sexta-feira, 16 de setembro de 2016



``Conhecida parábola da cultura oriental fala de uma senhora que resolveu abrigar um sábio guru no quintal de sua residência. Deu-lhe comida, abrigo e tranquilidade para que o homem de meditações pudesse cumprir sua missão.
Certa feita, desconfiada sobre a integridade do guru, resolveu aplicar-lhe uma prova. Contratou a preço de cinco moedas de ouro uma belíssima vendedora de ilusões e bailarina para aferir a resistência do homem santo.
Na noite aprazada lá estava ela na cabana, tentando incendiar os apetites inferiores do guru com a sensualidade e a beleza. Bailou, despiu-se, provocou, mas o homem era de ``gelo´´, mantinha-se impassível, quieto, em estado de plenitude. Então, depois de longo tempo ela desistiu e retornou até a senhora dizendo:
- Tentei de tudo e nada, ele é um homem santo.
Intrigada, a hospedeira do guro indaga:
- Mas ele não lhe disse nada, não fez nada, uma só palavra?
- Não, senhora!
- Então toma tuas moedas, você fez sua parte.
Inusitadamente, a seguir ela tomou de uma larga vassoura e seguiu aos gritos em direção à cabana, assustando a vizinhança que conhecia o carinho com o qual tratava o meditador. Em lá chegando, espancou o homem, destruiu a cabana e em alta voz disse para que todos ouvissem:
- Testei esse homem com a luxúria, ele resistiu por três noites ao apelo de atraente e sedutora jovem, permaneceu em estado de orações, e quanto a isso eu o aplaudo. Porém, suas práticas são de nenhuma utilidade para o mundo, porque ele nada disse àquela jovem que pudesse servir de orientação e força na restauração de um caminho novo. Se é um homem de Deus, deveria agir pelo bem e não somente evitar o mal.´´

. . . .

Evitar o mal necessariamente não edifica valores, enquanto fazer o bem significa acionar os recursos divinos latentes através do dinamismo da caridade.
Evitar o mal é contenção e disciplina, sendas formadoras de caráter, entretanto as realizações no bem sulcam a profundidade do sistema afetivo, fixando e dinamizando forças morais nobres.
Educação resume-se em transformar impulsos e desenvolver potencialidades. O ato de apenas conter sem renovar pode levar aos mais sofridos caminhos da radicalização, do fanatismo e de variadas expressões neuróticas em direção a mais intensas desarmonias da psique.
O ato educativo é um ato de Amor nas relações que destinem ao crescimento para ``ser´´.
Educar é encontrar respostas para os enigmas do existir, razão pela qual somente amando o outro e a nós mesmos conseguimos encontrar tais tesouros da vida.
Chamamos de integral o ato educativo com Amor, seja na prática pedagógica ou na vida de relação social. 
O objetivo maior da vinda do homem à Terra é a sua melhora espiritual. Tal mister só será plenificado na medida em que aprender a amar, porque o Amor é o decreto sublime do universo para o crescimento e a felicidade de todos os seres.

Adaptado do livro: Laços de Afeto (Wanderley S. de Oliveira/Esp. Ermance Dufaux)


Ogum é um dos orixás mais cultuados dentro do panteão Umbandista, o soldado de Aruanda. Ogum é o general de guerra, o vencedor de demandas. O patrono do ferro, dos metais em geral. Sua cor geralmente é o vermelho, mas varia muito dependendo do culto e da casa.Suas festividades ocorrem no dia 23 de abril, seu sincretismo quase que absolutamente é São Jorge, mas também pode variar dependendo da casa e da liturgia praticada.

Sabe-se que Ogum é o patrono do Ferro, dos metalúrgicos, da tecnologia e dos soldados. Também é o Senhor das Estradas, portanto, a área de atuação da vibração de Ogum é muito vasta.

Ogum é a vibração que nos impulsiona à Luta, às Guerras, é a nossa coragem, o nosso ânimo para vencer as constantes guerras que travamos em nosso cotidiano.

Ogum nos move, é a direção para o campo de batalha, é a força que nos dá a esperança e nos anima para continuar lutando, é uma vibração muito evocada, juntamente com Exu, para vencer demandas, desfazer malefícios causados por espíritos de baixo grau evolutivo.

Ogum é um poderoso Orixá, dono do ferro e do fogo. Ele é um guerreiro, um lutador que defende a lei e a ordem. Este Orixá abre os caminhos e vence as lutas, agindo pelo instinto para defender e proteger os mais fracos. Todas as lutas, as conquistas, as vitórias são presididas por Ogum.

Legião de Ogum Beira-mar, aliada ao povo do mar
Legião de Ogum Malei, aliada à Linha de Malei (Povo de Exu)
Legião de Ogum Megê, aliada ao povo Megê (negros africanos)
Legião de Ogum Naruê, aliada ao povo Naruê (escravos de várias raças)
Legião de Ogum Nagô, aliado ao povo de ganga (Linha de Nagô)
Legião de Ogum Iara, aliada ao povo dos rios (Caboclos)
Legião de Ogum Rompe-Mato, aliada a Oxossi e seu povo da mata

Ogum domina a primeira Linha de Umbanda, que controla todos os fatos de execução e cobrança do carma de cada indivíduo ou grupo, daí serem soldados.

Ele é o responsável pela manutenção da lei na Umbanda. As falanges de Ogum, que divergem muito de um terreiro para outro, combatem diretamente as falanges do mal. Aprendemos ainda que a Linha de Ogum possui um mentor e esse mentor não é São Jorge e sim, São Miguel (o Arcanjo).

Com São Jorge ocorre o sincretismo na chefia da linha no sul e no sudeste do Brasil. Como na Linha de Oxalá, todos os trabalhadores da Umbanda têm por Ogum tremendo respeito e obediência. Seus guerreiros são imbatíveis no combate ao mal. Não conhecemos rabo de encruza, quiumba ou qualquer outro espírito maligno que não o respeite.

Os trabalhadores dessa linha foram normalmente guerreiros ou militares, como os legionários romanos, os cavaleiros das cruzadas, os sarracenos e muitos outros. Comparativamente, Ogum é na Umbanda o mesmo que a polícia é para o povo. Se a situação ameaçar sair do controle ou se nos sentirmos ameaçados, ele agirá trazendo e mantendo a ordem.

O Homem de Ogum

Ele é confiante ,entusiasmado, generoso,solidário, enérgico, ousado, ativo em seu lado positivo e pode também ser intolerante, violento, impulsivo, obstinado, egoísta e exigente em seu lado negativo.

A mulher de Ogum

Elas são sinceras, encantadoras, vigorosas, corajosas, entusiasmadas, românticas que são qualidades que excedem seu lado negativo já que ela também pode ser mandona, irritada e impulsiva.

Salve todas as linhas de Ogum:

Ogum Beira Mar
Ogum Nagô
Ogum Guarda da Pedreira
Ogum Naruê
Ogum Guerreiro
Ogum do Oriente
Ogum Iara
Ogum das matas
Ogum rompe mato
Ogum da bandeira
Ogum Quebra Demanda
Ogum de Lei
Ogum de Ronda
Ogum da Lua
Ogum Sete Espadas
Ogum Marinho
Ogum Sete Estrelas
Ogum Matinata
Ogum Sete Linhas
Ogum Megê
Ogum 7campina
Ogum Xoroquê Crazado Exú/Ogum



Irmãos,

Muita paz!

Os dias que virão pedirão a todos uma mudança de posicionamento íntimo, uma nova forma de vibração.

São muitos os que se prendem a construir mentalmente uma derrocada em certos nichos da sociedade.

Creem que as lutas e a desorganização serão úteis para a mudança que veem como necessária.

No entanto, em tempo algum a desordem, a violência e o distúrbio social foram as maneiras mais adequadas para o crescimento de um povo.

São sim, condições que acabam surgindo porque os homens teimam em não escutar o chamado divino, através da doce melodia do amor.

Pensar e irradiar a desordem, crendo que sejam o caminho da “salvação”, é esquecer-se da condição divina que habita o homem e, ainda, que é possível ( e se faz necessário) construir um mundo novo, não sobre escombros, mas embasado nas suaves lições do bem e da justiça.

O Brasil vive um momento de enormes dificuldades.

Acrescer a elas as vibrações negativas, crendo que isto modificará o padrão e a estrutura da sociedade é ilusão.

O ódio, a mágoa, o mau desejo, só acrescentam mais posturas infelizes na tão complicada condição social deste povo.

É preciso vibrar harmonia, é necessário converter todas as formas negativas de agir em posturas de sentinelas do Bem.

Crer que apesar de ou com os homens, há um propósito maior para este país e para este planeta.

Não como algo efêmero.

Para isso, no entanto, é fundamental que cada criatura de forma consciente e íntima
desperte-se para as nobres vibrações que emanam dos planos mais altos da vida.

Certamente que a tempestade varre a terra e, posteriormente, todos os elementos
destruídos iluminados pelo sol divino regenera-se em novos terrenos produtivos e de beleza.

Entretanto, o lavrador, pelo seu trabalho honesto e fiel, pode transformar também o
ambiente em melhores condições, sem que haja a necessidade da tormenta, dando ao mundo uma aparência mais sublime.

Cada qual é responsável pelo que pensa, irradia e constrói.

Cuidemos, portanto, para que a Terra e o Brasil recebam de nossos corações apenas aquilo que coaduna com os princípios divinos, os quais já conseguimos amealhar.

Que o nosso quinhão seja o da paz e do amor fugindo de quaisquer destemperos
emocionais, de baixa expressão.

Jesus, o Mestre dos mestres, convida-nos ao Amor. E através do Amor, no tempo e no espaço certos, alcançaremos o bem que precisamos e que se faz necessário.


Do irmão,

Raphael.

( psicografia no HEAL no dia 19/05/2014)Médium : Roberto Lúcio





Tem dias em que a gente se sente como quem partiu ou morreu. Quando o poeta da música popular escreveu esses versos, explicitava na canção o sentimento que muitas vezes se apodera de nossa alma.

São aqueles dias onde a alma se perde na própria solidão, encontrando o eco do vazio que ressoa intenso em sua intimidade.

São esses dias em que a alma parece querer fazer um recesso das coisas da vida, das preocupações, responsabilidades e compromissos, para simplesmente ficar vazia.

Não há quem não tenha esses dias de escuridão dentro de si.
Fruto algumas vezes de experiências emocionais frustrantes, onde a amargura e o dissabor nos relacionamentos substituem as alegrias de bem-aventuranças anteriores.

Outras vezes são os problemas econômicos ou as circunstâncias sociais que nos provocam dissabores e colocam sombras na alma.

A incompreensão no seio familiar, a inveja no círculo de amizades, a competição e rivalidade desmedida entre companheiros de trabalho provocam distonias de grande porte em algumas pessoas.

Nada mais natural esses dissabores. Jesus, sabiamente, nos advertiu dizendo que no mundo só encontraríamos aflições.
Tendo em vista a condição moral de nosso planeta, as aflições e dificuldades são questões naturais e, ainda necessárias para a experiência evolutiva de cada um de nós.

Dessa forma, é ilusório imaginarmos que estaríamos isentos desses embates ou acreditarmo-nos inatacáveis pela perversidade, despeito ou inferioridade alheia.
Assim, nesses momentos faz-se necessário enfrentar a realidade, sem deixar-se levar pelo desânimo ou infelicidade.

Se são dias difíceis os que estejamos passando, que sejam retos nosso proceder e nossas ações. Permanecer fiel aos compromissos e aos valores nobres é nosso dever perante a vida.

Os embates que surjam não devem ser justificativas para o desânimo, a queixa e o abandono da correta conduta ou ainda, o atalho para dias de depressão e infelicidade.

Aquele que não consegue vencer a noite escura da alma, dificilmente conseguirá saudar a madrugada de luz que chega após a sombra, que parece momentaneamente vencedora.

Somente ao insistirmos, ao enfrentarmos, ao nos propormos a bem agir frente a esses momentos, teremos as recompensas conferidas àquele que se propõe enfrentar-se para crescer.

Se os dias que lhe surgem são desafiadores, lembre-se de que mesmo Jesus enfrentou a noite escura da alma, em alguns momentos, porém, sempre em perfeita identificação com Deus, a fim de espalhar a claridade sublime do Seu amor entre aqueles que não O entendiam.


Redação do Momento Espírita, com base no cap. 7,
do livro Atitudes Renovadas, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco



Como o nome já o indica, os Guias Espirituais de Umbanda são seres de Luz dispostos a nos guiar durante uma ou mais encarnações, no sentido de nos orientar, intuir, auxiliar e proteger (conforme as nossas reais necessidades evolutivas e o nosso merecimento!), a fim de nos ajudar a cumprir os objetivos traçados antes do nosso reencarne, e sempre em prol da nossa evolução espiritual.
Todos nós temos Guias Espirituais, independente da nossa religião. O que varia é a denominação que as diversas religiões dão a esses abnegados benfeitores (Guias, Protetores, Amparadores etc.). Diz EMMANUEL: “A mesma bondade infinita que nos socorre nos santuários espírita-cristãos, é a mesma que se expressa nos templos de outra feição interpretativa da Divina Idéia de Deus.”
Um Guia é sempre, e por definição, mais elevado do que aqueles a quem veio orientar e amparar.
Na Umbanda, em sua maioria, os Guias são espíritos humanos que passaram por várias encarnações, buscando conhecimentos, utilizando-os sempre para o Bem e assim adquirindo sabedoria e merecimento perante o Criador e as Leis da Criação. Há, também, seres de dimensões paralelas à humana que se manifestam nos médiuns de Umbanda, com igual finalidade, pois nas respectivas dimensões eles evoluíram e alcançaram o grau necessário para essa tarefa (exemplos: Crianças da Umbanda, Sereias, Exus Mirins).
Não importa a “roupagem” com que os Guias se apresentem (Preto-Velho, Caboclo, Criança, Exu, Marinheiro etc.). Por trás desses arquétipos e suas formas plasmadas vamos encontrar espíritos e seres de variados graus de conhecimento e evolução (sempre mais adiantados do que o nosso e o do médium no qual atuam), e que continuam estudando, trabalhando e se aprimorando, já que prosseguem nas suas evoluções.
Os Guias de Umbanda não “exibem” seus títulos, dons e conhecimentos. São movidos pelo ideal de ajudar aos irmãos necessitados e se enfileiram nas diversas Linhas de Trabalho da Umbanda, manifestando-se com as características dos respectivos Arquétipos. Tendo alcançado certo grau, podem “mostrar-se” com determinada forma plasmada, ou seja, moldam seus corpos espirituais com a aparência de Preto-Velho, Caboclo etc.; e usam o modo de falar, o gestual e os elementos característicos da Linha que representam porque estão autorizados a fazê-lo. Deixam de lado, muitas vezes, nomes ilustres que tiveram em determinada encarnação, para apresentar-se com o nome genérico da Linha (Caboclo etc.), numa forma silenciosa e profundamente bela de nos ensinar o desapego e a Fraternidade.
As Linhas de Trabalho da Umbanda, também chamadas de Povos da Umbanda, foram idealizadas no Astral Superior por seres de grande elevação moral e espiritual, antes que a Umbanda fosse trazida ao plano físico pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, por seu médium Zélio Fernandino de Morais. O objetivo das Esferas Elevadas era socorrer a humanidade, que vinha atravessando períodos de atraso e negatividades (escravizando seus irmãos por conta de ambições e preconceitos injustificáveis; pela cobiça e o apego material excessivos; por atos  de crueldade e desprezo aos valores espirituais etc.).
Cada Linha recebeu grupos de seres e espíritos afins, já portadores de um determinado grau de elevação espiritual, conhecimentos e especialidades, que os habilitavam a atuar em áreas específicas; então se organizando o Trabalho Espiritual de Umbanda que cada Linha viria a realizar. Com o tempo, outros seres e espíritos foram e continuam sendo admitidos, aumentando os seus quadros e potencial de ajuda.
As Linhas de Umbanda atualmente conhecidas e mais atuantes na Direita são: Caboclos,
Pretos-Velhos, Crianças, Baianos, Boiadeiros, Ciganos, Malandros, Marinheiros e Sereias. Exceto quanto às Crianças e às Sereias, as demais Linhas agrupam espíritos humanos que já passaram pela experiência da vida carnal.
E na Esquerda temos: Exus, Pombagiras e Exus Mirins. Estes, os Exus Mirins, vêm de uma dimensão paralela à Esquerda da dimensão humana, eles não são espíritos humanos.
►Que espécie de amparo e orientação os Guias Espirituais podem nos dar?
Os Guias nos sugerem bons pensamentos, palavras e atitudes, inspirando-nos sempre para a prática do Bem; ouvem nossas queixas e nos estimulam a buscar soluções, sem deixar de trazer consolo e esperança para os nossos momentos de aflição; quando necessário, falam com severidade e nos alertam para a necessidade de revermos e corrigirmos pensamentos e atitudes negativas que nos afastam do caminho da Luz. 
Por sua elevação e nobreza, não ficam conosco durante todo o tempo. Não ficam à nossa disposição porque isto atrapalharia o nosso progresso espiritual. Não podem fazer por nós o que é tarefa nossa. Até porque, quando nos omitimos em buscar conhecimentos e soluções, ou quando insistimos numa conduta inadequada à nossa evolução, assumimos perante a Lei e a Justiça Divinas as consequências disso; e os Guias não podem interferir em nosso livre arbítrio. Depende de cada um de nós a busca e o desenvolvimento da Fé, da autoconfiança e da autoestima; o que pode ser alcançado a partir do autoconhecimento e pela aquisição de sentimentos e pensamentos mais puros e de cultura nobre.
Os Guias Espirituais são, por assim dizer, “nossos Irmãos mais velhos”, que por esforço próprio adquiriram conhecimento, sabedoria e merecimento, e que agora voltam para auxiliar o nosso progresso, aplicando em nosso benefício tudo quanto aprenderam.
Eles nos auxiliam principalmente quando nos ensinam sem alarde, pelos seus exemplos de fé, paciência, humildade, dedicação, determinação, coragem, perseverança, carinho e tantas outras virtudes que já adquiriram.
Precisamos amá-los, respeitá-los e compreender que não é tarefa deles nos carregar nos ombros e nem fazer “mágicas” que resolvam nossos problemas.
O compromisso dos Guias Espirituais perante o Divino Criador, a Lei e a Justiça Divinas é apenas o de nos orientar e estimular, para percebermos que nós mesmos somos capazes de desenvolver nossas potencialidades e, através delas, encontrar as soluções para as nossas dificuldades do momento.  
A simples presença de um Guia Espiritual demonstra a continuidade da vida depois da morte física e, só por isto, revela que os nossos esforços têm uma razão de ser, que nada é perdido, e que estamos construindo continuamente a nossa evolução e a nossa felicidade.
O Guia Espiritual de Umbanda é o Sagrado que chega até nós, pelos vários Caminhos de que dispõe o Divino Criador; e sempre usando de uma linguagem simples e compreensível a todos, para despertar em nós o sentimento de Irmandade e Fraternidade.
Quando nos faltam meios para a solução de uma dificuldade, aí sim, os Guias podem agir, mas sempre em obediência à Lei do Criador (na quebra de magias negativas, no afastamento e doutrinação de espíritos vingativos, na cura de enfermidades etc.). E ainda nos alertando de que precisamos, muitas vezes, é modificar o nosso padrão mental, emocional e as nossas atitudes, para entrarmos numa sintonia mais positiva e evitarmos atrair influências desequilibradoras e nocivas.
Ainda a respeito dos Arquétipos da Umbanda, RUBENS SARACENI explica que: “Os guias espirituais umbandistas incorporam com suas formas arquetípicas definidas logo no início da expansão da Umbanda, quando os espíritos se apresentavam como sendo Caboclos (as), Índios (as), Pretos (as) Velhos (as), Crianças, ou como Exus, Pombagiras, Caboclos Boiadeiros, Baianos e Marinheiros, abdicando de seus nomes antigos e assumindo nomes de correntes de espíritos. Os nomes coletivos servem tanto para ocultar suas identidades como para determinar seu grau e sua forma de trabalhar, e como devem falar e apresentar-se quando incorporam em seu médium. Desde que os centros umbandistas, kardecistas e demais segmentos espiritualistas os aceitem, eles incorporam regularmente e passam a dar consultas e a realizar trabalhos em benefício das pessoas, não se preocupando com a crença delas, pois, para os guias espirituais, o que importa é o ser em si, e não a religião ou a doutrina que ele siga. Os Pretos velhos vinham dos Cultos de Nação então existentes, englobados hoje no Candomblé. Os primeiros Pretos Velhos ti­nham seus nomes associados aos de Países Africanos tais como: Congo, An­go­la, Cambinda, Mina, Keto etc. Os Caboclos vinham da religião in­dígena aqui existente e seus nomes aludiam às Tribos. Os primeiros Caboclos apresen­tavam-se com nomes como: Caboclo Aymoré, Tupi, Tupiniquim, Tupinambá etc. Mais adiante vieram as Crianças ou Erês (os gêmeos africanos). Na Direita, apresentavam-se com nomes de Santos, no diminutivo: Pedrinho (São Pedro), Joãozinho (São João), Mariazinha (San­ta Maria), Glorinha (Nossa Senhora da Glória), Tiãozinho (São Sebastião) etc. Já na Esquerda apre­sentavam-se com os nomes dos Exus, no diminutivo”.