segunda-feira, 23 de maio de 2016

Visita feita pelos pai Jera de Ogum, e os irmãos do Yle Ogum e Iemanjá,  aos irmãos do Yle Afro Xangô e Iemanjá,
Na homenagem feitas aos pretos velho no dia 21/05/2016 no bairro São Bento na cidade de Termas de Gravatal, SC.
Fomos muita bem recebidos, pelos irmãos de Santa Catarina, 
Muito obrigado a todos, e que o Yle Afro Xangô e Iemanjá seja sempre iluminado pelo nosso pai Oxalá, e por todas as entidades da nossa querida Umbanda























































Pro brilho do amor sarta da escuridão (Poema de Preto-Velho) Sunce num sabe que Deus óia seus fiu pela estrada longa,  que temu que traça, ate o dia que cheguemu na luz, de mão dada com nosso Orixá? Nos pastu, nos riu nas mata e nu ar. Tudo é por Deus nosso pai da criação. Nos cafundó da mata tem trabaio e benzeção. Não saia meu fiu de casa, sem ao céu levanta os óio e faze sua oração. Agradece ao Pai Eterno pelo corpo e pelo pão. Seja de manhazinha ou na hora de descansa o corpo na escuridão. Leva sempre o pensamento ao seu Orixá . Nois num faia no trabalho, muito menos na proteção. Daquele fio bondozo que quer fazer crescer o coração. Abre a mão e o peito pros que pelo caminho cairão e faz a caridade do amor que é melhor que a do pão. Não esquece meu fio não, tamu no mesmo caminho fazendo parte da murtidão. Nossa Senhora que é mãe bondosa, intercede por nós e pelos irmão. Vamu junto, vamu cantando com as criança no refrão. Jesus se conosco e protege nosso coração. Num deixa nois sai da estrada estreita não. Da pra nóis sua benção de ser seu irmão Jesus e ajuda nóis pode leva,  pra todos os outro irmão, seu amor e seu clarão. Sua benção!



conceitos básicos de umbanda


Podemos observar que as pessoas que procuram a Umbanda o fazem, em sua maioria, para resolverem problemas de ordem material, exigindo um resultado imediato,e quando não encontram creditam no Terreiro ou ao Dirigente e Médiuns, quando não a própria Umbanda, o motivo do seu fracasso.

Por que isso acontece? Acreditamos que a culpa disso seja dos próprios umbandistas que não esclarecem que a Umbanda é uma religião digna e nobre como todas as outras, se omitem ou são os primeiros a dar “oferendas” para obterem favores materiais das Entidades.

Por outro lado, sabemos que a Umbanda lida com vários elementos e uma variedade enorme de espíritos, e também que ela tem a capacidade de penetração nos mais variados campos do Astral, conseqüentemente, havendo merecimento e empenho, muito problemas acabam realmente por ter uma “solução mais rápida”, mas somente aos que merecem e o fazem por merecer.

Qual é o mistério da Umbanda? Amor e Caridade, pura e simplesmente. A ritualística que cada terreiro de Umbanda segue, somente serve como um leque de possibilidades para os diversos anseios de culto de cada um. Na verdade, quem procura um Terreiro de Umbanda deveria apenas se preocupar se ela é séria, se não cobra consultas e trabalhos e se tem como objetivo principal a caridade e o Amor ao próximo. Essa é a verdadeira Umbanda.
Sabendo que temos por obrigação sempre buscar o “por que” das coisas e não ficarmos satisfeitos com repostas do tipo “isso é assim porque é” ou “isso é um mistério da fé”, vamos aqui tentar elucidar algumas dúvidas que encontramos por parte da maioria dos freqüentadores e alguns médiuns de Umbanda. Serão perguntas e respostas que escutamos freqüentemente nos terreiros ou fará deles. Não julguem a qualidade das perguntas, porque se pra você a pergunta é simples ou boba, para outro poderá não ser. As respostas sim são simples porque assim é a Umbanda. Então vamos lá:
 
1. Pode uma pessoa praticar o mal sob influencia de espíritos?
Sim pode, tanto quanto pode praticar o bem, também influenciada pelos espíritos. Mas estejam certos de que para que as influencias negativas ou positivas atuem em nossas vidas devemos estar sintonizados com tais vibrações.
Portanto orai e vigiai. Você tem seu livre arbítrio e é o único responsável pelas companhias que atrair, tanto carnais como espirituais, e que permitir atuar em sua vida.
 
2. Todos somos médiuns?
Todos nós somos sensitivos, mas alguns em um grau mais elevado que o outro. Esses diferentes níveis de sensibilidade podem ser compreendidos com diversas formas de mediunidade que está liga a missão que o individua tem aqui na terra. Alguns são médiuns de incorporação, outros intuitivos, videntes, audientes, de efeitos físicos, de pisocofonia e de psicografia, todos passíveis de desenvolvimento de acordo com o livre arbítrio de cada um.
 
3. O Médium quando está incorporado sabe tudo o que está acontecendo e o que a pessoa está falando com a Entidade?
Normalmente sim. A grande maioria dos médiuns é consciente ou semiconsciente como falam, ou seja sabem o que está acontecendo mas não tem ingerência sobre as atitudes da entidade.
Normalmente logo após a consulta o médium ainda lembra de alguma coisa, que vem como “flash”, mas logo depois vão esquecendo aos poucos. Somente médiuns inconscientes é que não sabem o que se passou durante uma consulta, mas é muito raro este tipo de mediunidade.
Mas se a sua preocupação é se você pode conversar qualquer assunto com a entidade que o médium não vai contar pra ninguém, isso aí dependerá da índole do médium e da Casa que ele trabalhe, mas não se preocupe, pois o princípio básico de uma casa de Umbanda séria é o sigilo em respeito às consultas e o respeito com os problemas de cada um.
 
4. Se uma pessoa tem que trabalhar mediunicamente e se a mesma não entrar para um Centro ela poderá receber um guia ou entidades na rua, em casa, no trabalho ou em outro lugar?
Não. Uma Entidade Guia ou Protetora “de Luz” não irá de forma alguma expor a pessoa ao ridículo ou a situações constrangedoras incorporando em lugares públicos. O fato é que se a pessoa é médium, e tem como missão trabalhar mediunicamente e opta por não desenvolver sua mediunidade isso não faz com que ela deixe de ser médium. O que acontece é que sua mediunidade ficará embrutecida e desamparada expondo a ação de espíritos trevosos que poderão, esses sim, manifestarem em locais públicos colocando a pessoa em situações embaraçosas e de risco.
A Umbanda ou outra religião qualquer serve para nosso crescimento moral e espiritual e como um elo de religação com Deus, freqüentar ou participar ativamente de uma deve ser uma opção particular de cada um e não uma imposição.
Devemos saber que pelo fato de termos uma mediunidade mais aflorada nos torna imãs, atraindo toda e qualquer energia que estiver nos ambientes aos quais freqüentarmos, o desenvolvimento dessa mediunidade, se faz necessário para aprendermos a lidar com essas energias e controlar as manifestações e termos a oportunidade através do trabalho mediúnico de resgatarmos nossos kármas e compromissos assumidos antes de reencarnarmos.
Negar e fugir disso não nos levará a nada, é claro que existem outras formas de praticarmos a Caridade, trabalhar mediunicamente deve ser uma opção e não uma imposição. Cada um com seu Kárma, missão e vontade.
 
5. É verdade que a pessoa que entra para trabalhar na Umbanda não pode mais sair, porque atrasa a vida?
Não, não é verdade. Como também não é verdade que a vida da pessoa em questão vai pra frente se ela entrar para a Umbanda.
O que ocorre é que ao entrar para a corrente de um terreiro de Umbanda a pessoa passa a dar vazão e a desenvolver sua mediunidade, assume compromissos e responsabilidades, se tranqüiliza e se harmoniza vibracionalmente e evolutivamente, ou pelo menos deveria.
O “atraso na vida” da pessoa ocorre porque ela deixa de se equilibrar, evoluir e fazer caridade. Conseqüentemente ela deixa de ter tranqüilidade para resolver até o mais simples dos problemas. Mas isso ocorre porque a pessoa saiu do Terreiro, mas não deixou de ser médium e continua recebendo influência do Astral. E se ela não continuar com suas responsabilidades em ter uma vida regrada, de conduta ilibata e não praticar a caridade de alguma forma, receberá maior influencia do Astral inferior, segundo a Lei das afinidades.
Que fique bem claro que não é o ingresso da pessoa ou a sua permanência na Umbanda, ou qualquer outra religião, que fará com que a vida da pessoa “ande pra frente” ou que todos os problemas dela se resolverão. Temos que ter a consciência de que é a sua conduta moral, seu desejo de praticar a caridade, de ajudar ao próximo, de buscar sua evolução é que será determinante se ela vai melhorar ou não, é uma questão de merecimento pessoal. A Umbanda através de um Terreiro sério lhe dará a oportunidade, o conhecimento e o meio, cabe a pessoa abraçar ou não.
 
6. É, mas uma vez eu ouvi um médium dizer que se ele abandonasse as entidades o castigariam? Isso é verdade?
Não, a entidade não faria isso. Certamente era o médium que em suas limitações de conhecimento entendia assim. Na verdade o que muito provavelmente aconteceria, se fosse em um Terreiro sério e com entidades sérias, a Entidade faria era aconselhar e alertar o médium quanto ao perigo que ele estaria sujeito ao abandonar a Umbanda ou seu compromisso mediúnico.
Entidade Protetora ou Guia, não bate ou castiga seu médium, ela respeita a sua opção e o livre arbítrio que lhe foi outorgado por Deus. Ele não tem ingerência sobre isso.
Como dito anteriormente, o médium ao se afastar do seu compromisso mediúnico ou do terreiro, não deixa de ser médium por isso, de acordo com o que faça da sua vida a partir daí é o que vai justificar sua nova condição, se fizer coisas boas continuará recebendo boas influências, mas se levar uma vida desregrada receberá influências negativas ou ruins.
A Umbanda, tão pouco seus guias e protetores, não têm função de nos punir e sim de orientar e amparar.
 
7. O que é um “guia de frente”?
É a entidade que chefia a coroa do médium, é representante direto de seu Orixá Regente. É responsável em comandar todas as entidades e guias que trabalhem na coroa do médium ela traz as orientações e ordens diretas do Orixá Regente. São também conhecidas como mentores. Em alguns terreiros pode ser também um Preto-velho ou um Caboclo.
 
8. Pode duas ou mais pessoas receber entidades com o mesmo nome?
Certamente que sim. Aliás isso é bastante comum de acontecer da mesma maneira que encontramos pessoas com o mesmo nome.
Podemos observar várias entidades se identificando como: Caboclo Rompe Mato, por exemplo, isso não quer dizer que é a mesma entidade ou o mesmo espírito, e sim entidades que trabalham em um mesmo campo vibracional.
Na verdade se paramos para pensar realmente, o nome é o menos deve importar, mas sim o grau de comprometimento com a caridade.
 
9. Como é o desenvolvimento de um médium Umbandista?
Embora esta questão seja bastante específica e a resposta varie de terreiro para terreiro, como a maioria das questões sobre ritualística e fundamentos, vejamos alguns pontos que devem ser observados.
a) É fundamental uma avaliação minuciosa do médium com relação a Umbanda e suas próprias aspirações. É de suma importância que ele esteja certo de que é isso que deseja para si e para sua vida, que entenda que a Umbanda é uma religião que o ajudará na sua evolução através da Caridade e não é para resolver seus problemas.
b) A casa que ele escolher para realizar este empreendimento deve estar o mais próximo do que ele acredite, entenda e queira para si. É fundamental que seja uma casa séria e comprometida com a caridade, ou seja, que seja realmente de Umbanda.
c) As diferentes ritualísticas da Umbanda servem exatamente para atender as diversas aspirações. Por isso antes de qualquer coisa ele deve freqüentar a assistência assiduamente, observar, envolver-se e estudar até ter certeza que ali é o seu lugar.
d) Cada casa tem um critério para se fazer parte da corrente, procure saber qual é. Ao entrar para a corrente deverá seguir rigorosamente as orientações do Dirigente e da Entidade chefe ou das pessoas a sua ordem.
e) Entender que nãos será umbandista dos portões para dentro do terreiro, mas sim de coração, corpo e alma. Deverá dedicar-se, educar-se, doutrinar-se seguindo as orientações recebidas, que sua conduta moral deverá ser constantemente vigiada.
f) Participar de todas as seções que esteja, abertas aos médiuns novos, estudar e se dedicar com afinco, buscando sempre melhorar seus pensamentos, desejos e vontades. Buscar constantemente a evolução espiritual e moral, para assim poder preparar o seu corpo e mente para ser um bom instrumento para as Entidades Protetoras e Guias.
Buscar tudo isso irá facilitar a incorporação e o desenvolvimento de sua mediunidade, se entregue de corpo e alma, sem medo. É essencial lembrar que é um momento de adaptação, onde tanto médium quanto entidade estarão se afinizando. Não tenha pressa, o tempo que você levará para incorporar, dar passes, dar consultas, só dependerá de você mesmo, de sua dedicação empenho e preparo seguindo as orientações que lhe forem passadas.
 
10. É verdade que homens que trabalham com entidades femininas são Gays ou podem se tornar?
Não, não é verdade. O que determina a preferência sexual de uma pessoa é ela mesma e não a entidade, aliás ninguém tem ingerência sobre este assunto, isso é um pensamento machista e preconceituoso, a Umbanda não coaduna com pensamentos retrógrados. Ninguém vira ou se torna homossexual, ou ela é ou não é, isso é uma característica dela e deve ser respeitado O médium é um medianeiro, um aparelho para a espiritualidade trabalhar pela expansão da caridade, assim sendo a entidade não interfere na personalidade do médium, senão todos que incorporarem Ogum serão guerreiros, e quem trabalha com todas as linhas sofre de personalidades múltiplas. Então se for assim mulheres também não podem trabalhar com entidades masculinas pois se tornarão lésbicas.
Temos que mudar esta mentalidade e acabar com o preconceito dentro dos Terreiros. A Umbanda tem lógica e coerência, o que deve realmente interessar não é a preferência sexual do indivíduo, mas o quanto de caridade e amor a pessoa tem para fazer e dar, o quão dedicado a espiritualidade ela o é, e o quão envolvido com o astral superior ela esteja.
 
11. Como funciona a hierarquia dentro de um terreiro de Umbanda?
Dentro de um terreiro de Umbanda deve existir organização e disciplina. E para manter essa organização e disciplina deve existir também um sistema hierárquico. Alguns Terreiros dividem-se em parte administrativa e espiritual.
A parte administrativa funciona como uma associação normal, com Presidente, Tesoureiro, Secretários e outros cargos que possam vir a serem úteis na composição de seu estatuto. Já a parte espiritual é comum ser dividida da seguinte forma:
a) Babalorixá e Ialorixá: São os Dirigentes do terreiro, o Sacerdote (Babalorixá) ou a Sacerdotisa (Ialorixá). É o Responsável espiritual por tudo que acontece nas gírias, antes, durante e depois. São também chamados de pais e mães-de-santo. Eles têm a função de cuidar e zelar espiritualmente do Terreiro e dos médiuns, orientar e dirigir os trabalhos abertos e fechados ao público. São os responsáveis em fazer cumprir as diretrizes estabelecidas pelo astral superior.
b) Pai Pequeno e Mãe Pequena: São as segundas pessoas na hierarquia de um terreiro. Tem como função auxiliar e substituir quando necessário o Babalorixá e a Ialorixá. Outras funções específicas variam de terreiro para terreiro.
c) Médiuns de Trabalho: São os médiuns que trabalham incorporados, cujas entidades já dão consulta e já passaram por todos os preceitos do terreiro, que também variam de Terreiro para Terreiro.
d) Médiuns em Desenvolvimento: São Médiuns que como o nome já diz, estão em desenvolvimento, ainda não passaram por todos os preceitos da casa. Em alguns Terreiros ele podem dar passes, já incorporam uma ou outra linha de trabalho, mas não são autorizados a dar consultas. Estão sendo preparados para tornarem médiuns de Trabalho. Ajudam no auxílio as entidades incorporadas.
e) Cambonos: São os responsáveis para auxiliar as entidades, esclarecer a assistência quanto as obrigações passadas, coordenar a entrada da assistência nas consultas e passes.
f) Curimbeiro, Tabaqueiro ou Ogã: É a pessoa responsável pela puxada dos pontos cantados e bater ou tocar o atabaque, quando utilizados pelo Terreiro. Sua função é a de ajudar na evocação das entidades e auxiliar a manter a agrégora positiva da Casa durante as seções.
Deixemos bem claro que todas as funções são importantes dentro da organização de um Terreiro e nenhuma é melhor ou pior que a outra, o respeito e a disciplina deve sempre ser elementos básicos da convivência entre todos, deve-se tomar muito cuidado com a vaidade e a inveja, sentimentos que devem ser sempre repudiados por todo e qualquer umbandista.
 
12. O que pode ou não dentro dos rituais praticados nos Terreiros serem considerados de Umbanda?
Podemos observar a enorme confusão que as pessoas fazem em relação ao que faz ou não parte dos rituais da Umbanda e o que faz um terreiro serem considerados de Umbanda.
Em primeiro lugar a premissa básica para que se determine que um terreiro seja UMBANDA é a caridade que se pratica no local. Não podemos confundir fundamentos com elementos de rito ou culto. Em primeiro lugar é fundamental estabelecermos algumas premissas básicas para o perfeito entendimento a respeito da diferenciação do que seja “fundamento” de “elemento de rito”.
Fundamento: é tudo que existe velado ou não, dentro do terreiro que “fundamenta” e direciona seus trabalhos. Estabelece suas linhas de força trabalhada e cultuada, assim como a missão da Casa. Ou seja, interfere e determina o resultado final dos trabalhos realizados. É estabelecido pelos Dirigentes espirituais. Exemplo: firmezas ou pontos de força estabelecidos no Gongá.
Elemento de Rito: é tudo que existe, velado ou não, presente ou não, que não interfere no resultado final dos trabalhos e nem na missão da Casa. É estabelecido pelo sacerdote.
Entendido isso vejamos então o que determina realmente se um terreiro é de Umbanda ou não?
a) Na umbanda o atabaque é elemento de rito, ou seja, a presença ou não do atabaque NÃO interfere no RESULTADO final do trabalho. A gira pode ficar, e fica mesmo, mais alegre, mais “vibrante”, mas o resultado final é o mesmo. As entidades incorporam e fazem seu trabalho da mesma maneira.
b) As roupas (saias rodadas, etc.) são elemento de rito, o fato de serem brancas é que é fundamento, ou seja, se as mulheres trabalham com “baianas” rodadas ou sem roda, ou de jalecos não interfere no resultado final do trabalho. As roupas coloridas podem ser usadas em giras festivas. Vai da preferência do sacerdote.
c) Sacrifício de animal não é fundamento e muito menos elemento de rito da umbanda, entretanto é e tem fundamento em outras religiões.
 
Esses simples exemplos servem apenas para ilustrar, pois é tão fácil e simples saber ou detectar se um terreiro é de umbanda ou não. Há caridade? Não há cobrança por trabalhos, consultas ou passes? Não há sacrifício de animais? Então é umbanda. Fácil, não? O resto, ou quase tudo, é elemento de rito.
 
13. Qual a necessidade ou a importância do uso de roupas brancas?
A “Roupa Branca” usada pelos médiuns nos rituais de Umbanda, deve ser tratada de maneira especial e usada exclusivamente para este fim.
Ela representa a pureza e a simplicidade, além do branco ser uma cor que absorve a vibrações mas não as retém.
 
14. Qual o objetivo dos banhos de ervas?
Tem ervas que são para descarrego, outras para energização e outras com ambas as funções, outras simplesmente preparatórias para algum tipo de trabalho.
Dependendo da necessidade o médium ou o consulente, tomará seu banho de ervas objetivando sempre uma boa harmonização com as forças da natureza, para a consecução dos objetivos propostos.
Os banhos de ervas necessitam de uma ritualística preparatória e não devem ser tomados indiscriminadamente, só devem ser tomados sob orientação da Entidade ou do Dirigente do Terreiro ou de pessoas a sua ordem, pois sem o conhecimento específico do problema e do objetivo a ser alcançado, o banho pode ter efeito contrário. Por exemplo se a pessoa tiver agitada demais não deverá tomar banho de ervas Ogum ou Iansã, pois poderá ficar mais agitada ainda.
 
15. Porque batemos a cabeça no gongá?
O “bater a cabeça” é um gestual que representa humildade e respeito, é uma ato de oferecimento de seu Ori (coroa), de reverencia e agradecimento à Coroa Regente da Casa e de pedido de benção.
 
16. E os colares na Umbanda?
Os “colares”, os quais chamamos de “guias”, são utilizados para auxiliar fixação da vibração do Orixá e tem a função de atração ou proteção.
Utilizar ou não, a quantidade de contas e quanto o tipo varia de Terreiro para Terreiro conforme a orientação da Entidade Chefe ou do Dirigente. Mas elas não devem ser compradas, pois devem ser preparadas pela própria pessoa segundo os preceitos de cada casa.
 
17. Na Umbanda não existe sacrifícios de animais? Mas já vi terreiros que praticam esses rituais, então eles não são Terreiros de Umbanda?
Não, não são terreiros de Umbanda. A Umbanda anunciada e fundada como culto pelo Caboclo das 7 Encruzilhadas não tem a prática de sacrificar animais.
O que precisa ficar bem claro é que Terreiro que pratica sacrifícios de animais, seja para iniciações, descarrego, oferendas ou qualquer outra coisa, não é um terreiro de Umbanda, mas sim outra forma de culto que não nos cabe discorrer sobre.
 
18. Porque fazer firmeza para Exús e Pombas-gira?
Exús e Pomba-giras são nossos guardiões e defensores dos ataques do astral inferior. Ao fazermos firmeza para eles estamos fornecendo pontos de energização e fixação de energia que visam a facilitar este trabalho.
 
19. Como é o trabalho de um Exú e uma Pomba-gira?
Como já vimos Exús e Pombas-gira trabalham para nossa defesa e proteção. Atuam nas regiões umbralinas ou onde sua presença se fizer necessária. São verdadeiros soldados do astral envolvendo os trabalhos de defesa com sua energia equilibradora.
 
20. Qual é a importância de uma gira de Exús?
As giras de exus servem para expurgar, descarregar, encaminhar, limpeza do terreiro, dos médiuns e de todos os trabalhos de desobsessão do mês.
Servem também para oportunizar a estas entidades maravilhosas, através da incorporação e da consulta, sua evolução e na busca de conselhos de assuntos mais de terra.
Não podemos esquecer que eles é que dão o primeiro combate contra as forças trevosas, são eles que nos defendem, que representam e levam as ordens dos enviados de orixás aos níveis mais baixos da crosta, são eles os executores dos kármas, que limpam, descarregam e atuam como elementos magísticos no desmanche de trabalhos de magia negra.
 
21. Porque algumas entidades na Umbanda bebem e fumam?
A Umbanda, seus médiuns, os espíritos que nela trabalham e, em particular, os espíritos que trabalham na linha de Exu são alvos de muitas críticas devido ao uso da bebida alcoólica e do fumo durante seus trabalhos.  Essas críticas baseiam-se no conhecimento, com o qual concordamos plenamente, de que o vício e a mediunidade responsável são incompatíveis.
Por isso, a Umbanda é comumente associada a espíritos ainda muito apegados à matéria e/ou a médiuns despreparados e de precária estrutura moral. É claro que temos entidades que por estarem em um plano ainda próximo ao da terra guardam os vícios de uma encarnação recente, bem como médiuns que se utilizam das entidades para se embriagarem. Mas isso não é regra, não é porque uma entidade bebe e fuma que ela é um espírito inferior, o fumo e a bebida também fazem parte da caracterização da entidade e ajuda na comunicação entre a entidade e consulentes que associando, por exemplo, um preto-velho que fuma cachimbo ou um Exu que bebe marafo como legítimos e, portanto, dignos de confiança e respeito.Muita das vezes, mesmo pessoas cultas podem levantar dúvidas quanto à legitimidade da comunicação mediúnica quando ela não envolve o uso desses instrumentos de caracterização da entidade (nos quais se incluem, também, a mudança de voz ou de postura física do médium, embora esses elementos tenham suas devidas funções, como se explicará melhor em outra oportunidade).  Essa caracterização das entidades é fundamentada em processos culturais desenvolvidos desde os tempos antigos e presentes no surgimento da Umbanda e facilitam que o médium iniciante reconheça e assimile a personalidade da entidade, permitindo que a entidade se expresse sem maior influência da sua personalidade, já que o médium se torna mais flexível a uma realidade psíquica estranha à sua.
Dentro do conceito elemental, o fumo é uma defumação direcionada, que traz além do vegetal, os quatro elementos básicos (terra, água, ar e fogo) para trabalhos de magia prática. O Sopro por si só traz efeitos terapêuticos e espirituais muito valorosos e eficazes nos trabalhos de cura e limpeza, que somado ao poder das ervas é potencializado muitas vezes em resultados largamente vistos durante os trabalhos de Umbanda. Já o Álcool é do elemento água, provindo de um vegetal (a cana), que se sustenta na terra, altamente volátil no ar e considerado o "Fogo líquido", de fácil combustão. Tanto o Fumo quanto o Álcool são utilizados para desagregar energia negativa, queimar larvas e miasmas astrais, e no caso do Álcool para desinfetar e limpar no externo e no interno já que pode ser ingerido.
O fumo, Tabaco, o álcool são considerados um "Elemento de Poder", usados há milênios pelos povos indígenas, considerado sagrado com larga utilização em seus trabalhos de cura.Tudo que é sagrado traz o divino e as virtudes para nossas vidas, sempre que profanamos algo sagrado atraímos a dor e o vicio. Assim o mesmo tabaco e o álcool que cura em seu aspecto sagrado também vicia e traz a dor quando utilizado de forma profana.

A MACUMBA TÁ NA CABEÇA



Acredito, e sempre foi assim, na importância de se conhecer o que de fato as coisas são. A Umbanda no Brasil é uma prática muito mal interpretada, assim como nem sempre conduzida nos terreiros, regida por Oxalá. A raiz do candomblé também se diferencia do processo de adaptação brasileira à religião, pelo simples fato de no Brasil o processo de sincretismo, influenciado pela igreja católica, influenciar, fortemente, as premissas filosóficas dos cultos às almas. A contribuição da cultura mercantilista, também contaminou e, muito, o exercício dos rituais e dos trabalhos oferecidos, aliás, vendidos, aos necessitados. A espiritualidade afro é significativa e de contribuição relevante para a evolução do planeta, porém, necessita de uma humilde reavaliação de alguns de seus praticantes.

A Umbanda não é macumba, para começar a conversa. Macumba é uma tradução originada do Quimbundo, “makanha”, modificada de “dikanha”, cujo significado é tabaco. A linguística do Banto que processou pela primeira vez seu significado, reportando-se a um instrumento musical de finalidade relacional com a magia. As poucas informações que temos sobre a etnia africana, conduzem-nos a um mundo diversificado, envolto em fenômenos naturais onde o homem exerce, meramente, uma participação de igualdade nesse sistema denominado de primitivo pela ascendência ocidental. A magia está ligada àquilo que vai a frente, distanciando-se da realidade concreta, do controle de uma espécie sobre a coisa que escapa de suas mãos.

O povo grego delegava o poder de relação com esse mundo mágico, apenas à categoria sacerdotal. Influenciados pelo povo persa que tinha no “magush” os sacerdotes que interpretavam sonhos. Geograficamente, os egípcios também foram contaminados pelo papel e a responsabilidade desse personagem. Vale lembrar que o Egito situa-se no norte do continente africano, logo, berço e fonte de inspiração para o conhecimento que está sendo analisado, mesmo com a intensa corrente mulçumana que domina o país. Para o convívio com a adversidade natural e o desconhecimento em relação aos impactos provocados pela natureza. 

A convivência fez com que os mitos, mensagens discursadas pela elaboração de relatos imaginários, transformados em lendas. Simplesmente, uma interpretação elaborada, seguindo a possibilidade do olhar do povo, sobre o que acontecia. A fim de provocar uma condição para essa interação, do mito derivava o rito, ou cerimônia, usada como costume, sobre uma aspecto religado a Deus ou ao sobrenatural. O fumo, vinda de plantas nativas, era utilizada nos ritos, assim como os sons, ou música nativa, sendo o a macumba um instrumento para a reprodução das composições. 

Fumaça, fogo e outros, eram analogias produzidas pela natureza, como da mesma forma o sons emitidos pelo vento, os bichos e a chuva. Cada grupo de episódios naturais, era concebido como uma poderosa força, regida, então, por um respectivo Orixá, ou Deus pela tradução cristã. O Orixá compõe um significado e um símbolo, retendo todos os atributos do grupo específico. O ritual, assim como a oração e o louvor, passou a serem movimentos de condução à aproximação dos Orixás. Já as almas, eram continuação da vida na terra, legiões de soldados de Oxalá, agindo em prol do bem e da harmonia, com funções e responsabilidades específicas. Pretos velhos e cablocos trabalhando, operários do bem. Originalmente, na filosofia africana, Exu é orixá, não alma. 

A finalidade é a aproximação com a energia dos Orixás e a obtenção do merecimento de suas capacidades, ou benevolência, em termos de harmonização e de equilíbrio. Através das almas, a manipulação do contexto vibracional ou energético, a fim de manipular e transformar as descargas provocadas pelos consequentes efeitos negativos surgidos, nessa gênese da convivência. No Brasil, a escravidão e todos os conflitos vivenciados pelo povo africano, motivaram uma luta entre os próprios homens, semelhantes nessa formação natural. O oportunismo, com o passar do tempo, alcançou um declínio comercial desses rituais, demovendo a força do ritual para trabalhos de macumba, deturpando seus conceito e princípios.

A meu ver, a transformação citada no parágrafo anterior, é ampla e profunda, fugindo da mesmice do alcoolizar-se e fumar compulsivamente. Os filhos de santo, ou dos Orixás, devem conquistar a autorização para entrarem e frequentarem as frequências dos consulentes e dos fatos ocorridos. A alam límpida traduz a ligação com seu Orixá, o guia, e a troca com as almas. A interpretação dos recursos utilizados pela natureza, provocando efeitos sobre a matéria, é outro aspecto. O médium em si, é mero representante da alma que manuseará essas energias, sem a necessidade de protocolos, ou seja receitas pré-definidas para cada caso semelhantes. Tudo isso poderá levar a um resultado para o bem e para o mal, como tudo que acontece para a vida. Lembrando que equilíbrio e harmonia é o preceito. Trabalhar com a magia não é macumba, nada pejorativo, apenas um princípio de transmutação, aprofundado e especializado, onde a humanização dos processos deve acontecer em patamares mínimos para a real eclosão dessa mudança.

Negar ou denegrir essas práticas, foge, aos patamares da maior e mais importante de todas as religiões: o respeito. A união às práticas energéticas dá permissão para o encaminhamento daquilo que é mais enraizado e bruto para os espíritos empobrecidos de amor e de sabedoria. Cada um no seu quadradinho, essa é a reta para a ascensão tão esperada e necessária para uma humanidade ainda embrutecida e carregada de vícios.

Clécio Carlos Gomes

VAMOS SAIR DA IGNORÂNCIA EM NOME DOS ORIXÁS



De tempos em tempos, aparece algum caso de crime relacionado com Magia Negativa, associado 
ao mal, chamado vulgarmente de Magia Negra.

De tempos em tempos, vemos associarem alguns destes crimes à Umbanda, ao Candomblé ou aos 
Cultos Afros em geral.
São crimes bárbaros, macabros mesmo, com mortes de crianças e estupros, motivados pelo que há 
de pior e mais baixo no ser humano.

Enquanto nós ficamos aqui dizendo que isto não tem nada a ver com Umbanda, Candomblé e Cultos 
Afros; os criminosos, presos, se identificam com estas nossas amadas religiões e ainda dizem fazer 
pactos com satã, demônio, quando não colocam os nomes sagrados de nossos guias e orixás no 
meio de seus crimes hediondos e passionais.

SABEMOS que nossa religião é linda, que não faz pactos, que não existe demônios em nossos cultos.

Há anos, venho batendo na mesma tecla: Umbanda é Religião e só pode fazer única e exclusivamente 
o bem!

Enquanto isso, pessoas que nem tem idéia do que seja religião continuam abusando de nossos 
fundamentos e valores de forma negativa e invertida.

O conceito sobre religião está totalmente banalizado e distorcido, qualquer um cria uma nova religião 
e faz o que quer com ela, esta é a verdade.

Sempre lembro a primeira definição de Umbanda dada por seu fundador, o primeiro umbandista, Zélio 
de Moraes e sua entidade Caboclo das Sete Encruzilhadas: Umbanda é a manifestação do espírito
para a prática da caridade!

Enquanto isso, no próprio seio da Umbanda, convivemos com praticantes que não tem a menor idéia 
de quem foi, ou o fez, o primeiro umbandista.

Pessoas que "dirigem" terreiros, que se denominam sacerdotes (pai de santo, mãe de santo, padrinho, 
madrinha…) e proíbem seus médiuns de estudar.

O medo e a ignorância são portas abertas para as trevas interiores e exteriores.

É aqui que o EGO, a vaidade e os vícios mais baixos do ser humano se instalam.

E todos os dias vemos anúncios de pessoas oferecendo "serviços" de magias negativas em nome de 
nossos sagrados valores,
de nossa religião, de nossos guias e orixás. Deitam e rolam com os nomes de exu e pombagira, usam 
e abusam.

As pessoas continuam procurando um atalho, um caminho mais fácil, para externar seu negativismo 
acumulado, não querem dor, não querem crescer, não querem assumir seus atos, não querem ser 
conscientes, querem apenas satisfazer os sentidos viciados
no mundo das ilusões, das paixões que arrastam para atitudes emocionais animalizadas e instintivas.

Ainda se vê na figura do médium um poder de manipular vidas!
Um poder de manipular o destino, um poder que pode ser comprado, negociado.

NÃO EXISTE OUTRA SAIDA PARA A RELIGIÃO, É PRECISO MUDAR O SENSO COMUM, É PRECISO 
ALCANÇAR O INCONSCIENTE COLETIVO!

E A UNICA FORMA É COM EXEMPLO E NÃO APENAS COM PALAVRAS.

Um consulente pode apenas frequentar um terreiro, sem ter a mínima idéia do que seja a Umbanda.

Um consulente, um simples frequentador, pode se denominar católico, ateu, à toa e o que quiser…

Este consulente pode, sim, ele pode ser totalmente ignorante…

UM MÉDIUM NÃO PODE SER IGNORANTE!!!
UM MÉDIUM E PRATICANTE DE UMBANDA É FORMADOR DE OPINIÃO, SEMPRE!!!
O MÉDIUM É O TEMPLO DA RELIGIÃO!!! NÃO PODE SER O TEMPLO DA IGNORÂNCIA!!!

Umbanda não é e não pode ser para pessoas ignorantes.
E aqui fica bem claro o sentido e significado da palavra ignorante: aquele que ignora algo.

Não se pode praticar Umbanda de forma ignorante, sem saber o que está sendo praticado.

Quando não estamos bem, e todos passamos por momentos e períodos de negatividade, é o 
conhecimento, a razão, que nos mantém dentro de limites e parâmetros seguros. O médium 
ignorante torna-se uma porta aberta para as trevas.

E vamos continuar vendo casos e mais casos em que a ignorância rouba, assalta, o nome da 
umbanda e de nossas entidades.

COMO VAMOS MUDAR ISSO???
Ignorância se vence com conhecimento e estudo…

Alexandre Cumino

SOU LIXEIRO... SOU DOUTOR



De todas as religiões que conheço, não vejo nenhuma outra que se disponha a enfiar a mão tão fundo no lixo para ajudar ao seu semelhante quanto a Umbanda.
Nem vejo nenhuma outra fazer uma reciclagem tão ampla quanto a Umbanda.
Muitas das religiões, mais novas ou mais velhas vêm, gradativamente, despejando cada vez mais seres perdidos, iludidos ou desiludidos, desequilibrados e inúteis após seu desencarne terreno para plano espiritual. 
Todos estes sinônimos se resumem em uma única palavra: lixo. Historicamente falando, quando a existência da comunicação era admitida pelas seitas e filosofias mais antigas que conhecemos, o auxílio dado aos seguidores de uma religião era simplificado. No entanto, com a expansão do poder dos colonizadores vieram novos conceitos e, o antes natural tornou-se então proibido. 
Trata-se do tempo tão conhecidos por todos, o tempo da Inquisição.
Aqueles que praticavam as comunicações (os médiuns) com os recém nomeados demônios eram caçados e mortos. E o que estas novas religiões trouxeram para ocupar esta enorme lacuna? Nada. Sem o desenvolvimento da mediunidade, milhares e milhares de almas passaram por encarnações conturbadas, perseguidos por obsessores, sem encontrar um meio de reverter esta situação. Encarnando com problemas e desencarnando de forma pior ainda, não era possível nenhuma espécie de desenvolvimento íntimo de moral ou renovação dos verdadeiros conceitos cristãos. Imersos em seu desespero, estas almas são comparadas ao lixo que ninguém mais tem coragem de remover para dar um fim socialmente correto. 
Muitas são as casas espíritas nesta Terra abençoada, mas é curioso observar que quando aparece nestas casas um irmão "insano e arredio" não são todas estas que o assumem e lidam com ele do começo ao fim. 
Uma boa parte tenta afastá-lo dizendo "deixa isso para aqueles da Umbanda". 
Mas, meus irmãos, se ninguém coletasse os sacos de lixo que colocamos semanalmente em frente as nossas portas, o CAOS tomaria conta, trazendo pestes, pragas, doenças físicas de todos os modos. Se ninguém auxiliar estes irmãos que ao longo dos séculos vêm sofrendo, um CAOS ainda pior poderá se instalar.
Pior por que para as enfermidades do corpo nossos médicos possuem a cura, mas para as da alma, quem a possui? 
Nós, médiuns trabalhadores! Os guias Umbandistas vão até o pior lugar imaginável para resgatar aquele que merece; nós, médiuns Umbandistas, cedemos com alegria no coração o nosso próprio corpo para o auxílio destes coitados.
Nós os aceitamos como estiverem e fazemos tudo para recuperá-lo e ajudá-lo em sua evolução.
Somos, portanto, o lixeiro que recolhe, recicla e devolve para o mundo algo maravilhoso. Serviço este que, infelizmente, são poucos os outros que também se propõe a fazer. Este apontamento, embora correto, não é o único que precisamos ter em nossas mentes. 
Não devemos ouvir calados comentários maldosos ou infelizes sobre nossa religião. Nós somos parte da elite da sociedade. 
Somos doutores formados por Olorum! Imagine um hospital.
Entram simultaneamente dois pacientes:
 o primeiro, sofrendo de uma dor de cabeça; 
o segundo, todo arrebentado devido a um grave acidente automobilístico.
Como estes pacientes serão tratados? 
O primeiro passará por um médico que lhe proporcionará um remédio para aliviar a dor. Enquanto isso será feitos exames detalhados que, com calma, serão analisados para a escolha do melhor tratamento a ser aplicado.
Existe o tempo, existem os recursos...
O segundo, passará por uma avaliação rápida. Se constatada a necessidade, será imediatamente operado. 
As decisões dos médicos devem ser mais rápidas, e, conseqüentemente, sem os recursos de exames mais detalhados, existe pressão e responsabilidades maiores.
Pois eu digo que os médiuns e os guias da Umbanda formam a equipe que atende as emergências. 
Lidamos com situações terríveis e, por isso mesmo, temos de nos desenvolver como os melhores profissionais.
Somos uma equipe de doutores!
No hospital de Deus não existe equipe mais importante ou menos importante.
Todas trabalham para a recuperação dos filhos Dele.
Todos, mas cada um com sua obrigação, cada um na sua especialidade! 

Sou Umbandista - Lixeiro e Doutor - Graças a Deus! 

  Texto de Augusto Ventura.
BRINCANDO DE SER UMBANDISTA!


Nesses anos todos em que sou Umbandista,e há um tempo  iniciada no Orixá,tenho tido oportunidades de diferentes e diversos aprendizados,e consequentemente adquiri uma visão diferenciada sobre nossa religião.
Tenho visto certos comportamentos de filhos,médiuns,irmãos que envergonham nossa querida Umbanda,o Candomblé,etc...
Muitos só entram para a religião pensando em status,não se importando com as consequencias.
É triste,vergonhoso e humilhante termos que admitir que muitos de nossos irmãos agem dessa forma,fazendo que a cada dia o nome da Umbanda seja manchado por falta de comprometimento,dedicação e amor.
É claro que temos grandes pessoas dentro da nossa religião, que abraçaram essa causa,que empunham a bandeira com responsabilidade,e muito amor,pensando e dedicando suas vidas ao próximo,isso é necessário ter o reconhecimento e a nossa gratidão,pois são através deles que adquirimos aprendizados,conhecimentos que sozinhos jamais iriamos chegar a lugar algum.
Tenho a plena certeza,de que é a chegada a hora em que temos que tomar atitudes,criar coragem,dar a cara a tapa,e denunciar os marmoteiros,aqueles que usam o nome da Umbanda para subir na vida,para ter status...
Temos visto por aí,certos médiuns,até mesmo iniciantes de Umbanda,que já se intitulam "PAI" e até mesmo "BABALORIXÁ", isso é uma vergonha,é humilhante vermos as sandices que praticam,e cheios de seguidores desconhecedores da verdade,que por serem fáceis de serem manipulados se fecham para aquele mundinho daquele tal "PAI",tal "BABALORIXÁ",dando seguimento no que aprendem dentro de suas casas,e saem por aí abrindo mais casas,em garagens,portinhas,etc...
Se faz necessário a UNIÃO de todos,para que se desmascare esse tipo de gente.
Façamos a nossa parte,precisamos denunciar,fechar esse tipo de "INFERNINHO" onde pessoas são enganadas,tripudiadas,e consequentemente suas vidas tornam-se uma bomba relógio,pronta a explodir a qualquer momento.
Os dias atuais pedem que o ser humano passe por uma reforma,busque conhecimento,evolua espiritualmente,para que ao passar por dificuldades não saia por aí,fazendo loucuras,se auto-destruindo,praticando horrores como temos visto todos os dias.
Assumimos um compromisso com a espiritualidade para praticar o bem,colocar em pratica toda a bagagem que trazemos de vidas anteriores,para nossa propria evolução,praticando o amor ao próximo.
Que a cada dia possamos fazer uma análise de nossos comportamentos,atitudes,e possamos nos reformar,procurar errar menos,acertar cada vez mais,estar no degrau de cima,praticar o perdão,a solidariedade,confraternizar-se com as familias,amigos,etc...
Fica aqui meu desabafo,minha tristeza,minha vergonha,decepção,e até mesmo um grito de dor pelo que tenho visto nesse mundo que se chama UMBANDA,CANDOMBLÉ.
Façamos nossa parte,tentemos alertar,ajudar,orientar da melhor maneira,abrir os olhos dos menos conhecedores da verdade,do verdadeiro amor que se pratica dentro de nossas casas em nome da propria evolução.
Que Pai Oxalá,abençoe a todos nós,que seja misericordioso diante de nossas falhas,e que possamos amar ao proximo como a nós mesmos.
Aurea Oliveira

POR AMOR A ESPIRITUALIDADE


Certa vez em uma reunião em nosso terreiro perguntou-se::

-por que você entrou para a Umbanda?
com  23 médiuns que participavam da casa, cada um deu um motivo para sua entrada na Umbanda,um era por que estava com problemas financeiros,outro era por problemas de relacionamento,outro por doença, outro por que gostou,etc...
Somente dois disseram que era por amor a espiritualidade,a sua espiritualidade,para cuidar de sua espiritualidade.
A grande diferença entre as pessoas,médiuns que entram para a Umbanda,não é tão grande assim,na verdade é simples.

A diferença é simplesmente: o "AMOR".

 Sim, aquele  que assume seu compromisso espiritual dentro de uma casa de Umbanda,Candomblé,etc... por amor,amor a espiritualidade,amor a sí próprio,sabe que que estará alí para o que der e vier,com comprometimento,humildade,simplicidade,etc..
Porém, aquele que assume seu compromisso espiritual para resolver seus problemas pessoais,para que seu relacionamento melhore,para  ter um cargo melhor em seu emprego,etc... podemos ter a certeza que virão problemas,decepções,falta de comprometimento para com a casa,com o dirigente,falta de respeito com os irmãos.
Virá aí,a soberba,o status,o querer ser mais que o outro,criando discordia,fofoca,etc...

Aquele que descobre sua espiritualidade,e assume realmente com amor, aquele compromisso espiritual já acordado na espiritualidade, terá comprometimento consigo mesmo,irá buscar conhecer,aprender,evoluir.
Sua dedicação é expontanea,sua participação é assídua,sua disponibilidade para ajudar a todos estará sempre em alta.
Esse sim, podemos ter a certeza que veremos grandes mudanças,veremos EVOLUÇÃO.

É aquela velha história:
-quantos filhos a sua casa tem?

Façamos uma análise,de nossos comportamentos,atitudes,etc... qual será realmente o motivo que nos levou a assumir um compromisso dentro da religião em que estamos.

-Será que temos o comprometimento conosco?
-Será que evoluimos nesse tempo todo em que tomamos a atitude de realmente trabalhar com a espiritualidade?

Por amor a espiritualidade,a nossa espiritualidade,será que cuidamos de nós primeiramente,buscamos conhecimento,buscamos errar menos,estar preparados um pouco mais,para podermos ajudar o nosso próximo assim como nos ajudamos?

Por amor a espiritualidade,será que abrimos mão de certas regalias da vida cotidiana,das festas,das viagens de férias,etc...para estarmos enfurnados dentro de um terreiro dias e dias a se dedicar aos nossos irmãos,buscando colaborar para o bem de nós mesmos e consequentemente de todos.

Sim, consequentemente de todos,por que se for por amor a espiritualidade,a nossa espiritualidade, faremos o bem primeiramente a nós e consequentemente ao próximo.
Por que, o que é bom pra mim,é bom para meu próximo, e muito melhor ainda quando é feito por amor,com amor.

Pensemos nisso,e façamos uma análise até onde vai o nosso AMOR A ESPIRITUALIDADE.

Axé a todos,
Aurea Oliveira