segunda-feira, 12 de setembro de 2016



``Algumas pessoas contestam os fenômenos espíritas precisamente porque tais fenômenos lhes parecem estar fora da lei comum e porque não logram achar-lhes qualquer explicação.
Dai-lhes uma base racional e a dúvida desaparecerá. A explicação, neste século em que ninguém se contenta com palavras, constitui, pois, poderoso motivo de convicção.
Daí o vermos, todos os dias, pessoas que nenhum fato testemunharam, que não observaram uma mesa agitar-se, ou um médium escrever, se tornarem tão convencidas quando nós, unicamente porque leram e compreenderam.
Se houvéssemos de somente acreditar no que vemos com os olhos, a bem pouco se reduziriam as nossas convicções´´

Allan Kardec, capítulo II de O Livro dos Médiuns, item 17



``Nos serviços de atendimento fraterno, deparamos, frequentemente, com pessoas envolvidas em situações perturbadoras:
. Enxergam vultos estranhos ...
. Ouvem sons de origem desconhecida... 
. Objetos desaparecem e reaparecem, inusitadamente ...
. Males físicos vem e vão, sem etiologia definida ...
. Ideias estranhas e impertinentes instalam-se em sua mente ...
. Sentimentos contraditórios, da euforia à depressão, da alegria à tristeza, do bom ânimo ao desalento, alternam-se misteriosamente ...
. Desentendimentos injustificáveis assaltam seu lar ...

Descontando alguma dose de imaginação que costuma marcar relatos dessa natureza, podemos considerar a possibilidade de estarmos diante de fenômenos mediúnicos, envolvendo a interferência dos Espíritos.
Por ignorarem o assunto, afligem-se os consulentes, julgando-se ``ruins da cabeça´´ ou a lidar com o ``tinhoso´´
O Espiritismo é abençoada luz que clareia os caminhos em relação a essas ocorrências, oferecendo-nos ampla visão do mundo espiritual, com o conhecimento dos mecanismos que regem o contato entre os que vivem lá e nós outros, que vivemos cá, aprisionados no corpo.´´


1. O QUE É MEDIUNIDADE?

Em sua expressão mais simples, trata-se da sensibilidade à influência do mundo espiritual. É o ``sexto sentido´´, que nos coloca em contato com o mundo dos Espíritos, assim como o tato, o paladar, o olfato, a visão e a audição nos colocam em contato com o mundo dos homens.

2. ISSO SIGNIFICA QUE TODOS SOMOS MÉDIUNS?

Todos temos sensibilidade que nos habilita a receber influências espirituais. Nem todos, entretanto, somos suficientemente sensíveis para produzir fenômenos mediúnicos.

3. O QUE DETERMINA ESSA DIFERENÇA?

Imaginemos alguém vestindo compacta armadura que o impeça de ver e ouvir o que se passa ao seu redor. É o que ocorre conosco, quando reencarnamos. Vestimos denso traje de carne que inibe nossas percepções espirituais. O médium é alguém com uma abertura nessa ``blindagem´´

4. ESSA ABERTURA É DE ORDEM FÍSICA? ESTÁ NO CORPO?

A mediunidade é uma faculdade espiritual, inerente a todos os Espíritos. Quando reencarnamos, fica sujeita às condições do corpo. Nesse aspecto podemos dizer que é orgânica, porquanto subordinada a uma estrutura física que não iniba o contato mais amplo com o mundo espiritual.

5. TEM ALGO A VER COM A HEREDITARIEDADE?

A mediunidade não se subordina à genética. O intermediário entre os dois planos é alguém que foi preparado para isso no Mundo Espiritual, submetendo-se a estudos e operações magnéticas, bem como a uma adequação do corpo físico, de forma a ter a sensibilidade necessária.

6. E QUANDO OS FILHOS DE UM MÉDIUM EXPERIMENTAM FENÔMENOS MEDIÚNICOS? NÃO HÁ AÍ UM COMPONENTE GENÉTICO?

Da mesma forma que temos famílias de músicos e de médicos, podemos ter famílias de médiuns, não por hereditariedade, mas por afinidade. São Espíritos afins. Ligam-se pelos laços da consanguinidade para realizar determinadas tarefas.

7. COMO DENOMINAR ESSES DOIS TIPOS DE SENSIBILIDADE MAIOR E MENOR?

Podemos definir médium homem como uma condição inerente ao ser humano. Todos sofremos a influência dos Espíritos. E há o homem médium, o indivíduo dotado de uma sensibilidade maior, que o habilita ao intercâmbio com o Além.

8. NÃO SERIA MAIS FÁCIL USAR TERMOS DIFERENTES PARA DISTINGUIR UM DO OUTRO, O GERAL, DO PARTICULAR?

Não, porque não são faculdades distintas em essência. Apenas particularidades. Há pessoas que tem o chamado ``ouvido musical´´; reproduzem qualquer música, sem estudo; e há as incapazes de dedilhar a mais singela canção. Em ambos os casos, são características de uma mesma faculdade - a audição. Algo semelhante acontece com a mediunidade. Todos temos ``ouvidos´´ para o mundo espiritual; alguns ``ouvem´´ melhor, habilitando-se à comunicação com os Espíritos.


Do livro: Mediunidade - Tudo Que Você Precisa Saber
                Richard Simonetti

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