segunda-feira, 12 de setembro de 2016



Primeiramente, quando chegar à porta do terreiro, peça licença aos guardiões da casa. 

Dentro do terreiro, sinta o ambiente, feche os olhos e respire fundo (a respiração é a base da vida, os ciclos e ritmos - o Fole Vital). Inspire os perfumes, as essências do Templo. Elas lhe despertarão sentimentos e prazeres jamais sentidos. Experimente...

Quando as entidades estiverem incorporadas, visualize bem e sinta a vibração do atabaque e das entidades.
No passe é necessário que você sinta a vibração da entidade, ou quem não sente vibração sentirá qualquer outro tipo de sensação que mostrará se a entidade está ali ou se é uma mistificação.

Qualquer tipo de entidade da linha branca não tem linguajar grosseiro nem fica falando da vida de outros ou até mesmo falando que fulano fez isso aqui ou macumba acolá.

As entidades têm sempre que deixar uma mensagem de conforto. Se isso não acontecer fale com a entidade chefe, pois pode estar havendo mistificação!

Tomar muito cuidado com médiuns mistificadores. Não existe na lei de Umbanda Sagrada, cobrar para fazer trabalho, muito menos a própria entidade falar que tem que ser cobrado. Isso é um imenso desrespeito com nosso Senhor Zâmbi (Deus) e com as Entidades. 

Existem muitos engraçadinhos que querem ganhar a vida através de mistificação, portanto, cuidado irmãos!

Texto: Rodrigo Queirós




``A ignorância natural, na infância do Espírito humano, é um estágio evolutivo por onde todos transitamos um dia.

Mas a ignorância em que muitos estacionam através de uma fuga conveniente da verdade, sufocando a própria consciência, é o flagelo que assola a humanidade neste século!´´


Com os inegáveis avanços da ciência, o homem, em seus arroubos de grandeza, 
gasta valiosos recursos tentando ampliar seu domínio ao espaço cósmico, sem ao menos ter aprendido a viver no diminuto espaço que ocupa na sociedade onde convive com o seu semelhante.

Cada presídio construído no mundo comprova essa realidade, atestando o grau de ignorância em que ainda se encontra o homem na Terra. Não falamos da ignorância cultural ou inocente, mas da mais grave de todas as ignorâncias que predomina não só entre os incultos, mas principalmente nos meios ditos esclarecidos.

A tecnologia encurtou distâncias e ampliou as comunicações, proporcionando ao homem tomar conhecimento em poucos instantes de tudo o que acontece no mundo. Entretanto, com todos esses recursos, por incrível que pareça, a grande maioria dos homens ainda continua ignorante da sua real natureza e da verdadeira finalidade da vida.

É essa a ignorância que contribui para o aumento da criminalidade e o crescimento constante da população carcerária em todo o mundo. Se analisarmos o problema da criminalidade de forma um pouco mais profunda, vamos perceber que, na verdade, não existem criminosos, o que existe são dois tipos de vítimas dessa ignorância: a vítima passiva e a vítima ativa.

Os violentos, os desonestos, os corruptos, e os criminosos de toda sorte são as vítimas ativas que, sem compreenderem o verdadeiro significado da vida, acham-se no direito de tomar para si o que não conseguiram conquistar pelos meios adequados e justos.

Vítimas da própria ignorância, serão julgados no tribunal da própria consciência, onde o remorso os condenará a duras penas que poderão representar séculos de sofrimentos até que, como vítimas da violência que usaram hoje, resgatem seus crimes no futuro.

Por outro lado, menos doloroso, nossos irmãos que sucumbiram como vítimas passivas, provavelmente, são criminosos de outrora que retornaram ao mundo físico para resgatarem a consciência atormentada pelos crimes cometidos em encarnações passadas. Como vítimas hoje, retornaram ao mundo espiritual aliviados em suas consciências.

Aqueles que sofreram da violência apenas prejuízos morais, materiais ou físicos, com certeza, submeteram-se a provações que, se compreendidas, servirão de lastro para grandes conquistas na renovação dos seus sentimentos, resgatando os equívocos cometidos no pretérito.

Analisando as duas situações, percebe-se que o ser humano, em qualquer circunstância, é sempre uma vítima de si mesmo e da sua ignorância; além disso, o mal que pratica acaba servindo aos propósitos divinos no cumprimento das suas leis sábias e justas que punem os criminosos de ontem, através dos criminosos de hoje.

Todos são dignos da nossa compreensão!

Até que consigamos superar esse período de ignorância espiritual em que vive a maioria dos seres encarnados, os cárceres, os hospitais e os manicômios estarão sempre lotados.

Não quero, sob esse argumento, isentar da culpa aqueles que optaram pelos caminhos do crime, mas apenas chamar a atenção a um sentimento que, estimulado pela mídia, parece se generalizar na grande maioria das mentes desprevenidas. Trata-se da ideia de que os criminosos são seres à parte do contexto social e incapazes de qualquer recuperação.

Não podemos generalizar e nem tão pouco esquecer de que, há menos de cento e cinquenta anos, as leis humanas permitiam a muitos de nós, reencarnados naquela época, dar os filhos recém-nascidos dos nossos escravos, como alimento aos cães e aos porcos e até matar os adultos nos troncos, sob o guante infame da chibata, além de nos permitir praticar abusos inconfessáveis contra as mulheres cativas.

Apesar disso, não nos tornamos criminosos perante as leis da Terra, mas ferimos profundamente as leis naturais e as leis divinas.

É por esse motivo que jamais devemos julgar ou condenar quem quer que seja. Talvez os erros que apontamos no nosso próximo sejam aqueles que mais praticamos no passado. Hoje entendemos por que Jesus desafiou a turba sequiosa pela condenação, afirmando: ``Atire a primeira pedra quem não tiver pecado´´.

As pessoas habituadas ao perdão sofrem menos do que aqueles que ainda se deixam envolver pela ideia de que perdoar irrestritamente é abdicar dos próprios direitos supostamente conferidos pelas leis humanas. Com isso, arrastam-se durante uma vida duelando mentalmente ou juridicamente em uma luta inglória que culminará somente com perdedores perante as leis naturais da vida.

Os movimentos que alguns realizam para agravar as penas sobre os infelizes que optaram pelo crime, quase sempre nasceram do sentimento de vingança e de ódio daqueles que tiveram seus interesses ou entes queridos feridos pela violência, que não é causa, mas sim um efeito gerado por uma sociedade que ajudamos a construir.

Se, diante de tais fatos, percebemos claramente a importância do perdão até para com os criminosos do mundo, imaginemos a importância do perdão entre aqueles que estão ligados a nós pelos laços consanguíneos ou por um parentesco indireto, submetendo-nos, por força das circunstâncias, a uma convivência útil e necessária.

No decorrer dos fatos aqui relatados, todos vão descobrir que, em certos momentos da nossa vida, sofremos muitos dissabores desnecessários por não termos aprendido a exercitar o perdão.

Do livro: Perdão: O Caminho da Felicidade
                Nelson Moraes (Orientado pelo Espírito Aulus)



O que você deve fazer de dentro para fora?

Pense sempre, de forma positiva.
Toda vez que um pensamento negativo vier à sua cabeça, troque-o por outro!
Para isso, é preciso muita disciplina mental. Você não adquire isso do dia para a noite; assim como um “atleta”, treine muito.

Não se queixe. 
Quando você reclama, tal qual um ímã, você atrai para si toda a carga negativa de suas próprias palavras. A maioria das coisas que acabam dando errado, começa a se materializar quando nos lamentamos.

Risque a palavra culpa do seu dicionário. 
Não se permita esta sensação, pois quando nos punimos, abrimos nossa retaguarda para espíritos opressores e agressores, que vibram com nossa melancolia. Ignore-os.

Não deixe que interferências externas tumultuem o seu quotidiano. 
Livre-se de fofocas, comentários maldosos e gente deprimida. Isto é contagioso. Seja prestativo com quem presta. Sintonize com gente positiva e alto astral.
Não se aborreça com facilidade e nem dê importância às pequenas coisas. Quando nos irritamos, envenenamos nosso corpo e nossa mente.

Procure conviver com serenidade e quando tiver vontade de explodir, conte até dez.
Viva o presente. O ansioso vive no futuro. O rancoroso, vive no passado. Aproveite o aqui e agora. Nada se repete, tudo passa. Faça o seu dia valer a pena. Não perca tempo com melindres e preocupações, pois só trazem doenças.

ESTRATÉGIAS MENTAIS

Mentalização positiva
O que você deve fazer de fora para dentro

A água purifica. Sempre que puder vá a praia, rio ou cachoeira. Em casa, enquanto toma banho, em baixo do chuveiro, de olhos fechados, imagine seu cansaço físico e mental e que toda a carga negativa está indo embora por água abaixo.

Ande descalço quando puder, na terra de preferência. Em casa, massajei seus pés com um creme depois de um longo dia de trabalho. Os escalde em água morna. Acrescente um pouco de sal para se descarregar.
Mantenha contacto com a natureza; tenha em casa um vaso de plantas pelo menos. Cuide dele com carinho. O amor que dedicamos às plantas e animais acalma o ser humano e funciona como relaxante natural.

Ouça músicas que o façam cantar e dançar. Seja qual for o seu estilo preferido, a vibração de uma canção tem o poder de nos fazer sentir vivos aflorando a nossa emoção e abrindo o nosso canal com alegria.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo o impeça de tentar. 

Liberte-se!!! Sempre que puder livre-se da rotina e pegue a estrada, nem que seja por um único dia.
Conheça novos lugares e novas pessoas.
Viva a Vida!!!!




No mês de maio comemoramos o dia de Santa Sara Kali, a santa protetora do povo cigano e provedora de sorte, amor, saúde, fartura e vida longa.

O que poucos sabem é que Santa Sara é também protetora das mulheres que não conseguem engravidar, dos desesperados, dos ofendidos e dos desamparados.

Santa Sara foi canonizada em 1712 pela igreja católica, mas até hoje omite seu culto. O termo Kali significa "a negra", porque sua pele era escura. Seu culto está ligado ao culto das Madonas Negras e os festejos da santa ocorrem no dia 24 e 25 de maio com procissão e banhos no mar.

A imagem de Santa Sara é vestida de azul, rosa, branco e dourado. São colocados na imagem adorno de flores, jóias e lenços coloridos para que ela seja levada para a procissão no mar.

Os devotos buscam a obtenção das graças nos olhos da santa, pois nos olhos de Santa Sara tudo está contido: a força de Deus, a força da mãe, a força do amor, da irmã e da mulher, a força das mãos, a energia, o sorriso, a magia do toque e a paz. E assim, todos que buscam graças no seu olhar, retornam sempre aos pés de Santa Sara para agradecer.

Protegidos
Santa Sara Kali protege as mulheres que estão com dificuldades para engravidar. Muitas ciganas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que se engravidassem. Se isso de fato ocorresse, as gestantes iriam à cripta da Santa, em Saintes Maries de La Mer no sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um diklô (um lenço cigano), o mais bonito que encontrassem. Neste local existem milhares de lenços, como prova de que muitas ciganas receberam esta graça.

Lendas
Há muitas lendas sobre Santa. Algumas falam que ela era serva e parteira de Maria e que foi ela que trouxe Jesus ao mundo. Outra lenda diz que ela era serva de Maria Madalena.

A lenda mais comum conta que Maria Madalena, Maria Jacobina, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma serva, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.

Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Neste momento Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Jesus Cristo e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito. Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Saintes-Maries-de-La-Mer. Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.

Hoje, as pessoas fazem todo tipo de pedido para Santa Sara, pois ela possui a fama de atender todos os que tem verdadeira fé.

Santa Sara é a santa dos desesperados, dos ofendidos e dos desamparados.

Abaixo destaco duas Orações para fazer a Santa Sara Kali no dia dela ou em qualquer momento que necessitar de sua ajuda.

Primeira oração de Santa Sara Kali
Santa Sara, minha protetora, cubra-me com seu manto celestial. Afaste as negatividades que porventura estejam querendo me atingir. Santa Sara, protetora dos ciganos, sempre que estivermos nas estradas do mundo, proteja-nos e ilumine nossas caminhadas. Santa Sara, pela força das águas, pela força da Mãe-Natureza, esteja sempre ao nosso lado com seus mistérios. Nós, filhos dos ventos, das estrelas, da Lua cheia e do Pai, só pedimos a sua proteção contra os inimigos. Santa Sara, ilumine nossas vidas com seu poder celestial, para que tenhamos um presente e um futuro tão brilhantes, como são os brilhos dos cristais. Santa Sara, ajude os necessitados; dê luz para os que vivem na escuridão, saúde para os que estão enfermos, arrependimento para os culpados e paz para os intranquilos. Santa Sara, que o seu raio de paz, de saúde e de amor possa entrar em cada lar, neste momento. Santa Sara, dê esperança de dias melhores para essa humanidade tão sofrida. Santa Sara milagrosa, protetora do povo cigano, abençoe a todos nós, que somos filhos do mesmo Deus.

Segunda oração de Santa Sara Kali
Farol do meu caminho! Facho de Luz! Paz! Manto Protetor! Suave conforto. Amor! Hino de Alegria! Abertura dos meus caminhos! Harmonia! Livra-me dos cortes. Afasta-me das perdas. Dai-me a sorte! Faz da minha vida um hino de alegria, e aos seus pés me coloco, minha Sara, minha Virgem Cigana. Toma-me como oferenda e me faz de flor profana o mais puro lírio que orna e traz bons presságios à Tenda. Salve! Salve! Salve!

A mediunidade é a capacidade humana de estabelecer a comunicação entre homens e Espíritos , que se manifesta independente da crença individual e pode vir ou não de forma intensa. A pessoa capaz de estabelecer este tipo de comunicação chama-se médium ( no espiritismo) e recebe outros nomes como clarividente, sensitivo, em outras religiões . Para entender um pouco melhor a mediunidade, vamos responder a algumas perguntas :

Como se desenvolve a mediunidade ? 


Bem, potencialmente somos todos médiuns, já que a mediunidade é algo inerente ao espírito, sendo que existem graus variados de sensibilidade. A diferença é que alguns possuem esta capacidade em um estágio mais explicito (com percepção extra-sensorial aguçada), os verdadeiros médiuns. Outras possuem esta capacidade apenas em estagio menos avançado ( pessoas sensitivas, porem sem a percepção aguçada ) e precisam desenvolver a capacidade mediúnica através da Terapia Regressiva Evolutiva . Porém, muitas vezes ,quando os médiuns são mal orientados, entram em desarmonia espiritual sendo classificados como portadores de distúrbios psiquiátricos, já que muitos profissionais não têm a capacidade de distinguir um distúrbio mediúnico de um distúrbio psiquiátrico propriamente dito. Segundo Osvaldo Shimoda ( criador da Terapia Regressiva Evolutiva) , os sintomas mais acentuados de médiuns em desarmonia são sete:

1º) Sensação de peso na cabeça, na nuca e ombros;
2º) Nervosismo acentuado (irritação por motivos banais);
3º) Insônia, desassossego;
4º) Calafrios e arrepios constantes no corpo todo ou partes do corpo;
5º) Cansaço geral, calor (como se encostasse em algo quente);
6º) Falta de ânimo para o trabalho;
7º) Alternância de humor extremada: tristeza profunda ou excessiva alegria sem razão aparente.

Como o mé
dium se conecta ao espírito ? 

"Para haver uma boa ligação espiritual é necessário que todos estejam bem concentrados. Concentrar-se é pensar em uma só coisa o tempo todo: por exemplo em Jesus Cristo, em Deus, num lugar calmo, etc. Com isso, se estabelece a Vibração, ou seja, uma espécie de onda que circula em torno da mesa. Todos pensando no bem, na paz, no amor, percebe-se a Sintonia com a espiritualidade. Se um médium estiver pensando diferente, pode haver quebra de sintonia no ambiente, dificuldade para estabelecer a ligação com a espiritualidade ou a vinda de irmãos que estão sintonizados com aquele médium que pensa diferente. A prece ajuda a sintonia, pois melhora a energização do ambiente e a ligação espiritual." (Trecho retirado do site Artigonal)

Como acontece a comunicação mediúnica ? 


A comunicação mediúnica acontece apenas se houver desejo do espírito de se comunicar. Sendo assim, o espírito conecta-se com a mente do médium e pode manifestar sua mensagem por meio da psicografia ( quando ele fala e o médium escreve ), vidência ( quando ele se faz visível ao médium ), psicofonia ( quando ele se comunica oralmente ). Além dos eventos citados, Allan Kardec cita fenômenos físicos tais como:
- Batidas (tiptologia)
- Escrita direta (pneumatografia)
- Voz direta (pneumatofonia)
- Materializações ectoplasmáticas ( quando o espírito fica visível e as vezes palpável ás pessoas no ambiente em que ele aparece )

Tipos de Médiuns

Os médiuns se caracterizam em dois tipos :
- expiação .
- missão.
A diferença entre os dois tipos de médiuns é que o médium por expiação não está totalmente consciente de sua função e precisa de força de vontade para seguir seu caminho, caso contrário ele passa para o lado negativo, o que obviamente não é bom. Já o médium por missão tem consciência do papel que deve desempenhar, só não sabe qual é ele e, vai descobrindo-o com o tempo.

Abençoados sejam aqueles agraciados com o dom da mediunidade, e que eles só usem este dom para o bem. Amém



``Algumas pessoas contestam os fenômenos espíritas precisamente porque tais fenômenos lhes parecem estar fora da lei comum e porque não logram achar-lhes qualquer explicação.
Dai-lhes uma base racional e a dúvida desaparecerá. A explicação, neste século em que ninguém se contenta com palavras, constitui, pois, poderoso motivo de convicção.
Daí o vermos, todos os dias, pessoas que nenhum fato testemunharam, que não observaram uma mesa agitar-se, ou um médium escrever, se tornarem tão convencidas quando nós, unicamente porque leram e compreenderam.
Se houvéssemos de somente acreditar no que vemos com os olhos, a bem pouco se reduziriam as nossas convicções´´

Allan Kardec, capítulo II de O Livro dos Médiuns, item 17



``Nos serviços de atendimento fraterno, deparamos, frequentemente, com pessoas envolvidas em situações perturbadoras:
. Enxergam vultos estranhos ...
. Ouvem sons de origem desconhecida... 
. Objetos desaparecem e reaparecem, inusitadamente ...
. Males físicos vem e vão, sem etiologia definida ...
. Ideias estranhas e impertinentes instalam-se em sua mente ...
. Sentimentos contraditórios, da euforia à depressão, da alegria à tristeza, do bom ânimo ao desalento, alternam-se misteriosamente ...
. Desentendimentos injustificáveis assaltam seu lar ...

Descontando alguma dose de imaginação que costuma marcar relatos dessa natureza, podemos considerar a possibilidade de estarmos diante de fenômenos mediúnicos, envolvendo a interferência dos Espíritos.
Por ignorarem o assunto, afligem-se os consulentes, julgando-se ``ruins da cabeça´´ ou a lidar com o ``tinhoso´´
O Espiritismo é abençoada luz que clareia os caminhos em relação a essas ocorrências, oferecendo-nos ampla visão do mundo espiritual, com o conhecimento dos mecanismos que regem o contato entre os que vivem lá e nós outros, que vivemos cá, aprisionados no corpo.´´


1. O QUE É MEDIUNIDADE?

Em sua expressão mais simples, trata-se da sensibilidade à influência do mundo espiritual. É o ``sexto sentido´´, que nos coloca em contato com o mundo dos Espíritos, assim como o tato, o paladar, o olfato, a visão e a audição nos colocam em contato com o mundo dos homens.

2. ISSO SIGNIFICA QUE TODOS SOMOS MÉDIUNS?

Todos temos sensibilidade que nos habilita a receber influências espirituais. Nem todos, entretanto, somos suficientemente sensíveis para produzir fenômenos mediúnicos.

3. O QUE DETERMINA ESSA DIFERENÇA?

Imaginemos alguém vestindo compacta armadura que o impeça de ver e ouvir o que se passa ao seu redor. É o que ocorre conosco, quando reencarnamos. Vestimos denso traje de carne que inibe nossas percepções espirituais. O médium é alguém com uma abertura nessa ``blindagem´´

4. ESSA ABERTURA É DE ORDEM FÍSICA? ESTÁ NO CORPO?

A mediunidade é uma faculdade espiritual, inerente a todos os Espíritos. Quando reencarnamos, fica sujeita às condições do corpo. Nesse aspecto podemos dizer que é orgânica, porquanto subordinada a uma estrutura física que não iniba o contato mais amplo com o mundo espiritual.

5. TEM ALGO A VER COM A HEREDITARIEDADE?

A mediunidade não se subordina à genética. O intermediário entre os dois planos é alguém que foi preparado para isso no Mundo Espiritual, submetendo-se a estudos e operações magnéticas, bem como a uma adequação do corpo físico, de forma a ter a sensibilidade necessária.

6. E QUANDO OS FILHOS DE UM MÉDIUM EXPERIMENTAM FENÔMENOS MEDIÚNICOS? NÃO HÁ AÍ UM COMPONENTE GENÉTICO?

Da mesma forma que temos famílias de músicos e de médicos, podemos ter famílias de médiuns, não por hereditariedade, mas por afinidade. São Espíritos afins. Ligam-se pelos laços da consanguinidade para realizar determinadas tarefas.

7. COMO DENOMINAR ESSES DOIS TIPOS DE SENSIBILIDADE MAIOR E MENOR?

Podemos definir médium homem como uma condição inerente ao ser humano. Todos sofremos a influência dos Espíritos. E há o homem médium, o indivíduo dotado de uma sensibilidade maior, que o habilita ao intercâmbio com o Além.

8. NÃO SERIA MAIS FÁCIL USAR TERMOS DIFERENTES PARA DISTINGUIR UM DO OUTRO, O GERAL, DO PARTICULAR?

Não, porque não são faculdades distintas em essência. Apenas particularidades. Há pessoas que tem o chamado ``ouvido musical´´; reproduzem qualquer música, sem estudo; e há as incapazes de dedilhar a mais singela canção. Em ambos os casos, são características de uma mesma faculdade - a audição. Algo semelhante acontece com a mediunidade. Todos temos ``ouvidos´´ para o mundo espiritual; alguns ``ouvem´´ melhor, habilitando-se à comunicação com os Espíritos.


Do livro: Mediunidade - Tudo Que Você Precisa Saber
                Richard Simonetti