segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Pular 7 ondas ou manter o bom senso? Por Pai Antonio das Almas.



Amados filhos, que a luz do Grande Criador possa brilhar em vossos corações!
Chegamos ao final de mais um ano filhos e "do lado de cá" onde nos encontramos com certa preocupação revemos os preparativos para os "festejos de passagem", pois encontramos nos dias de hoje a mente humana ainda envolta na crença de que as reais mudanças morais e espirituais em suas vidas provenha dos cultos exteriores.
E dentre este "mar" de ilusões encontramos novamente como tema deste enredo o santuário natural de "YEMANJÁ" como palco para excessos, desinformação e desregramento levando este cenário sagrado da natureza não somente como ponto de forças de uma Mãe Orixá tão amada e respeitada na Umbanda, mas também como um ponto de equilíbrio energético para nosso planeta a uma caricatura semelhante a um filme de terror e catástrofe.
Sei que minhas palavras pesam e muito nos corações de alguns filhos, como nego velho que sou e com o compromisso que assumo com o resgate da espiritualidade dentro da Umbanda, não costumo desde a época da Senzala  ter a língua presa e não seria aqui filhos amados que o pai iria trancar ela!
Encontramos na passagem de ano, inúmeros filhos que passam os 364 dias do ano MENTINDO, ENGANANDO A SI PRÓPRIO E A SEU SEMELHANTE, DISTANTE DO SAGRADO E DAS COISAS DE DEUS LEMBRANDO DO MESMO SOMENTE NOS MOMENTOS DE APERTOS SENTIMENTAIS OU MATERIAIS, levando uma vida de ilusão e desregramento e acima de tudo DESCONHECEDOR DAS LEIS SAGRADAS DA UMBANDA, levando flores, champanhe ou mesmo acendendo velas nas diversas praias rogando a força de quem desconhecem para ter um ano de prosperidade. Desconhecedores do termo PROSPERAR, levam a luxúria para o mesmo santuário onde vão pedir bênçãos já praticamente embriagados e esperam nesta ilusão de crença e dogmas alcançar alguma graça.
Filhos já é tempo de acordarmos nossas consciências para compreensão de que a verdadeira transformação sempre parte de dentro para fora.
Fazer uma avaliação de como você tem conduzido vossa vida, vossas atitudes e desenvolver espírito de transformação sabendo que toda mudança requer resignação e luta moral, são um bom atalho para que os resultados tão esperados possam começar a acontecer.
Vestir o brando, acender vela ou ainda derramar champanhe no mar acreditando que a SENHORA DAS MARÉS ficará grata por isso é o mesmo que assinar um atestado de ingenuidade e pobreza espiritual, pois as atitudes devem ser interiores conhecidas como REFORMA INTIMA.
QUAL A MELHOR OFERENDA PARA QUALQUER ORIXA? Seu amor a Deus, a natureza e seu respeito para consigo e seu próximo, afinal JESUS, OXALA ou como desejem chama-lo nos ensinou no primeiro mandamento:"AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E A TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO"
Filhos, já é hora de revermos nossos conceitos sobre Deus, espiritualidade e espiritualismo para que possamos dentro da lei do bom senso manifestarmos nosso culto do coração, com o coração e de coração.
Vá até o mar, contemple nele a grandeza de Yemanjá e a sabedoria de DEUS em sua criação e humildemente faça sua prece não rogando a Deus ou Yemanjá que resolvam e abram seus caminhos, mas que lhe possam dar "direcionamento" espiritual para que você mesmo não os feche novamente.
Bom senso, não é uma palavra meus filhos é uma atitude que todo filho de Deus e dos Orixas deve aprender a cultivar dentro de si.
Na bênção de DEUS  e força dos ORIXAS,
 
 
Mensagem de Pai Antônio das Almas.
            Recebido por GÉRO MAITA.

Dia 06 de Janeiro - Dia de Reis - Os 3 Reis Magos












Tendo, pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do rei Herodes, eis que magos vieram do Oriente a Jerusalém.
Perguntaram eles: Onde está o Rei dos Judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo...
E eis que, a estrela que tinham visto no Oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou.
A aparição daquela estrela os encheu de profunda alegria. Entrando na casa encontraram o menino com Maria, sua mãe.
Prostrando-se diante dele o adoraram. Depois abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes:
Ouro, Incenso e Mirra.
(Evangelho Segundo São Mateus 2:1-11)


 No dia 6 de janeiro comemora-se o Dia dos Reis Magos. A noite do dia 5 de janeiro e madrugada do dia 6 é conhecida como "Noite de Reis". Na tradição cristã, o dia 06 de janeiro representa o dia da visitação dos três Reis Magos do Oriente ao Menino Jesus, representando que o Cristo não vinha ao mundo apenas para o povo judeu, mas para todos os povos habitantes da Terra. A data também é chamada de Epifania (do grego: Ἐπιφάνεια: "a aparição; um fenômeno miraculoso"), pois marca a primeira manifestação de Jesus aos povos.

De acordo com a Bíblia, Jesus deu-se a conhecer a diferentes pessoas em diferentes momentos, mas a primeira Epifania propriamente dita é justamente a aparição aos magos do Oriente (como está relatado em Mateus 2, 1-12) e que é celebrada dia 6 de janeiro.

A chegada dos reis magos corroboraria a profecia contida no Salmo 72: "Todos os reis cairão diante dele". A comemoração do Dia de Reis surgiu no século VIII. 

Na época do nascimento de Jesus, mesmo os povos pagãos já tinham noticias de sua chegada e esperavam pelo Salvador. Deus os recompensou pela retidão com a maravilhosa Estrela, reconhecida pela sabedoria de suas mentes como o sinal a ser seguido, para orientação dos seus passos até onde se achava o Menino recém-nascido. 

Foram eles que mostraram ao mundo o cumprimento da profecia de séculos, chegando ao palácio do rei Herodes, de surpresa e perguntando “pelo Messias, o recém-nascido rei dos judeus”. "Sendo por divina advertência prevenidos em sonho a não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra" (Mt 2, 12). Nada mais as Escrituras dizem sobre essa história cheia de poesia, não havendo também quaisquer outros documentos históricos sobre eles. Mas, os magos não o temeram, prosseguiram sua busca e O encontraram. 

Como se pretendia dizer que representavam os reis de todo o mundo, representando as três raças humanas existentes, em idades diferentes, Melquior entregou-Lhe ouro em reconhecimento da realeza; Gaspar, incenso em reconhecimento da divindade; e Baltasar, mirra em reconhecimento da humanidade. 

Melchior ou Belchior partiu da região que hoje é a Europa (terra dos caldeus), levando ouro ao Messias, rei dos reis. O ouro simbolizava a nobreza e representava a realeza do menino Jesus.

O presente do rei Gaspar, que partiu da Índia, foi o incenso, como alusão ao caráter divino do menino Jesus. Ainda segundo a tradição cristã, o incenso simboliza a fé e a fumaça do incenso queimando nos templos representava as orações subindo a Deus.

O Rei Mago Baltazar saiu da África possivelmente do Reino de Sabá (terra misteriosa que seria o sul da Península Arábica, terra também conhecida pelos etíopes como Abissínia),  levando para o menino mirra, um presente comumente ofertado a profetas. A mirra é um arbusto do continente africano, onde é extraída uma resina para preparação de medicamentos. A palavra mirra significa "amargo" em hebraico, e para muitos remete ao sofrimento e morte que esperavam por Jesus. Para outros, representa a imortalidade de Cristo.

Quanto a seus nomes, Gaspar significa “Aquele que vai inspecionar”, Melquior quer dizer: “Meu Rei é Luz”, e Baltasar se traduz por “Deus manifesta o Rei”.

Estes presentes confirmam o caráter de Jesus - REI, SACERDOTE E PROFETA - como símbolo do reconhecimento que aquela criança pobre que acabara de nascer haveria de se tornar um grande líder mundial e o salvador do mundo. No ritual da Antigüidade, o OURO era o presente para um rei, o OLÍBANO (incenso) para um religioso representando a espiritualidade e a MIRRA para um profeta (a mirra era usada para embalsamar corpos e, simbolicamente, representava a imortalidade).

Santo Agostinho comentou a adoração dos reis Magos que vieram do Oriente: “Ó menino, a quem os astros se submetem! De quem é tamanha grandeza e glória de ter, perante seus próprios panos, Anjos que velam, reis que tremem e sábios que se ajoelham? Quem é este, que é tal e tanto? Admiro de olhar para panos e contemplar o céu; ardo de amor ao ver no presépio um mendigo que reina sobre os astros. Que a fé venha em nosso socorro, pois falha a razão natural”.

Desde 1164, os restos mortais dos três reis estão numa urna de ouro na catedral de Colônia, em Köln.

Os europeus são mais ligados a esta data do que os brasileiros, mas no interior do Brasil, principalmente no Norte e Nordeste, ainda encontramos comunidades que promovem o Reisado ou Festa da Folia de Reis. A festa envolve música, dança, celebração religiosa e orações. Aqueles que recebem a visita do Reisado (simbolismo que corresponde aos 3 reis magos em visita a Jesus) em suas casas devem oferecer graciosamente comida a seus integrantes, que realizam toda sua performance de tradição folclórica-religiosa local, enaltecem o hospitaleiro, agradecem pela comida e seguem para o próximo destino.

No dia de Reis os devotos fazem simpatias com a finalidade de atrair prosperidade. A romã é símbolo de abundância, de acordo tradição judaica, também representando a fertilidade, pois a fruta lembra um ovário e suas sementes, os óvulos.

Nos cultos de origem africana é dia de agradar o ODU OBARÁ MEJI (6), o odu da riqueza, regido por Xangô, Oxóssi, Ossanhe, Logun-Edé. Em alguns axés, louva-se o Orixá Ossanhe (em Angola, corresponde ao Inkise Catende; no Jeje, ao Vodun Agué).

Assim como a Estrela guiou os Reis Magos até Jesus, a fé deve nos levar até Ele todos os momentos da vida, para que esta tenha sentido. Que a Estrela da fé – assim como a Estrela de Belém guiou os 3 Reis Magos -  nos guie, a cada um de nós até nosso Amado Mestre Jesus, a Luz do Mundo, o Caminho, a Verdade e a Vida.
 


Autor: Lara Lannes - Equipe Genuína Umbanda
 
 









Os Três Reis Magos 

Montados em seus camelos, três reis atravessaram grandes desertos, desafiando o sol ardente, a sede e inúmeros outros perigos para chegarem à Judéia. O velho europeu Melchior, o jovem africano Gaspar e o asiático Baltazar haviam visto a Estrela de Belém brilhando no céu no dia 6 de janeiro, e guiados por ela, viajaram muito para saudar a chegada daquele que, segundo a profecia, seria o Rei dos Reis.

Após uma longa viagem, eles finalmente chegaram à gruta onde havia nascido Jesus. Emocionados, cada um deles se ajoelhou e ofereceu um presente. Balthasar saudou o menino com ouro, símbolo da realeza. Gaspar trouxe incenso, utilizado para louvar aos deuses. E Belquior ofereceu mirra, uma resina usada para perfumar e embalsamar. Assim, os Reis Magos homenagearam Jesus como rei (ouro), como deus (incenso) e como homem (mirra).

Curiosidade: Hoje, os Reis Magos representam os povos do mundo, de todas as raças: branca, negra e amarela. E é por causa da data em que viram a estrela de Belém brilhando no céu que desmontamos a árvore de Natal no dia 6 de janeiro, o Dia de Reis. 

Salve os Reis Magos de Deus. Salve o Nascimento de Jesus Cristo!

Salve Oxóssi! - Salve São Sebastião - Dia 20 de Janeiro

  
    Muitos são os devotos se SÃO SEBASTIÃO no Brasil. Multidões o aclamam e o veneram no dia 20 de janeiro (dedicado em sua homenagem). Porém, poucos conhecem de fato a sua verdadeira história.

     São Sebastião nasceu em Narvonne, França, no final do século III, e desde muito cedo seus pais se mudaram para Milão, onde ele cresceu e foi educado. Seguindo o exemplo materno, desde criança São Sebastião sempre se mostrou forte e piedoso na fé.

    Atingindo a idade adulta, alistou-se como militar, nas legiões do Imperador Diocleciano, que até então ignorava o fato de Sebastião ser um cristão de coração. A figura imponente, a prudência e a bravura do jovem militar, tanto agradaram ao Imperador, que este o nomeou comandante de sua guarda pessoal. Nessa destacada posição, Sebastião se tornou o grande benfeitor dos cristãos encarcerados em Roma naquele tempo. Visitava com freqüência as pobres vítimas do ódio pagão, e, com palavras de dádiva, consolava e animava os candidatos ao martírio aqui na terra, que receberiam a coroa de glória no céu. 
      
        Enquanto o imperador empreendia a expulsão de todos os cristãos do seu exército, Sebastião foi denunciado por um soldado. Diocleciano sentiu-se traído, e ficou perplexo ao ouvir do próprio Sebastião que era cristão. Tentou, em vão, fazer com que ele renunciasse ao cristianismo, mas Sebastião com firmeza se defendeu, apresentando os motivos que o animava a seguir a fé cristã, e a socorrer os aflitos e perseguidos.

    O Imperador, enraivecido ante os sólidos argumentos daquele cristão autêntico e decidido, deu ordem aos seus soldados para que o matassem a flechadas. Tal ordem foi imediatamente cumprida: num descampado, os soldados despiram-no, o amarraram a um tronco de árvore e atiraram nele uma chuva de flechas. Depois o abandonaram para que sangrasse até a morte. 
       
       À noite, Irene, mulher do mártir Castulo, foi com algumas amigas ao lugar da execução, para tirar o corpo de Sebastião e dar-lhe sepultura. Com assombro, comprovaram que o mesmo ainda estava vivo. Desamarraram-no, e Irene o escondeu em sua casa, cuidando de suas feridas. Passado um tempo, já restabelecido, São Sebastião quis continuar seu processo de evangelização e, em vez de se esconder, com valentia apresentou-se de novo ao imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusados de inimigos do Estado. 
    
     Diocleciano ignorou os pedidos de Sebastião para que deixasse de perseguir os cristãos, e ordenou que ele fosse espancado até a morte, com pauladas e golpes de bolas de chumbo. E, para impedir que o corpo fosse venerado pelos cristãos, jogaram-no no esgoto público de Roma. 
    
     Uma piedosa mulher, Santa Luciana, sepultou-o nas catacumbas. Assim aconteceu no ano de 287. Mais tarde, no ano de 680, suas relíquias foram solenemente transportados para uma basílica construída pelo Imperador Constantino, onde se encontram até hoje. Naquela ocasião, uma terrível peste assolava Roma, vitimando muitas pessoas. Entretanto, tal epidemia simplesmente desapareceu a partir do momento da transladação dos restos mortais desse mártir, que passou a ser venerado como o padroeiro contra a peste, fome e guerra. 
    
    As cidades de Milão, em 1575 e Lisboa, em 1599, acometidas por pestes epidêmicas, se viram livres desses males, após atos públicos suplicando a intercessão deste grande santo. São Sebastião é também muito venerado em todo o Brasil, onde muitas cidades o tem como padroeiro, entre elas, o Rio de Janeiro .

        Fonte de Pesquisa: 
         – Encyclopédia Universal Ilustrada Europeo-Americana, pp. 1262 –1265          

         – Encyclopédia e Dicionário Internacional, p. 10486 

Oração a São Sebastião

Glorioso mártir São Sebastião,
soldado de Cristo
e exemplo de cristão,
hoje vimos pedir
a vossa intercessão
junto ao trono do Senhor Jesus,
nosso Salvador,
por Quem destes a vida.
Vós que vivestes a fé
e perseverastes até o fim,
pedi a Jesus por nós
para que sejamos
testemunhas do amor de Deus.
Vós que esperastes com firmeza
nas palavras de Jesus,
pedi-Lhe por nós,
para que aumente
a nossa esperança na ressurreição.
Vós que vivestes a caridade
para com os irmãos,
pedi a Jesus para que aumente
o nosso amor para com todos.
Enfim, glorioso mártir São Sebastião,
protegei-nos contra a peste,
a fome e a guerra;
defendei as nossas plantações
e os nossos rebanhos,
que são dons de Deus para o nosso bem
e para o bem de todos.
E defendei-nos do pecado,
que é o maior
de todos os males.
Assim seja.


São Sebastião na Umbanda é Oxóssi

    Na Umbanda, Oxóssi é um dos principais Orixás, responsável por uma Linha que abrange caboclos e caboclas no sentido estrito (índios que usam cocares) relacionadas a conselhos sobre cura física ou espiritual. Às vezes é personificado na figura do Caboclo, isto é, do índio, ostentando um cocar e portando arco e flecha. Sua cor é o verde.

        Oxóssi ou Odé manifesta-se, no plano físico, através da fauna e flora do planeta. É o pulmão do universo. Além de exercer domínio sobre todos os elementos da floresta, manipula os valores medicinais e mágicos das plantas, das quais se utiliza para efetuar limpeza vibratória, material e espiritual, dos que dele se socorrem. Domina a força vital cósmica existente na seiva das plantas, aproveitando-se de suas emanações fluídicas para banhos e defumações destinados a descarregar as energias nocivas e equilibrar as forças energéticas do homem. 
     
     Oxossi é o orixá masculino iorubá responsável pela fundamental atividade da caça. Por isso, na África é também cultuado como Odé, que significa caçador. É tradicionalmente associado à Lua e, por conseguinte, à noite, melhor momento para a caça. 
     
     Comparece no plano emocional dos humanos com acentuada característica de afetividade, cooperação, companheirismo, certo grau de aventura e franca liberalidade. Seus “filhos de cabeça” dão ótimos artistas, seja qual for o segmento da arte escolhido, em virtude da latente sensibilidade e inteligência. No plano mental, descortinam inventos, sistemas e estilos engenhosos, admiráveis, de quase impossível enquadramento lógico ou sensata previsão de solução ou acabamento do problema, fruto de sua capacidade intuitiva. 
       
       Geralmente, os filhos de Oxóssi asseguram que não existe protetor mais constante. 
       
       Os festejos dedicados a Oxóssi são muito concorridos por diversos motivos entre os quais destacamos o início do ano religioso, a própria comemoração em que há uma natural e contagiante alegria, com o Templo enfeitado onde se destaca a cor verde, o chão do terreiro coberto de folhas, e galhos de árvores presos à parede recendendo um perfume silvestre. Na mesa, vários cestos ou alguidares cheios de frutas diversas - que serão distribuídas generosamente aos participantes e assistentes. 
     
     As entidades que pertencem à sua falange apresentam-se como caboclos e caboclas. Possuem uma manifestação altiva e emitem vibrações fortes e firmes.

       Sincretismo: São Sebastião 
     
      Sua Guia (Fio de Conta): Suas guias são feitas geralmente com contas verdes e brancas, e em alguns casos, dentes de animais. 
     
     Sua Bebida: Vinho tinto, garapas e sumo de ervas em geral. 
     
     Sua Comida: Frutas não cítricas, milho, raízes, feijão fradinho torrado. 
    
    Suas ervas: Alfavaca do campo, jureminha, caiçara, arruda, abre caminho, malva rosa, capeba, peregum, taioba, sabugueiro, jurema, capim limão, acácia, cipó caboclo, goiabeira, erva de passarinho, guaco, guiné, malva do campo, são gonçalinho, Louro, cabelo de milho, eucalipto, manjericão, samambai.

        Velas: Verde, branca 
       
        Símbolo: Arco e flecha 
        
        Data da comemoração: 20 de janeiro 
        
        Dia da Semana: Quinta-feira
        
        Número: 6 
     
     Saudação: Oxóssi ê meu pai!; ou Okê Arô! - de OKÊ (monte) e AROU (título honroso dado aos caçadores). Significa: “Salve o Grande Caçador!” 
         
        Ponto de Força Vibracional: matas.
      
       Oxóssi é a Natureza, especificamente nas matas e no reino animal. É o conhecedor das ervas e o grande curador. É a essência da nossa vida. 
    
       É o Caçador das Almas da Umbanda e como caçador procura arrebanhar Almas desgarradas para futuramente formar um só rebanho. É o Senhor da Doutrina, aquele que atinge o coração e a inteligência das Almas envoltas em suas vibrações.
   
      Em caráter hierático, Oxossi lembra-nos o MÉDICO, DOUTRINADOR E PASTOR DAS ALMAS. Cura chagas, ensinando a substituição do ódio pelo amor, da luta pela trégua, da insubmissão pela submissão às Leis Divinas. 
      
       É o CAÇADOR DAS ALMAS, o orientador, aquela que mostra o caminho a ser seguido pela humanidade. Modificando inteligências e consciências, atuando na mente e no coração. Essa é a função hierática ou kármica de Oxossi.
   
          Estes protetores atuam manipulando as ervas sagradas, liberando as mazelas que se assentam no corpo astral e mesmo as que se assentam no corpo físico, através das doenças. Liberam as energias mentais pesadas e grosseiras, ativando o intelecto de muitos Filhos de Fé. São mestres na Arte da Magia Vegetal, manipulando quantitativa e qualitativamente o prana acumulado nas ervas, quer sejam elas administradas em chás, banhos ou defumações. 
   
     Assim trabalha a Linha de Oxossi, incrementando o bem-estar astral e físico, livrando muitos Filhos de Fé do Desanimo e da Doença. 
   
      Seu filho tem um tipo calmo, amoroso, encantador, preocupado com todos os problemas. Um grande conselheiro pelo seu gênio alegre, muito embora com forte tendência à solidão. Incapaz de negar qualquer ajuda à alguém, sabe, como poucos, organizar o caminho para as soluções complicadas. Com respeito à sua própria organização familiar, é muito apegado as suas coisas e à sua família, à qual dedica atenção total no sentido de provê-la e encaminhá-la. Diante as dificuldades próprias é muito hesitante, mas acaba vencendo, sustentado pelo seu interior alegre e otimista. É carente. Não assume o problemas dos outros, mas fica lado a lado ajudando-os. Ama a Liberdade e a Natureza. O mato, as águas, os bichos , as estrelas, o sol e a lua, são a bússola de sua vida. Não discute a fé. Acredita e é fiel seguidor da religião que escolheu. Não é ciumento e muito menos rancoroso. Quando atacado custa revidar. Quando o faz se torna perigoso. É, neste particular, ladino como os índios. Pisa macio, mas é certeiro. Tem um gosto refinado. Gosta das coisas boas, veste-se bem e cuidadosamente.
     
       O filho de Oxóssi é talvez o mais equilibrado. Para que sua vida melhore, deve despertar aquele gigante que habita sua essência, o que o tornaria mais disposto a encarar as suas próprias dificuldades. 
    
     Oxóssi é o senhor absoluto das florestas, prados e cerrados, matas e campos, onde floresce e reverdece a natureza fecunda, pulmões plenos de terra que tem a virtude de trazer o alimento vital, produto que é da seara: oxigênio puro do ar, além de todos os gases do cosmo.



       Okê Caboclo, Okê Arô Oxóssi!
 
Oremos:
Meu Pai Oxóssi!

Vós que recebestes de Oxalá o domínio das matas, de onde tiramos o oxigênio necessário á manutenção de nossas vidas durante a passagem terrena, inundai os nossos organismos coma vossas energia, para curar de nossos males!

Vós que sois o protetor dos caboclos, dai-lhes a vossa força, para que possam nos transmitir toda a pujança, a coragem necessária para suportarmos as dificuldades a serem superadas!

Dai-nos paz de espírito, a sabedoria para que possamos compreender a perdoar aqueles que procuram nossos Centros, nosso guias, nossos protetores, apenas por simples curiosidade, sem trazerem dentro de si um mínimo da fé.
Dai-nos paciência para suportarmos aqueles que se julgam os únicos com problemas e desejam merecer das entidades todo o tempo e atenção possível, esquecendo-se de outros irmãos mais necessitados!

Dai-nos tranqüilidade para superarmos todas as ingratidões, todas as calúnias!

Dai-nos coragem para transmitir uma palavra de alento e conforto aqueles que sofrem de enfermidades para quais, na matéria, não há cura!

Dai-nos força para repelir aqueles que desejam vinganças e querem a todo custo magoar seus semelhantes!

Assim Seja!

Orixás e quaresma




A dúvida sobre o funcionamento das casas de santo (os terreiros de umbanda) durante o carnaval e a quaresma, vem da época que os Orixás eram proibidos de serem cultuados e deveriam ser sincretizados com os santos católicos. Como o período da quaresma corresponde a uma época de reclusão e reflexão dentro da igreja católica, muitos terreiros de umbanda e candomblé ficavam em uma posição delicada junto a comunidade católica e fechavam as portas para não terem problemas com as autoridades locais e com as pessoas em geral, quando poderiam ser acusados de desrespeitosos com a religião católica. As pessoas consideravam que as casas de santo não deveriam bater tambores ou praticar qualquer ritual na quaresma, a exemplo da igreja católica que deixa suas imagens cobertas por mantos de cor roxa em sinal de respeito, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo vivo. 

Em alguns terreiros nesta época é praticado o Lorogum ou Olorogum, que significa “ritual de guerra”: oro (ritual) + ogun (guerra). É uma obrigação que determina um período sem festas nos terreiros de umbanda e candomblé, pois os Orixás estão em guerra, e também serve para definir o período para descanso coletivo. O mesmo acontece propositadamente no período da quaresma católica, logo depois do carnaval, terminando no sábado de aleluia (primeiro sábado da lua cheia), marcando o final e o início do ano litúrgico (ano novo) para o povo do santo. No Lorogum não acontece sacrifício animal, embora seja  oferecida comida ritual não só aos santos, mas à todos os participantes, servidos diretamente por todos os Orixás do terreiro. Os presentes dividem-se em dois grupos: o exército de Xangô, onde todos trajam vermelho e branco e carregam uma bandeira vermelha, e o exército de Oxalá, com todos os membros vestidos de branco, portando uma bandeira branca. Tudo começa com uma procissão dos 2 grupos percorrendo os quartos de Santo até o barracão, reproduzindo a viagem pelas cidades de cada divindade. Na sala, cada exército se coloca de um lado, sendo que os mais velhos portam cada qual seu estandarte. Todos os Orixás carregam ixãns (varas de amoreira) e suas folhas sagradas. Com a autorização do Babalorixá, os dois grupos se aproximam e passam bater os ixãns e as folhas em todos os presentes (inclusive Orixás com Orixás) formando um verdadeiro alarido, dando uma impressão de briga ”guerra” que é interrompida com a manifestação de Oxalá, imediatamente tudo volta a calmaria e todos dançam sob um grande alá (pano branco), os cânticos sagrado deste Orixá da paz. 
Porém não existe conotação analógica do fato de Cristo (católico) estar morto e os Orixás, visto que a feitiçaria maléfica pode ser feita em qualquer época, dia ou horário e que pelo fato dos Orixás 'serem mandados a guerra' não muda em nada, pois os mesmos nos amparam, cuidando-nos sempre. Devemos nos lembrar que estes são rituais católicos e não pertencem a nossa religião. As casas de santo não precisam parar suas atividades durante a quaresma e podem funcionar normalmente, pois não estão ligadas aos dogmas da igreja católica que determinam que não se possa fazer atendimento espiritual nessa ocasião.