quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Mitos Sobre Exu


Muitas coisas são ditas e muitos textos são escritos sobre o trabalho dos Exús na Umbanda. Com isso, muitos mitos foram criados, alguns até absurdos e deturpadores, por pessoas que não entendem o verdadeiro trabalho do Exu, na Umbanda, ou não entendem a verdadeira missão da Umbanda, nesse planeta.
Com esse texto, vamos tentar explicar e quem sabe até, desmistificar esses mitos que confundem a cabeça e o aprendizado daqueles que se propõem bem servir sua religião: A Umbanda. 

A Umbanda em sua dinâmica básica, lida com espíritos dos mais variados graus de evolução. As Entidades, Guias e Mentores que se apresentam nos terreiros exercem um trabalho incansável contra as forças trevosas.

Na Umbanda, a origem de Exú está em função da necessidade de existirem Guardiões, encaminhadores e combatentes das forças negativas. Trabalho básico da nossa religião. Por isso é que se diz que, “Sem Exú não se faz nada”. Isso, não porque Exú não deixa, porque é vingador, traidor ou voluntarioso, como querem fazer pensar algumas estórias que se contam por aí. Mas sim, porque não há como combater as forças negativas e trevosas, sem a devida defesa e proteção.

Muitas pessoas perguntam: “Então nossos Guias (Caboclos, Pretos-velhos, etc...) não nos protegem e defendem? Só os Exús fazem isso? E a resposta vem da própria Espiritualidade: -” Logicamente que os Guias lhes defendem e lhes protegem, entretanto, cabe a Exú o primeiro combate, o combate direto contra as energias que circulam no Astral Inferior. Esta é a especialidade de Exú, pois ele conhece profundamente todos os caminhos e trilhas desse ambiente energético. É a sua função primeira”.

Tudo na Umbanda é organizado, coerente e lógico !!

Outro mito, que muito confunde os iniciados na religião, diz respeito àConfiabilidade de Exú.

Muitas pessoas, que vão a um terreiro em busca de ajuda ou socorro para assuntos materiais e até espirituais, são surpreendidos, quando em consulta, lhes é dito que estão sendo vítimas de “trabalho feito”, que esse “trabalho” foi feito por um Exú, e outros vão mais além, dizendo que o Exú “malfeitor” é o Sr. Fulano de Tal (geralmente um Exú famoso, de nome e fama conhecidos). Bom, aí vem a incoerência !!!

Se nós, Dirigentes e Orientadores espirituais falamos que Exú não é traíra, é combatente das forças trevosas, conhecedor e manipulador dos segredos da magia. Como pode, esse mesmo Exú, ser aquele espírito que usa indevidamente seus poderes e conhecimentos para prejudicar pessoas indefesas ?  Como pode esse mesmo Exú, não ter nenhuma aspiração evolutiva, ser manipulado pela vontade das pessoas que desejam prejudicar seus semelhantes, a bel prazer ? Como pode esse mesmo Exú, usar seus conhecimentos e poderes contra si próprio, já que, com certeza, arcará com as conseqüências dos seus atos? Como pode, esse mesmo Exú, tido como o Mensageiro dos Orixás, Guardião dos segredos e dos caminhos da Espiritualidade, trair a confiança dos Espíritos de Luz e anular toda a caridade praticada pelos seres da Espiritualidade positiva?

A resposta é uma só e unânime:  - “O tal ” trabalho feito” não foi realizado por um Exú e sim por um obsessor, agente das forças negativas e trevosas que se fez passar pelo “Sr. Fulano de Tal”. Aliás, obsessor pode se fazer passar por tudo, inclusive por um Mensageiro de Orixá, Caboclo, Preto-velho, etc... Cabe ao Dirigente Espiritual, ou aos médiuns mais preparados e evoluídos, desvendarem essa farsa, até porque não existe farsa perfeita, sempre haverá um detalhe, ou um momento, em que “a casa caí” e a farsa é descoberta.

Mas então, porque muitos obsessores se fazem passar por Exús de Lei ? Porque em alguns casos, ou em algumas Casas, a farsa não é descoberta, e os nossos amigos e protetores, Exús de Lei, acabam sendo acusados ou confundidos, como malfeitores, desonestos, traíras, etc...?

Na maioria dos casos, isso acontece por causa de médiuns invigilantes. Médiuns despreparados e pouco compromissados com o Astral Superior. Médiuns orientados e “treinados” por Dirigentes também, despreparados e  pouco compromissados. Muitos médiuns e Dirigentes, procuram e buscam nos Terreiros uma forma de satisfazer as suas baixas aspirações, como válvulas de escape para fazerem “incorporados”, o que não tem coragem de fazer de “cara limpa”. Médiuns de moral duvidosa, que se aproveitam da condição de “incorporados” para gritar, falar palavrões, beber e fumar exageradamente, dançar de forma grotesca para uma Casa religiosa e praticar atos pouco aceitáveis em situações “normais”. Esses médiuns imputam aos Exús, os seus desvarios e desvios de comportamento, complementando ainda que não se lembram de nada, que a responsabilidade é do Exú, e não dele (médium).

Na realidade, esses médiuns estão sofrendo a ação da incorporação de kiumbas (espíritos trevosos, moralmente atrofiados, que não tem a mínima aspiração evolutiva e buscam apenas, tumultuar o ambiente).

Nunca um Exú ou Pomba-Gira de Lei, irá se prestar a um papel desses!

Outro ponto de muita confusão: A incorporação de Exú

Afinal, com que Exú trabalhamos ? Se todo Exu é Guardião dos segredos e dos caminhos, quando incorporado no seu médium, realizando algum trabalho, como fica a sua missão de Guardião ? Ele não está “guardando” nada ?
Normalmente, os Exús com os quais trabalhamos, são os chamados “Exús de Trabalho”, de defesa pessoal do médium. Esses Exús de Trabalho”  são também, integrantes participativos da “Equipe de Defesa da Casa”, que o médium freqüenta. São colaboradores e participam ativamente junto ao Exú Guardião da Casa, no combate às forças inferiores e invasoras. Mas, o Exú de Trabalho também tem outro compromisso, que é proteger, defender e direcionar positivamente o seu médium, segundo a Doutrina da Casa, da qual faz parte.

Por isso, respeitam a Casa, suas normas e doutrina e não induzem o médium a embriagues, algazarras e demais comportamentos chulos, torpes e deselegantes.

Exús de verdade, são espíritos em busca de evolução, que embora tidos como “Espíritos sem Luz”, possuem certo de grau de positividade, de compreensão do que é certo ou errado, perante a Espiritualidade e de acordo com Leis Superiores. São espíritos altamente compromissados com os Orixás Superiores, com os Guias e Protetores do próprio médium e com toda Egregóra de Luz da Casa, na qual o médium está inserido. Trabalham diretamente com esta Egregóra, auxiliando no combate e encaminhamento dos espíritos que são atraídos pela corrente de desobsessão do Terreiro que fazem parte.

No entanto, cabe aqui salientar que o estágio evolutivo de um Exú de Trabalho está abaixo do estágio evolutivo de um Caboclo ou de um Preto-velho. Isso não significa que não sejam evoluídos, apenas encontram-se num estágio abaixo. Sua energia é mais densa. Conseqüentemente, a sua vibração ou energia de incorporação está mais próxima (ou é mais parecida) á vibração da Terra, exigindo do médium uma “doação” maior de energia mental e física, diferente da incorporação de um Caboclo ou Preto-velho, ou até mesmo outro mensageiro enviado de Orixá. Ou seja, quando um médium vai incorporar um Exú, ele tem que se concentrar muito para sintonizar sua vibração a vibração do Exú, sendo que o Exú faz a mesma coisa, sintoniza sua vibração à do médium.

Outro aspecto importante é que, embora Exú esteja num estágio evolutivo abaixo dos Espíritos de Luz, nada impede que Exú trabalhe harmoniosamente com os Guias mais evoluídos e até mesmos com os Mensageiros dos Orixás, até porque além de trabalharem sob as ordens desses Mensageiros e dos Orixás Maiores, a questão “hierarquia” é muito bem resolvida no Astral. Lá não existem “disputas” pelo poder ou por cargos;  não se questiona quem manda e quem obedece. Todos são e estão conscientes os seus papéis e do trabalho que precisa ser realizado. Todos sabem que devem trabalhar com o mesmo objetivo: A Caridade !

Quando incorporados em seus médiuns, Exús e Pombas Giras podem se apresentar de duas maneiras básicas: alegres ou sérios. O que não significa, que mesmo quando são alegres, são também debochados, desrespeitosos, com comportamentos inadequados a uma Casa religiosa.

Geralmente, quando um Exú ou Pomba Gira se comporta de forma inadequada, ele está na verdade, sendo influenciado pelo comportamento desajustado do seu médium, que disfarça ou se controla, quando não está “incorporado”. Esse médium invigilante e portador de comportamento e moral duvidosos, ao receber a energia de incorporação de um Exú ou Pomba Gira (que começa a se dar através da aproximação do mesmo), por ser uma energia muito parecida a nossa e por estar mais próxima da crosta terrestre, onde o combate com o Astral inferior se dá, passa a dar vazão aos seus sentimentos menores influenciando e interferindo diretamente na incorporação do Exú ou Pomba-Gira, que assiste a tudo sem poder fazer nada (aqui, também cabe o livre arbítrio). Esse médium transfere para o Exú ou Pomba Gira sentimentos e comportamentos que, na verdade, são seus.

Isso não é mistificação (fingimento), porque existe a energia do Exú ao lado ou perto do médium. A mistificação envolve o fingimento puro e simples, sem envolvimento de energia ou proximidade de Entidade alguma. Mas existe, o que se chama de Animismo, a transferência voluntária de desejos e comportamentos do médium para o seu Guia.

A incorporação de Exú e Pomba Gira envolve a manipulação energética de chackras inferiores, e o que acontece no caso do Animismo, é que o médium deliberadamente, utiliza mal essa energia. Isso envolve também, intenção, moral, má fé e mau aproveitamento da energia de Exú.

Com a continuidade da insistência do médium em se utilizar dessa energia para a manifestação de seus desejos e comportamentos menores, em pouco tempo ocorre a “queda do médium”. O Exú de Trabalho se afasta do médium e fica o que ?  - Fica o kiumba, que assume o nome do Exú de Trabalho e contribui para o aumento dos desvarios do médium.

Muitas vezes, o médium não percebe que está acontecendo essa “transferência”, porque ele usa a energia do kiumba (aliás, um usa o outro) para falar e fazer coisas que normalmente, não tem coragem de fazer no seu estado normal.

Cabe ao Doutrinador e Orientador da Casa (Dirigente) coibir veementemente esses comportamentos logo no início, ou seja, no médium e assim que começam a acontecer. Nesse caso, a orientação e a desestímulo de atitudes e comportamentos desse tipo é o melhor remédio. Mas, caso haja persistência, a adoção de medidas drásticas deve ser a melhor atitude que o Dirigente da Casa deve assumir.

CAPACIDADE DE MANIPULAÇÃO ENERGÉTICA DE EXÚ

Já foi comentado anteriormente, que Exú possui uma grande capacidade de manipular energias, transfigurando-se em formas diferenciadas de acordo com o ambiente que está.
Um bom exemplo disso é Exú se apresentando aos obsessores que irá combater em forma que desperte medo e/ou respeito. Ele não poderia se apresentar aos seus inimigos como se fosse um jovem ingênuo ou indefeso adolescente, dessa forma, ele jamais intimidaria ninguém. Então, ele assume formas rudes e assustadoras. Entretanto, ele  faz isso por estratégia e não por ser deformado, e muito menos  tem chifres, rabo, etc..., como é retratado em diversas imagens que encontramos em casas de artigos religiosos. A forma original de Exú é humana, nada tem de partes de animais ou monstros, porque os espíritos que compõe a Falange dos Exús são espíritos como nós, de épocas recentes. Foram homens e mulheres normais, das mais variadas ocupações e profissões.

Então, porque Exú manipula energias para assumir outras configurações “físicas”? E como faz isso?

Em função do trabalho que irá executar ou da “batalha” que irá travar, Exú estuda o ambiente que irá entrar e em seguida, vibrando numa faixa bem acima do meio que irá adentrar, estuda seus “adversários” , suas intenções, seus planos, seus graus de compreensão e entendimento, seus medos, etc.... Estabelece uma estratégia e assume a configuração que irá atingir o ponto fraco da maioria do grupo que irá combater, ou de alguém em especial. Lembrando que, Exú não trabalha sozinho, isso é feito em agrupamentos sob a supervisão de um Mensageiro de Orixá. Dessa forma, Exú nos mostra sua capacidade de vibrar em diferentes faixas de energia. E para que isso aconteça, não é necessário sacrifício de animais, despachos em encruzilhadas e/ou cemitérios, porque quem “recebe” esse tipo de despacho é o kiumba. Isso dentro do ritual da Umbanda, que difere muito do Candomblé.

Com relação às “entregas” de Exú e Pomba Gira que, eventualmente fazemos a pedido deles ou por nossa própria vontade, vale dizer que os matérias usados nessas “entregas” são como uma espécie de presente ou de fortificante, já que nossos amigos da Esquerda se utilizam à energia etérea, contida nos elementos de uma “entrega” (farofa, bebidas, cigarros, etc...) para se recompor da batalha travada ou para se fortalecer, se preparando para aquilo que irão enfrentar. Muitos elementos são também representativos a uma  “gratificação pelos serviços prestados” e por isso, são chamados de muitos de “mimos”.
Depois de todas essas explicações e tantas outras que, provavelmente já recebeu, você continua achando que Exú é o Diabo ?

É mais importante e necessário temê-lo e tratá-lo como inimigo ? Ou respeitá-lo, conhecê-lo e tratá-lo como um grande amigo ?

Se ainda lhe resta alguma dúvida, então cabe aqui mais essa afirmação: “A Umbanda nasceu do coração de Zambi (Olorum/Deus) em Sua Infinita Misericórdia por nós! Porque só a Umbanda tem quem nos defenda e proteja, independentemente da nossa ignorância em reconhecê-los como bons e amigos!”.

Ao invés de temê-los e distorcer suas verdadeiras intenções e missões para conosco, deveríamos agradecê-los pela proteção, defesa, amizade, carinho e principalmente pela paciência com a nossa ignorância!

Laroyê, Exu !     Mojubá, Pomba-Gira !

Salve nossos amigos, defensores e protetores !

Texto extraído do Jornal Umbanda Sagrada

Mensagem de Maria Mulambo




Hoje falo a vocês que têm necessidades de definir, rotular e catalogar a tudo e a todos. Como se isso lhes desse alguma garantia de credibilidade e lhes amputassem as dúvidas que insistem em roubar-lhes a vida.
 
Primeiro, nós espíritos trabalhadores do bem, embora sejamos organizados naturalmente em padrões vibratórios que nos servem de moradas temporárias, não somos seres automatizados, criados em série, com códigos de barras.
 
Segundo, não somos serviçais particulares nem de cavalos nossos, nem de consulente algum. Nem nossa hierarquia nos obriga a fazer algo que não queiramos. Temos personalidades individuais, afinidades. Estamos em evolução e com um longo caminho pela frente. Ajudando a vocês, ajudamos a nós mesmos. Mas nem sempre é viável ou cabível a ajuda que nos pedem. Muitos de vocês não fazem nada, ou fazem muito pouco para melhorarem a  si mesmos, aos seus relacionamento e ao seu próximo. Querem soluções mágicas, sem esforços ou danos, fazem escolhas absurdas, se metem em todo o tipo de confusões, procuram o caminho mais difícil, jogam-se em abismos, atraem obsessores, fazem tudo errado. E depois ficam bravos quando não transformamos suas vidas em um paraíso da noite para o dia. Francamente, não somos santos e paciência tem limite, até do lado de cá. Se digo isso é porque sei o que é viver duramente. Muitos  são os que nasceram comprometidos com duras provas a resgatar, são esses os que mais precisam de nós, e têm a nossa cobertura, dentro do que nos é permitido ajudar.
 
Terceiro, ou vocês acreditam em nós, ou nos deixam em paz. Porque não temos nem interesse e nem tempo a perder com ingênuos que nos cobram, ou pior ainda, cobram de nossos cavalos, informações que nós não passamos para eles.  Nossos cavalos (médiuns) sabem apenas o que queremos ou permitimos. Até sobre suas próprias vidas, não temos autorização para lhes passar todas as informações que gostariam. Que lhes interessa saber quantas encarnações eu tive, ou como vivi em cada uma delas. Criam as mais absurdas lendas a nosso respeito, isso até que nos diverte um pouco, quanta ingenuidade.
 
Entendam definitivamente  que nossa missão não é satisfazer curiosidades de quem quer que seja, não somos bobos da corte, para entretenimento de quem não tem nem fé e nem vida verdadeira. Aproveitem suas vidas de modo construtivo.
 
Sei que por muito tempo ainda, a maioria das pessoas irá acreditar que somos espíritos malignos, não tementes a Deus.
 
Ah meus queridos, se vocês soubessem quantos mistérios, quantos mundos e quantas realidades pairam sobre suas cabeças…

          Laroyê Maria Mulambo. Salve!

Sexo e Umbanda




Sexo em sua leitura conceitual – A palavra “sexo” (do Latim secare: cortar, dividir) originalmente refere-se a nada mais do que a divisão da raça humana em dois grupos: fêmeas e machos. Todos os indivíduos pertencem a um destes dois grupos, i.e. a um dos dois sexos. Um indivíduo é fêmea ou macho. Contudo, numa inspeção mais detalhada, o assunto não é assim tão simples. Em alguns casos pode ser extremamente difícil determinar se um indivíduo em particular é do sexo feminino ou masculino, haja vista intervenções genéticas que ditam ordens diversas de manifestação da sexualidade. Por outro norte, acreditamos inclusive, no caráter espiritual das manifestações sexuais, vez que a identidade sexual de cada um se expressa não no corpo físico que possui, mas no corpo espiritual que. Por outro lado, o ato ligado às práticas sexuais recebe também o nome de sexo, sendo que a atividade sexual tem por base compensações da libido com efeitos físicos, astrais e mentais.

Sexo na religião de Umbanda – Tirando os tabus que ainda existem e que não nos cabe o julgamento, a manifestação sexual na Umbanda é por vezes uma salada de desencontros, com leituras precipitadas e perigosas. Ressalvamos os atos positivos que se consubstanciam de forma respeitosa, onde várias famílias foram constituídas e ainda são dentro das várias formas e modo de se viver a Umbanda, mas como toda banda que se preza tem seu lado podre ....

Esta semana inclusive, fomos testemunha de dois casos que nos foram contados por irmãos que exercem o sacerdócio umbandista há anos. Basicamente e como não poderiam ser diferentes, nos dois casos os médiuns utilizaram as figuras da Pomba-giras para “acalientar” seus leitos domésticos e como já era de esperar, se deram muito mal nas duas empreitadas de que fomos ouvinte. Mal mesmo.

Há anos estamos divulgando e brigando para informar basicamente que a Pomba-gira não é puta, prostituta mulher de programa, vadia, baixo nível e etc (temos muito respeito pelas prostitutas, até mesmo porque, respeitamos muito a figura da mulher e suas características pessoais). Tais substantivos são utilizados apenas para denegrir e em alguns casos para vender a falta de vergonha na cara que alguns médiuns estabeleceram como bandeira de trabalho. È de doer, saber que muitos pseudo médiuns se arvoram na figura das SENHORITAS POMBAS-GIRAS, apenas para fomentar a sua sede sexual destemperada e muito das vezes desequilibradas.

Já basta a o sexo gratuito e sem vergonha que encontramos na web e na televisão, bem como o despautério em que vivem muitas crianças e jovens espalhadas por este país a fora. Alimentar a figura de um espírito como o das pombas-gira com uma série de características que não lhe pertencem, apenas pela conotação sexual, que alguns KIUMBAS (Espíritos Renitentes), vem impondo à consciência dos menos afortunados mentalmente, o que é uma grande desgraça, diga-se de passagem.

Por isso médiuns, cuidado, pois se em suas vidas profanas, alto é o perigo das ciladas sexuais, as quais existem por ai a torto e a direita e que andam desgraçando a vida de muitas famílias. Claro é o perigo, e, neste caso não excluo ninguém, de que você um dia possa se encontrar fomentando a mentira, o animismo vicioso, o fetichismo desvairado apenas para alimentar a sua sanha sexual desequilibrada. Pense nas desgraças que tal atitude traz para as pessoas que passam por suas mãos e o risco que você corre ao assumir estes desmandos, muito das vezes até por obra de um “bom” obsessor que lhe comanda a vontade.

Sexo é bom quando a pessoas são boas, perversão não é sexo, é desequilíbrio necessitando de reforma. Para finalizar, nos dois casos que escutei: primeiro da Pomba-gira (médium) que falava francês e que tinha um cambono próprio e particular, segundo da Pomba-gira (médium) que entrou numa de seduzir todo mundo no terreiro e que teve que mudar de cidade para ser morta, fica a nossa reiterada ressalva.

Respeite-se!!!

A importacia da defumação...



A DEFUMAÇÃO
A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda.
É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem vai pela primeira vez assistir a um trabalho.
Em geral a defumação na Umbanda é sempre acompanhada de pontos cantados específicos para defumação.


Histórico Sobre a Defumação:

Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é atribuída à possibilidade da modificação ambiental, através da defumação. Na Umbanda, como em outras religiões, seitas e dogmas também nos usaram desse expediente, que tem a função principal limpar e equilibrar o ambiente de trabalho de acordo com a necessidade.
Há 4.000 anos, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as culturas mais antigas do Mediterrâneo e África. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta época: “O Egito”
A antiga civilização do Egito era devotada em direcionar os sentidos ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. As fragrâncias dos óleos eram usadas como perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a construção nos rituais. Isto confirma que no Egito se utilizava o incenso desde os tempos antigos.
Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram em terras distantes, incenso, sândalo, mirra e canela. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos.
Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos.
Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o kyphi, que se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar a ansiedade e iluminar os sonhos.
Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar.
Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também, madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo entre outras que eram oferecidas às divindades.

O Que é a Defumação?

Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos absorvido do solo da Terra, da energia dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, etc.
Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnadas de vibração inferior. Os antigos Magos, graças ao seu conhecimento e experiência incomuns, sabiam combinar certas ervas de emanações tão poderosas, que traçavam barreiras intransponíveis aos espíritos intrusos ou que tencionavam turbar-lhes o trabalho de magia.
Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas pra os espíritos inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração são atraída novamente por nossos pensamentos e atos turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior (Lei de Afinidades).
Portanto, vigilância quanto ao nível dos pensamentos e atos.

Existem dois tipos de defumação;
a defumação de descarrego e defumação lustral.


Defumação de descarrego

Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. Tudo isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem à nossa aura e ao nosso corpo astral, bloqueando sutis comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos.
Além disso, os lares e os locais de trabalho podem ser alvos de espíritos atrasados, que penetram nesses ambientes e espalham fluídos negativos.
Para afastar definitivamente estas entidades do nosso convívio, teremos primeiro que mudar em atos, gestos e pensamento, afastando de nossas mentes aquela corrente que nos liga a estes seres.
A defumação serve para afastar seres do baixo astral, e dissipar larvas astrais que impregnam um ambiente, tornando-o pesado e de difícil convivência para as pessoas que nele habitam.
Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos que a compõe, pois interpenetra os campos astral, mental e a aura, tornando-os novamente "libertos" de tal peso para produzirem seu funcionamento normal.
E por esse motivo, Deus entregou a Ossãe as ervas que, seriam usadas para destruir tais fluídos e afastar estes espíritos.
Comece varrendo o lar ou o local de trabalho, e acendendo uma vela para o seu anjo de guarda. Depois, levando em uma das mãos um copo com água, comece a defumar o local da porta dos fundos para a porta da rua.


Defumação Lustral

Além de afastar alguns resquícios que por ventura tenham ficado depois da defumação de descarrego, ela atrai para estes ambientes, correntes positivas dos Orixás, Caboclos, e Pretos Velhos, que se encarregarão de abrir seus caminhos.
Acenda uma vela para o seu anjo de guarda. Levando um copo com água, comece a defumar sua casa ou o seu local de trabalho, da porta da rua para dentro.
Não esqueça que a defumação lustral deverá ser feita depois do descarrego.


Ervas e Funções:
Abacate Amor purificação, saúde, felicidade.
Abre Caminho Abre os caminhos, atraindo bons fluidos dando força e liderança.
Acácia Proteção, contra pesadelos e proteção do sono.
Açafrão Purificação, saúde, felicidade.
Agrimônia Dissolução de influências negativas e proteção
Alecrim Defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias. Afasta maus espíritos e ladrões. Felicidade, cura, proteção, purificação e justiça. Ajuda na recuperação e no tratamento de doenças. Atrai a falange dos Caboclos. Proteção na área profissional. Estimulante para concentração, adivinhação, memória e estudos.
Alfafa Prosperidade, dinheiro, felicidade.
Alfazema Limpa o ambiente e atrai prosperidade e bons negócios, bem como pessoas amigas. Acalma, purifica e traz o entendimento, equilíbrio e harmonia. Amor, sorte e proteção espiritual em todos os aspectos. Favorece a clarividência
Almíscar Afrodisíaco, amor.
Amêndoas Dinheiro, prosperidade, sabedoria.
Amora Saúde, dinheiro, proteção.
Angélica Proteção, purificação, saúde, clarividência.
Anis Estrelado Propicia boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo. Adivinhação, purificação, sorte, amor. Atua tanto no nível material quanto no emocional, produzindo estímulo de natureza positiva. Renova as energias e atrai proteção espiritual contra qualquer mal.
Arnica Clarividência
Arroz Fertilidade.
Arruda Defende dos males, remove o efeito de feitiços, corta correntes negativas. Intensifica a força de vontade auxiliando a pessoa que a usa a realizar seus desejos. Proteção.
Assa-Fétida Exorcismo, proteção.
Babosa Proteção, sorte e amor.
Barbatimão Espiritualidade, purificação.
Bardana Saúde, proteção.
Baunilha Amor, sedução.
Beladona Limpeza de ambientes.
Benjoim Elimina bloqueios espirituais Atrai energias positivas e combate energias negativas. Purifica o ambiente. Harmoniza nosso raciocínio e diminui a nossa agressividade. Destrói as larvas astrais. Elimina bloqueios espirituais. Para pedidos de ajuda a deus.

Calêndula Proteção, solução de problemas,
Camélia Prosperidade, riqueza.
Camomila Dinheiro, amor, purificação.
Canela Atrai prosperidade. Favorece os negócios, bens materiais, amor, sucesso.
Cânfora Desenvolvimento psíquico, clarividência, saúde.
Cardamomo Sedução, amor
Cardo Santo Cura, defesa, quebra olho gordo.
Carvalho Fertilidade
Cascara Sagrada Problemas com a justiça. Dinheiro e proteção.
Cavalinha Fertilidade.
Cebola Proteção, saúde, dinheiro.
Cipó Caboclo Elimina todas as larvas astrais do ambiente.
Cipreste Longevidade, saúde.
Colônia Atrai fluidos benéficos.
Cravo da Índia Protege de pessoas mal intencionadas, pensamentos negativos subconscientes. É uma das mais poderosas defumações protetoras. Chama dinheiro e dá força á defumação.
Dama da Noite É o incenso do amor. Ajuda a encontrar pessoas com a mesma afinidade.
Erva Cidreira Sucesso, amor.
Erva Doce Proteção.
Esterco de Vaca Para espantar Eguns.
Eucalipto Limpeza, energização, cura, saúde, proteção. Atrai a corrente de Oxossi.
Figueira Clarividência, fertilidade
Flor de Laranjeira Afasta o pânico. Aumenta a segurança e autoconfiança em assuntos emocionais e financeiros.
Flor de Maçã Calmante.
Flor de Pitanga Atua poderosamente na área financeira. Direciona aquisições materiais e negociações com êxito.
Folha de Bambu Afasta espíritos vampiros.
Freixo Adivinhação, cura, proteção, prosperidade.
Gengibre Dinheiro e sucesso.
Gerânio Força e vitalidade, calmante e harmonizante. Alivia tensão nervosa.
Ginseng Amor, realização de desejos, beleza, saúde, proteção e poder.
Girassol Fertilidade.
Guiné Atua como um poderoso escudo mágico contra malefícios.
Hortelã Bom para problemas de saúde e equilíbrio emocional. Estimula apetite.
Incenso Limpeza em geral, destrói as larvas astrais. Aliado a outros elementos potencializa os efeitos dos mesmos.
Jasmim Acalma e ajuda a evitar brigas e desentendimentos, aclara as idéias. Melhora humor, amor, cura.
Laranja Amor, dinheiro.
Lavanda Cura, amor.
Levante Abre os caminhos do ambiente.
Limão Amor.
Lótus Antidepressivo, usado no trabalho de resgate do equilíbrio de energias, calma e paciência.
Louro Abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente. Negócios, adivinhação, proteção, força, saúde. Atrai a corrente de caboclo.

Madeira Estimula a razão. Aumenta a concentração necessária ao trabalho, estudo e meditação.
Madressilva Desenvolve a intuição e a criatividade, favorece também a prosperidade.
Manjericão Amor, purificação espiritual, proteção. Chama dinheiro.
Maracujá Paz, amizade.
Menta Melhora o estado de atenção. Indicado para dores de cabeça, mas se for usado em demasia pode alterar o sono.
Mil Folhas Exorcismo, amor
Mirra Facilita o contato com os planos superiores, criando no ambiente uma atmosfera de prece e oração. Usado para limpeza astral da casa, afasta maus fluidos e estimula a intuição. Poderoso no equilíbrio das funções do corpo, balanceando o físico e o espiritual. Descarrego forte, afasta maus espíritos. Boa sorte, meditação, cura e proteção. Incenso sagrado usado para limpar após os rituais, e durante eles. Também é usado quando se vai se desfazer alguma demanda ou feitiço. Faz vibrar a compaixão
Morango Amor, sorte.
Narciso Cura, sorte, fertilidade.
Noz Moscada Adivinhação, fertilidade.
Olíbano Cura, purificação.
Oliveira Paz, fertilidade e proteção.
Palha de Alho Usado para eliminar formas negativas de pensamentos obsessivos. Afasta más vibrações e maus espíritos.
Palha de Cana Atrai melhores condições.
Patchuli Cura a apatia, estimula o amor. Diminui a confusão e indecisão. Aguça a inteligência. Clarividência.
Pinho Atrair encantos, fertilidade.
Pó de Café Contra entidades negativas. Elimina formas pesadas de pensamentos e pesadelos. Benéfica para doentes em recuperação.
Rosa Amor, espiritualidade, adivinhação, fertilidade.
Rosa Branca Paz e harmonia
Sabugueiro Purificação
Sálvia Cura, contra feitiços, sabedoria, realização de desejos.
Sândalo Amor, adivinhação, purificação.
Sangue de Dragão Purificação.
Sésamo Ajuda a atrair amigos, clientes e dinheiro. Estimula a criatividade e alegria.
Trigo Fartura, dinheiro, fertilidade.
Urtiga Exorcismo, proteção, saúde.
Uva Fertilidade, dinheiro, fartura.
Verbena Afasta a tristeza, negatividade e melancolia, libera de energias negativas trazendo criatividade, desenvoltura, alegria e bom astral. Meditação, amor.
Vetiver Aliado para meditação, inspirador e calmante.
Violeta Afrodisíaco, meditação, espiritualidade.


Incenso e “incenso”

Existe uma resina chamada incenso e os “incensos” em varetas.
O Incenso é uma resina gomosa que brota na forma de gotas da árvore Boswellia Carteri, arbusto que cresce espontaneamente na Ásia e na África. Durante o tempo de calor e seca são feitas incisões sobre o tronco e ramos, dos quais brota continuamente a resina, que se solidifica lentamente com o ar. A primeira exsudação para nada serve e é, pois, eliminada; a segunda é considerada como material deteriorável; a terceira, pois, é a que produz o incenso bom e verdadeiro, do qual são selecionadas três variedades, uma de cor âmbar, uma clara e a outra branca.


Como defumar e descarregar sua residência e o seu local de trabalho.

Às vezes sentimos que o nosso lar ou nosso local de trabalho, estão pesados, inúmeras brigas e discussões acontecem a toda hora, nada dá certo, uma impaciência toma conta, do nosso ser. O ar está carregado com partículas de fluídos negativos que aos poucos vai envolvendo cada um, e tornando as coisas mais difíceis.
Temos primeiro que mudar em atos, gestos e pensamento, afastando de nossas mentes aquela corrente que nos liga a estas energias.
O descarrego destrói as larvas astrais, limpando o ambiente das impurezas, facilitando assim a penetração de fluídos positivos.
Comece varrendo o lar ou o local de trabalho, e acendendo uma vela para o seu anjo de guarda. Depois, levando em uma das mãos um copo com água, comece a defumar o local da porta dos fundos para a porta da rua, que ao final deve ser despachado em água corrente.
Podem-se usar as ervas em sua forma natural, em pó ou em pequenos pedaços moídos, em forma de casca miúda, etc. Para se queimar essas ervas, usa-se normalmente um recipiente chamado turíbulo.

Turíbulos
São recipientes de metal ou barro usados para queimar o incenso.
Na Umbanda, usam-se nas giras ou sessões públicas, o turíbulo como na figura ao lado. Para queimar as ervas usam-se normalmente o carvão vegetal. Lembrando sempre que o carvão vegetal deve estar em brasa e nunca em chamas.

A quantidade de incenso que queira queimar deve ser proporcional ao tamanho da sala e ao número de pessoas presentes. Para isso somente através da experimentação descobriremos a quantidade certa. No caso da defumação, é melhor pecar pela escassez, pois assim poderemos ir adicionando um pouco mais conforme a fumaça for diminuindo, do que acrescentar e sufocar pelo excesso (e isso pode ser até perigoso



A base são os seguintes elementos:
Alecrim Defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias. Afasta maus espíritos e ladrões. Felicidade, cura, proteção, purificação e justiça. Ajuda na recuperação e no tratamento de doenças. Atrai a falange dos Caboclos. Proteção na área profissional. Estimulante para concentração, adivinhação, memória e estudos.
Alfazema Limpa o ambiente e atrai prosperidade e bons negócios, bem como pessoas amigas. Acalma, purifica e traz o entendimento, equilíbrio e harmonia. Amor, sorte e proteção espiritual em todos os aspectos. Favorece a clarividência
Benjoim Elimina bloqueios espirituais Atrai energias positivas e combate energias negativas. Purifica o ambiente. Harmoniza nosso raciocínio e diminui a nossa agressividade. Destrói as larvas astrais. Elimina bloqueios espirituais. Para pedidos de ajuda a deus.
Mirra Facilita o contato com os planos superiores, criando no ambiente uma atmosfera de prece e oração. Usado para limpeza astral da casa, afasta maus fluidos e estimula a intuição. Poderoso no equilíbrio das funções do corpo, balanceando o físico e o espiritual. Descarrego forte, afasta maus espíritos. Boa sorte, meditação, cura e proteção. Incenso sagrado usado para limpar após os rituais e durante eles. Também é usado quando vai se desfazer alguma demanda ou feitiço. Faz vibrar a compaixão
Incenso Limpeza em geral, destrói as larvas astrais. Aliado a outros elementos potencializa os efeitos dos mesmos.

as vezes pode se acrescentar uma ou mais das ervas abaixo:
Louro Abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente. Negócios, adivinhação, proteção, força, saúde. Atrai a corrente de caboclo.
Anis Estrelado Propicia boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo. Adivinhação, purificação, sorte, amor. Atua tanto no nível material quanto no emocional, produzindo estímulo de natureza positiva. Renova as energias e atrai proteção espiritual contra qualquer mal.
Palha de Alho Usado para eliminar formas negativas de pensamentos obsessivos. Afasta más vibrações, Afasta maus espíritos.

Sempre que quiser fazer uma defumação no terreiro ou em casa ou em uma pessoa, faça-a acompanhada de uma prece ou um ponto cantado,pois sem isso nenhum valor terá de positivo.
Estas coisas devem ser feitas com muita confiança e respeito,e com os sentimentos bastante elevados

Umbanda e Avareza ...


Os avarentos. Dante conversa com o papa Adriano V (Divina Comédia, Purgatório, Canto XIX) - gravura de Gustave Doré, século 19

Relacionada com os tratos pessoais referentes à perda, a avareza como um dos males que infligem o crescimento espiritual dos seres humanos é o reflexo de comportamentos não refreados que se fixam na infância com reflexo direto na alma de cada ser.

O avaro se fixa na incapacidade de se dividir e de compartilhar as coisas que possui. Filho do egoísmo precisa entender as leis universais de boa convivência para se libertar das amarras impostas pelo egoísmo. Para vencer este vício o avaro precisa solidificar os conceitos de magnanimidade (sol) e da temperança (Vênus) para que devidamente escudado pela castidade mental possa se ver livre do acúmulo e do excesso que na realidade pertence a todos.

A avareza, quando permitida pela invigilância, vibra em todos os campos da manifestação humana apenas anulando os princípios e regras universais as quais estamos submetidos. Sua capacidade mental pode ficar prejudicada pela fixação e medo de ser superado em suas empreitadas de cunho consciencional. Sua manifestação astral ou emocional é por vezes recheada de injustiças, vez que o egoísmo que o nutre pode trazer dissabores e falta de caridade para com os que prestam apoio emotivo.

Fisicamente ele se esgota ao perder energia nas questões de trato pessoal, mantendo um escudamento corporal que se dinamiza negativamente em suas questões físicas. Se o excesso de desprendimento pode trazer consequências danosas no que se refere à manutenção da própria existência, o acúmulo desmedido também é nocivo às questões de sobrevivência do próprio ser.

Uma vida recheada de avarezas é uma vida de restrições, pois existe uma grande perda de energia com aquilo que podemos acumular e em contra parte uma perda também com aquilo que precisamos trazer para nossas vivências para nos aperfeiçoar. Assim, o que nos faz bem na maioria das vezes não é de agrado comum e geral, servindo como intoxicação egoística a massagear as nossas mais baixas vilezas. A avareza inclusive, não permite um processo de experimentação e evolução plena, pois danifica e martiriza as questões de trato social, criando muitas das vezes, um isolamento material sem reflexo em nossas necessidades de evolução coletiva.

Penso que o avaro não tem uma certeza sobre sua passagem temporal no corpo carnal, a sensação que o sustenta é de eternidade na matéria, todos os exemplos ligados ao desencarne parecem não afetá-lo diretamente, pois sua visão egoísta não lhe permite acessar novas possibilidades sobre as leis naturais de empréstimo que a mãe natureza nos permite de forma muito altruísta e verdadeira.

Assim, se o pródigo peca pelo desprendimento, o avaro se aniquila pela incapacidade de dividir e se dividir, muitas vezes em favor dele mesmo. Para finalizar, independente do campo de atuação da avareza, ou seja, dinheiro, trabalho, conquistas pessoais, sexuais e outras, tem o avaro a sensação de que ao acumular terá a felicidade resguardada pelo aporte material, ato que na maioria das vezes se dissolve frente a aplicação das leis naturais, principalmente a doença (forma perfeita de ensino e valoração da existência).

Na Umbanda, pior do que ser avaro é não ter capacidade para lida e ficar pelas espreitas buscando o que ainda não nos é permitido. Tudo tem sua hora e seu tempo, deve ser por isso que temos tantos desajustados em nosso meio, os quais não conseguem sustentar o pouco que possuem e querem de forma muito sorrateira acumular o que ainda não conseguem carregar. E se lhes é dado de forma antecipada, não fazem nada em favor deles mesmo e quiçá dos outros que os tem como referência.

Ser ou Estar Umbandista!





O pior inimigo da Umbanda é o Umbandista. Quanto melindre, desamor, vaidade, status, mentira, safadeza e especulação sobre a fé que anima nossas vivências. Por outro lado um dos grandes inimigos de nossa sagrada Mãe Umbanda esta na figura falida do que podemos chamar de Umbandistas frustrados. Estes são um perigo medonho, pois nas suas tentativas de troca, permissividade, bajulação e etc, quebraram a cara quando encontraram um igual e vivem de exprobrar e ridicularizar a todos aqueles que de uma forma ou outra passaram em suas tão apegadas vidas.

Que o mundo está de mal para pior, isso nós sabemos, mas lutar para que ele permaneça nestas condições é falta de bom senso coletivo e configuração extrema de vaidade puramente subjetiva. Na Psicanálise encontramos um ato psicanalítico chamado “Totem e Tabu”, onde a grosso modo, o filho por disputa tenta eliminar o Pai para ter a supremacia do poder social e sente culpa por pensar e muito das vezes agir de forma inconsciente em favor desta disputa.

Deve ser por isso que em nosso meio existe tanto Pai, Mãe, Ex-pai, Ex-mãe, Avô, Avó que se quer conhecemos, mas por reflexão sentimos culpa por não termos se quer chegado a barra de suas atividades e atitudes coletivas. Veja, Inclusive, que estou falando apenas dos conhecidos, imagine você, a quantidade de irmãos que permearam suas vidas em favor da Umbanda e se quer foram conhecidos.

Falando nisso, penso que os conhecidos devem e vão dever sempre a coletividade pela oportunidade que estão tendo e que não estão aproveitando. Quem somos nós para julgar atos alheios, mas infelizmente o vil metal e as fantasias mentais, diga-se loucura, estão arrebentando com a manifestação de nossa querida religião.

Em síntese, uns amam, outros apedrejam, outros exploram e a grande maioria faz da Umbanda um gládio de manifestações funestas, pessoais e revanchistas e os Orixás .......???

Ainda bem que eles estão bem longe, pois a vergonha é muito grande frente a nossa pequenez consciencional diante é claro de tanta luz e paz que está nos sendo oferecida

Moral e Umbanda





Com todo nosso respeito aos irmãos de moral ilibada, mas nossa umbanda está doente e entrando no CTI de nossas inconsciências, por comportamentos doentios e tergiversivos praticados por parte de alguns pseudo/umbandistas.

Não sou tão velho e experiente para tal, mas convivi e convivo com pessoas que vivenciaram um mundo diferente do que vivemos hoje em dia. As pessoas tinham mais respeito uns pelos outros, a palavra firmada era cumprida, amizade e companheirismos eram virtudes e o fio do bigode valia mais do que qualquer papel assinado.

As pessoas tinham vergonha na cara, malandro ganhava a vida na esperteza. Bandido era bandido, polícia era polícia e ninguém se confundia neste assunto.

Hoje em nosso meio os papéis estão invertidos, o certo é ser mau caráter e fingir que tudo está certo e azar de quem não se enquadrar na receita do bolo amargo que virou o movimento de Umbanda. Se não tomarmos cuidado, daqui a um tempo vamos ter mais inimigos dentro da umbanda do que fora dela. A vigarice é geral, criam-se escravos do santo rebolado a todo o momento. A Umbanda virou um lugar de loucos de toda espécie e gênero, nunca vi tanta invenção e tantas palavras jogadas ao Léo.

Espírito para baixar em terreiro, hoje em dia, com as ressalvas de sempre, tem que tomar Sonrisal e bicarbonato, a maré tá cheia de água viva, e, que vivacidade tem estas “águas vivas”. Tem irmão por ai que levantou a bandeira da molecagem e vive sugando, para não dizer, chupando a vida e energia dos outros. Do jeito que está a coisa, daqui a pouco o negócio vai virar firma ou mercado do esculacho:

“ - Vai ai freguês, joguinho de búzios R$ 70,00 (setenta reais), demanda na esquina 20 real, velinha para firmar a banda, 50 real, na defumação o preço varia, mas nois faiz e bem feito, matar, ressuscitar, quebrar é com nóis mesmos. Etc ....”.E no final, cadê a moral? Ou melhor o que isso significa, mesmo? Caráter nem pensar e quem paga o preço somos todos nós e nossa inocência espiritual.

A MARAVILHOSA HISTÓRIA DE SÃO JORGE




De acordo com registros históricos, por volta do final do século III, São Jorge nasceu na Capadócia, onde atualmente fica a Turquia, ainda criança perdeu seu pai que morreu em combate, sua mãe o levou para a Palestina, onde possuía muitos bens, educando-o de acordo com sua condição para a carreira militar. Da formação militar, que percorreu com dedicação e habilidade, qualidades que levaram o imperador Diocleciano a lhe conferir título de tribuno. Além de sua educação militar, recebeu de sua família a formação cristã, desde sua infância aprendeu a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.

Com a idade de vinte e três anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções. Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão.

Defendeu com tanta ousadia a fé em Jesus Cristo como o "Senhor e Salvador dos homens", provocou a ira do imperador que tentou fazê-lo desistir torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado ao imperador, que exigia que São Jorge renegasse sua fé, o que não aconteceu.

Em cada retorno das torturas era uma pregação feita por Jorge que conquistou mais admiração e seguidores dos princípios cristãos. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303.

Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu batalhas contra as forças do mal, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado em um cavalo branco, vencendo um grande dragão. Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate.

Todavia, se de São Jorge só possuímos os atos de martírio e mais precisamente de sua paixão, não se pode esquecer que a igreja do Oriente o chama de Grande Mártir e todos os calendários Cristãos o incluem no elenco dos seus Santos.
São Jorge, além de haver dado nome a cidades e povoados, foi proclamado padroeiro de cidades como: Gênova (Itália), de regiões inteiras Espanholas, de Portugal, da Lituânia e da Inglaterra.

Seguindo, pela evolução dos tempos, a bandeira de São Jorge chega a nossas terras brasileiras, trazida pelos brancos católicos, que ensinaram aos negros escravos e índios a sua história. O negro escravo, que não possuía a liberdade de cultuar seus orixás, associava as qualidades e virtudes dos santos com as suas crenças e fundamentos, portanto devido à bravura, o espírito de guerreiro, determinado em sua fé São Jorge tornou-se Ogum, e assim ficou firmado o sincretismo.

O tempo passou, e num momento do início do século XX, a manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas, tornou oficial a Umbanda, religião brasileira, o branco, o negro e o índio, como acontece com nosso povo mestiço. A partir desse momento, a visão umbandista alcançou as fronteiras intelectuais, que estudam constantemente iluminadas pelo plano espiritual.

Fundamentalmente o princípio maior na Umbanda é a prática da caridade material, social e espiritual.

Na Umbanda são consagradas sete linhas que englobam todas as forças cósmicas através da lei das afinidades.

O sétimo raio cósmico de Deus é comandado pelo Arcanjo Camael, que ilumina a Linha de Ogum.

Linha de Ogum é a Força da Lei Maior:

Chefiada por São Jorge que se divide em sete legiões.

São elas:

Ogum Beira Mar (inclusive Ogum Sete Ondas) que faz ronda da beira da praia até o alto mar;

Ogum Rompe Mato participa das energias das matas;

Ogum Megê lida diretamente com a Linha das Almas;

Ogum Naruê trabalha com toda a sabedoria contra todos os trabalhos de magia negra;

Ogum Matinata defende os campos de Oxalá, seu domínio é o espaço sideral;

Ogum Yara é a falange que ronda os rios, lagos e cachoeiras, tem sincretismo com Santa Joana D'Arc;

Ogum Delê ou Dilei - esta falange efetua sua ronda sobre o mundo. É a própria lei que liberta-nos das batalhas de diversas encarnações que interferem em nossa evolução espiritual.

A Umbanda une todos os fundamentos em diversas linguagens, mas é a força que reúne seus filhos diante do altar louvando a beleza da fé, que era a afirmação de São Jorge diante de todos os combates contra o mal da intolerância.
O bom combate é carregar a bandeira do amor respeitando todos os irmãos nos seus princípios de fé.

FIRMEZA DE UM TERREIRO

Muito se tem ouvido falar nos meios umbandistas com relação às firmezas necessárias para um bom andamento dos trabalhos num terreiro de Umbanda.
Logicamente que toda parte ritualística de uma Casa tem razão e função de ser, uma vez que a própria Umbanda tem fundamentos e é preciso preparar os mesmos como é falado em uma curimba de defumação.
Porém, além das firmezas materiais que estão ligadas aos elementos de trabalho dos Orixás, Guias e Entidades e que são catalisadoras das energias necessárias para esses trabalhos, ora servindo como força agregadora de energias positivas, ora desagregando as negativas, há outra firmeza de fundamental importância.
E qual seria essa firmeza?
A firmeza que me refiro meus filhos é a firmeza interior de cada médium de Umbanda.
Mas como se dá essa firmeza?
Se dá através da humildade, do exercício do amor ao próximo e da caridade prestada sem pedir ou esperar nada em troca.
A firmeza interior trabalhada na humildade permite ao médium o esclarecimento de que ele não sabe tudo, que sempre estará em aprendizado pois a Espiritualidade por mais que ensine ainda não deu a palavra final. Dessa forma o médium sempre estará acrescentando ao seu aprendizado ensinamentos novos, iniciando-se assim para ele sempre novas etapas, que devem ser ultrapassadas com muito respeito, amor, dedicação, renúncia e fé.
A firmeza interior pautada no exercício do amor ao próximo fará o médium se ver novamente no lugar do outro que chega na Casa em busca de ajuda, auxílio, esclarecimento e compreensão como o próprio médium chegou um dia.
A firmeza originada na caridade fará o médium entender que não deve julgar quem quer que seja e que muitas vezes ele sofrerá ingratidão e descrédito por parte de algumas pessoas ao verem seus pedidos negados pelas entidades de Umbanda que não barganham e nem trabalham contra as Leis de Deus.
Se hoje meus filhos já caminharam mais um pouquinho, mais motivos tem para buscar o exercício dessa firmeza interior.
Ser médium dentro do templo é muito fácil! O difícil é colocar-se como médium no dia-a-dia onde a sociedade pede muitas vezes uma postura não tão condizente com os ensinamentos de paz, amor e fraternidade deixados pelo Nosso Senhor Jesus Cristo.
Lembrem-se filhos de fé, é através de vossas atitudes que o templo do qual você faz parte será representado, é através das vossas condutas que a Umbanda será mostrada a outras pessoas.
Médium, sinônimo de ponte, meio, instrumento. Que o médium de Umbanda seja um instrumento dócil nas mãos de Pai Oxalá para que assim as bênçãos de amor e luz possam se fazer na Terra.

A DIFERENÇA ENTRE CRER E TER FÉ


“Se o espírito humano não está sintonizado com o espírito de Deus, ele não tem fé, embora talvez creia.

Esse homem pode, em teoria, aceitar que Deus existe e, apesar disso, não ter fé" 


O notável professor, filósofo e humanista brasileiro, Huberto Rohden, em um de seus oportunos comentários inseridos no livro “A Mensagem Viva do Cristo”, obra que compreende a tradução feita por ele mesmo dos quatro evangelhos, diretamente do grego do primeiro século, convida-nos a refletir sobre a significativa distinção entre crer e ter fé. Para ele, a não compreensão dessa questão tem deturpado a teologia e trazido enorme prejuízo à mensagem do Cristo ao longo desses 2000 anos.

Escreve ele:

“Desde os primeiros séculos do Cristianismo, quando o texto grego do Evangelho foi traduzido para o latim, principiou a funesta identificação de crer com ter fé. A palavra grega para fé é pistis, cujo verbo é pisteuein. Infelizmente, o substantivo latino fides, o correspondente a pistis, não tem verbo e assim, os tradutores latinos se viram obrigados a recorrer a um verbo de outro radical para exprimir o grego pisteuein, ter fé. O verbo latino que substituiu o grego pisteuein é credere, que em português deu crer. Nenhuma das cinco línguas neo latinas — português, espanhol, italiano, francês, rumeno — possui verbo derivado do substantivo fides; fé; todas essas línguas são obrigadas a recorrer a um verbo derivado de credere. Ora, a palavra pistis ou fides significa originariamente harmonia, sintonia, consonância. Ter fé é estabelecer ou ter sintonia, harmonia entre o espírito humano e o espírito divino.” Se o espírito humano não está sintonizado com o espírito de Deus, ele não tem fé, embora talvez creia. 

Para o ilustre filósofo, aí está um dos maiores problemas que em muito vem prejudicando a teologia e, para explicar a diferença de significado entre uma coisa e outra, estabelece ele o seguinte paralelo ilustrativo: “Um receptor de rádio só recebe a onde eletrônica emitida pela estação emissora, quando o receptor está sintonizado ou afinado perfeitamente com a freqüência da emissora. Se a emissora, por exemplo, emite uma onda de freqüência 100, o meu receptor só reage a essa onda e recebe-a quando está sintonizado com a freqüência 100. Só neste caso, o meu receptor tem fé, fidelidade, harmonia; fideliza com a emissora”.

Dentro desse contexto, “se o espírito humano não está sintonizado com o espírito de Deus, ele não tem fé, embora talvez creia. Esse homem pode, em teoria, aceitar que Deus existe e, apesar disso, não ter fé. Ter fé é estar em sintonia com Deus, tanto pela consciência como também pela vivência, ao passo que um homem sem sintonia com Deus pela consciência e pela vivência, pela mística e pela ética, pode crer vagamente em Deus. Crer é um ato de boa vontade; ter fé é uma atitude de consciência e de vivência”, argumenta o professor Rohden.

Salvação não é outra coisa senão a harmonia da consciência e da vivência com Deus

Para ele, a conhecida frase “quem crer será salvo, quem não crer será condenado”, é absurda e blasfema no sentido em que ela é geralmente usada pelos teólogos. No entanto, “se lhe dermos o sentido verdadeiro ‘quem tiver fé será salvo’ ela está certa, porque salvação não é outra coisa senão a harmonia da consciência e da vivência com Deus”.

Em sua opinião, de sincero buscador, erudito e filósofo espiritualista “a substituição de ter fé por crer há quase 2000 anos, está desgraçando a teologia, deturpando profundamente a mensagem do Cristo”.[/]


Consciência Espírita - 2006 
Centro de Estudos Espíritas Paulo Apóstolo

A CRUZ

A cruz é um dos símbolos humanos mais antigos e é usada por diversas religiões, principalmente a cristã, embora nem todos os cristãos a usem como símbolo.

Ela normalmente representa uma divisão do mundo em quatro elementos (ou pontos cardeais), ou então a união dos conceitos de divino, na linha vertical, e mundano, na linha horizontal (Koch, 1955).

Na subcultura Gótica, este símbolo geralmente é a representação da tortura ou angústia interna, já que a palavra Cruz vem do latim "Crucio", que significa tormento ou suplício.

Provavelmente esta definição tenha o sentido original, já que em Roma antes mesmo da morte de Cristo, era usado para esta finalidade.

Uma das formas de condenação à morte consistia em atar ou pregar condenados em uma cruz, fazendo os mesmos padecer terrivelmente.



USO DA CRUZ NO CRISTIANISMO

Um dos símbolos mais utilizados na religião é a cruz.

The New Encyclopædia Britannica (A Nova Enciclopédia Britânica) chama a cruz de “o principal símbolo da religião cristã”. Num julgamento em tribunal na Grécia, a Igreja Ortodoxa Grega chegou a afirmar que aqueles que rejeitam a ‘Santa Cruz’ não são cristãos.

O instrumento da morte de Jesus é mencionado em textos bíblicos como Mateus 27:32 e 40. Ali, a palavra grega stau·rós é traduzida por “cruz” em várias Bíblias em português por saber que o costume dos Romanos era a crucificação. Entretanto a palavra grega stau·rós denota primariamente uma estaca, ou poste.

A forma da “cruz”, duas vigas em ângulos retos, “teve sua origem na antiga Caldéia e foi usada como símbolo do deus Tamuz (tendo a forma do Tau místico, a letra inicial de seu nome) naquele país e em terras adjacentes, inclusive no Egito. Por volta dos meados do terceiro século A. D., as igrejas ou se tinham apartado ou tinham parodiado certas doutrinas da fé cristã. A fim de aumentar o prestígio do sistema eclesiástico apóstata aceitavam-se pagãos nas igrejas à parte de uma regeneração pela fé, e permitia-se-lhes em grande parte reterem seus sinais e símbolos pagãos.

Assim se adotou o Tau ou T, na sua forma mais freqüente, com o madeiro atravessado um pouco abaixado para representar a cruz de cristo. — Expository Dictionary of New Testament Words (London, Inglaterra; 1962), W. E. Vine, Vol. I, página 256.

“Encontraram-se diversos objetos, datando de longos períodos anteriores à Era Cristã, marcados com cruzes de feitios diferentes, em quase cada parte do mundo antigo.

A Índia, a Síria, a Pérsia e o Egito produziram todos inúmeros exemplos, ao passo que em quase toda a parte da Europa se encontraram numerosos casos, datando desde a parte posterior da Idade da Pedra até os tempos cristãos.

O uso da cruz como símbolo religioso em tempos pré-cristãos e entre povos não-cristãos provavelmente pode ser considerado como quase universal, e em muitíssimos casos ligava-se a alguma forma de culto da natureza.”