quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Pontos cantados de Exu e Pomba Gira

Pontos de Exu.
Pontos cantados na Gira de Exu.

EXU BARÃO
O SINO DA IGREJINHA FAZ BELEM BLEM BLOM (2X) 
DEU MEIA NOITE O GALO JÁ CANTOU 
EXU BARÃO QUE É O DONO DA GIRA 
OI CORRE GIRA QUE OGUM MANDOU
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EXU CAPELA
EXU CAPELA GUARDIÃO DA ENCRUZILHADA 
TOMA CONTA PRESTA CONTA NO ROMPER DA MADRUGADA (2X) 
OI NA BEIRADA DO CAMINHO 
ESSE CONGÁ TEM SEGURANÇA 
EXU CAPELA MEU VIGIA É MEIA NOITE O GALO CANTA
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EXU METRALHA
A LUA QUE ILUMINA A NOITE 
CLAREIA CASA DO SEU BARÃO 
TODA CALUNGA ESTÁ EM FESTA PRA SAUDAR EXU METRALHA 
QUE VEM DAR SUA PROTEÇÃO ( 2X )
EXU METRALHA SUA CACHAÇA É AGUÁ BENTA 
E A FUMAÇA DO CHARUTO ME INCENSA 
EXU METRALHA MEU COMPANHEIRO ABRE OS CAMINHOS
DOS FILHOS DESTE TERREIRO
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EXU CAVEIRA
PORTÃO DE FERRO CADEADO DE MADEIRA(2X) 
OI NO PORTÃO DO CEMITERIO QUEM MANDA É EXU CAVEIRA (2X)
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SR. ENCRUZA
EXU AFIRMA SEU PONTO AQUI NESTE TERREIRO (2X) 
DEU MEIA NOITE NA LUA DEU MEIO DIA NO SOL (2X)
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EXU 7 ENCRUZILHADA
O SETE, O SETE O SETE ENCRUZILHADA 
TOMA CONTA E PRESTA CONTA 
NO ROMPER DA MADRUGADA ( 2X ) 
NINGUÉM PODE COMIGO EU POSSO COM TUDO 
LÁ NA ENCRUZILHADA ELE É EXU VELUDO ( 2X )
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NINGUÉM PODE COMIGO EU POSSO COM TUDO 
LÁ NA ENCRUZILHADA ELE É EXU VELUDO ( 2X )
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EXU CAVEIRA SEU CABRITO DEU UM BERRO (2X) 
ARREBENTOU CERCA DE ARAME ENTORTOU PORTÃO DE FERRO
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QUISERAM ME VER NA LAMA QUISERAM ME VER MORRER (2X) 
CHAMEI EXU CAPELA PARA VIR ME DEFENDER (2X)
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RODEIA, RODEIA, RODEIA MEU SANTO ANTONIO RODEIA 
DEIXA RODAR....(2X) 
SANTO ANTONIO PEQUENINO AMANSADOR DE BURRO BRAVO 
QUEM MEXER COM EXU BARÃO OU TA DOIDO OU TA DANADO
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RI QUA QUA QUA OI QUE LINDA RISADA QUE O EXU VAI DAR ( 2X )
OI QUE LINDA RISADA DE QUA QUA QUA
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SE MEU PAI É TUMBA SUA MÃE TAMBEM É TUMBA (2X)
SEU AVO É FEITICEIRO E MORA LÁ NA CATACUMBA (2X)
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EXU FEZ UMA CASA SEM PORTEIRA E SEM JANELA (2X)
AINDA NÃO ACHOU MORADOR PRA MORAR NELA
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NO PORTÃO DO CEMITERIO PLANTEI UM PÉ DE ARUEIRA ( 2X )
QUERO VER QUEM É QUE PODE COM EXU CAVEIRA ( 2X )
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SANTO ANTONIO DE BATALHA, FAZ DE MIM BATALHADOR (2X)
CORRE E GIRA POMBA GIRA, TRANCA RUA E MARABÔ (2X)
SANTO ANTONIO DE BATALHA
FAZ DE MIM BATALHADOR
CORRE E GIRA POMBA GIRA
TRANCA RUA E MARABÔ
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SETE FACAS DE PONTA EM CIMA DE UMA MESA
SETE VELAS ACESA LA NA ENCRUZILHADA
EXU É O REI, EXU É O REI, EXU É O REI DA ENCRUZILHADA
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EXU CAINANA, QUEM TE MATOU CAINANA ( 2X )
NA BEIRA DO RIO, CAINANA 
ALMA JÁ MINOU, CAINANA
EXU CAPELA, CAINANA, ELE NÃO BAMBEIA
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QUEM É QUE DESCEU DO REINO, QUEM É? (2X)
ELE É TRANCA RUA DAS ALMAS, ELE É (2X)
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OLHA VAMOS NA GIRA DO EXU, SARAVÁ VAMOS SARAVÁ
E LÁ NA CALUNGA EU QUERO VER, 
VOCE GIRAR ATE O AMANHECER (2X)

QUEM NUNCA VIU VEM VER CALDEIRÃO SEM FUNDO FERVER ( 2X )
DEU MEIA NOITE O GALO JÁ CANTOU A IGREJA BATE O SINO É NA DANÇA DO FOGO QUE EU VOU ( 2X )
E O TAMBOR TA BATENDO É PRA VALER, É NA PALMA DA MÃO QUE EU QUERO VER ( 2X )
OI DONA POMBO GIRA ME DE AGUÁ PRA BEBER SE VOCÊ NÃO ME DER ÁGUA EU VOU FALAR MAL DE VOCE ( 2X )
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SEU TRACA RUA É UMA BELEZA EU NUCA VI UM EXU ASSIM ( 2X )
SEU TRANCA RUA É UMA BELEZA ELE É MADEIRA QUE NÃO DA CUPIM
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FOI, FOI OXALÁ, QUEM MANDOU EU PEDIR QUEM MANDOU EU REZAR
QUE AS SANTAS ALMAS VIESSEM ME AJUDAR 
SEU TRANCA NA ENCRUZA DE JOELHO A GARGALHAR
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O LUÁ O LUÁ...(O LUÁ)... ELE É DONO DA RUA ( 2X )
QUEM COMETEU AS SUAS FALTAS PEÇA PERDÃO AO TRANCA RUA
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DIM DIM DIM DIM DIM DIM... RISCA PONTO
PULANDO CRUZADO NO MEIO DO TERREIRO CHEGOU
POVO DA BAHIA DO CONGO E DA LEI DE NAGO
CHEGOU ZÉ PILINTRA QUE VEIO DO LADO DE LA
FUMANDO E BEBENDO E GRITANDO VAMOS SARAVA
SARAVA ÔÔ SARAVA SARAVA ÔÔ SARAVA...
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O MEU SENHOR DAS ALMAS DISSE QUE EU NÃO VALHO NADA ( 2X )
OLHA LA QUE ELE É EXU REI DAS SETE ENCRUZILHADA
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NÃO MEXE COMIGO QUE EU PONHO SEU NOME LA NO MEU TERREIRO
EU SOU MACUMBEIRO, LERÊ (2X)
MEU SANTO É FORTE, CABOCLO DO NORTE QUE SÓ FAZ O BEM
SÓ QUER AJUDAR NÃO FAZ MAL A NINGUÉM
É FLECHA ENCANTADA, MÃE SANTA ME DEU
MAS NÃO MEXE COMIGO, NÃO FIQUE ZOMBANDO DIZENDO QUE É PAPO
AMARRO SEU NOME NA BOCA DO SAPO
VOCÊ NUNCA MAIS FALA MAL DE NINGUÉM LERÊ
EU SOU MACUMBEIRO, LERÊ (2X)
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EXU MANGUERIA
ANOITECEU SALVE O POVO DA RUA QUE VEM SAUDAR EXU MANGUEIRA QUE CHEGA SOB O CLARÃO DA LUA ( 2X ) EXU MANGUEIRA JÁ CHEGOU O MAIORAL É QUEM VOS GUIA TRAZENDO A FORÇA DA CALUNGA PARA AFIRMAR A SUA GIRA 

EXU GANHOU GARRAFA DE MARAFO
LEVOU PRA CAPELA PRA BENZER
SEU MANGUEIRA CORREU E GRITOU: 
NA BATINA DO PADRE TEM DENDÊ
OI TEM DENDÊ, TEM DENDÊ
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EXU SETE DA LIRA
SOU EXU TRABALHO NO CANTO QUANDO CANTO DESMANCHO QUEBRANTO SETE CORDAS TEM MINHA VIOLA TO NA GIRA DE LENÇO E CARTOLA VIOLA É TRIDENTE CIGARRO É CHARUTO BEBIDA É MARAFO SOU SETE DA LIRA DESFAÇO INIMIGO COM PONTEIRO DE AÇO
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EXU LHE AGRADEÇO DE NOVO AGRADEÇO SEU POVO SUA GIRA E SUA MISSÃO
EXU SEMPRE MOSTRA A VERDADE ME TRAZ FORÇA E CORAGEM COM CARINHO E GRATIDÃO
EXU OUTRA VEZ LHE AGRADEÇO PEÇO TUDO QUE MEREÇO DO FUNDO DO CORAÇÃO
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EXU TRANCA GIRA
ESTAVA DORMINDO QUANDO A UMBANDA ME CHAMOU
ABRE A PORTA MINHA GENTE, TRANCA GIRA JÁ CHEGOU
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EXU ARRANCA TOCO
O MEU SENHOR DAS ALMAS, AI DE MIM NÃO FAÇA POUCO
OLHA LA QUE ELE É EXU, É EXU ARRANCA TOCO

PINGA FOGO LÁ NA ENCRUZA, PINGA FOGO LA NA SERRA
ABRE A PORTA MINHA GENTE, PINGA FOGO ESTÁ NA TERRA

SEU MEIA NOITE, LA NA ENCRUZA GALO CANTA, GATO MIA
QUEM TRABALHA COM EXU NÃO TEM HORA E NÃO TEM DIA
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EXU TRANCA RUA DAS ALMAS
QUANDO O GALO CANTA, AS ALMAS SE LEVANTAM
E O MAR RECUA, É QUANDO OS ANJOS DO CÉU DIZEM AMÉM
E O POBRE DO LAVRADOR DIZ ALELUIA
DIZ ALELUIA, DIZ ALELUIA, SEU TRANCA RUAS DIZ ALELUIA (2X)

CHEGOU NA CANJIRA DE UMBANDA SEU TRANCA RUAS (2X)
QUEM ESTÁ DE RONDA É MEU PAI (2X)
SEU TRANCA RUAS ME CRUBRA COM SUA CAPA
QUEM TEM SUA CAPA ESCAPA (2X)
A SUA CAPA É O MANTO DA CARIDADE,
SUA CAPA COBRE TUDO, SÓ NÃO COBRE A FALSIDADE
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EXU BODE PRETO
CADÊ MEU BODE PRETO QUE AMARREI NA ENCRUZILHADA?
O BODE TEM CHIFRE GRANDE TREME TERRA E DÁ RISADA
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EXU DO CHEIRO
CANTA O GALO NO TERREIRO, O MEU CHEFE É MAIORAL
FLOR DO MATO NÃO TEM CHEIRO, QUANDO EXU VEM TRABALHAR
EU ME CHAMO EXU DO CHEIRO, GIRO O TOCO NUM GIRÁ
O MEU CHEFE DO TERREIRO, É EXU REI DO MAIORAL
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EXU VIRA MUNDO
Ô CADE VIRA MUNDO, PEMBA, ESTÁ NA PEDREIRA PEMBA
COM SEU CABOCLO PEMBA

QUANDO ELE VAI , VAI NO CLARÃO DO SOL
QUANDO ELE VEM, VEM NO CLARÃO DA LUA
SARAVÁ EXU VIRA MUNDO, QUE ELE É O REI DA MADRUGADA
JUNTO COM SEU TRANCA RUA
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EXU NÃO TEM CASA , SUA CASA É A CALUNGA
TRAVESSEIRO É A CAVEIRA, SUA CAMA É CATACUMBA
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SOLTEI UM POMBO LÁ NAS MATAS, OI NA PEDREIRA NÃO POUSOU
AÍ FOI POUSAR NA ENCRUZILHADA, SEU TRANCA RUA QUEM MANDOU
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DESPEDIDA DE EXU

EXU BEBEU, EXU SARAVOU
EXU VAI EMBORA QUE SUA BANDA CHAMOU
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EXU JÁ, JÁ EXU JÁ, JÁ AÚE
EXU VAI EMBORA PRA ENCRUZA AÚE
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É DE COROCOCÓ SEU CANJIRA
O GALO JÁ CANTOU SEU CANJIRA
É NO ROMPER DA AURORA SEU CANJIRA 
EXU JÁ VAI EMBORA SEU CANJIRA

Pontos de Pomba Gira.
Pontos cantados na Gira de Pomba Gira.

DE VERMELHO E NEGRO VESTINDO A NOITE O MISTERIO TRAZ 
DE COLAR DE COR DE BRINCO DOURADO A PROMESSA FAZ 
SE É PRECISO IR VOCÊ PODE IR PEÇA O QUE QUISER
MAS CUIDADO AMIGO ELA É BONITA ELA É MULHER 
E NUM CANTO DA RUA ZOMBANDO, ZOMBANDO, ZOMBANDO ESTÁ 
ELA É MOÇA BONITA GIRANDO, GIRANDO, GIRANDO LÁ 
OI GIRANDO LAROIÊ OI GIRANDO LAROIÊ, OI GIRANDO LÁ
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VINHA CAMINHANDO A PÉ 
PARA VER SE ENCONTRAVA A POMBA GIRA DE FÉ (EU VINHA ) ( 2X )
ELA PAROU E LEU MINHA MÃO DISSE A MIM TODA VERDADE 
EU SÓ QUERIA SABER SE ELA É A POMBA GIRA DE FÉ ( 2X )
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BOA NOITE PRA QUEM VEM DE LONGE 
BOA NOITE PRA QUEM VEM CHEGANDO 
BOA NOITE PRA MOÇA BONITA 
QUE É PRA ELA QUE ESTAMOS CANTANDO
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POMBA GIRA É POMBA GIRA É 
ELA É RAINHA DA ENCRUZA DE T ( 2X ) ELA É BONITA, BONITA E VAIDOSA,
VAIDOSA E RAINHA DA ENCRUZA DE T
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EU VI VOCÊ GIRANDO NO MEIO DA RUA QUAL É A SUA, QUAL É A SUA
COM ESSE JEITO ESSA ROSA NO CABELO
JÁ ESTÁ CONVIDADA PRA GIRAR NO MEU TERREIRO
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ELA GIRA NO AR ELA GIRA NA PRAÇA ELA GIRA NA RUA EE, EE 
ELA CANTA ELA DANÇA ELA VIVE SORRINDO EM NOITES DE LUA EE, EE 
ELA É SINCERA ELA É DE VERDADE MAS CUIDADO AMIGO QUE ELA NÃO GOSTA DE FALSIDADES
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MALELE, MALELE, MALELE MALELEUA 
MALELE, MALELE, MALELE MALELEUA ( 2X )
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UMBANDA A SUA RAINHA CHEGOU 
UMBANDA MAIS UMA ESTRELA BRILHOU
OI SALVE, SALVE A POMBO GIRA QUE VEIO DA ENCRUZILHADA 
PARA ALEGRAR NOSSA GIRA OI SALVE SEU PONTEIRO DE AÇO 
SALVE A SUA TESOURA QUE CORTA TODO O EMBARAÇO
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AUÊ POMBO GIRA AUÊ POMBO GIRÁ
AUÊ POMBO GIRA VAMOS TRABALHAR
AUÊ POMBO GIRA AUÊ POMBO GIRÁ
LEVA AS QUIZILAS DESSA CASA PRO LADO DE LÁ
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ELA É RAINHA ELA É MULHER 
PEDACINHO DE MULAMBO PARA QUEM TEM FÉ ( 2X ) A POMBO GIRA !
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DONA POMBO GIRA LEVA O QUE TEM PRA LEVAR
LEVA MINHAS QUIZILAS LEVA PRO FUNDO DO MAR
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ELA É POMBO GIRE ELA É POMBO GIRA
SE ELA DÁ RISADA É DI QUA, QUA, QUA 
EXU BARÃO TAMBÉM DÁ
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QUE BELA NOITE QUE INDO LUAR
DONA POMBO GIRA AQUI VENHA TRABALHAR
QUE BELA NOITE QUE LINDO LUAR
DONA POMBO GIRA LEVA TODO O MAL PRA LÁ
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VINHA CAMINHANDO PELA RUA, QUANDO UMA MOÇA BONITA EU VI
MAS EU DISSE QUE VINHA...
VINHA CAMINHANDO PELA RUA, QUANDO UMA MOÇA BONITA EU VI
COM SUA SANDALIA DE PRATA
SUA SAIA RODADA ELA SORRIU PRA MIM (2X)
E EU PERGUNTEI A ELA ONDE FICAVA SUA MORADA
E ELA RESPONDEU PRA MIM ASSIM:
MORO NUMA ESTRADA SEM FIM (2X)
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A BANANEIRA PLANTADA A MEIA NOITE
DÁ CACHO NA BEIRA DO CAMINHO (2X)
EU QUERO VER SE AQUELA NEGA TEM MIRONGA
EU QUERO VER SE AQUELA NEGA É FEITICEIRA (2X)
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Ó MINHA SENHORA DAS ALMAS QUE ATIRA E NÃO ERRA A MIRA
ELA É MINHA PROTETORA SARAVÁ SÁ POMBO GIRA
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ROSA VERMELHA, É UMA RAINHA CIGANA (2X)
ROSA VERMELHA, ROSA VERMELHA
ROSA VERMELHA ELA É DONA DESSA BANDA
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SE ELA É POMBO GIRA É RAINHA DA ENCRUZA
É RAINHA QUE BEBE, RAINHA QUE DANÇA, RAINHA QUE FUMA
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AQUELA VENTANIA OI GANGA, QUE SOPRA AO PÉ DA SERRA
EXU MARIA PADILHA OI GANGA, QUE VEM GIRAR NA TERRA
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ELA É UMA FLOR QUE EU PLANTEI NO MEU JARDIM
ELA É UMA ROSA QUE EU PLANTEI NA ENCRUZILHADA
MARIA MULAMBO, MARIA MULHER
MARIA PADILHA RAINHA DO CANDOMBLÉ
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ELA É UMA CIGANA FACEIRA, ELA É
ELA É DAS SETE LINHAS E NÃO É DO CANDOMBLÉ
ELA VEM DE MUITO LONGE OS SEUS FILHOS AJUDAR
ELA VEM DE MUITO LONGE, SARAVÁ ESSE CONGÁ
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A POMBO GIRA MULAMBO A DEUSA ENCANTADA 
FEZ NO CONGÁ UMA SEGURANÇA
ELA TEM SEU CAMINHO MARCADO,
ELA PISOU EM TAPETE DE FLORES
E NEM SE QUER SE IMPORTAVA
ELA DEIXOU SEUS SÚDITOS CHORANDO
E FOI MORAR NO MEIO DA PERDIÇÃO
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DESPEDIDA DAS POMBA GIRAS
POMBA GIRA BEBEU POMBA GIRA DANÇOU POMBA GIRA VAI EMBORA QUE SUA BANDA LHE CHAMOU
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MADAME VAI EMBORA, MADAME VAI LEVAR SUAS FLORES SEU PERFUME, NO BALAIO VAI LEVAR
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CANTA EXU CANTA POMBA GIRA CANTA EXU CANTA POMBA GIRA CANTA EXU CANTA EM NOSSO CONGÁ
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TRONQUEIRA

Muitos são, os que chegam em um templo de Umbanda, se assustam com as firmezas existentes na porta.

Aquelas casinhas, conhecidas como tronqueiras, que tem como finalidade o assentamento das forças dos nossos exús e Pombagira.

A tronqueira é um recurso maravilhoso, colocado pelo astral em prol dos templos de Umbanda, que recebem os assistidos, na sua grande maioria, com seres trevosos à atormentá-los.

Este recurso, é no templo, um ponto de força, onde está firmado (ativado) o poder dos guardiões que militam em dimensões a nossa esquerda.

O ponto de força funciona como um pára-raios, é um portal que impede as forças hostis se servirem do ambiente religioso de forma deturpada.

No astral, os exús e Pombagira, utilizam-se dos elementos dispostos na tronqueira para beneficiar os trabalhos que são realizados dentro do templo.

Com estes elementos, estes abnegados servidores da luz, anulam forças negativas, recolhem e encaminham seres trevosos, abrem caminhos, protegem, etc..

Dentro de uma tronqueira, são dispostos vários elementos magísticos que são utilizados por guardiões de Lei.

Citaremos alguns mais simples, as firmezas deste ponto de força são velados e eles pedem que não se abram mistérios, mais que se faça os devidos esclarecimentos sobre o assunto, dando ênfase a importância ao aprendizado elevado.

*Os tridentes dentro da tronqueira representam os poderes tripolares, onde através das energias emanadas por eles, os guardiões, diluem forças trevosas, envolvem seres para o resgate ou para aprisioná-los, forma um campo energo-magnético capaz de repelir ou atrair determinadas forças ou seres.

*Pedras negras ou vermelhas, formam portais dimensionais, ligados ao embaixo e as dimensões a esquerda, dando condições aos guardiões transitarem nestas esferas de forma resguardada e eficaz.

Através das pedras se da também tratamentos para várias finalidades, onde o elemento da sustentação para que o guardião possa atuar nas vibrações mais densas do ser.

As pedras criam áreas especificas de energia, capazes de envolver tudo o que fora mentalizado pelo sacerdote que possui a guarda do templo.

*Sementes ou ervas, da mesma forma que os outros elementos, eles entram em campos específicos, onde as energias das pedras, do tridente, do marafo, da vela, da ferradura, dos punhais, não entram.

*Os punhais, emitem energias perfurantes, cortantes, dilacerantes, onde se utiliza para freiar forças negativas provenientes do embaixo.

*Marafo, é o elemento dual, onde trás a união de dois elementos contrários, a água e o fogo, é um dos elementos mais utilizados, onde podemos com ele abrir portais e fechar aberturas de buracos negros.

Todos os trabalhos onde oferendamos os guardiões, este elemento é utilizado para fazer o fechamento com um círculo, ou a abertura.

Um copo deste elemento na tronqueira, funciona entre outras coisas como catalisador, filtro, condutor, amalgamado, etc..

Existem vários tipos de elementos, que são velados, isso se faz necessário, para manter o devido resguardo dos trabalhos dos templo, evitando até que pessoas dêem mal uso a forças tão importantes a todos os templos de Umbanda.

Que os senhores guardiões, através da Lei maior e da Justiça Divina, possam limpar nossa religião dos falsos Umbandista, dando um ar de limpeza a está que é a Maior religião do Mundo. Pena que os encarnados ainda não descobriram.

É importante que os médiuns e os assistidos saibam da importância de uma tronqueira e que todos saibam que este ponto de força está sobre as ordens da Lei maior.

Quando alguém deturpa este ponto de força, usando-o de forma negativa, este se torna um portal negativo.

Este tipo de procedimento não é da Umbanda e sim de seitas que muitas vezes se utilizam do nome da nossa religião.

Devemos saudá-los, de forma respeitosa quando adentramos nos templos.

Qualquer um pode se servir do poder desses guardiões, acenda uma vela e peça proteção e auxilio e receberá.

Eles estão a serviço do Bem, da Lei Maior.

Pombagira Maria Quitéria das Almas...



A Sedutora do Reino da Magia!

Essa pombagira nasceu em 1624 no Reino de Portugal, em Lisboa. Como toda
 portuguesa, ela recebeu o primeiro nome de Maria e o segundo nome de Quitéria,
 em homenagem a Santa portuguesa. Ela foi criada por sua avó materna, pois sua mãe 
era viúva e enamorou-se do imediato de um navio mercante, seguindo com
 ele em viagem. Sua avó sabia a arte da cura pelo benzimento e pelas ervas 
e lhe passou todo esse conhecimento. Ela também recebeu o conhecimento
 ancestral do Povo Rom, da linhagem cigana, por parte de seu avô materno.
Assim, Maria cresceu, tornou-se uma moça bela e instruída nas artes do ocultismo.
 Quando ela completou 17 anos sua avó faleceu de complicações diversas
 recorrentes de problemas respiratórios. Então, Maria decidiu vender o que restou 
na casa e seguiu viagem para a Terra Nova, Brasil. Ao chegar ao Rio de Janeiro,
 descobriu que as coisas não seriam tão fáceis como ela pensou. Conseguiu 
emprego em uma estalagem, como arrumadeira, cozinheira e serviçal. Trabalhou 
um ano até conhecer seu futuro marido (José), que a tirou do trabalho e a levou para
 morar com ele no interior de Minas Gerais.
Com 19 anos Maria teve seu primeiro filho na fazenda onde seu esposo trabalhava
 como capataz. Maria era uma moça prendada e sabia cuidar da casa e do marido 
com muito carinho e isso despertou olhares cobiçosos de outros jagunços da fazenda
. Passaram dois anos de harmonia e paz, até que um dia José chegou em casa e
 encontrou Maria desacordada nos braços de outro. Ele não pensou duas vezes,
 matou-a com 7 tiros e atirou contra seu companheiro que fugiu porta afora. A criança 
foi entregue aos cuidados de uma família da fazenda.
José viveu muitos anos infeliz e sem ninguém. Queria muito saber porque Maria 
fizera aquilo com ele. Maria vagou após sua morte por muitos anos... Um dia, 
passava José por uma mercearia a caminho da fazenda e parou pra beber 
uns tragos. Enquanto bebia viu que chegou um homem conhecido. José reconheceu 
o farsante que desgraçou sua vida e foi pra cima dele, ameaçando-o. Estava para
 puxar o gatilho quando o homem pediu misericórdia em troca de dizer-lhe a verdade.
José esperou e o jagunço contou a seguinte história: "Ele procurou Maria algumas 
vezes pedindo ajuda para sua mãe que não passava bem. Então, Maria lhe preparou
 uma garrafada com várias ervas e lhe instruiu como tratar de sua mãe. Mas, alertou-o 
que o remédio causava um forte sono e por isso devia ser tomado somente a noite. 
No dia da tragédia ele pediu ajuda a Maria novamente, dessa vez dizendo que ele não
 se sentia bem.
Maria serviu o chá aos dois e tomou-o para acompanhá-lo, mas não percebeu que 
o jagunço havia acrescentado ao chá o preparado. Ela sentiu diferença no gosto, 
mas não levou em consideração. Quando ela sentiu sonolência, pediu ao jagunço licença,
 ele saiu e ela foi se deitar. Ele esperou até que ela dormisse e foi ter com ela...
 Maria até que começou a acordar, mas ele trancou sua respiração e ela desmaiou.
 Então, ele aproveitou fazer o que desejava... Foi quando José chegou e ocorreu o fato."
José ao ouvir essa história ficou desconsolado. Então, sua Maria era inocente!
 José não pensou duas vezes, levou o jagunço pra fora do armazém e lhe deu três tiros
 na cabeça. Depois desse crime, José evadiu-se de Minas Gerais e nunca mais foi visto. 
Maria, por sua vez, foi recolhida ao plano espiritual e pode enfim descansar. 
Após o tratamento e o refazimento, Maria passou a trabalhar na Linha das Almas, 
na Falange "Maria Quitéria". Maria sempre gostou da história de Santa Quitéria, 
porque assim como a sua, era uma história de dor, desejo e traição.
HISTÓRIA DOS EXU CAVEIRAS




HISTÓRIA DO EXU TATÁ CAVEIRA

Antes de ser uma entidade, Tatá Caveira viveu na terra física, assim como todos nós. Acreditamos que nasceu em 670 D.C., e viveu até dezembro de 698, no Egito, ou de acordo com a própria entidade, "Na minha terra sagrada, na beira do Grande Rio". Seu nome era Próculo, de origem Romana, dado em homenagem ao chefe da Guarda Romana naquela época.

Próculo vivia em uma aldeia, fazendo parte de uma família bastante humilde. Durante toda sua vida, batalhou para crescer e acumular riquezas, principalmente na forma de cabras, camelos e terras. Naquela época, para ter uma mulher era necessário comprá-la do pai ou responsável, e esta era a motivação que levou Próculo a batalhar tanto pelo crescimento financeiro. Próculo viveu de fato uma grande paixão por uma moça que fora criada junto com ele desde pequeno, como uma amiga. Porém, sua cautela o fez acumular muita riqueza, pois não queria correr o risco de ver seu desejo de união recusado pelo pai da moça. O destino pregou uma peça amarga em Próculo, pois seu irmão de sangue, sabendo da intenção que Próculo tinha com relação à moça, foi peça chave de uma traição muito grave. Justamente quando Próculo conseguiu adquirir mais da metade da aldeia onde viviam, estando assim seguro que ninguém poderia oferecer maior quantia pela moça, foi apunhalado pelas costas pelo seu próprio irmão, que comprou-a horas antes. De fato, a moça foi comprada na noite anterior à manhã que Próculo intencionava concretizar seu pedido.

Ao saber do ocorrido, Próculo ficou extremamente magoado com seu irmão, porém o respeitou pelo fato ser sangue do seu sangue. Seu irmão, apesar de mais velho, era muito invejoso e não possuía nem metade da riqueza que Próculo havia acumulado. A aldeia de Próculo era rica e próspera, e isto trazia muita inveja a aldeias vizinhas. Certo dia, uma aldeia próxima, muito maior em habitantes, porém com menos riquezas, por ser afastada do Rio Nilo, começou a ter sua atenção voltada para a aldeia de Próculo. Uma guerra teve início. A aldeia de Próculo foi invadida repentinamente, e pegou todos os habitantes de surpresa. Estando em inferioridade numérica, foram todos mortos, restando somente 49 pessoas. Estes 49 sobreviventes, revoltados, se uniram e partiram para a vingança, invadindo a aldeia inimiga, onde estavam mulheres e crianças. Muitas pessoas inocentes foram mortas neste ato de raiva e ódio. No entanto, devido à inferioridade numérica, logo todos foram cercados e capturados. Próculo, assim como seus companheiros, foi queimado vivo. No entanto, a dor maior que Próculo sentiu "não foi a do fogo, mas a do coração", pela traição que sofreu do próprio irmão, que agora queimava ao seu lado.Esta foi a origem dos 49 exus da linha de Caveira, constituída por todos os homens e mulheres que naquele dia desencarnaram. Entre os exus da linha de Caveira, existem: Tatá Caveira, João Caveira, Zé Caveira, Caveirinha, Rosa Caveira, Dr. Caveira (7 Caveiras), Quebra-Osso, entre muitos outros. Por motivo de respeito, não será indicado aqui qual exu da linha de Caveira foi o irmão de Tatá enquanto vivo.

Como entidade, o Chefe-de-falange Tatá Caveira é muito incompreendido, e tem poucos cavalos. São raros os médiuns que o incorporam, pois tem fama de bravo e rabugento. No entanto, diversos médiuns incorporam exus de sua falange. Tatá é brincalhão, ao mesmo tempo sério e austero. Quando fala algo, o faz com firmeza e nunca na dúvida. Tem temperamento inconstante, se apresentando ora alegre, ora nervoso, ora calmo, ora apressado, por isso é dado por muitos como louco. No entanto, Tatá Caveira é extremamente leal e amigo, sendo até um pouco ciumento. Fidelidade é uma de suas características mais marcantes, por isso mesmo Tatá não perdoa traição e valoriza muito a amizade verdadeira. Considera a pior das traições a traição de um amigo.Em muitas literaturas é criticado, e são as poucas as pessoas que têm a oportunidade de conhecer a fundo Tatá Chefe-de-falange. O cavalo demora a adquirir confiança e intimidade com este exu, pois é posto a prova o tempo todo.

No entanto, uma vez amigo de Tatá Caveira, tem-se um amigo para o resto da vida. Nesta e em outras evoluções


EXU CAVEIRA

Sou exu, assentado nas forças do Sagrado Omulu e sob sua irradiação divina trabalho. Fui aceito pelo Divino Trono Mehor-yê e nomeado Exu a mais ou menos dois milênios, depois de minha última passagem pela terra, a qual fui um pecador miserável e desencarnei amarrado ao ódio, buscando a vingança, dando vazas ao meu egoísmo, vaidade e todos os demais vícios humanos que se possa imaginar.

Fui senhor de um povoado que habitava a beira do grande rio sagrado. Nossa aldeia cultuava a natureza e inocentemente fazia oferendas cruéis de animais e fetos humanos. Até que minha própria mulher engravidou e o sumo sacerdote, decidiu que a semente que crescia no ventre de minha amada, devia ser sacrificado, para acalmar o deus da tempestade. Obviamente eu não permiti que tal infortúnio se abatesse sobre minha futura família, até porque se tratava do meu primeiro filho. Mas todo o meu esforço foi em vão. Em uma noite tempestuosa, os homens da aldeia reunidos, invadiram minha tenda silenciosamente, roubaram minha mulher e a violentaram, provocando imediato aborto e com o feto fizeram a inútil oferenda no poço dos sacrifícios. Meu peito se encheu de ódio e eu nada fiz para conte-lo. Simplesmente e enquanto houve vida em mim, eu matei um por um dos algozes de minha esposa inclusive o tal sacerdote.

Passei a não crer mais em deuses, pois o sacrifício foi inútil. Tanto que meu povoado sumiu da face da terra, soterrado pela areia, tamanha foi a fúria da tempestade. Derrepente o que era rio virou areia e o que areia virou rio. Mas meu ódio persistia. Em meus olhos havia sangue e tudo o que eu queria era sangue. Sem perceber estava sendo espiritualmente influenciado pelos homens que matei, que se organizaram em uma trevosa falange a fim de me ver morto também. O sacerdote era o líder. Passei então a ser vítima do ódio que semeei.
Sem morada e sem rumo, mas com um tenebroso exército de homens odiosos, avançamos contra várias aldeias e povoados, aniquilando vidas inocentes e temerosamente assombrando todo o Egito antigo. Assim invadimos terras e mais terras, manchamos as sagradas águas do Nilo de sangue, bebíamos e nos entregávamos às depravações com todas as mulheres que capturávamos. Foi uma aventura horrível. Quanto mais ódio eu tinha, mais eu queria ter. Se eu não podia ter minha mulher, então que nenhum homem em parte alguma poderia ter. Entreguei-me a outros homens, mas ao mesmo tempo violentava bruscamente as mulheres. As crianças, lamentavelmente nós matávamos sem piedade. Nosso rastro era de ódio e destruição completas. Até que chegamos aos palácios de um majestoso faraó, que também despertava muito ódio em alguns dos mais interessados em destruí-lo, pois os mesmos não concordavam com sua doutrina ou religião. Eis que então fomos pagos para fazer o que tínhamos prazer em fazer, matar o faraó.

Foi decretada então a minha morte. Os fiéis soldados do palácio, que eram muito numerosos, nos aniquilaram com a mesma impiedade que tínhamos para com os outros. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Isto coube na medida exata para conosco.

Parti para o inferno. Mas não falo do inferno ao qual os leitores estão acostumados a ouvir nas lendas das religiões efêmeras que pregam por aí. O inferno a que me refiro é o inferno da própria consciência. Este sim é implacável. Vendo meu corpo inerte, atingido pelo golpe de uma espada, e sangrando, não consegui compreender o que estava acontecendo. Mas o sangue que jorrava me fez recordar-me de todas as minhas atrocidades. Olhei todo o espaço ao meu redor e tudo o que vi foram pessoas mortas. Tudo se transformou derrepente. Todos os espaços eram preenchidos com corpos imundos e fétidos, caveiras e mais caveiras se aproximavam e se afastavam. Naquele êxtase, cai derrotado. Não sei quanto tempo fiquei ali, inerte e chorando, vendo todo aquele horror.

Tudo era sangue, um fogo terrível ardia em mim e isso era ainda mais cruel. Minha consciência se fechou em si mesma. O medo se apossou de mim, já não era mais eu, mas sim o peso de meus erros que me condenava. Nada eu podia fazer. As gargalhadas vinham de fora e atingiam meus sentidos bem lá no fundo. O medo aumentava e eu chorava cada vez mais. Lá estava eu, absolutamente derrotado por mim mesmo, pelo meu ódio cada vez mais sem sentido. Onde estava o amor com que eu construí meu povoado? Onde estavam meus companheiros? Minha querida esposa? Todos me abandonaram. Nada mais havia a não ser choro e ranger de dentes. Reduzi-me a um verme, jogado nas trevas de minha própria consciência e somente quem tem a outorga para entrar nesta escuridão é que pode avaliar o que estou dizendo, porque é indescritível. Recordar de tudo isto hoje já não me traz mais dor alguma, pois muito eu aprendi deste episódio triste de minha vida espiritual.

Por longos anos eu vaguei nesta imensidão escura, pisoteado pelos meus inimigos, até o fim das minhas forças. Já não havia mais suspiro, nem lágrimas, nem ódio, nem amor, enfim nada que se pudesse sentir. Fui esgotado até a última gota de sangue, tornei-me um verme. E na minha condição de verme, eu consegui num último arroubo de minha vil consciência pedir socorro a alguém que pudesse me ajudar. Eis que então, depois de muito clamar, surgiu um alguém que veio a tirar-me dali, mesmo assim arrastado. Recordo-me que estava atado a um cavalo enorme e negro e o cavaleiro que o montava assemelhava-se a um guerreiro, não menos cruel do que fui. Depois de longa jornada, fui alojado sobre uma pedra. Ali me alimentaram e cuidaram de mim com desvelo incompreensível. Será que ouviram meus apelos? Perguntava-me intimamente. Sim claro, senão ainda estaria lá naquele inferno, respondia-me a mim mesmo. “–Cale-se e aproveite o alvitre que vosso pai vos concedeu.”- Disse uma voz vinda não sei de onde. O que eu não compreendi foi como ele havia me ouvido, já que eu não disse palavra alguma, apenas pensei, mas ele ouviu. Calei-me por completo.

Por longos e longos anos fiquei naquela pedra, semelhante a um leito, até que meu corpo se refez e eu pude levantar-me novamente. Apresentou-se então o meu salvador. Um nobre cavaleiro, armado até os dentes. Carregava um enorme tridente cravado de rubis flamejantes. Seu porte era enorme. Longa capa negra lhe cobria o dorso, mas eu não consegui ver seu rosto.

– Não tente me olhar imbecil, o dia que te veres, verás a mim, porque aqui todos somos iguais.

Disse o homem em tom severo. Meu corpo tremia e eu não conseguia conter, minha voz não saia e eu olhava baixo, resignando-me perante suas ordens.

- Fui ordenado a conduzir-lhe e tenho-te como escravo. Deves me obedecer se não quiser retornar àquele antro de loucos que estavas. Siga minhas instruções com atenção e eu lhe darei trabalho e comida. Desobedeça e sofrerás o castigo merecido.

- Posso saber seu nome, nobre senhor?

- Por enquanto não, no tempo certo eu revelarei, agora cale-se, vamos ao nosso primeiro trabalho.

- Esta bem.

Segui o homem. Ele a cavalo e eu corria atrás dele, como um serviçal. Vagamos por aqueles lugares sujos e realizamos várias tarefas juntos. Aprendi a manusear as armas, que me foram dadas depois de muito tempo. Aos poucos meu amor pela criação foi renascendo. As várias lições que me foram passadas me faziam perceber a importância daqueles trabalhos no astral inferior. Gradativamente fui galgando os degraus daquele mistério com fidelidade e carinho. Ganhei a confiança de meu chefe e de seus superiores. Fui posto a prova e fui aprovado. Logo aprendi a volitar e plasmar as coisas que queria. Foram anos e anos de aprendizado. Não sei contar o tempo da terra, mas asseguro que menos de cem anos não foram.
Foi então que numa assembléia repleta de homens iguais ao meu chefe, eu fui oficialmente nomeado Exu. Nela eu me apresentei ao Senhor Omulu e ao divino trono de Mehor-yê, assumindo as responsabilidades que todo Exu deve assumir se quiser ser exu.

- Amor a Deus e às suas leis;
- Amor à criação do Pai e a todas as suas criaturas;
- Fidelidade acima de tudo;
- Compreensão e estudo, para julgar com a devida sabedoria;
- Obedecer às regras do embaixo, assim como as do encima;

E algumas outras regras que não me foi permitido citar, dada a importância que elas têm para todos os Exus.

A principio trabalhei na falange de meu chefe, por gratidão e simpatia. Mas logo surgiu-me a necessidade de ter minha própria falange, visto que os escravos que capturei já eram em grande número. Por esta mesma época, aquele antigo sacerdote, do meu povoado, lembram-se? Pois é, ele reencarnou em terras africanas e minha esposa deveria ser a esposa dele, para que a lei se cumprisse. Vendo o panorama do quadro que se formou, solicitei imediatamente uma audiência com o Divino Omulu e com O Senhor Ogum – Megê e pedi que intercedessem para que eu pudesse ser o guardião de meu antigo algoz. Meu pedido foi atendido. Se eu fosse bem sucedido poderia ter a minha falange. Assim assumi a esquerda do sacerdote, que, na aldeia em que nasceu, foi preparado desde menino para ser o Babalorixá, em substituição ao seu pai de sangue. A filha do babalawo era minha ex-esposa e estava prometida ao seu antigo algoz. Assim se desenvolveu a trama que pôs fim às nossas diferenças. Minha ex-mulher deu a luz a vinte e quatro filhos e todos eles foram criados com o devido cuidado. Muito trabalho eu tive naquela aldeia. Até que as invasões e as capturas e o comércio de negros para o ocidente se fizeram. Os trabalhos redobraram, pois tínhamos que conter toda a revolta e ódio que emanava dos escravos africanos, presos aos porões dos navios negreiros.

Mas meu protegido já estava velho e foi poupado, porém seus filhos não, todos foram escravizados. Mas era a lei e ela deveria ser cumprida.

Depois de muito tempo uma ordem veio do encima: “Todos os guardiões devem se preparar, novos assentamentos serão necessários, uma nova religião iria nascer, o que para nós era em breve, pois não sei se perceberam, mas o tempo espiritual é diferente do tempo material. Preparamo-nos, conforme nos foi ordenado. Até que a Sagrada Umbanda foi inaugurada. Então eu fui nomeado Guardião à esquerda do Sagrado Omulu-yê e então pude assumir meu trono, meu grau e meus degraus. Novamente assumi a obrigação de conduzir meu antigo algoz, que hoje já está no encima, feito meritóriamente alcançado, devido a todos os trabalhos e sacrifícios feitos em favor da Umbanda e do bem.

Hoje, aqui de meu trono no embaixo, comando a falange dos Exus Caveira e somente após muitos e muitos anos eu pude ver minha face em um espelho e notei que ela é igual à de meu tutor querido o Grande Senhor Exu Tatá Caveira, ao qual devo muito respeito e carinho. Não confundam Exu Caveira, com Exu Tatá Caveira, os trabalhos são semelhantes, mas os mistérios são diferentes. Tatá Caveira trabalha nos sete campos da fé; Exu caveira trabalha nos mistérios da geração na calunga, porque é lá que a vida se transforma, dando lugar à geração de outras vidas, mas não se esqueçam que há sete mistérios dentro da geração, principalmente a Lei Maior, que comanda todos os mistérios de qualquer Exu. Onde há infidelidade ou desrespeito para com a geração da vida ou aos seus semelhantes, Exu Caveira atua, desvitalizando e conduzindo no caminho correto, para que não caiam nas presas doloridas e impiedosas do Grande Lúcifer-Yê, pois não desejo a ninguém um décimo do que passei. Se vossos atos forem bons e louváveis perante a geração e ao Pai Maior, então vitalizamos e damos forma a todos os desejos de qualquer um que queira usufruir dos benefícios dos meus mistérios. De qualquer maneira, o amor impera, sim o amor, e por que Exu não pode falar de amor? Ora se foi pelo amor que todo Exu foi salvo, então o amor é bom e o respeito a ele conserva-nos no caminho. Este é o meu mistério. Em qualquer lugar da calunga, pratique com amor e respeito a sua religião e ofereça velas pretas, vermelhas e roxas, farofa de pinga com miúdos de boi. Acenda de um a sete charutos, sempre em números ímpares e aguardente. De acordo com o número de velas, se acender sete velas, assente sete copos e sete charutos, assim por diante. Agrupe sempre as velas da mesma cor juntas e forme um triângulo com o vórtice voltado para si, as velas roxas no vórtice, as pretas à esquerda e as vermelhas à direita, simbolizando a sua fidelidade e companheirismo para conosco, pois Exu Caveira abomina traição e infidelidade, como, por exemplo, o aborto, isto não é tolerado por mim e todos os que praticam tal ato é então condenado a viver sob as hostes severas de meu mistério. Peça o que quiser com fé, e com fé lhes trarei, pois todos os Exus Caveira são fiéis aos seus médiuns e àqueles que nos procuram.

A falange de Exus Caveira pertence à falange do Grande Tatá Caveira, que é o pai de todos os Exus assentados à esquerda do Divino Omulu, os demais não posso citar, falo apenas do meu mistério, pois dele eu tenho conhecimento e licença para abrir o que acho necessário e básico para o vosso aprendizado, quanto ao mais, busquem com vossos Exus pessoais, que são grandes amigos de seus filhos e certamente saberão orientar com carinho sobre vossas dúvidas. Um último detalhe a ser revelado é que todos os que têm Exu Caveira como Exu de trabalho ou protetor, é porque em algum momento do passado, pecaram contra a criação ou à geração e ambos, protetor e protegido tem alguma correlação com estes atos errôneos de vidas anteriores.Tenham certeza, se seguirem corretamente as orientações, com trabalho e disciplina, o mesmo que sucedeu com meu antigo e grande sumo sacerdote, sucederá com vocês também, porque este é o nosso desejo. Mais a mais, se um Exu de minha falange consegue vencer através de seu médium ou protegido, ele automaticamente alcança o direito de sair do embaixo e galgar os degraus da evolução em outras esferas.

Que o Divino Pai maior possa lhes abençoar e que a Lei Maior e a Justiça Divina lhes dêem as bênçãos de dias melhores.

Com carinho
Senhor Exu Caveira.


EXU JOÃO CAVEIRA


O Exu João Caveira contou uma de suas vidas passadas.

Disse que na Idade Média, foi um fiel conselheiro de um senhor feudal.

Criada uma situação no feudo de difícil solução, foi solicitada a sua opinião para decidir a questão. Se decidisse de uma forma, agradaria todos os senhores, e de outra forma, faria justiça a todos os desafortunados moradores do lugar.

Para ganhar a simpatia do lado forte, decidiu pela primeira hipótese, mesmo contrariando a sua vontade, que em nenhum momento expressou.

Por causa disso, ganhou um carma enorme, que está resgatando nos terreiros de Quimbanda





EXU JOÃO TATA CAVEIRA

Não pretendo aqui fazer nenhuma propaganda de livros, mas acredito que uma boa leitura espiritual sempre e bem vindo principalmente quando se trata de uma das passagens terrena de uma entidade dos caveira (João Tata Caveira).

Para quem se interessa pelo estilo literário romance espírita, o livro A Saga de João Tatá Caveira é uma boa opção de leitura. De acordo com o autor, o médium Márcio Martins, toda a história foi psicografada, sendo ditada pelo próprio protagonista.

Segundo o autor, o livro foi ditado pela entidade João Tatá Caveira

O livro conta a história de um empresário do ramo de tecidos que viveu no final do século 19. João, então um homem dedicado e bondoso começa a ganhar dinheiro quando permite algumas transações ilegais em seu negócio. Com o passar do tempo, o personagem se entrega a uma vida de vaidades, luxuria e muita corrupção. Porém, a queda de João inicia-se quando ele começa a matar inimigos e a se vingar de quem assassinou seu irmão.

Como toda ação tem uma reação, após a morte, João é atormentado no plano espiritual enquanto tenta descobrir sua missão. Como a corrupção e a ganância pelo poder o acompanham no pós-túmulo, não demora muito para João virar uma entidade das trevas dedicada a destruir lares e arruinar vidas. Nesse ponto, o inferno lhe garante um sobrenome poderoso entre os espíritos malignos: João Tatá Caveira.

O livro é uma narração simples, sem muitos detalhes, o que possibilita uma leitura rápida e leve. Por outro lado, a falta de pormenores pode confundir o leitor quanto à passagem de tempo.

O ponto interessante no livro começa quando o personagem morre, pois descreve muito bem o conflito existente no mundo pós-morte, de acordo com a crença umbandista, sendo um prato cheio para os curiosos ou os interessados nesse assunto.

História de Zé Pelintra


Jose Emerenciano nasceu em Pernambuco, filho de uma escrava forra com seu ex-dono, teve algumas oportunidades na vida. Trabalhou em serviços de gabinete, mas não suportava a rotina. Estudou, pouco, pois não tinha paciência para isso. Gostava mesmo era de farra, bebida e mulheres, não uma ou duas, mas muitas. Houve uma época em que estava tão encrencado em sua cidade natal que teve que fugir e tentar novos ares. Foi assim que Emerenciano surgiu na Cidade Maravilhosa. Sempre fiel aos seus princípios, está claro que o lugar escolhido havia de ser a Lapa, reduto dos marginais e mulheres de vida fácil na época. Em pouco tempo passou a viver do dinheiro arrecadado por suas "meninas", que apaixonadas pela bela estampa do negro, dividiam o pouco que ganhavam com o suor de seus corpos. Não foram poucas as vezes que Emerenciano teve que enfrentar marginais em defesa daquelas que lhe davam o pão de cada dia. E que defesa! Era impiedoso com quem ousasse atravessar seu caminho. Carregava sempre consigo um punhal de cabo de osso, que dizia ser seu amuleto, e com ele rasgara muita carne de bandido atrevido, como gostava de dizer entre gargalhadas, quando nas mesas dos botecos de sua preferência. Bebia muito, adorava o álcool, desde a cachaça mais humilde até o isque mais requintado. E em diversas ocasiões suas meninas o arrastaram praticamente inconsciente para o quarto de uma delas. Contudo, era feliz, ou dizia que era, o que dá quase no mesmo. Até que conheceu Amparo, mulher do sargento Savério. Era a visão mais linda que tivera em sua existência. A bela loura de olhos claros, deixava-o em êxtase apenas por passar em sua frente. Resolveu mudar de vida e partiu para a conquista da deusa loura, como costumava chama-la. Parou de beber, em demasia, claro! Não era homem também de ser afrouxado por ninguém, e uns golezinhos aqui e ali não faziam mal a ninguém. Dispensou duas de suas meninas, precisava ficar com pelo menos uma, o dinheiro tinha que entrar, não é? Julgava-se então o homem perfeito para a bela Amparo. Começou então a cercar a mulher, que jamais lhe lançara um olhar. Aos amigos dizia que ambos estavam apaixonados e já tinha tudo preparado para levá-la para Pernambuco, onde viveriam de amor. Aos poucos a história foi correndo, apostas se fizeram, uns garantiam que Emerenciano, porreta como era, ia conseguir seu intento. Outros duvidavam Amparo nunca demonstrara nenhuma intimidade por menor que fosse que justificasse a fanfarronice do homem. O pior tinha que acontecer, cedo ou tarde. O Sargento foi informado pela mulher da insistente pressão a que estava submetida. Disposto a defender a honra da esposa marcou um encontro com o rival. Emerenciano ria, enquanto dizia aos amigos: - É claro que vou, ele quer me dar a mulher? Eu aceito! Vou aqui com meu amigo... - E mostrava seu punhal para quem quisesse ver. Na noite marcada vestiu-se com seu melhor terno e dirigiu-se ao botequim onde aconteceria a conversa. Pediu uísque, não era noite para cachaça, e começou a bebericar mansamente. Confiava em seu taco e muito mais em seu punhal. Se fosse briga o que ele queria, ia ter. Ao esvaziar o copo ouviu um grito atrás de si: - Safado! - Levantou-se rapidamente e virou-se para o chamado. O tiro foi certeiro. O rosto de Emerenciano foi destroçado e seu corpo caiu num baque surdo. Recebido no astral por espíritos em missão evolutiva, logo se mostrou arrependido de seus atos e tomou seu lugar junto a falange de Zé Pelintra. Com a história tão parecida com a do mestre em questão, outra linha não lhe seria adequada. Hoje, trabalhador nos terreiros na qualidade de Zé Pelintra do Cabo, diverte e orienta com firmeza a quem o procura. Não perdeu, porém, a picardia dos tempos de José Emerenciano. Sarava Seu Zé Pelintra!
Luiz Carlos Pereira




EXÚ VELUDO


O guardião da meia noite ou a qualquer tempo, assim defino o Exú Veludo, o meu grande amigo e compadre,
 como ele gosta de ser chamado (compadre).
Venho aqui quebrar todas as regras e conceitos quanto a Exu e principalmente quanto a Exú Veludo. trabalho com ele,
 a mais de 20 anos, e aprendi na prática muitas coisas:

Ninguêm pode com ele - tão pouco com seus protegidos, podem tentar e esperniar mas ninguêm ganha do compadre
 no final a gargalhada é sempre dele, ele da corda e o camarada mau intencionado cava a propria sepultura,
 todos deveriam ter em mente que não é tentando denegrir, ou mentindo com fofocas, ou tentando,
 atingir com maldades os outros que alguem vencerá na vida. Na vida se vence com trabalho, bondade, amor, 
fé, boas intenções e com um compadre como o meu.

- Justiça -   O compadre não gosta de injustiça tão pouco vingança, não quer dizer que ele não possa devolver
 um presente na verdade se atirarem uma pedra ela pode voltar e sempre volta, o que eu faço é apenas me defender 
pedindo que ele mande ao dono o que não é meu.

- Axé - Seu axé é fabuloso (dinheiro e saúde) tudo o que ele faz nesta área funciona e deixa os batuqueiros de araque
  loucos, como pode funcionar um axé sem corte o caso é que a força vem do espírito e não é matando e passando galo
 que vai resolver o caso de alguêm muitas vezes nem há necessidade de fazer muita coisa 
basta apenas uma conversa com o compadre.

Pertence à Linha das Encruzilhadas.É assistente imediato do Exu Rei das 7 Encruzilhadas. Obedece à Ogum .
Seu ponto de força é no lado direito da margem do rio em relação ao por do sol Um outro detalhe observado
 e que gostam (mas não fazem disso uma constante, talvez devido o ambiente onde está o médium) é o de fazerem
 os seus médiuns trabalharem descalços e, quando Exús Veludos caminham, dão a impressão de que estão amassando
 e/ou pisando sobre areia. Recebe oferendas de trabalho na encrzilhada.

 Sua forma astral é na forma de um cavalheiro ricamente vestido, aparecendo entretanto como característica
 dissonante de sua personalidade. Veste-se elegantemente de vermelho e preto, também com capa nessa cor.
 Bebe todos os tipos de bebidas finas e fortes e fuma charutos de boa qualidade mas prefere o cachimbo. 

A origem do nome é bem antiga, do tempo em que as pessoas de fala mansa, calma, tranqüila, eram lembradas como:
 "tal pessoa é um veludo no falar". Portanto, a tonalidade da voz desse Exú se confunde com uma qualidade
 de voz aveludada. Onde incorpora um Exú Veludo, fatalmente incorpora também o Exú dos Rios ou do lodo
, Apesar de ser "um veludo" no falar, é uma entidade muito forte. Protege por demais os seus médiuns, 
e exige muito deles para a manutenção dessa ligação médium/Exú Veludo.


Este Exu, vem das costas orientais da África, era swahili (negro arabizado). Usa um turbante na cabeça
, e lindos tecidos de veludo trazidos de oriente, que lhe valeram o apelido na quimbanda de 
"veludo" Dado a sua forma luxuosa de se vestir, no estilo muçulmano, muitos que viram seu tipo de apresentação
 através da mediunidade, o confundiram com um cigano e o associaram com os mesmos. Isto não significa que
 não trabalhe com os ciganos, ao contrário, tem inclusive uma passagem ou caminho que se apresenta como um.
 Tem muitos conhecimentos sobre feitiços que se fazem utilizando panos, tigelas, agulhas, pembas e outros
 ingredientes. Abre os caminhos e limpa trabalhos negativos feitos nos cemitérios. Gosta de um bom Barreiro
 e grossos charutos ou cachimbo.
Alguns de seus caminhos são: 



Exu Veludo da Meia Noite
Exu Veludo Cigano
Exu Veludo 7 Encruzilhadas
Exu Veludo Menino (Veludinho)
Exu Veludo dos 7 Cruzeiros
Exu Veludo das Almas
Exu Veludo dos Infernos
Exu Veludo da Kalunga
Exu Veludo da Praia
Exu Veludo do Oriente
Exu Veludo Sigatana
Exu Veludo do Lixo

Ponto cantado de Exú Veludo


Comigo Ninguém pode

Mas eu posso com tudo
Na minha encruzilhada
Eu sou Exu Veludo 

Comigo Ninguém pode

Mas eu posso com tudo
Na minha encruzilhada
Eu sou Exu Veludo 

Anarauê .Anarauâ .... 
Anarauê Anarauâ .... 

Eu me chamo Exú Veludo 
E também Exú Bara 
Eu me chamo Exú Veludo 
E também Exú Bara