que noções incompletas e, muitas vezes, errôneas sobre as coisas espirituais. São classificados como espíritos neutros no Livro dos Espíritos. INDIFERENTES À LEI DE AMOR E CARIDADE ATORMENTADOS São espíritos que conservam muito vívidas a lembrança e a percepção dos sofrimentos da vida corpórea, sofrendo por esses males tanto quanto sofrem pela condição em se encontram no mundo espiritual. Por causa das lembranças tão nítidas da vida corpórea, em muitas ocasiões esses espíritos acabam obsediando pessoas pelas quais se afeiçoavam quando encarnados, buscando nessa proximidade uma forma de amenizar seu sofrimento, sem, no entanto, entenderem os males que daí decorrem. Suas manifestações são caracterizadas pela expressão de dor e a linguagem repleta de lamentos, notando-se claramente o desespero e o sofrimento pelos quais passam. REBELDES A LEI DE AMOR E CARIDADE ZOMBETEIROS São espíritos maliciosos, levianos e mistificadores. Como espíritos metem-se em tudo e a tudo respondem, sem se incomodarem com a verdade. Gostam de causar pequenos desgostos e ligeiras alegrias, de intrigar, de induzir maldosamente em erro, por meio de mistificações e de espertezas. Em suas comunicações a linguagem de que se servem é amiúde, espirituosa e faceta, mas quase sempre sem profundeza de idéias. Aproveitam-se das esquisitices e dos ridículos humanos e os apreciam, mordazes e satíricos. Quando tomam nomes de seres considerados superiores, o fazem mais por malícia do que por maldade. São classificados como espíritos levianos no Livro dos Espíritos. PERVERSOS Os espíritos perversos são aqueles que se dedicam ao mal por prazer, fazendo dele o objeto de suas preocupações. Como espíritos, dão conselhos pérfidos, semeiam a discórdia e a desconfiança. Suas manifestações são caracterizadas pela grosseria das expressões e da linguagem e suas comunicações exprimem a baixeza de seus pendores, denotando sua inferioridade moral. Tentam se mascarar de todas as maneiras para melhor enganar, podendo até mesmo falar com certa sensatez em algumas ocasiões, porém não conseguem sustentar por muito tempo o papel e acabam sempre por se traírem. Por ódio ao bem, quase sempre escolhem suas vítimas entre as pessoas bondosas, procurando induzi-las à perdição e a sucumbirem nas provações, de forma a retardar-lhes o progresso espiritual, o que lhes causa grande satisfação quando o conseguem. Quando encarnados se tornam flagelos para a humanidade, pouco importando a categoria social a que pertençam quando nessa condição. São classificados como espíritos impuros no Livro dos Espíritos e como demônios, maus gênios ou espíritos do mal em várias religiões, onde são considerados divindades maléfica Livro dos Espíritos