quinta-feira, 27 de outubro de 2016


A Importância do Estudo na Umbanda


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Muitos médiuns Umbandistas não gostam de estudar sobre a Religião de Umbanda, assim como alguns sacerdotes não permitem que seus médiuns estudem e façam perguntas, questionem, evoluam em conhecimento e saber.

Muitos dizem que a Umbanda é caridade, amor e não é necessário estudo qualquer: "é só deixar o guia vir; é só deixar o Orixá encostar".

Bem, em toda Religião o estudo é fundamental para a sua compreensão. Não que esteja errado ver o lado da caridade, do amor ou da entrega que realmente são necessários aos médiuns na incorporação, mas a Umbanda é muito mais do que isso.

O estudo deve ser somado à dedicação prática da lida no terreiro (a prática da caridade e do amor ao próximo: solidariedade), unindo tudo isso como um conhecimento maior que pode tirar dúvidas, retirar confusões da mente, evitar o animismo, o exibicionismo (de médiuns e/ou de entidades), evita que os consulentes vejam a Umbanda e seus guias como trocadores de favores / presentes, a clonagem arquétipa dos guias (quando médiuns novos acabam, sem querer, copiando o comportamento dos guias do ou dos dirigentes), o comportamento grosseiros de alguns guias e médiuns, a ignorância de alguns médiuns, e evitar que os espertalhões, que querem utilizar a Umbanda como um meio de ganhar dinheiro, o façam usando a ignorância de seus adeptos.

Podemos dividir o estudo da Umbanda em várias formas de entendimento e orientações:

* Pela doutrina de cada segmento, cada casa, que deveria ser ministrada aos médiuns e assistidos (qual a doutrina existente na casa, seus ritos, fundamentos, maneira de trabalhar). Normalmente essa doutrina ou essas aulas de doutrina estão a cargo do sacerdote da casa ou alguém designado por ele;

* A conversa de banquinho com o(a) preto(a)-velho(a) do(a) dirigente ou dos dirigentes da casa (pode ser com outro guia, tudo dependerá da estrutura de comando de cada casa; umas estão sob o comando dos pretos-velhos, outras sob o de Caboclos, Boiadeiros, Baianos etc), onde a parte doutrinária da casa, pelo seu lado espiritual e orientador, deve ser levada aos médiuns;

* Livros e material didático que sejam feitos pela casa (terreiro) ou utilizado de autores Umbandistas. Onde possam existir mais orientações no nível doutrinário, religioso, comportamental, espiritual, moral e ético relacionados a Umbanda;

* Outras fontes literárias, até de outras religiões, onde possam conter informações relevantes para os médiuns, no seu entendimento sobre a Religião de Umbanda, ou mesmo, sobre certos conceitos de cunho moral, ético, espiritual, doutrinário etc;

* Formação de palestras e/ou seminários, onde ao médiuns possam compartilhar da sabedoria e do conhecimento de outras sacerdotes e outras pessoas ligadas `a espiritualidade (dependendo de cada seguimento da Umbanda);

* Como visitantes a outros terreiros ou recebendo visitantes em seu próprio terreiro, no intuito de se mostrar a diversidade da religião, a troca saudável de culturas dentro da Umbanda, mostrando a diversidade, a riqueza que é a Religião de Umbanda. Ao mesmo tempo, estreitando laços de amizade e de união com outros terreiros e outras formas de se manifestar a Umbanda;

* Por meio da formação escolar e acadêmica. Seja no estudo regular, ou na Universidade, onde o médium aprende uma profissão, uma especialização, aumenta sua instrução e a sua forma de ver e entender o mundo;

* Por meio de cursos relativos a Umbanda e a outras religiões, ou facetas da própria Umbanda. Porém, esses cursos devem ser de conhecimento do sacerdote de cada casa, pois existem diversas pessoas que usam do nome da Umbanda para enganar e retirar dinheiro de médiuns que buscam o conhecimento.

Como podemos ver, não existe somente uma forma, mas existem diversas formas de se obter o conhecimento e o estudo com relação a Religião de Umbanda.

Devemos sempre lembrar que os Sacerdotes da casa, de cada casa, têm o compromisso, não só em relação a caridade, ao amor, a solidariedade, mas também, do conhecimento, do ensino, da orientação, do conduzir os médiuns, os tirando da ignorância e mostrando que a Religião de Umbanda, mediante o seu seguimento, pode dar muitos ensinamentos. Não só em relação a religião em si, mas para o próprio médium como pessoa, como ser humano.

O terreiro, a religião, pode se estender para o mundo profano e nele exercer uma atuação divina. Isso pode ser feito sem preconceitos, sem proselitismos, sem perseguições, sem imposições ao outro. Basta que os sacerdotes e os guias que conduzem uma cada de Umbanda, saibam passar os bons ensinamentos a seus médiuns para que eles possam levar para o mundo o que a Umbanda tem de melhor, o que ela tem de contribuição para a melhora do mundo e do próprio ser humano.
Algumas pessoas, até dentro da Umbanda, acreditam que "o conhecimento é poder" (Francis Bacon).

Eu acredito que "o conhecimento liberta o homem de sua ignorância, abrindo-lhe a mente para a liberdade das ideias."

Um abraço,

Por: Etiene Sales

Orai e Vigiai – Buscando o Equilíbrio Espiritual

"Orai e Vigiai , para não cairdes em tentação".
- Jesus (Mateus, 26,41) -

Sérgio Biagi Gregório
 


1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste estudo é buscar e manter o equilíbrio espiritual. Para tanto devemos fazer uso dos verbos no imperativo, que se traduzem por uma ordem na mudança de nossas atitudes e comportamentos. 

2. CONCEITO
Prece / oração - É o ato de comunicação do homem com o sagrado: Deus, os deuses, a realidade transcendental ou o poder sobrenatural. No início parece uma queixa, uma angústia, um sofrimento, mas depois pode englobar uma adoração ou um agradecimento. Para os panteístas é absorção no todo universal. No meio espírita encontramos algumas frases, tais como, “ato de caridade”, “apoio para a alma”, “uma invocação”, “uma evocação”, “uma conversa com Deus”, “transporte do coração”, “vibração”, “explosão da fé”, “irradiação protetora” e “caminho de luz”. (Equipe da FEB, 1995)
Vigilância - Precaução, cuidado, prevenção.

3. HISTÓRICO
Na busca de subsídios, através do tempo, a Bíblia oferece-nos informações valiosas.
No Velho Testamento,  Abraão, Moisés, Samuel, David e Salomão são considerados os expoentes de 1.ª grandeza em termos de oração. O tabernáculo e o templo, consagrados à santidade e glória de Iavé, são os lugares por excelência, a certa altura quase exclusivos, da oração.
No Novo Testamento, Jesus Cristo tornou-se o grande modelo e mestre da oração, pois esta era para ele imperativo de Sua natureza humana e resposta à Sua condição de Filho de Deus. A profundidade e eloquência da oração de Jesus impressionaram vivamente os discípulos, aos quais, a seu pedido, ensinou o Pai Nosso, oração de conteúdo riquíssimo e esquematização modelar, pois aí se conjugam e hierarquizam harmoniosamente os interesses do Reino e as necessidades espirituais dos filhos de Deus. Além do conteúdo e do modo, Cristo incutiu também repetidamente a necessidade da oração assídua, humilde, sincera, filial.
Os apóstolos foram os fiéis propagadores da oração: Santo Agostinho, S. J. Damasceno, Santo Tomás de Aquino e outros. No entanto todos convergem em considerar a oração uma elevação da mente para Deus, um colóquio ou diálogo com Deus, um pedido das coisas convenientes ao homem dirigido a Deus. (Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura)

4. ADORAÇÃO
A lei de adoração é a primeira das Leis Naturais estudas por Allan Kardec em O Livro dos Espíritos. Diz-nos o Codificador, através do auxílio dos Espíritos superiores, que a adoração é natural e pertence à espécie humana.
Em virtude da ignorância das verdades religiosas, os homens acabaram adotando diversas formas míticas e místicas de adoração, desviando o pensamento da essência fundamental do ato de adorar. Assim sendo, a maioria das pessoas liga-se a uma religião, a uma seita, a uma corrente espiritualista, muito mais para resolver o seu problema material do que para a busca da verdadeira espiritualização do ser. É por isso que se sugere, no meio espirita, a substituição do termo adoração  por reverência, no sentido de se eliminar o ranço pejorativo que o termo adorar agrega. 
A adoração, sendo uma ligação com o sagrado, permite-nos abrir um parêntese e introduzir a noção de hierofania. Por hierofania, Mircea Elíade entende o ato de manifestação do sagrado. A história das religiões tem um número considerável de hierofanias, ou seja, todas as manifestações das realidades religiosas. É isso o que explica o sagrado manifestando-se em pedras, animais, árvores etc. Não são as pedras, as árvores, os animais, os objetos que são adorados, mas sim o que eles representam para a coletividade. Observe, por exemplo, uma cruz: ela é um pedaço de madeira como tantas outras peças feitas da mesma madeira. Contudo, no processo de hierofanização, a cruz adquire valor sagrado, ou seja, serve para exorcizar espíritos maléficos. Nessa mesma linha de raciocínio podemos incluir a adoração das vacas na Índia. (Eliade, 1957, p. 25)
Os cientistas sociais, na tentativa de separar o sagrado do profano, acabam tendo pouco êxito, pois o que se vê é o caráter ambíguo do termo predominar. O direito, a moral, a ética, o casamento e outros temas trazem em si um considerável peso de sagrado. Em Direito — uma ciência — a arquitetura dos tribunais, a toga do juiz, o ritual das sessões dos tribunais, mesmo o uso de símbolos religiosos para o juramento, por exemplo, apontam certos aspectos da instituição do direito que têm pelo menos certo sabor de sagrado. (Boulding, 1974, p. 4)

5. PRECE
5.1. PERGUNTAS E RESPOSTAS
Pergunta. O que é a prece?
R = A prece é um ato de adoração ao Criador.
Pergunta. Como se deve orar?
R = Não é preciso ficar de joelho, sentado ou de pé. A  postura física é o que menos conta.
Pergunta. Por que devemos orar?
R = Porque a prece é um lenitivo para as nossas preocupações.
Pergunta. Onde se deve orar?
R = Em qualquer lugar. Observe que a citação bíblica que prescreve entrar no quarto, fechar a porta e perdoar os inimigos, pode ser entendida como entrar no quarto “íntimo”. E no quarto íntimo, podemos entrar estando em qualquer lugar: no ônibus, no metrô, na praia etc.
Pergunta. Quando devemos orar?
R = Também não há prescrição, contudo O Evangelho Segundo o Espiritismo orienta-nos a orar pela manhã e à noite.

5.2. TIPOS DE PRECE
Devido à conexão e à intermitência entre os vários tipos de prece, é difícil concebê-los em termos de uma classificação rígida. De qualquer forma, podemos enumerar alguns desses tipos:
Súplica – Solicitação de vida longa, obtenção de bens materiais e prosperidade financeira são os seus ingredientes favoritos. Como para obtenção de tais objetivos, o ser humano vale-se da invocação mágica, este tipo de prece pode tornar-se um desvio da verdadeira prece, principalmente quando feita para obter recompensas ou troca de pagamento com Deus. 
Confissão – o termo confissão expressa ao mesmo tempo uma afirmação da fé e o reconhecimento do estado de “pecado”.
Intercessão – é a prece feita em favor de outrem. Em algumas sociedades primitivas, o chefe de família ora para os outros membros da família, mas estas preces são também extensivas à tribo inteira. (Encyclopaedia Brittannica) 
Allan Kardec, na P. 659 de O Livro dos Espíritos, diz-nos que pela prece podemos fazer três coisas: louvar, pedir e agradecer.  

5.3. EFICÁCIA DA PRECE
É pelo pensamento que nos colocamos em sintonia com outros seres, tanto encarnados como desencarnados. Por intermédio de nossas ondas mentais, podemos auxiliar e sermos auxiliados pelas outras mentes que entram em contato conosco. Atuando sobre esse fluxo energético curamos e somos curados de algumas doenças, até aquelas catalogadas pela medicina como incuráveis. A cura do incurável dá origem ao milagre. Mas, para o Espiritismo, o milagre não existe, pois não podemos derrogar as leis da natureza. O que há é uma extrema aceleração dos processos de cura. (Kardec, 1984, cap. XXVII)

5.4. CRISE NA ORAÇÃO
A crise da oração que se verifica na sociedade contemporânea pode ser devido a:
Ateísmo em suas diversas formas;
Afrouxamento da fé e a esterilidade moral do culto de muitos cristãos;
Incapacidade de conciliar racionalmente a imutabilidade de Deus com a liberdade do homem imiscuída na oração de súplica.
O êxito do progresso técnico e cientifico que outorga ao homem bens de conforto e consumo outrora pedidos a Deus como seu único senhor e distribuidor;
Redução da prática e, às vezes, do próprio conceito de oração, à oração de súplica, com prejuízo dos aspectos imanentes e essenciais da oração.

6. ORAÇÃO E VIGILÂNCIA
O texto evangélico nos diz que devemos orar e vigiar para não cairmos em tentação. Por que?

6.1. PASSADO DELITUOSO
O Espírito Emmanuel alerta-nos que as mais terríveis tentações encontram-se no fundo sombrio de nossa individualidade. E o que vem isto significar? É que quando reencarnamos trazemos conosco, impregnados em nosso subconsciente, todos os erros e mazelas cometidas em outras épocas. Como temos o esquecimento do passado, a sua manifestação dá-se pela intuição e pelo sentimento. A simples presença do adversário de outras épocas faz ecoar dentro de nós o ódio, a vingança, o repúdio. Por isso a vigilância. Tomando-se consciência da situação, proceder à prece silenciosa em favor da harmonia.

6.2. A PROPOSTA DE EMMANUEL
“Em nós mesmos podemos exercitar o bom ânimo e a paciência, a fé a humildade... Não te proponhas, desse modo, atravessar a mundo, sem tentações. Elas nascem contigo, assomam de ti mesmo e alimentam-se de ti, quando não as combates, dedicadamente, qual o lavrador sempre disposto a cooperar com a terra da qual precisa extrair as boas sementes ... Entretanto, lembremo-nos do ensinamento do Mestre, vigiando e orando, para não sucumbirmos às tentações, de vez que mais vale chorar sob os aguilhões da resistência que sorrir sob os narcóticos da queda”. (Fonte Viva, 110)

7. CONCLUSÃO
Embora as preces que fazemos não irão desviar-nos de nossos problemas e desilusões, elas são um bálsamo reconfortante para a nossa alma enfermiça, pois faz-nos penetrar em estados  de suave sossego e gozos que somente aquele que ora é capaz de decifrar.

8. BIBLIOGRAFIA
BOULDING, K. E. O Impacto das Ciências Sociais. Rio de Janeiro, Zahar, 1974.
ELIADE, M. O Sagrado e o Profano: A Essência das Religiões. Lisboa, Livros do Brasil, 1957?
ENCICLOPÉDIA LUSO-BRASILEIRA DE CULTURA. Lisboa, Verbo, s. d. p.
ENCYCLOPAEDIA BRITANNICA.
EQUIPE DA FEB. O Espiritismo de A a Z. Rio de Janeiro, FEB, 1995.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. ed., São Paulo, IDE, 1984.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 8. ed., São Paulo, FEESP, 1995.
XAVIER, F. C. Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel. Rio de Janeiro, FEB, s.d.p.
São Paulo, agosto de 2001

Porque Deus Não Atende os Seus Pedidos Materiais



Algumas pessoas têm me perguntado o que fazer para conquistar certos bens materiais. Chegam e dizem “quero isso”, “quero aquilo” e sempre querem saber como fazer para conseguir isso “magicamente”, “com Deus” e toda forma de contato “espiritual” (por assim dizer). A idéia da fé, do acreditar, pensamento positivo, magia, reprogramação mental e poder do subconsciente faz as pessoas buscarem algo material no plano espiritual através de orações, ritos mágicos, pensamentos positivos e tudo o mais, porém, acaba que a maioria esmagadora não obtém resultado algum e isso tem um motivo.  Seja o método que for (igreja, magia, pensamento positivo, filosofias e etc.) o que acontece é que se vende algo falso. 1.000 pessoas buscam algo numa igreja, 01 consegue, se fala do sucesso desta uma não do fracasso das 999 e assim se vende a idéia dos “milagres de Deus”, do “poder do pensamento positivo”, “da magia” e etc. Obviamente, que falo aqui de coisas grandes que fogem ao comum.

Muitas pessoas acabam fracassando em seus pedidos, seus intuitos, o tempo vai passando, nada vai mudando e com isso o natural descontentamento vai surgindo. Assim, para justificar os fracassos destes procedimentos de fé, magia e pensamento positivo acabam por domesticar as pessoas com idéias como “Deus quis assim”, “tudo tem seu tempo”, “nada é por acaso” e  ”você não fez o suficiente”. Argumentos genéricos e inconclusivos, sem método e sem lineariedade. E as pessoas vão vivendo. Então Deus não faz milagres? Sim, Deus faz, mas depende. Se você ganha 1 salário-mínimo por mês, tem que pagar água, luz , telefone, comida, aluguel, vestuário, calçados e está sempre com a carteira vazia não adianta você pedir uma BMW para Deus, fazer magia, ficar pensando em atrair uma BMW porque você não vai ter uma BMW. Como você vai manter uma BMW?  Tens dinheiro para pagar o combustível? O gasto com mecânico? Se tivesse que desembolsar R$ 5.000,00 hoje para pagar o IPVA você teria?

Outros querem uma mansão, com vários andares e piscina. Você sabe quanto custa manter uma mansão? Tens dinheiro para pagar empregados, jardinagem, água e energia elétrica de uma casa assim? Se tivesse que desembolsar R$ 50.000,00 hoje para pagar o IPTU da casa você teria? Alguns chamam Deus de “Inteligência”, uma fonte de Inteligência que sabe de tudo e que faz tudo andar de uma forma inteligentemente perfeita que até para nós é difícil entender. Você acha que Deus daria uma BMW para alguém que não tem como bancar nem um Fusca? Acha que Deus daria uma mansão para alguém que vive com a conta de luz e água da própria casa atrasada? Deus não é bobo. Por isto pessoas que vivem em condições assim podem passar a vida toda pedindo e pedindo o quer for, fazendo o que for e que nunca terão. Deus pode te dar uma BMW mas não vai te dar vale-combustível e manutenção grátis com mecânico ad infinituum. Deus pode te dar uma mansão mas não vai pegar a fila do banco para fazer todo mês o depósito para pagar os empregados da casa. Não digo que Deus não possa fazer “milagres” (coisas que assim são entendidas, como “milagres”), mas é necessário que a pessoa tenha ciência de suas condições. Tem gente que pede carro e nem carteira de habilitação tem. Faça primeiro a carteira e depois que tiver um trabalho que te dê renda para manter o carro aí peça o carro. Tudo no plano espiritual é hierárquico. A inteligência é hierárquica.
Se quer uma BMW tenha uma renda para mantê-la antes de pedi-la e antes de “pensar em atraí-la” ou o que for que seja. Se não tiver este meio de renda então peça a Deus um meio de ter. Se você trabalha como empregado em um emprego que te dá X de renda e você precisa de 5X pra manter a BMW você tem que fazer algo para ganhar mais neste emprego ou procurar outro que te dê a renda necessária para manter o que você quer. Existe o livre-arbítrio e Deus não vai chegar e te tirar do seu emprego. Você tem que usar tanto a razão como a emoção (para pedir a Deus, pensar positivo, orar, rezar, fazer voto, magia ou o que for) para ter consciência da sua situação e se o que você quer irá condizer com a sua situação. Obviamente que isto serve para todos os outros bens materiais, como mansões, iates e etc. Quando você quiser alguma coisa pense com razão, pense numa escada hierárquica, pense com racionalidade e pense no que você precisa para manter o que você quer. Impostos, taxas e gastos; quanto sai isso por mês e quanto você ganha?

Se você não ganha o suficiente para manter o que você quer, você precisa ganhar mais, então, antes de pedir o bem peça a possibilidade da renda. E para ter esta renda que ganha mais o que você precisa? Precisa fazer um curso a mais? Uma graduação a mais? Se precisar, peça este curso e esta graduação a mais. Enfim, sempre olhe de cima pra baixo e vá fazendo uma escadinha do que é preciso a cada degrau e vá subindo passo por passo. Pra quem você acha que é mais fácil Deus dar uma BMW ou uma mansão? Para quem está sempre zerado, pagando conta de água e luz com empréstimos, para quem está sendo executado o pagamento de IPTU ou para quem vive com tudo pago e com bom dinheiro sobrando todo mês para poder pagar os custos de tudo isto? O que você está pedindo para Deus é coerente ao seu nível atual de vida? Você teria condições de manter aquilo que você pede? Saberia administrar sabiamente aquilo que deseja? Quando pensar em Deus lembre-se que você está lidando com uma força inteligente que é justa e perfeita e que de boba e louca não tem nada. O homem insensato que pede a Deus é como uma criança que quer, mas não sabe o que quer e não saberia o que fazer se ganhasse o que quer. Este é apenas um dos pontos pelo qual certas orações, pensamentos positivos, magias, vibrações e tudo o mais não têm resultado na busca por bens materiais. Existem outros pontos também, mas mudando este ponto já é um bom começo.

Pense Nisso... Seu Sucesso Material depende muito de você... Não culpe Deus!

Por Rudy Rafael

O Objetivo da Espiritualidade é Melhorar o Mundo?

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Diante de uma pergunta tão complexa há apenas uma simples e curta resposta:

          - NÃO!

Para entendermos o motivo desta negativa, separemos a espiritualidade genuína da espiritualidade materialista.

A espiritualidade abstrata e genuína diz respeito à criação divina (ou as organizações do Tao) suas leis, seu reino, sua perfeição absoluta, sua imutável essência e que está além da forma, do tempo e do espaço.

Não há nada neste mundo percebido pelos cinco sentidos (mundo da percepção), que seja espiritual, porque o espiritual é regido por leis invioláveis, e tudo o que é regido pelo Supremo é perfeito, imutável, impecável e imortal. E como todas as coisas do chamado universo físico são opostas as criações divinas (ou seja, tudo neste plano é imperfeito, impermanente, falho, perecível e mortal), logo nada aqui foi criado por um ser perfeito e, portanto, não nos permite vivenciar a espiritualidade genuína, que é abstrata por estar além da forma.

A espiritualidade materialista ou pseudo-espiritualidade é um fenômeno cultural e histórico que possivelmente surgiu devido a vaga lembrança da participação humana em um plano superior, perfeito, pleno, que seria semelhante ao mundo das idéias de Platão, desta forma, a restauração do estado original se estabeleceu como objetivo supremo, chamado por diversos nomes nas muitas tradições religiosas, como salvação, iluminação, nirvana, entre outros.

No materialismo espiritual existem diversos níveis de aprendizado, como existem tradições diversas, umas mais antigas, outras recentes, umas que aproximam mais o indivíduo do objetivo supremo e outras que o afastam completamente, umas que são ecumênicas e trabalham no sentido de unificar e outras que separam os indivíduos e, que dão uma margem maior para o fanatismo, o extremismo, dentro de complexas relações do homem com o poder temporal.

Na espiritualidade abstrata e genuína não há níveis porque não há mentes separadas, o saber é completo, o conhecimento é pleno e não há partes de detenham qualidades distintas do todo, por esta razão, não há seres que existam separadamente por classes, castas ou crenças, porque a verdade é uma só e a Grande-Vida é uma só, nada há além da Grande-Vida.

A manifestação da espiritualidade neste mundo não pode ser abstrata, porque vivemos no mundo das formas, e o que é abstrato não pode ser compreendido pela mente humana através da percepção (por meio do raciocínio, da lógica e da simples reflexão), no entanto, a espiritualidade neste mundo pode ser genuína, no sentido em que ao permitir ao homem uma experiência que o conduza através de um ponto de mutação à consciência da sua verdadeira identidade espiritual e com base na sua vivência direta.

Portanto o objetivo da espiritualidade genuína não é melhorar este mundo, que existem para esconder a realidade, tal como o véu de Maya, através da percepção da forma, escondendo assim a essência abstrata e espiritual da realidade sutil.



Diante de uma pergunta tão complexa há apenas uma simples e curta resposta:

- NÃO!

Para entendermos o motivo desta negativa, separemos a espiritualidade genuína da espiritualidade materialista.

A espiritualidade abstrata e genuína diz respeito à criação divina (ou as organizações do Tao) suas leis, seu reino, sua perfeição absoluta, sua imutável essência e que está além da forma, do tempo e do espaço.

Não há nada neste mundo percebido pelos cinco sentidos (mundo da percepção), que seja espiritual, porque o espiritual é regido por leis invioláveis, e tudo o que é regido pelo Supremo é perfeito, imutável, impecável e imortal. E como todas as coisas do chamado universo físico são opostas as criações divinas (ou seja, tudo neste plano é imperfeito, impermanente, falho, perecível e mortal), logo nada aqui foi criado por um ser perfeito e, portanto, não nos permite vivenciar a espiritualidade genuína, que é abstrata por estar além da forma.

A espiritualidade materialista ou pseudo-espiritualidade é um fenômeno cultural e histórico que possivelmente surgiu devido a vaga lembrança da participação humana em um plano superior, perfeito, pleno, que seria semelhante ao mundo das idéias de Platão, desta forma, a restauração do estado original se estabeleceu como objetivo supremo, chamado por diversos nomes nas muitas tradições religiosas, como salvação, iluminação, nirvana, entre outros.

No materialismo espiritual existem diversos níveis de aprendizado, como existem tradições diversas, umas mais antigas, outras recentes, umas que aproximam mais o indivíduo do objetivo supremo e outras que o afastam completamente, umas que são ecumênicas e trabalham no sentido de unificar e outras que separam os indivíduos e, que dão uma margem maior para o fanatismo, o extremismo, dentro de complexas relações do homem com o poder temporal.

Na espiritualidade abstrata e genuína não há níveis porque não há mentes separadas, o saber é completo, o conhecimento é pleno e não há partes de detenham qualidades distintas do todo, por esta razão, não há seres que existam separadamente por classes, castas ou crenças, porque a verdade é uma só e a Grande-Vida é uma só, nada há além da Grande-Vida.

A manifestação da espiritualidade neste mundo não pode ser abstrata, porque vivemos no mundo das formas, e o que é abstrato não pode ser compreendido pela mente humana através da percepção (por meio do raciocínio, da lógica e da simples reflexão), no entanto, a espiritualidade neste mundo pode ser genuína, no sentido em que ao permitir ao homem uma experiência que o conduza através de um ponto de mutação à consciência da sua verdadeira identidade espiritual e com base na sua vivência direta.

Portanto o objetivo da espiritualidade genuína não é melhorar este mundo, que existem para esconder a realidade, tal como o véu de Maya, através da percepção da forma, escondendo assim a essência abstrata e espiritual da realidade sutil.

No entanto, tanto a espiritualidade genuína quanto o materialismo espiritual (creio que a espiritualidade genuína é uma evolução por intermédio da expansão da consciência da pseudo-espiritualidade), pode promover melhoras substanciais no mundo, naquilo que tange as relações humanas, desde que para isto, seus ensinamentos estejam centrados na promoção da paz, da compaixão, do amor, do altruísmo, da ajuda mútua e do humanismo, promovendo a união de todos os povos em prol de um único objetivo, que é o de vivenciar um mundo sem guerras, sem conflitos e sem fronteiras.

Para a pseudo-espiritualidade este pode ser o objetivo final de todos os esforços humanos em sua evolução, para espiritualidade genuína não, uma vez a paz tendo sido alcançada, seja numa escala global ou individual, é estabelecida a condição necessária para que sua(s) mente(s) possa(m) se alinhar com a sua fonte de origem que é abstrata, permitindo, desta forma que o indivíduo alcance a plena-realização através da plena-liberdade, não reconhecendo nenhum limite imposto pelo véu da ilusão deste mundo, fazendo com que quando todos os seres tenham atingido este estado, o universo físico possa retornar ao seu nada original.

Assim sendo o objetivo da espiritualidade genuína não é o de melhorar nada, mas sim de desfazer as ilusões e restaurar à consciência do homem a suprema realidade.
        

Aprendendo Sobre O Seu Guia



Caros Irmãos, eu estou na internet desde de 1998, mas tem aproximadamente 5 anos que venho tentando falar de Umbanda na internet, mas logo assim que eu comecei procurava feito um louco, história do cigano que eu trabalho, do Exú e do Caboclo, nada encontrei e um dia o cigano que trabalho, falou que a história dele estava começando naquele exato momento e seria aquela que eu teria que aprender, seria aquela que eu teria que propagar, dentro das Leis da Umbanda.
Eu nem mesmo um ponto cantado tinha para cantar para o Caboclo, Exú e para o Cigano, nem uma linha encontrei sobre eles aqui na internet, mas com muito trabalho, perseverança e doutrinação, eu fui compreendendo aquela mensagem do amigo Cigano, hoje sei que cada Guia/Espírito é Uno, tal como nós somos, estes podem ter o mesmo nome, mas não são os mesmos de forma alguma ninguém irá trabalhar com ele após seu desencarne, poderá sim trabalhar com um espírito com o mesmo nome que chega na mesma Falange ou Legião. 

Exemplo:
Eu posso trabalhar com Tranca Ruas das Almas e você também, podemos até ter os mesmos Pais e Mães de cabeça, mas o Tranca Ruas das Almas que você trabalha, não é e nunca será o mesmo que eu trabalho, mas ambos chegam na mesma vibração, na mesma energia, são das mesmas Falanges. 

PERCEBA O QUE DIZ ESTE TEXTO ABAIXO:
Existem basicamente 3 fatores que fazem com que a apresentação do guia varie:
1 – São espíritos diferentes.
2 – Trabalham em Médiuns diferentes.
3 – Trabalham em Terreiros Diferentes.
1 – São espíritos diferentes.
Antes de tudo cada guia que incorpora é único, cada um é um espírito em particular, com seu jeito de agir e pensar. O nome de que se utilizam é apenas um indicativo da forma que trabalham de sua linha e irradiação. Por isso podemos ter vários espíritos trabalhando com o mesmo nome, sem que sejam por isso um só espírito.
É como ser um médico, engenheiro, etc… Todos possuem um conhecimento comum, além do conhecimento individual. E isso faz com que trabalhem de forma diferente, mas seguindo a mesma linha geral. A mesma coisa acontece com nossos guias.
 
2 – O médium, mesmo os inconscientes interferem animicamente na incorporação.
Entenda-se que não é uma atitude deliberada do médium, mas algo que “vaza” da personalidade do médium na incorporação. Desde que esta interferência não atrapalhe o trabalho do guia, isto é perfeitamente aceitável.
 
3 – Trabalham em Terreiros Diferentes.
Se um médium continua trabalhando com o mesmo espírito, mas mude para um terreiro em que o ritual seja diferente, também é comum observarmos pequenas mudanças na apresentação e n trabalho do guia, trata-se da adaptação do guia ao novo local de trabalho.
Por isso há muitas variações na apresentação e método de trabalho dos guias. E perguntas como:
Alguém Conhece o Preto-Velho X ?
Como se apresenta o Caboclo Y ?
Informações sobre o Exu Z ?
Além de não atenderem a uma descrição fiel do guia a que quem pergunta se refere, podem aumentar o animismo ou causar insegurança.
Aumentar o animismo: A pessoa lê uma descrição de que o Caboclo Y não fuma charuto, e quando incorpora, fica com aquilo na cabeça, assim mesmo que o Caboclo queira pedir um charuto, pode encontrar dificuldades de romper esta barreira anímica criada pelo médium.
Causar Insegurança: O médium lê que o Exu Z quando incorpora ajoelha no chão, aí pensa, “nossa o que eu incorporo não ajoelha!!!” e começa a se sentir inseguro quanto a manifestação do seu guia, podendo com isso atrapalhar o seu desenvolvimento.
 
Resumindo, a melhor forma de conhecer seu guia e através do tempo, do desenvolvimento e do trabalho com ele, assim pouco a pouco você vai se interando de como ele é, como gosta de trabalhar, etc. E vai conhecê-lo como ele verdadeiramente é!

Caros Irmãos, quem me dera eu naquela ocasião tivesse essas explicações, teria evitado muito tempo perdido, foi tudo em vão a minha procura, perguntava ao vento, perguntava o que só eu poderia responder, o que só os Guias que eu trabalhava poderia informar.
Só para demonstrar como foi difícil darei o nome do Caboclo e do Exú que trabalho, tente achar algo sobre Eles aqui na internet.
Caboclo Bugre – irá encontrar um ou dois Pontos Cantados e mais nada
Exú Quebra Osso – Talvez encontre apenas uma frase que ele era irmão de Tatá Caveira, talvez ainda um Ponto Cantado.
Graças ao bom Deus esta dificuldade só aumentou minha Fé nesses, estejam tranqüilos que tudo será revelado no momento que vocês estiverem preparados, estude, estude e estude, assim estará ajudando seus Guias e sua espiritualidade.
Estejam sempre em paz e que a alegria dos Espíritos de Luz sejam uma constante em vossas Caminhadas!

Por: Alex de Oxóssi

Uma Lição de Amor e persistência de Pai Cipriano e do Sr. Tatá Caveira


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- Os valores e a responsabilidade da fé.

Muito eles nos dizem com o intuito de que possamos, através da repetição, pensarmos se houve aprendizado ou estamos de recuperação na escola da vida. Nos questionam quais são nossos objetivos? Quais são nossos reais compromissos? Quais são nossas responsabilidades?

Pai Cipriano diz que muito "Seu Cavalo" (médium) tem escrito e falado exaustivamente para todos, inclusive para a mídia sobre a sociedade que tem exacerbado valores materiais em detrimento dos valores espirituais. Que o homem tem brincado de Deus, adaptando a fé as suas necessidades e interesses, assumindo para si até mesmo o poder da vida e da morte de outro ser humano.

Será que estamos, de fato, perdendo nossos valores espirituais e deixando a materialidade ser o maior objetivo em nossas vidas? Estamos adaptando fé, a religião 'as nossas necessidades? Onde fica a fé, Deus, a irmandade entre os seres humanos, o amor ao próximo? Onde está nossa caridade, valores familiares?

- Deus e o servir: fé consciente.

Os homens tornam-se cada vez mais "poderosos" desagradando a Deus. Ruim para Deus, ruim para os homens.
Estamos colocando Deus, Orixás, guias em uma posição servil . Para muitos os guias estão trabalhando para o ser humano, e acreditam que eles precisam de nós para se manifestar, para evoluírem... Não deveria ser ao contrário?

Somos nós que precisamos servir a Deus, somos nós que devemos louvar e agradecer aos Orixás e guias pela sua presença em nossas vidas. Nós é que precisamos evoluir e servir. Mas fazemos de fato isso? Sabemos de fato agradecer a Deus, aos orixás e aos guias? Ou só lembramos deles quando estamos com problemas?

Pretos-velhos e sacerdotes não são bengalas. Isso é dito por eles constantemente, mas foi aprendido?

Aprendemos de fato que eles nos dão orientação espiritual, mas a caminhada, as escolhas, são nossas? Entendemos o livre arbítrio, compreendemos a importância de nossas escolhas, pensamos nas possíveis consequências de nossos atos e estamos prontos para assumi-las sejam estas boas ou ruins?

Pai Cipriano diz que a sociedade atual não difere da romana, com sua perda de valores... buscamos nas ofertas, oferendas, sacrifícios cruentos e na fé interesseira, a solução de nossos problemas. Porém, é preciso lembrar a importância das palavras (que saem de nossas bocas naquilo que prometemos, nas responsabilidades que assumimos). "João disse: ... no início era o verbo, o verbo era Deus, e o verbo se fez homem."

A intenção do pensamento se faz em palavras e atitudes; assim, não basta pedir ou pensar algo e fazer o contrário, pois a palavra do pensamento irá se materializar em nossas vidas, em nossos atos (nos bons e nos maus pensamentos).

Pai Cipriano diz e ensina, na sua forma de preto-velho, a importância da atitude, da obra, da pratica, e de uma fé consciente e inteligente, em que os guias e os Orixás não são "bocas famintas" ou "barrigas vazias" a procura de trocas, barganhas ou migalhas, em troca de oferendas quaisquer.

- Função da religião (não somente da Umbanda) em nossas vidas.

Ele nos lembra sempre: qual a função da religião, na ajuda e no benefício ao próximo; na disciplina, dignidade e no valor humano?

As entidades e guias não precisam nos satisfazer em tudo. Os assistentes nem sempre são crentes, às vezes vêm apenas pedir, outras vezes são crentes e durante a busca eles louvam e glorificam.

Louvar e glorificar é o objetivo e o papel do crente.
Terreiro é comunidade, Igreja significa comunidade, então todo terreiro é uma Igreja, uma assembléia, uma comunidade que entrar em comunhão para louvar ou entrar em consonância com as divindades na procura de ajuda (material e espiritual) e para pedir.

Pedir é algo que o homem faz desde que se tornou homem; o erro não está no pedir, mas sim, no que se pede. E o pedido não pode ir contra a consciência divina, a moral, os valores, o respeito ao livre-arbítrio de cada um. Se o pedido vai contra essa consciência divina, ai sim, perdemos o amor divino, o respeito ao significado da própria fé e da religião, sua entre a Deus.

Hoje o homem não faz a entrega (pede tudo e qualquer coisa, inclusive prejudicando ou tentando prejudicar o próximo), não se dá ao próximo, não compartilha. Rompemos o vínculo com o divino olhamos apenas para nós mesmos.

Foi avisado por Pai Cipriano para trocarmos o ver pelo enxergar, a necessidade do comprometimento com a fé e com o trabalho espiritual. Que o médium deve assumir deveres diversos e cabe ao sacerdote orientar, ensinar e cobrar a participação dos médiuns.

Não devemos confundir o que é responsabilidade, o que é comprometimento e o que é entrega.

Aos ignorantes não há compreensão do real valor de Deus. O mínimo necessário para que a manifestação de Deus seja válida e forte em suas vidas, tudo foi resumido ao dinheiro, ao bem-estar, a acumulação de bens... quem assim age e assim vive e consegue essas coisas, é valorizado e se diz que Deus o está ajudando.

Muitas pessoas desfrutam dessa visão, mas sem a responsabilidade para com o divino (independente até da religião que professam). Poucos adquirem a consciência do sacro-ofício, do se dar, do se importar uns com os outros. Veem apenas Deus por $$$.

Pai Cipriano diz que Deus começa e termina dentro de nós mesmos. Naquilo que pensamos em Deus e materializamos em nossas palavra e atitudes.

- Entrego, aceito, confio e agradeço.

É preciso saber vivenciar o que nos foi ensinado: entrego, aceito, confio e agradeço.

Nos é exemplificado que "o livro da vida" existe espiritualmente e nós somos este livro. Trazemos algumas páginas escritas por Deus, por nossas escolhas e atos; outras páginas estão em branco e que deveram ser preenchidas ao longo de nossa caminhada. A página seguinte pode estar escrita ou não. Sendo, 'as vezes, consequência do que nós escrevemos anteriormente, do como superamos e mediamos em nossos problemas.

O entendimento do "livro da vida" manifesta-se o Carma (acontecimentos que irão ocorrer: bons ou ruins) e do Darma (o modo, as circunstâncias pelas quais lidaremos com os carmas), para seguir nossa caminhada na vida e entre nossos semelhantes.
A religião irá nos ajudar; mas não está ali para resolver todos os nossos problemas. É através da religião que nos aproximamos do divino e conseguimos o equilíbrio para entender, aceitar e manifestar nossas próprias escolhas, sejam elas boas ou ruins.
Existe uma diferença entre o se dar e se achar merecedor, assim como o de ser merecedor. Esta diferença esta no que se aprendeu no caminho, na maturidade de saber que o material e o espiritual nem sempre se encontram.

- O que queremos e o que merecemos.

Será que sabemos de fato o que fazemos?

Não existem só caminhos bons. Independente quantos milagres tenham sido feitos, poucos irão compreender e aceitar que os problemas ocorreram e que estão vinculados as escolhas sejam elas boas ou ruins.

Às vezes somos avisados, mas, mesmo assim, negamos o ruim, pois só queremos o bom. Devemos entender que não existe bem sem mal, ou mal sem bem; o importante é aprender como lidar com ambos.

O grande fascínio de viver é saber viver. Buscando na religião a fonte de ajuda para degustar os momentos bons e ruins, aproveitando com plenitude a existência e sem amarguras, culpas e medos.

Quando não se tem tudo que se quer, devemos saber aproveitar o que se tem, do jeito que tem (seja pouco ou até o mínimo, seja bom ou ruim).

Saber avaliar ações e consequências torna mais fácil o trato com o ser humano. Daí a necessidade de se por valores a cada escolha, a cada momento.

O que vale são as conquistas verdadeiras. Lembrando que gentileza gera gentileza e devemos praticá-la. Um ato de agressão e ofensa não deve ser devolvido, mas entendido e levado 'a justiça (seja dos homens, seja a de Deus).

- Crença, fé, ação e trabalho.

Devemos questionar sempre: esta forma me atende? Estou louvando da forma adequada? Estou servindo a Deus ou me servindo dele? Estou ajudando aos meus semelhantes ou os usando para meu benefício? Estou me dando a uma fé inteligente ou sendo cega e buscando na fé benefícios próprios?

Sr. Tatá Caveira nos diz: fé sem trabalho não serve para nada. Sem trabalho esta fé não tem força. Sem consciência, valores, respeito, comprometimento, doação, inteligência, essa fé se torna banal e manipulável, interesseira e corrupta. Não agrada a Deus ou a seus representantes.

Aceitem se quiser o desafio do Sr. Tatá:

"-Vocês acreditam que basta somente a fé cega e tudo acontece? Pois bem, peguem um punhado de terra em sua mão e com sua fé cega façam crescer dali um Baobá. Se conseguirem não deixem de me mostrar. Pois aí acreditarei que só a fé cega basta."

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Vários trechos transcritos de aulas e conversas de Pai Cipriano e do Sr. Tatá Caveira com médiuns de nossa casa.
            Sr. Etiene Sales é sacerdote umbandista da Tradição de Umbanda de Pretos-velhos, fundamentada no culto Omolokô. Escritor e cientista da religião.