quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Doum

Simboliza o ESPÍRITO em sua PRIMEIRA FASE de ENCARNAÇÃO.
Respresenta a criança recém-nascida e por extensão, a primeira infância. A energia pura, o espírito imaculado.
No cristianismo é sempre representada pela imagem dos gêmeos SÃO COSME e SÃO DAMIÃO.
Na Umbanda há uma terceira imagem menor entre os dois santos e representa "DOU" ( ou mais popularmente "DOUM"), o primeiro filho nascido após o parto gêmeo.
No Candomblé são também chamados de IBEIJIS.
Suas ferramentas são brinquedos e guloseimas.
Sua cor é ROSA, a cor rosa da face das crianças.
Tem sua festa em 27 de setembro.

Cosme, Damião e Doum eram trigêmeos e que com a morte de Doum os outros dois irmãos se tornaram determinados em aprender e praticar a medicina para curar a todas as crianças, sempre de forma gratuita. Doum, personifica as crianças com idade de até sete anos de idade, sendo ele o protetor das crianças nessa faixa de idade.

Cosme e Damião e Doum, sincretizam com o Orixá Ibeji e representam as crianças na Umbanda, uma linha de trabalhos muito ligada ao Orixá Oxumaré, que traz em si o arco-íris, as cores, a alegria e a renovação da vida presente em cada criança. Dia 27 de setembro, oferenda, velas azul claro e cor-de-rosa, doces, balas e guaraná ou um bom prato de caruru.

....Por ser uma linha fechada em seus mistérios, não há muito a ser dito sobre a linha das crianças.

....Assim como os caboclos vêm na irradiação de Oxóssi, desenvolvendo seus trabalhos nas linhas de força ativa. São trazidos por Oxalá, Yemanjá, Oxum, etc., os espíritos na forma de crianças para atuarem nas linhas de força dos elementos.

,..Essas “crianças” possuem as características do elemento em que atuam.

...Se trabalham sob a influência do Ar, são alegres e expansivas:

...Se são da linha do elemento Fogo, são irritáveis facilmente

...Se são da Terra, são caladas

;..Se são da linha de Iemanjá ou Oxum, são carinhosas, melodiosas no falar.

....Um elemental é puro quando não comporta os defeitos típicos dos humanos. Mas isso não quer dizer que não possua uma força ativa que possa ser colocada a serviço da humanidade.

...Muitas entidades, que atuam sob as vestes de um espírito infantil, são muito antigas e trazem consigo grandes poderes que escapa à nossa imaginação. Entretanto pelo fato de não serem levadas a sério, o seu poder de ação fica oculto.

...O Orixá das “crianças” ou Erês, é um Guardião de um Ponto de Força do Reino Elementar, e atua sobre toda a humanidade, sem distinção de credos religiosos. Verificamos que em toda a história, grandes mestres da pintura deixaram legado à humanidade obras valiosas com figuras de anjos infantis retratando-os com sensibilidade e demonstrando suas formas com grande pureza.

...Trabalham na linha de Umbanda Sagrada como conselheiros e curadores, com uma pureza peculiar das crianças, fazem seu trabalho com satisfação e alegria.

...Aí está a essência! Como guardiões dos pontos de força do reino elementar, executam seus trabalhos com fortes e puras irradiações na sua origem. Por isso mesmo têm grande facilidade em curar muitas doenças, desde que estas possam ser tratadas com o seu elemento ativo.

...Por isso foram identificados como Cosme e Damião, santos cristãos curadores que trabalham com a magia dos elementos, e como Ibeji, gêmeos encantados do Ritual Africano Antigo.

...Não gostam de desmanchar demandas, nem de fazer desobsessões, preferindo as consultas, e em seu decorrer vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano. Por isso são considerados curadores.

....Os espíritos que atuam no reino elementar puro, utilizam-se de nomes que através dos mesmos podemos identifica-los, e ao elemento que utilizam.

....Na Umbanda a “corrente” das crianças é formada por seres “encantados” masculinos e femininos. Estes seres encantados são nossos irmãos mais novos e mesmo sendo puros, não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam quando em consultas, pois nos alertam sobre os mesmos. Sendo assim, demonstram com sutileza que possuem noções de do que é certo e do que é errado.

....Eles manipulam as energias elementares e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem.

....Na Umbanda, o “mistério criança” é regido pelo Orixá Oxumaré, que é o Orixá da renovação da vida nas dimensões naturais.

Partes retiradas do Livro: “ UMBANDA SAGRADA” de Rubens Saraceni
Espírito não brinca



Meu pai-de-santo Luiz Golini trabalhava comigo no terreiro, com quem eu divida as incorporações do Exu Tranca Ruas das Almas. Em uma gira eu incorporava, e na outra ele.
Em uma dessas giras, eu estava comandando e ele estava incorporado com o exu, nossa entidade comum, fazendo um trabalho no meio do terreiro. Ele era grande, pelo que se via: alguidar com farofa e azeite de dendê, marafo, fitas, charutos e mais alguns elementos. As velas vermelhas, brancas e pretas, acesas no ponto riscado, iluminavam o terreiro. Outros exus e muitas pombas-gira, trabalhavam em cima do trabalho. Era para ajudar uma pessoa que estava passando muito mal e, segundo informações, havia sido vítima de um trabalho de magia mal intencionado. A certa altura, o poderoso exu me chamou:
- Meu filho, hoje quero ir para a calunga.
. Nunca reclamei por excesso de trabalho, principalmente o espiritual, mas ir para a calunga me cansava. Já não tinha mais idade para isso. Em épocas anteriores, quando era necessário, íamos em um cemitério perto do terreiro. O guardião ficou nosso amigo, e fingia não nos ver. Todos de branco, acendíamos velas nas sepulturas e fazíamos entregas, durante a madrugada. Se não fosse a hora avançada que terminava, talvez até gostasse. E foi nisso que estava pensando, mas, por respeito, jamais ia dizer isso para o exu. Pedi sua autorização para comunicar à corrente a sua decisão de ir ao cemitério.
- Atenção, a corrente! O exu Tranca Ruas das Almas avisou que hoje um grupo nosso deverá fazer a entrega do trabalho dentro do cemitério. Preveni.
A gira continuou forte e em alguns momentos exigindo muita atenção minha para que não se desorganizasse. Meia hora depois do aviso da decisão do exu, ele chegou perto de mim e falou:
- Não vou mais ao cemitério, mas vou ficar incorporado até o sol nascer.
Fiquei feliz com a notícia. Esperar o sol nascer dentro do terreiro era bem melhor que ir no cemitério, pois, com certeza, iríamos ver o sol nascer de qualquer jeito . Chamei a atenção da corrente, mais uma vez:
- O Exu Tranca Ruas avisou que ele não vai mais ao cemitério, mas ficaremos aqui até o sol nascer. Aqueles que amanhã precisarem trabalhar cedo estão dispensados.
Meia hora depois, o exu, mais uma vez, chegou perto e, para minha felicidade, avisou:
- Vou subir, depois você pode encerrar o trabalho e pode descarregar o ponto.
Pensei que o exu estivesse nos testando, ou brincando, se bem que nunca tinha visto esse fazer isso.
Um pai-de-santo amigo meu estava participando da gira, incorporado com o Exu Gira Mundo. Com o charuto em uma mão e o copo de bebida na outra, o famoso exu disse:
- Meu filho, o terreiro de vocês está de parabéns! O povo do cemitério veio buscar o trabalho aqui no terreiro. Isso dificilmente acontece.
A explicação do Exu Gira Mundo deu sentido a tudo: o ponto era para chamar o povo do cemitério para assumir o trabalho. Nesse caso, a entrega deveria ser feita no cemitério, local da vibração dessa falange espiritual. No instante que fui comunicado ter que ir ao cemitério, com certeza o Exu Tranca Ruas foi comunicado que eles viriam buscá-la no próprio terreiro, não precisando ser no cemitério. Se eles vinham no terreiro, o Exu Tranca Ruas das Almas teria que esperar a vinda da poderosa falange, nem que fosse até o sol nascer. Eles vieram antes, aceitaram e assumiram o trabalho, não havendo mais razão da sua presença no terreiro, nem da continuidade da gira, podendo ser ela encerrada.
Seria uma grande surpresa se tudo tivesse sido apenas uma brincadeira. Pode parecer, às vezes, que o espírito está brincando, mas no fundo sempre existe uma razão. Nós é que não alcançamos, às vezes, a inteligência das entidades.

Consultas com Exu



A gira estava se desenvolvendo num clima tranqüilo. Tanto os exus, como as pombas-giras, estavam dando suas consultas, inclusive o Exu Tranca Ruas das Almas, quando ele foi interrompido por um capitão-de-terreiro.
- Exu Tranca Ruas, uma pomba-gira está com um problema numa consulta. Está solicitando sua presença.
Ele levantou-se, foi ao lugar indicado, e perguntou:
- O que está acontecendo?
- Tranca, esta mulher está me fazendo um pedido que não gosto, e sei que você também não. Mas achei melhor pedir tua presença.
O exu olhando para a consulente, uma mulher já madura, perguntou:
- O que você quer?
- É que estou apaixonada por um homem casado, tendo um caso amoroso com ele. Quero que vocês façam ele largar a esposa para ficar só comigo.
O exu chamou um capitão do terreiro, e não hesitou:
- Ponham essa mulher para fora do meu terreiro. Gritou, apontando a porta da saída.
O Exu Tiriri, incorporado em um médium, estava atendendo uma pessoa. Ela pediu:
- Exu, eu tenho uma casa alugada por preço muito barato. Será que o senhor pode tirar de lá aquela família, para eu poder alugar por um preço melhor?
O Exu Tiriri, uma entidade de elevada hierarquia no plano espiritual, ficou olhando fixamente para a mulher:
- Posso sim. Mas antes tenho que achar uma casa melhor e mais barata para a família que está morando em tua casa. Depois disso, ela vai ficar livre. Sentenciou.
São pequenas amostras das consultas dos exus. Não são maravilhosos?

Um perigo que ronda todos os médiuns


Sempre que falamos de mediunidade, como estamos fazendo em nosso site,
 falamos dos tipos de mediunidade e de como ela se processa. Tratamos de 
sua definição e de suas particularidades dentro de nossa querida Umbanda. 
Entretanto é preciso fazer um alerta para a reflexão de todos os médiuns! 
Sempre ressalto e tento demonstrar que ser médium não é possuir um dom, 
ser especial, ser melhor que ninguém.

Ser médium é possuir uma faculdade e ao mesmo tempo uma missão, 
e como toda missão, ela vem acompanhada de muita responsabilidade.

No entanto não podemos confundir essa nossa missão com um mediunismo 
missionário, ou seja, que somos enviados diretos dos Orixás, escolhidos. 
Estes tipos de médiuns são, obviamente, raros e a simples presença dessas 
pessoas nos inspira, nos emociona e nos transforma. Médiuns missionários
 são aqueles que estão moralmente muito mais equilibrados do que nós, 
possuem um amor verdadeiro e nato, possuem a verdadeira sabedoria.

Desta forma como entender a nós? Somos médiuns de expiação, médiuns 
que tiveram a graça de receber a faculdade da mediunidade para expurgar
 os karmas, uma oportunidade para acelerarmos nossos resgates, uma forma 
a mais para que possamos nos deparar com espíritos amigos ou com antigos
 desafetos e, juntos, buscarmos um caminho de luz e de paz. Somos
 assim pessoas normais, com um mesmo fim: a busca da verdadeira felicidade.

Assim por sermos espíritos endividados, por não sermos criaturas “aladas”, 
especiais, devemos cuidar muito de nosso desenvolvimento moral. Pois só
 com muito suor e força de vontade que um dia nos tornaremos médiuns 
missionários, e assim seremos médiuns melhores, e com certeza mais 
capazes de fazermos valer a vontade dos Orixás. Por sermos assim tão
 normais, é que muitos médiuns se perdem no caminho, começam
 a vender suas faculdades, percebem que podem manipular as energias,
 conseguem magnetizar pessoas e objetos e essa sensação de poder
 faz com que o orgulho cubra os olhos da carne e da alma.

Não são poucas as histórias de médiuns envaidecidos e que acreditam ser 
um super-homens, e assim estarem acima do bem e do mal e por isso poderem
 fazer uso de suas faculdades da forma que melhor lhe convierem. Não são
 poucas as histórias de umbandistas, de pais e mães-de-santo, e outros médiuns
 de outras religiões, que acabaram perdidos. Tudo porque não conseguiram
 ter a humildade necessária para a tarefa mediúnica e, assim, caíram no 
caminho do orgulho.

Diante disto, nossa tarefa emergencial, urgente mesmo, é zelarmos para 
que possamos controlar e lutar incessantemente contra o nosso orgulho.
 Uma tarefa difícil, mas possível. E para isso poderemos contar com nossos
 queridos guias espirituais, basta realmente encararmos nosso orgulho e
 pedirmos para que ele seja derrotado pela verdadeira e nobre humildade.

O médium orgulhoso acredita que pode mais e melhor que o seu irmão de gira.
 Acredita sempre que tem razão, que os outros médiuns têm muito o que 
aprender com ele. Os ensinamentos dos outros sempre estão equivocados,
 pois não é o mesmo do que o dele, assim como ele é sempre o certo não
 consegue mais absorver ou reciclar seus conhecimentos. Por isso o médium 
nesta fase escuta muito pouco, e sempre quer falar muito. Escutar não é 
necessário, pois ele já sabe. Não permite que a entidade lhe fale, e lhe
 mostre como fazer, pois sua mente embriagada do orgulho acha que 
já conhece o caminho. Quando não lhe é dado toda a atenção se zanga,
 e tem certeza que se trata de uma perseguição, ou então deve ser 
ciúmes de suas qualidades.

É típico desses médiuns aprenderem receitas, lerem e decorarem 
pontos riscados, banhos e “ebós para todos os fins” e passam a
 “receitar” estas simpatias em todo o lugar que andam. Este é um caso 
mais avançado do orgulho que extrapola as correntes de uma gira.

Diante deste quadro o médium vai se afastando de seus guias, deixando 
de escutar os verdadeiros emissários dos Orixás, e permite que espíritos 
menos evoluídos deixem se passar por mensageiros. A mistificação será
 uma questão de tempo.

Não conheço ninguém que não deva cuidar de sua mente para que não
 seja corrompido pelo orgulho. Esse mal assombra a todos, mas quem conseguir
 vencê-lo dará passos decisivos rumo a sua iluminação.

Por isso peço que os Orixás enviem seus emissários e mensageiros para nos
 proteger e iluminar quanto a este mal que nós mesmos criamos e 
cultivamos que se chama orgulho. Em especial que os Pretos-Velhos 
possam nos mostrar com seu exemplo, suas energias e sua sempre 
simples e profunda conversa, o caminho para a humildade.

Saravá ao Pai Tobias de Guiné, que eu possa me espelhar em sua luz, 
no seu amor e na sua forma de encarar a vida e seus problemas, e
 logicamente eu possa minimamente absorver a sua humildade tão sincera.

Babaê os Pretos-velhos! Babaê o Pai Tobias Guiné.

P.S. Se você leu este texto e o tempo todo pensou em outra pessoa que não você mesma,
 leia de novo, pois com certeza este texto serve para você. Julgar os outros acreditar 
que este ou aquele é um médium orgulhoso, é uma clara demonstração do orgulho, 
pois acha que é capaz de julgar o seu semelhante. Este também é um alerta, cuida 
de julgar os seus atos, e para os atos dos outros a única coisa que você pode fazer
 é rezar para que os Orixás os iluminem, e que você agindo de forma humilde seja 
um exemplo em seu meio.Caetano 

Orixás Brigam Pela Nossa Coroa?



Olá a todos, mais uma vez estamos aqui prestando nossa contribuição para 
divulgarmos o lado sagrado da Umbanda que tanto amamos. Hoje 
abordaremos um esclarecimento sobre algo que comumente escutamos em 
determinados terreiros por parte de seus dirigentes quando estão
 fazendo um atendimento com o consulente dizem:

“FILHO, ORIXÁ TAL ESTÁ BRIGANDO COM ORIXÁ TAL PELA SUA 
COROA.”

Será que isso é verdadeiro?

Quando estudamos a Teologia de Umbanda aprendemos que Orixá que
 significa “senhores do alto ou ainda senhores da luz” são qualidades de 
Deus. Nós temos Orixás que regem: a fé, o amor, o conhecimento, 
a justiça, a lei, a evolução e a geração na vida dos seres, qualidades 
estas ligadas diretamente a Nosso Pai Olorum (Deus).

Se entendermos que Deus é a perfeição suprema, como podemos admitir 
que tenha lógica que determinado Orixá esta brigando pela nossa coroa?
Isso nos mostra uma falha que não existe em Deus e que não pode ser
 aceita de forma racional. Irmãos e irmãs, muitos pela falta de informação
 “dizem a verdade que lhes cai bem” porém que somente sobrevive no
 meio humano, pois não tem um lado divino ou seja, não tem fundamento.
Quando estudamos os planos da vida, ou planos da criação verificamos a 
perfeição de Deus no que tange o momento exato que adentramos na 
vibração do planeta e a fatoração de nossos Pais e Mães Orixás.

Orixá é sagrado, é amor, é luz, não se pode hoje dentro da Umbanda 
acreditar que os mesmos brigariam pela coroa de um filho, mostrando 
assim uma falha gravíssima na criação. Alegarmos tal anátema é abrir uma 
comparação infeliz na perfeição divina. Muitos sacerdotes mal informados 
e alimentados por fantasias, ainda pregam este absurdo o que mostra uma
 deficiência imensa em nossa religião criando mitos e dogmas desnecessários.
 É preciso conduzir nossa religião com bom senso antes de qualquer prática!
 Orixá tem fundamento, tem força e tem luz, pois são qualidades de Deus 
e não ficam por ai disputando esta ou aquela cabeça!

Conheça mais sua religião, estudando obras sérias, questionando seus 
guias e acima de tudo conhecendo o fundamento sagrado da Umbanda.
 Encerro por aqui nossa reflexão semanal deixando um pensamento do 
Paulo de Tarso: “Tudo me é lícito, porém nem tudo me convém…”

Reflita e viva a Umbanda com alegria, amor e paz… Na luz dos Orixás!

Com meu abraço fraternal,

Géro Maita.

Dia de Gira de Pretos Velhos



Era dia de "Gira de Preto Velho" no terreiro. Enquanto os consulentes 
chegavam ansiosos e esperançosos em levar de volta a "solução" daqueles 
problemas que atrapalhavam suas vidas, na frente do congá os médiuns 
vestidos de branco e de pés descalços concentravam, ligando-se aos seus 
protetores e guias.

O ambiente denotava simplicidade e era mobiliado apenas por al cadeiras para
 acomodar os consulentes, banquetas para os médiuns que serviriam de 
"aparelhos" às entidades espirituais e o congá onde um vaso de flores, outro 
de ervas e os elementos ar, fogo, água e terra se faziam presentes. Acima,
 uma imagem de Jesus resplandecente de luz.

Iniciando-se a sessão através de pontos cantados e orações, após uma 
leitura espiritualista elucidativa, iniciavam-se as incorporações de maneira 
moderada. Do lado astral, as falanges de trabalhadores já haviam chegado
 muito tempo antes dos médiuns e ali já haviam preparado o ambiente
 fluidicamente. Uma varredura energética havia sido feito pelos
 elementais onde primeiramente atuaram as salamandras e após as sereias
 e ondinas, fazendo com que toda a matéria astralina densa que ali se encontrava,
 fosse transmutada permitindo a chegada dos espíritos trabalhadores.

Na porta do ambiente, junto à firmeza, a vela e a cachaça eram dados ao exú
tronqueira, e seus comandados, impondo respeito e segurança formavam 
verdadeira muralha armada, impedindo a invasão de seres indesejáveis
 ao bom andamento do trabalho da noite.

Cada um dos consulentes que adentrava ao ambiente passava agora primeiro
 pela defumação que queimava junto à porta, em cumbuca de barro, exalando 
o cheiro das ervas perfumadas sendo incineradas pelo carvão vegetal. 
Equipes de limpeza se movimentavam no lado espiritual, recolhendo as 
larvas astrais e outras espécies de energias deletéreas que ali eram 
desagregadas dos corpos dos consulentes, as quais não eram totalmente
 absorvidas pelo carvão ou transmutadas pelo elemento fogo.

Em alvíssimas vestes, os amados Pais e Mães, na sua roupagem fluídica 
de Pretos Velhos, trazendo a alegria estampada em sua energia, tomavam
 conta de seus "aparelhos" médiuns, atuando no chácra básico dos mesmos, 
obrigando-os a dobrar as suas costas à semelhança de velhos arqueados, 
incentivando-os ao trabalho fraterno.

E assim, de consulente em consulente, de caso em caso, com a paciência e
 sabedoria que lhes é peculiar, entre uma baforada e outra de palheiro 
ou de alguma espanada com o galho de ervas na aura daqueles filhos,
 os bondosos espíritos cumpriam sua missão. Eram conselhos, corrigendas, 
desmanche de magia negra, de elementares artificiais negativos, limpeza e
 equilíbrio dos corpos sutis, retirada de aparelhos parasitas e às vezes, alguns
 puxões de orelha necessários, em forma de alerta. Tudo de acordo com o
 merecimento do consulente, pois cada um trazia consigo a mostragem
 de sua "ficha cármica" onde estavam impressos o que a lei permitia 
ser mudado, bem como o que ainda era necessário que com eles permanecesse.

Vó Benta, espírito portador de grande sabedoria e humildade, 
apresentando-se naquele local com o corpo astral de negra velha de
 pequena estatura, com roupas simples e alvas, cuja saia comprida e larga
 era coberta por um avental onde um bolso era recheado de ervas e 
patuás, tinha uma maneira simplista e diplomática de fazer com
 que os filhos entendessem que eles próprios eram seus médicos curadores:

- Minha mãe, acho que estou sendo vítima de "trabalho feito" pela minha 
ex-mulher...

Sorrindo e com linguagem peculiar, segurava com firmeza as mãos do 
moço passando-lhe com isso confiança e com a voz recheada de afeto respondia:

- Negra Velha vai explicar para que o filho entenda: -Quando sua casa 
está totalmente fechada, fica escura e nada pode entrar, às vezes nem a 
poeira. Não é isso? Quando o filho abre as janelas e portas, a luz do sol 
entra invadindo todos os cantos, mas podem entrar também as moscas, 
baratas, formigas e até os ladrões, não é? Para a sujeira e os bichos,
 o filho pode usar a vassoura, para os ladrões a lei, a segurança. E para a
 luz do sol? Ah, essa filho, fica ali iluminando até que o filho feche toda
 a casa outra vez. Assim também é a nossa casa interna; quando nos 
fechamos para a vida, para o trabalho, ficamos no escuro e ao nos abrirmos,
 deixamos a luz entrar, mas ficamos sujeitos a todas as outras energias que 
pululam ao nosso redor. Mas como acontece na casa material, onde não
 houverem os atrativos da sujeira e do lixo, os insetos não se aproximam. 
Se estivermos equilibrados, sem raiva, mágoa, ciúmes, vícios e todos esses 
lixos que os filhos buscam na matéria, nada nem ninguém consegue afetar
 nossa energia, nossa vida. Só o sol permanece no coração de quem procura
 manter-se limpo.

Negra Velha sabe que esse mundão está de cabeça para baixo. No lado material
 os filhos andam desarvorados pela dificuldade de sustento de suas famílias, 
quando não, em busca de supérfluos. Mas mesmo assim, é preciso lembrar
 aos filhos, que embora estejam na matéria e sujeitos à ela, a vida real 
está no espírito imortal. É preciso dar mais atenção, senão prioridade, 
à essência em detrimento do restante, para que possa haver o equilíbrio
 dos elementos inerentes à vida, na sua totalidade.

O mal que é enviado aos filhos, só vai instalar-se se encontrar no endereço
 vibratório, ambiente adequado. Sem contar que, o medo é porta aberta e 
atrativo para a entrada do desequilíbrio. O medo é sentimento muito usado
 pelas energias da esquerda, uma vez que fragiliza o corpo emocional
 facilitando sua atuação mórbida. Por outro lado, Negra Velha pergunta para
 o filho: - se a desordem não houvesse se instalado, por acaso o filho 
estaria aqui, sentado no chão, em frente à Preta Velha, buscando 
humildemente ajuda espiritual? Nem sempre o que nos parece mal, 
é tão prejudicial assim. Pode ser o remédio adequado para o momento, 
ou talvez a estremecida necessária no corpo astral dos filhos, para que a
 ordem possa reinstalar-se.

As trevas, meu filho, estão vinte e quatro horas de plantão. E os filhos, 
acaso estão? Não adianta orar e não vigiar, pois o pensamento é energia
 e com ele nos adequamos ao campo energético que quisermos.

Antes da hora grande as falanges da egrégora dos Pretos Velhos, 
despediram-se de seus aparelhos, alguns precisando largar e desfazer a
 vestimenta astral usada para que pudessem chegar até os aparelhos 
mediúnicos e voltavam agora para as bandas de aruanda, onde 
continuariam suas atividades no mundo astral. Pois como diz a Vó 
Benta, "se pensam que morrer é dormir e descansar, os
 filhos estão muito enganados...desse lado tem muito trabalho e 
como nem o Pai está imóvel, quem somos nós cuja ficha cármica 
demonstra um vasto
 débito, para nos aposentarmos?".

Agora as velas apagam-se, os elementos voltam a integrar a natureza,
 os elementais após limparem o ambiente retornam aos seus 
devidos reinos, os elementares foram desagregados pela força e 
sabedoria dos pretos velhos e os médiuns voltam aos seus lares com
 a sensação de paz que só é sentida por aqueles que cumprem com seus deveres.

Preto Velho já foi,
já foi prá Aruanda,
a benção meu Pai
Saravá prá sua banda...


Saravá todo Preto Velho e toda Preta Velha na Umbanda
Adorei as Almas!!!

CUIDADO COM OS SENTIMENTOS

Segundo a psicóloga americana Louise l. Hay, todas as doenças que temos são criadas por nós.
  
Afirma ela, que somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo.
  
Todas as doenças tem origem num estado de não-perdão, diz a psicóloga americana Louise L. Hay.
  
Sempre que estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar.

Quando estamos empacados num certo ponto, significa que precisamos perdoar mais.
   
Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão.
  
Perdoar = dissolver o ressentimento.

A seguir, você vai conhecer uma relação de algumas doenças e suas prováveis causas, elaboradas pela psicóloga Louise. Reflita, vale a pena tentar evitá-las:
   
DOENÇAS
CAUSAS SENTIMENTAIS
AMIDALITE
Emoções reprimidas, criatividade sufocada
ANOREXIA
Ódio ao externo de si mesmo
APENDICITE
Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom
ARTERIOSCLEROSE
Resistência. Recusa em ver o bem
ARTRITE
Crítica conservada por longo tempo
ASMA
Sentimento contido, choro reprimido
BRONQUITE
Ambiente familiar inflamado. Gritos, discussões
CÂNCER
Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo
COLESTEROL
Medo de aceitar a alegria
DERRAME
Resistência. Rejeição à vida
DIABETES
Tristeza profunda
DIARRÉIA
Medo, rejeição fuga
DOR DE CABEÇA
Autocrítica, falta de autovalorização
DOR NOS JOELHOS
medo de recomeçar, medo de seguir em frente
ENXAQUECA
Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista
FIBROMAS
Alimentar mágoas causadas pelo parceiro (a)
FRIGIDEZ
Medo. Negação do prazer
GASTRITE
Incerteza profunda. Sensação de condenação
HEMORRÓIDAS
Medo de prazos determinados. Raiva do passado
HEPATITE
Raiva, ódio. Resistência a mudanças
INSÔNIA
Medo, culpa
LABIRINTITE
Medo de não estar no controle
MENINGITE
Tumulto interior. Falta de apoio
NÓDULOS
Ressentimento, frustração. Ego ferido
PELE (ACNE):
Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo
PNEUMONIA
Desespero. Cansaço da vida
PRESSÃO ALTA
Problema emocional duradouro não resolvido
PRESSÃO BAIXA
Falta de amor quando criança. Derrotismo
PRISÃO DE VENTRE
Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente
PULMÕES
Medo de absorver a vida
QUISTOS
Alimentar mágoa. Falsa evolução
RESFRIADOS
Confusão mental, desordem, mágoas
REUMATISMO
Sentir-se vitima. Falta de amor. Amargura
RINITE ALÉRGICA
Congestão emocional. Culpa crença em perseguição
RINS
Medo da crítica, do fracasso, desapontamento
SINUSITE
Irritação com pessoa próxima
TIRÓIDE
Humilhação
TUMORES
Alimentar mágoas. Acumular remorsos
ÚLCERAS
Medo. Crença de não ser bom o bastante
VARIZES
Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado

Curioso não?

Por isso vamos tomar cuidado com os nossos sentimentos, principalmente daqueles que escondemos de nós.

Lembre-se: Praticar o bem faz bem!!!

“Quem esconde os sentimentos, retarda o crescimento da Alma”.

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade".
Carlos Drummond de Andrade

Postado no Blog da Fraternidade Espírita Monsenhor Horta