quarta-feira, 16 de novembro de 2016

PORQUE FAZER O SANTO


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Kolofé Olorum , ( Benção Deus Meu, Criador do Universo) Irmãos, todos nós nascemos completos em espírito, nossas raízes nos acompanham por todas as nossas existências. Em nossa coroa (ORI) , carregamos muitos dons, os quais somente serão desenvolvidos e conhecidos após a feitura de santo e posteriormente deve somar-se a constante prática espiritual.
A iniciação é somente um degrau (o primeiro) dos muitos que devemos subir para que cresçamos em conhecimento e espiritualidade adiante de Olorum,e dos ORIXáS.Ser iniciado quer dizer ,RENASCER . Porque renascer?
Porque quando nascemos é considerado sempre o primeiro começo, quando somos iniciados ,renascemos no espírito e entramos em comunhão direta com o nosso santo e com nossas raízes espirituais. Alem de renascermos, abrimos um canal de comunicação com o nosso santo.
A "Feitura de Santo" fortalece nosso escudo espiritual, energizando nosso espírito, nosso corpo e fortalecendo nossa saude, para desempenharmos com desenvoltura a nossa missão espiritual e material.
Iniciar iawô é uma forma de auxilia-lo no seu reencontro com as suas raízes, e ter sido escolhido para ser um auxiliar do orixá na orientação do iniciado deve ser encarado como uma responsabilidade que uma mãe recebe ao ter um filho.
Iniciar iawo é ajudá-lo no entendimento da comunicação iawô/orixá, da magia oculta, existente no sincretismo do orixá (maneira de cultuar o santo).
O nosso relacionamento com o ocultismo baseia-se em confiança nas experiências próprias bem sucedidas e nos objetivos alcançados. O nosso relacionamento com os nosso ORIXáS baseiam-se em fé e percepção do cuidado que estes ORIXáS tem conosco.
A "Feitura de Santo" é necessária para os que desejam reunir-se ao seu santo, e penetrar nos segredos de seus orixás, porque é através da "Feitura de Santo" que o orixá é assentado no ori e a partir dai o yawô tem acesso espiritual de fato e de direito ao entendimento do ocultismo e magia do seu santo, no que lhe for permitido por Olorum e babá Ifá.
Se não formos iniciados, ouvimos e não escutamos , vemos e não enxergamos, nos será dito e não entenderemos, e não teremos a benção do contato com os nossos orixás dentro de sua força oculta na natureza. Contato este que pode processar-se de muitas maneiras de acordo com o dom de cada ser humano.
Olorum e Ifá que examinam os corações sabem qual é a intenção do espírito. Médiuns recem chegados a "Feitura de Santo" sigam sempre a voz interna da sua intuição, ser iawo é antes de tudo ser sensitivo.
SER YAWO é... "SENTIR O SANTO". 

O Anjo da Guarda na Umbanda




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O Anjo da Guarda é um Anjo pes­soal e tutelar, que têm por função velar, pro­teger, amparar, inspirar e acompanhar seu tutelado (este acompanhar não é algo necessariamente presencial).

Cada tradição explica o Anjo da Guarda de uma forma diferente, embora nos seja mais familiar os conceitos do Judaismo e Catolicismo é fato que já existia este conceito nas culturas sumeriana, babilônica, persa (zoroastrismo) e outras da mesopotâmia, no oriente médio antigo.

No Espiritismo (Doutrina de Allan Kardec), além de Deus todas as formas de vida seguem uma mesma e única via de origem e evolução, tudo que vive é, foi ou será espírito, logo anjos são espíritos e anjo da guarda é “espírito tutelar”, muitos o confundem com seu “espírito protetor”, “guia espiritual” ou “mentor”.

O esoterismo se apropriou dos 72 nomes de Deus na Cabala Hebraica, que são potencias de Adonai, atribuiu vogais para estes “nomes potencias” e os identificou como “anjos”, fazendo surgir uma tabela com nomes de anjos, 72 anjos, relacionada com os 365 dias do ano, em que se faz identificar pela data de nascimento o nome de seu anjo e qual suas qualidades. Embora em todas as tradições antigas anjo da guarda não tenha nome conhecido, passou-se a identificar estes nome de anjos como sendo a identidade dos “anjos da guarda”. Este conceito surge na obra de Lenain (A Ciência Cabalística ) e se repete na obra de Papus (A Cabala)  que é também um seguimento do que se conhece como Alta Magia.

Na “Magia Sagrada de Abramelin”, um tratado de Magia Cabalistica, aparece um conceito de “Anjo Guardião” que se fará presente nos seguimentos “Mágikos” de Aleister Crowlei, OTO, Golden Daw e da Magia de Telema, em que o “Anjo Guardião” é uma forma personalizada do Mistério Maior, a forma de Deus manifesta para cada um...

Archibald Joseph Macintyre em seu livro “Os Anjos, Uma Realidade Ad­mirável” apresenta de forma resu­mida as condições da questão CXIII da Suma Teológica, que é de São Tomás de Aquino, o maior teólogo da Igreja Católica e considerado “Doutor Angélico”, desencarnado em 1274, como podemos ver abaixo:

1– Os homens são custodiados pelos Anjos. Isto porque, como o conhe­cimento e as aflições dos ho­mens podem variar muito, vindo a desencaminhá-los do bem, foi neces­sário que Deus destinasse anjos para a guarda dos homens, de modo que, por eles, fossem homens orienta­dos, aconselhados e movidos para o bem.

Pelo afeto ao pecado, os homens se afastam do instinto do bem natural e do cumprimento dos preceitos da lei positiva e podem também desobe­decer às inspirações que os Anjos bons lhes dão invisivelmente, ilumi­nan­do-os para que pratiquem o bem. Por isso, se um homem vem a per­der-se, isso se deve atribuir à malícia do homem e não à negligência ou incapacidade do Anjo da Guarda.

2 - A cada homem custodiado, corresponde um Anjo Custódio dis­tin­to. Cada Anjo tem sob sua respon­sa­bilidade uma alma que lhe compete procurar salvar.

3 - O Anjo da Guarda livra cons­tan­temente seu protegido de inu­meráveis males e perigos tanto da alma quanto do corpo, dos quais o homem não se dá conta. Vimos como Jacob se dirigiu a José (Gen 48,10): “Que o Anjo que me livrou de todos os males abençoe a essas crianças.”

4 - O Anjo da Guarda impede que o demônio nos faça o mal que dese­jaria fazer-nos. Lembremo-nos da história de Tobias mencionada nes­te e no capítulo 3.

5 - O Anjo da Guarda suscita con­tinuamente em nossas almas pensa­mentos santos e conselhos saudá­veis (conforme se lê em Gen. 16,18; At. 5,8,10).

6 - O Anjo da Guarda leva a Deus nossas orações e pedidos, não por­que Deus onisciente, necessite disso para conhecê-los, mas para que ouça benignamente. Implora por iniciativa própria os auxílios divinos de que iremos necessitar, sem que disso nos demos conta e sem que, muitas vezes venhamos a saber que rece­be­mos esses auxílios (ver Tobias c.3 e 12; Atos c.10).

7 - O Anjo da Guarda ilumina nosso entendimento, proporcionan­do-nos as verdades, de um modo ma­is fácil e compreensível, mediante o influxo que pode exercer em nossos sentidos interiores.

8 - O Anjo da Guarda nos assis­tirá particu­larmente na hora da morte quando mais dele iremos necessitar.

9 - Os Anjos da Guarda, segun­do opinião piedosa de grandes teólogos, acompanham as almas de seus prote­gidos ao purgatório e ao céu depois da morte, como acom­panhavam as al­mas dos antigos pa­tri­ar­cas ao “Seio de Abraão”, expres­são que simboliza a união com o pai.

De fato, a igreja apoiando e con­firmando essa crença, na cerimônia da encomendação da alma a Deus, ao descer o corpo à se­pultura, como última oração, reza: “Ide a seu en­contro Anjos do Senhor; recebei sua alma e conduzi-a presença do Altís­simo...; que os An­jos te conduzam ao seio de Abraão.”

10 - O Anjo da Guarda, ainda, se­gun­do a opinião de mui­tos teó­lo­gos, aten­dem às orações dirigidas pe­los fiéis à alma de seu custo­diado quando esta se encontra no pur­ga­tório, “em estado não de socorrer, mas de ser socor­rida” (2-2 Q.83 a. 11. ad 3). Por isso, as súplicas diri­gidas às almas do purgatório são das mais eficazes, pois são impetradas pelo Anjo da Guarda da alma a quem se recorre.

11 - O Anjo da Guarda acompa­nha­­rá eternamente no Céu a seu custodiado que alcançou a salvação, “não mais para protege-lo, mas para reinar com ele” (1.Q.113 a.4) e “para exercer sobre ele algum mistério de iluminação” (1 Q, 108 a. 7 ad 3).

12 - O Anjo da Guarda não pode livrar-nos das penas e cruzes desta vida, enquanto Deus em sua infinita bon­dade no-las tiver mandado ou per­mitido, para nossa provação, santificação e purificação. Mas nos ajudará a suportar pacientemente , resignadamente e até mesmo ale­gremente as provações, encaradas como nossa modesta participação de solidariedade no Mis­tério da Reden­ção da Humanida­de, o qual se rea­lizou plenamente no Sacrifício do Calvá­rio, com a morte de Jesus.

13 - O Anjo da Guar­da nos pro­tege contra a malícia humana, a injus­tiça, a hipocrisia, a fal­sidade, a men­ti­­ra, a injustiça e os ciúmes daqueles que nos querem pre­ju­dicar. Sua vene­ração e invocação sempre nos hão de valer.

Para nós Umbandistas, tudo está por se fazer, tudo está por se conhecer, definir e compreender...  

Na religião de Um­banda há o cos­tume de se acen­der uma vela bran­­ca de sete dias ao Anjo da Guar­da, ofere­cen­do água e mel. O que po­de ser feito de forma simples e como prática espi­ritual de proteção na presença do Anjo da Guarda, for­ta­lecendo o vín­culo entre ele e nós.

Basta para isso uma vela branca, um pires, um copo de água e mel.

Acenda a vela branca e segure-a com a mão direita à frente e acima da cabeça, faça esta evocação:

Eu Evoco à Deus, sua Lei Maior e sua Justiça Divina!

Evoco meu Anjo da Guarda ofe­reço a vós esta vela e peço que a iman­te, cruze e consagre em vosso po­der se fazendo presente por meio dela em minha vida, em meu coração, palavras e mente!

Encoste a vela em cima de sua cabeça e imagine a luz dela alcan­çan­do o infinito, no alto onde se en­contra seu anjo da guarda com o Altís­simo, a luz sobe como um facho e quan­do alcança o anjo a luz Dele desce por este facho o iluminando ainda mais até alcançar o alto de sua cabeça, entrando por seu corpo, de dentro para fora e de fora para dentro o envolvendo todo em sua luz, neste momento dê sete voltas em sentido horário com a vela acima de sua cabeça. Após feito isso se certifique que a vela está em local seguro, tomando o cuidado para não quei­­mar cortinas nem tapetes e evi­tando estar ao lado de gás ou acessível a crianças e/ou animais domésticos. Esta Vela pode estar num altar, acima de uma mesa ou no chão pois o que importa é que no ato de acender e evocar, neste momento, a vela esta­va acima de sua cabeça, agora basta firmá-la em um local seguro. Coloque um pouco de mel em torno da vela e o copo de água ao lado dizendo.

Meu anjo da guarda vos ofereço esta água e este mel, para que me proteja e envolva meu corpo material, astral e espiritual em vossos eflúvios e irradiações doces, benéficas e revitalizantes. Me inspire bons pensamentos e ações, afastando o mal de minha vida. AMÉM.

Caso ache necessário faça outros pedidos.

Se Você é médium de Umbanda, tenha em seu Anjo da Guarda, uma das mais simples e poderosas proteções que um médium pode ter, a mantenha acesa com vela de sete dias ininterruptamente e reze diariamente a seu Anjo da Guarda, no mínimo, antes de dormir e ao acordar.

 

Por Alexandre Cumino

Mãe Maria


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A presença de Mãe Maria se faz sentir cada vez mais fortemente entre nós, seja por meio de um resgate histórico da atuação das mulheres em nosso planeta, seja pela atuação da mãe de Cristo a partir do plano espiritual.

Por Rosana Felipozzi


A história nos conta capítulos de um cristianismo escrito pelos homens. Mas, e as mulheres? Onde estão os relatos de suas vidas?

Até hoje, desconhecemos muitos acontecimentos envolvendo grandes mulheres que acompanharam, viveram e atuaram brilhantemente durante a passagem de Jesus na Terra. Se houve um tempo em que não era interessante saber o que essas histórias podem nos revelar, em nossos dias podemos sondar, pesquisar e até contar livremente aquilo que ficou oculto, por ser tão importante.

Alguns poderão perguntar: “Mas por que deveríamos nos ater especificamente à vida das mulheres? A questão feminina ou das diferenças sexuais teriam relevância diante da espiritualidade?”

Porém, ocorre que em nossa condição humana somos regidos pela Lei de Causa e Efeito e, a cada encarnação, ainda estamos cumprindo nossos compromissos num programa bem elaborado no qual a escolha sexual é uma das grandes alavancas para a conquista evolutiva.

Em “O Livro dos Espíritos”, no capitulo IV, Pluraridade das Existências, nas questões 200 a 202, Kardec nos responde sobre o sexo dos espíritos. Esta é realmente, uma questão bastante delicada e polêmica porque grande parte da humanidade está inserida nessa condição; ora encarnando no sexo masculino, ora no feminino. No entanto, há uma certa negligência com relação ao assunto, talvez provocada por crenças bastante vívidas em nós, mas que não condizem com os ensinamentos fornecidos pelos espíritos a Kardec, ou mesmo por total falta de observação da própria realidade enquanto espíritos.

Para muitos, a crença num Deus/Pai masculino é entendida ao pé da letra e não como uma força superior, a inteligência suprema, causa de todas as coisas. Sendo Deus a causa, não está sujeito aos efeitos, pois comanda as leis que nos regem.

As questões do masculino e feminino somente deveram interessar a todos nós, espíritos encarnados, pois necessitamos integrar esses dons.

Diante desse grau de consciência, podemos desenvolver melhor os dons e atributos femininos necessários a um espírito encarnado num corpo de mulher, o mesmo ocorrendo com os homens.

Pouco compreendemos as relações existentes entre a sexualidade e a espiritualidade, o sagrado, o profano, o que foi ocultado daquilo que é real e verdadeiro sobre esses assuntos. Talvez, ao repensarmos essas questões sob uma óptica mais profunda, estejamos também ampliando nosso entendimento sobre as relações humanas, sociais, religiosas e até mesmo políticas.

Entender o amor de uma forma mais pura e o que o refinamento e a pureza espiritual, porém verdadeiramente proporcionar às nossas personalidades, também ajudará a minimizar as diferenças de gênero, cor ou qualquer outro fator restritivo, possivelmente aproximando-nos pela observação, aceitação e vivência dessas diferenças.

Sem abandonarmos os preconceitos que há muito não condizem com a necessidade evolutiva da Terra, não seremos capazes de decidir pelo amor.

A imagem de Maria como uma grande mulher, a representante máxima dos dons e atributos femininos – dos quais conhecemos apenas uma parte – precisa ser resgatada, e seu papel, revisto. Se desejarmos ardentemente a nossa evolução e a do planeta, podemos começar por uma reflexão sobre a “escolhida” para ser a mãe de um grande ser de luz, aquele que nos ensinou o caminho do amor. Provavelmente, nós nos surpreendemos, pois há muito mais a ser conhecido sobre ela.

Rever a vida de Maria e todo o ensinamento contido em suas atuações poderá trazer à tona tudo o que nos foi subtraído por séculos a respeito do sagrado feminino.

Será que, ao conhecimento melhor sua vida, não a estaremos tornando mais humana, mais próxima, onde certamente ela gostaria de estar?

Uma boa sugestão de leitura sobre alguns aspectos da vida de Maria e seu trabalho na espiritualidade, é o livro “Maria – Mãe de Jesus” (FAE Editora). A começar pela capa, exibindo retrato de Maria – ditado pelo mentor espiritual Emmanuel ao fotógrafo Vicente avelã, através do médium Chico Xavier – todo o conteúdo nos aponta passagens desconhecidas de sua volta ou conhecida por muito poucos.

Os textos e mensagens reunidos pelo organizador Edison Carneiro são psicografias feitas por Chico Xavier; algumas informações foram extraídas do livro “Memórias de um Suicida” , de Yvonne A. Pereira; e ainda alguns relatos coletados no “Evangelho de Lucas”- considerado pelos espíritos como textos que, apesar das inúmeras traduções e transcrições, chegaram ao nosso tempo com uma parcela mínima de erros e distorções.

A maioria das descrições da vida de Maria, verdadeiros quadros verbais, são de autoria do espírito Humberto de Campos, alguns, do espírito Emmanuel, além de poemas de outros espíritos.

Logo em suas primeiras páginas lemos que “Maria é um dos espíritos mais puros que foram dados à humanidade conhecer”

Assim, seria interessante entender o que Kardec, no “Livro dos Espíritos”, nos informa a respeito da ordem a que pertencem os espíritos puros e quais são suas características. No livro segundo, em “Mundo espírita ou dos espíritos”, cap I, ele diz que os espíritos puros fazem parte da primeira ordem dos espíritos e têm como caracteres gerais a superioridade intelectual e moral absoluta, em relação aos espíritos das outras ordens, não sofrendo mais nenhuma influência da matéria.

Pertencem à primeira classe – classe única – na qual os espíritos percorrem todos os graus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria, havendo atingido a soma das perfeições de que é susceptível a criatura. Não tendo mais provas nem expiações a sofre, não estando mais sujeitos à reencarnação em corpos perecíveis, vivem a vida eterna, que desfrutam no seio de deus. Gozam de uma felicidade inalterável, porque não estão sujeitos ás necessidades ou vicissitudes da vida material. Essa felicidade ressalta Kardec, não é a de uma ociosidade monótona, vivida em contemplação perpétua. Eles são mensageiros e os ministros de Deus, cujas ordens executam para a manutenção da harmonia universal. Dirigem a todos os espíritos que lhes são inferiores, ajudam-nos a se aperfeiçoar e determinam suas missões. Assistem os homens nas suas angústias, incitam-nos ao bem e ajudam-no a expiar suas faltas.

Kardec também nos clareia o entendimento afirmando que os espíritos puros são por nós designados pelos nomes de anjos, arcanjos ou serafins, e podemos nos comunicar com eles, porém sem a presunção de tê-los constantemente sob nossas ordens.
Um período histórico bastante interessante e do qual praticamente não temos notícia por fontes oficiais, é aquele após a separação dos discípulos, ao se dispersarem por lugares diferentes para a difusão das mensagens de Cristo, ou melhor, da Boa Nova.

Nessa ocasião, Maria se retirou para a cidade de Batanéia, onde alguns parentes mais próximos a esperavam com especial carinho.

Segundo Humberto de Campos, “para aquela mãe amorosa, cuja alma digna observa que o vinho generoso de Cana se transformou no vinagre do martírio, o tempo assinalava sempre uma saudade maior no mundo e uma esperança cada vez mais elevada no céu”.

“Sua vida era uma devoção incessante ao rosário imenso de saudade, ás lembranças mais queridas. Tudo que o passado feliz edificara em seu mundo interior revivia na tela de suas lembranças, com minúcias somente conhecidas do amor, que lhe alimentavam a seiva da vida”.

Após esse tempo passado em Batanéia, informa-nos Humberto de campos que Maria aceita o oferecimento feito por João, filho de Zebedeu, de irem morar em Éfeso (cidade da Lídia, na costa ocidental da Ásia Menor).

João nunca esqueceu as observações que o Mestre lhe havia feito na cruz. Sua responsabilidade com respeito à Maria e o título de filiação recebido como prova das mais altas expressões de amor universal, sempre o acompanharam.

Humberto de Campos também relata que em Éfeso, as idéias cristãs ganhavam terreno, o que encheu de ânimo e entusiasmo tanto João quanto Maria.

Morando em Éfeso ambos firmaram uma associação de interesses espirituais. A casa de João, com a chegada de Maria, se transformou num ponto de assembléias adoráveis, nas quais as recordações do Messias eram cultuadas por espíritos humildes e sinceros. Enquanto Maria externava suas lembranças em sua choupana, que se tornou conhecida pelo nome de “Casa da Santíssima”, João pregava na cidade.

Durante sua permanência em Éfeso, Maria recebeu a visita de Paulo de Tarso. Emmanuel nos fala um pouco dessa visita: “Paulo visitou a mãe de Jesus na sua casinha singela, que dava para o mar. Impressionou-se fortemente com a humildade daquela criatura simples e amorosa, que mais se assemelhava a um anjo vestido de mulher.”

“Paulo de Tarso interessou-se pelas suas narrativas cariciosas, a respeito da noite do nascimento do Mestre, gravou no íntimo suas divinas impressões e prometeu voltar na primeira oportunidade, a fim de recolher os dados indispensáveis ao Evangelho que pretendia escrever para os cristãos do futuro”.

“Maria colocou-se à sua disposição, com grande alegria”.

“O projeto deste evangelho continuou a ser alimentado, mas dificultado pelas viagens constantes do apóstolo”.

“Estando preso na Cesaréia, Paulo resolveu encarregar Lucas da redação”.

Valendo-se das informações de Maria, a biografia de Jesus foi então escrita. Lucas, o médico amigo, se incumbiu de escrever o velho projeto de Paulo, satisfazendo-lhe integralmente o desejo, nos informa Emmanuel. Por isso o evangelho de Lucas é também conhecido como o “Evangelho de Maria”.

Retornando aos relatos de Humberto de Campos temos:

“A Igreja de Éfeso exigia de João a mais alta expressão de sacrifício pessoal, pelo que, com o decorrer do tempo, quase sempre Maria estava só, quando a legião humilde dos necessitados descia o promontório desataviado, rumo aos lares mais confortados e felizes os dias, as semanas, os meses e aos anos passaram incessantes (...)”

“A velhice não lhe acarretara nem cansaços nem amarguras. A certeza da proteção divina lhe proporcionava ininterrupto consolo”.

Durante essa fase, Humberto de Campos nos revela que Maria, ao receber notícias de Roma, sobre as dolorosas perseguições impostas a todos os que fossem fiéis à doutrina, agora chamada de cristã, entregou-se às orações como de costume, pedindo a Deus por todos aqueles que se encontrassem em angústias, por amor de seu filho.

Enlevada em suas meditações, Maria viu se aproximar o vulto de um pedinte. Nesse momento, afirma Humberto de campos, Maria ouviu: “Minha mãe – exclamou o recém-chegado, como tantos outros que recorriam ao seu carinho – venho fazer-te companhia e receber a tua benção”.

Após convidá-lo a entrar e muito impressionada com aquela voz, sentiu-se emocionada e tocada por aquelas palavras. O hóspede anônimo lhe estendeu as mãos e falou: “Minha mãe, vem aos meus braços!”

Nesse instante, Maria fitou suas mãos e viu nelas as chagas, como as que seu filho revelava na cruz. Num ímpeto de amor, fez um movimento para se ajoelhar. Ele, porém, levantando-a, ajoelhou-se aos seus pés e, beijando suas mãos, lhe disse: “Sim, minha mãe, sou eu! Venho buscar-te, pois meu pai quer que sejas no meu reino a Rainha dos Anjos.”

Humberto de Campos nos diz que, após esse acontecimento, Maria cambaleou, querendo manifestar sua felicidade e agradecimento, mas seu corpo havia sido paralisado. Enquanto isso, aos seus ouvidos chegavam os ecos suaves da saudação do anjo.

No dia seguinte, dois portadores humildes desciam a Éfeso, de onde regressaram com João, para assistir os últimos instantes da Mãe Santíssima.

Quanto ao trabalho executado por Maria no plano espiritual, destacamos alguns trechos expostos no livro e que foram descritos pela médium Ynonne A. Pereira em “Memórias de um Suicida” , através do espírito Camilo Castelo Branco, destacado escritor português do século 19 que tendo cometido suicídio, foi socorrido amorosamente pela Legião dos Servos de Maria.

Segundo suas lembranças no Vale dos Suicidas, Camilo descreve: “Uma região de muitas dores do plano espiritual que abriga aqueles que tentaram por fim à própria vida...”

Ele nos conta que o cenário desse vale é de criaturas disformes, tanto homens quanto mulheres, caracterizados pela alucinação. Uma povoação envolvida em densos véus de penumbras, gélida e asfixiante, onde se aglomeram os habitantes de além-túmulo. Porém, mesmo em lugar tão terrível, assevera Camilo, a misericórdia de Deus se manifesta. Periodicamente, recebiam a visita de uma singular caravana. Era como a inspeção de alguma associação caridosa.

Ele diz que esse grupo procurava aqueles entre os presentes cujos fluidos vitais, arrefecidos pela desintegração completa da matéria, permitissem locomoção para as camadas do invisível intermediário, ou de transição.

Senhoras faziam parte dessa caravana. Além delas, conta Camilo, um pequeno pelotão de lanceiros formava uma coluna, como batedores de caminhos, um cordão de isolamento contra quaisquer hostilidades que pudessem surgir. Um oficial comandante erguia uma flâmula na qual se lia em caracteres azul-celeste “Legião dos servos de Maria”.

Camilo afirma também que se passaram anos até que, finalmente, teve condições de ser socorrido e transferido para o Hospital Maria de Nazaré. Primeiramente, o comboio os encaminhou durante algum tempo, a um conjunto de muralhas, como as velhas fortificações medievais, até que parou em frente a um grande portão, que seria a entrada principal da Colônia Correcional.

Surpreso, tanto Camilo quantos seus companheiros entraram em uma cidade movimentada. Edifícios, ministérios públicos ou departamentos, casas residenciais bem como indivíduos – atarefados e uniformizados com longos aventais brancos, ostentando ao peito a cruz celeste com as iniciais LSM -, eram avistados.

Ao serem convidados a descer ao departamento de vigilância, continua Camilo, foram reconhecidos e matriculados pela direção como internos da Colônia. Daquele momento em diante, estariam sob a tutela direta de uma das mais importantes agremiações, pertencentes à legião chefiada pelo grande espírito Maria de Nazaré.

Nas viaturas, iguais a leves trenós ligeiros e confortáveis, puxados por cavalos e com capacidade para dez passageiros, foram levados ao departamento hospitalar. Novos letreiros indicavam, a direita, o manicômio, e a esquerda, o isolamento. Camilo e seus companheiros ingressaram pela entrada central, onde se podia ler: Hospital Maria de Nazaré.

Atravessaram imenso parque, colunas, arcadas, torres e terraços repletos de flores. Árvores frondosas e aves mansas entre outras tantas maravilhas que faziam parte dessa região.

Além do hospital, a legião dos filhos de Maria mantém também no plano espiritual outras instituições; uma delas é a Mansão da Esperança. Essa instituição é, na verdade, uma cidade universitária, segundo nos esclarece Camilo. É um local onde ciclos de estudos e aprendizagem são ensinados nas escolas.

Lá, ele recebeu ensinamentos de moral, filosofia, ciência, psicologia, pedagogia, cosmogonia e até um novo idioma, o qual será futuramente o idioma que estreitará as relações entre os homens e os espíritos.

Para finalizar Camilo nos informa que em todas essas instituições se reconhece o amor maternal de Maria. Nelas, não a encontraremos com freqüência em corpo espiritual, porque sua presença portentosa distrairia os obreiros de suas obrigações rotineiras. Mas a cada passo, em cada processo, nos menores detalhes, a sua influência e as suas orientações estão presentes.

Revista Espiritismo e Ciência – Numero 38 – Mythos Editora

Bem Vindas Crianças e Adolescentes! Podem Entrar! A Umbanda é a Casa de Vocês!!!



É muito importante entendermos que as religiões precisam construir seu futuro e para isso, devem preparar os seus integrantes desde a infância para que ao chegarem à idade adulta possam dar continuidade aos preceitos e rituais com conhecimento e segurança. 

É fundamental que essa informação contenha noções básicas sobre moral, ética, cidadania, orientações para a vida, orientações da religião Umbanda em relação a sua história, tradição, rituais e fundamentos. Pois, é através dessa formação que são construídos os laços religiosos no coração e no espírito de seus adeptos que no futuro serão seus mantenedores.

A Umbanda é uma religião mediúnica! Mas, não devemos esquecer que existem mais de 100 modalidades de mediunidade, e dentre elas, a de incorporação que é a mais visível nos Terreiros, porém não é a única forma de expressão de nossa religião. Todos os integrantes de um Templo de Umbanda, desde a assistência até aos que trabalham na Gira, são Filhos de Fé. Cada um se equilibrando e harmonizando de acordo com sua missão mediúnica.

A Umbanda deve e tem que preocupar-se com o seu futuro. Não só pela sua missão de caridade e orientação ao próximo como também no sentido para que se formem pessoas melhores e esclarecidas que construirão o mundo do futuro de forma mais consciente e fraterna, consequentemente estará plantando a sua continuidade no nosso Planeta Azul. Esta atenção é um dos itens que fazem parte da responsabilidade da nossa Umbanda, isto é, irradiar a base dos ensinamentos do Mestre Jesus, nosso Médium Supremo, às novas gerações.

Devemos criar um determinado espaço e horário, seja semanal, quinzenal ou mensal para palestras, bate papos e aulas que informem sobre a vida, a religião Umbanda,  suas mensagens, moral, mediunidade, ética, como vivenciar a espiritualidade no dia a dia, assim formando o Homem cidadão e o Umbandista do amanhã.

É muito importante também que os instrutores que vão desempenhar tal tarefa se reciclem com informações, conhecimentos e amor. Se alegrem para receber esses espíritos jovens cheios de energia, disposição e curiosidade. É indispensável que os instrutores tenham disposição e humildade para ouvi-los e esclarecê-los, que falem a sua linguagem, os respeitem, compreendam e os enterneçam.

A Umbanda precisa criar em suas crianças e adolescentes o orgulho sadio e a alegria de pertencer a uma religião Fraterna e de terem o conhecimento suficiente para poder falar e explicar sobre a Umbanda quando estiverem e forem perguntados por seus familiares, amigos e colegas, seja na escola ou outros lugares de convivio social. As crianças e adolescentes Umbandistas sofrem muitas vezes discriminações e constrangimentos pelo fato de não saberem informar, explicar em uma conversa o que é a Umbanda. É também importante para eles que tenham conhecimento não somente da Umbanda como uma visão geral de outras religiões. Enaltecendo a saudável convivência com a diversidade, respeito e liberdade religiosa.

As crianças de nossos dias e os adolescentes são a geração do 3º Milênio. Espíritos que tem um enorme banco de dados de conhecimento acumulado e que estão nascendo numa Era de informações ultra dinâmicas, a globalização, onde o tempo se torna cada vez mais curto, e os pais cada vez menos presentes, devido principalmente, à busca da sobrevivência do dia a dia. Esse grupo de jovens necessitam e são permeáveis de uma base sólida, pois serão eles o futuro da Umbanda , do País e do Planeta.

Se os Umbandistas não perceberem que “quem sabe faz a hora! E a hora é essa!”, em relação a urgência e necessidade de informar e formar suas crianças e jovens, estarão então abrindo mão da sua responsabilidade para com o futuro e serão cobrados pelo que deixaram de fazer para essas novas gerações.

Umbandistas reflitam sobre o assunto! Socorrer, orientar, amparar, ouvir, aprender, ensinar e sedimentar o Bem, a Fé e o Amor nos corações das próximas gerações é tarefa de todos os Filhos de Fé.

Nossos jovens além de sentir! Precisam ver e ouvir! Através da irradiação do conhecimento a verdadeira face da Umbanda, uma religião conforme as orientações de seu fundador na materialidade o Caboclo das Sete Encruzilhadas, a Umbanda é antes de tudo, Ética! Caridade! Ecologia! Pois respeita a natureza, os animais, enfim, todos os seres vivos! Formando uma Rede de Fraternidade no Planeta Azul rumo à Nova Era no caminho ao Astral Superior.

Você Pratica Uma Boa Umbanda?


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Responda a essas perguntas com sinceridade e saberá se você pratica uma “boa Umbanda”. Lembre-se que nenhum de nós é perfeito, mas trilhamos o caminho da Umbanda a fim de minimizar as nossas imperfeições, e não para acentuá-las.

No dia em que são realizadas as giras na sua casa de Umbanda, você procura, horas antes, amenizar seus pensamentos, afastando os negativos e todas as mágoas e rancores, ou dá valor a esses sentimentos, como faz no dia-a-dia?

Horas antes, você procura alimentar-se de maneira mais frugal e sadia ou entrega-se aos prazeres do exagero da comida e da bebida, afinal ainda faltam algumas horas para a gira começar?

Antes de sair de casa você cuida de seu corpo e de seu espírito, higienizando a ambos, ou vai de qualquer forma? Tem uma roupa branca e limpa que usa exclusivamente para essa ocasião ou faz uso dela durante a semana também?

Ao cruzar a porta do terreiro deixa para trás os problemas que o afligiram durante a semana, afinal esse é seu momento de doação, ou carrega esses problemas e sentimentos inerentes a eles para dividir, ainda que involuntariamente, com os seus irmãos de fé, que fatalmente terão que dividir esse fardo com você (afinal numa gira de Umbanda as energias são compartilhadas)?

Você adentra o terreiro preocupado em solucionar os seus problemas pessoais ou pensando em praticar a caridade àqueles que esperam pacientemente na assistência?

Você entende que, numa gira de Umbanda, mesmo que não lhe sobre tempo para pedir ajuda às entidades para solucionar as suas questões particulares, você está colaborando com a sua própria evolução pelo simples fato de estar presente e servindo ao Divino e aos necessitados?

No congá você enxerga meras imagens de gesso ou pontos que emanam energias que você deve absorver a fim de realizar um bom trabalho?

Enquanto são tocados os pontos, você fecha seus olhos concentrando-se nos orixás e entidades que estão sendo chamados ou fica preocupado com o tempo que está correndo e os afazeres ou prazeres materiais que teve que deixar para participar da gira?

Você presta atenção nas roupas dos seus irmãos-de-fé, se elas são curtas ou extravagantes demais, ou cuida para que a sua alma esteja alva como deveria para aquele momento?

Em contrapartida, faz proveito da incorporação das entidades para extravasar seu ego, usando roupas esdrúxulas e exageradas, bem como para ingerir álcool e fumo em demasia, que no lugar de agradar as entidades, as expõem ao ridículo (bem como a si mesmo)?

Você faz do silêncio uma prece ou aproveita os momentos em que ele deveria reinar para conversar com os irmãos-de-fé sobre assuntos corriqueiros ou até mesmo fofocas e maledicências?

Permite que a sua língua seja maior que a sua fé ou a sua dedicação à Umbanda?

Costuma dizer que as entidades ou orixás são seus – “meu Ogum”, “meu caboclo” – e acredita que você é quem realiza o auxílio aos necessitados ou tem consciência de que é um mero instrumento da espiritualidade a serviço do bem?

Olha os consulentes com certo desdém quando eles relatam um problema que para você é banal, mas que para eles pode ser o mais grave do mundo?

Diz a todos que não lembra de absolutamente nada enquanto cede seu corpo às entidades, quando na verdade possui a chamada “mediunidade consciente”?

Usa o bom nome da Umbanda e das entidades para amedrontar seus desafetos, denegrindo a imagem de nossa religião, já tão injustiçada perante a sociedade?

Alguma vez já simulou estar incorporando uma determinada entidade para dizer a alguém coisas que não teria coragem de dizer sem usar esse subterfúgio?

Já simulou estar incorporado, para  se beneficiar de algo...?

Já usou a sua mediunidade para obter favores pessoais, materiais e financeiros?

O que você sente quando a gira termina e você vai para casa?

A satisfação por ter cumprido o seu dever auxiliando a sua própria evolução e ao próximo, ou sente-se revoltado porque algum médium brilhou mais que você ou demorou demais atendendo aos consulentes, atrasando o encerramento dos trabalhos?

Responda a essas perguntas com sinceridade e saberá se você pratica uma “boa Umbanda”. Lembre-se que nenhum de nós é perfeito, mas trilhamos o caminho da Umbanda a fim de minimizar as nossas imperfeições, e não para acentuá-las.

Por Douglas Fersan.