sexta-feira, 8 de abril de 2016

PRINCÍPIOS BÁSICOS DA UMBANDA


Muitos ignoram certas verdades sobre a Umbanda e a julgam apressadamente, sem conhecer seus ideais, gerando todas as dificuldades e o preconceito que ela vem enfrentando, isso por culpa de alguns dirigentes de terreiros que por também, muitas das vezes, não conhecerem estas verdades, manipulam e enganam seus seguidores e a si mesmos, julgando estarem praticando a Umbanda quando na realidade são meros instrumentos de "entidades" ou espíritos que não tem o mínimo de conhecimento das questões espirituais. Quando também não se deixam levar por sua vaidade pessoal e na maioria das vezes são mal informados sobre a origem e a verdadeira natureza da Umbanda, o que os leva a confundi-la com os Cultos de Nação ou com o Espiritismo. 
O próprio umbandista acaba sendo também um dos grandes culpados por disso, por a Umbanda manifestar-se na maioria das vezes por pessoas simples, de uma fé menos exigente, é o que as tornam com mais facilidade, vítimas dos pretensos sábios e donos da verdade. O adepto não buscando esse conhecimento mais aprofundado sobre sua religião, foi deixando que a ela recebesse essa marca, esse rótulo, contribuindo para o aumento do preconceito contra seus rituais, seu vocabulário e seus costumes. Também devido às grandes manifestações desectaristas religiosos, que preferem julgar antes e, talvez, conhecer depois, víamos e ainda vemos, o crescimento desse preconceito, 
A Umbanda é um movimento muito forte no mundo espiritual, e seus mistérios vêm sendo revelados de forma velada, onde o adepto vai tomando conhecimento sobre os mesmos através de seus mentores espirituais, os Orixás, aos quais devemos dedicar todo o mérito dos trabalhos, e também no dia-a-dia de sua dedicação, desenvolvendo e solidificando seus conhecimentos sempre baseados na Lei da Verdade, do Amor e da Caridade. 
Os fundamentos da Umbanda variam de acordo coma vertente que a pratique, mas existem alguns conceitos básicos que são encontrados na maioria das casas e assim podem, com certa ressalva e cuidado, ser generalizados para todas as formas de Umbanda. São eles: 
 A existência de uma fonte criadora universal, um Deus Supremo, chamado Olorum ou Zambi
 · O culto aos Orixás como manifestações divinas, onde cada Orixá se confunde com um elemento da natureza do planeta ou da própria personalidade humana, em suas necessidades, construções de vida e sobrevivência; 
· O mediunismo como forma de contato entre o mundo físico e o espiritual, manifestado de diferentes formas;
 · A manifestação das Entidades, ou Guias, espíritos ainda em processo de evolução, para exercerem o trabalho espiritual incorporado em seus médiuns, organizados em planos e/ou linhas de evolução; 
· Uma doutrina, uma regra, uma conduta moral e espiritual que é seguida em cada casa de forma variada e diferenciada, de acordo com suas raízes, que existe para nortear seus trabalhos;
 · Tem como fundamento básico de seus rituais: o uso do branco, não cobrar pelos trabalhos, não matar e não utilizar o sacrifício de animais 
· A obediência aos ensinamentos básicos dos valores humanos, como: fraternidade, caridade e respeito ao próximo e por si mesmo. Sendo a caridade uma máxima encontrada em todas as manifestações existentes; 
· A crença na imortalidade da alma;
 · A Crença na reencarnação e nas leis kármica   Devido a  Umbanda ser uma doutrina espiritualista como o Espiritismo, o Catolicismo, o Esoterismo, justifica o fato de haver entre ela diferenças essenciais entre seus templos, que lhe dão características próprias. É resultante natural da fusão espiritual das raças branca, índia e negra. Podemos observar em conversas entre Umbandistas é que muitos querem impor seu culto aos outros, achando que somente a sua Umbanda está correta. Alguns querem enfiar o africanismo goela abaixo dos demais, outros querem a todo o custo impor que o Espiritismo é a base mais correta, alguns querem convencer os demais que a Umbanda de Saraceni é a correta ou ainda que a Umbanda de Zélio é a única e verdadeira. Querem transformar a religião num grande campeonato onde um grupo é melhor que o outro. e a paixão elimina a razão.Devemos tentar ver a umbanda como uma religião criada pelo mundo espiritual, onde se aproveita os bons exemplos das diversas religiões, que com o passar do tempo vem se aperfeiçoando, por isso cada vez mais vemos a aglutinação de novos adeptos justamente por ela seguir os ensinamentos dos grandes mestres da humanidade que pregaram o amor, a caridade, a tolerância, a humildade e o fazer o bem sem importar-se a quem. 


Médiuns Irresponsáveis

TRADUCTOR, TRAIDOR Y ABOGADO… ¿MENTIROSO?:

Autor: Manoel Philomeno de Miranda (espírito) / psicografia de Divaldo Franco
Associou-se indevidamente à pessoa portadora de mediunidade ostensiva a qualidade de Espírito elevado.O desconhecimento do Espiritismo ou a informação superficial sobre a sua estrutura deu lugar a pessoas insensatas considerarem que, o fato de alguém ser possuidor de amplas faculdades medianímicas, caracteriza-se como um ser privilegiado, digno de encômios e projeção, ao mesmo tempo possuidor de um caráter diamantino, merecendo relevante consideração e destaque social.Enganam-se aqueles que assim procedem, e agem perigosamente, porquanto, a mediunidade é faculdade orgânica, de que quase todos os indivíduos são portadores, variando de intensidade e de recursos que facultem o intercâmbio com os Espíritos, encarnados ou não.
Neutra, do ponto de vista moral, em si mesma, a mediunidade apresenta-se como oportunidade de serviço edificante, que enseja ao seu portador os meios de auto-iluminar-se, de crescer moral e intelectualmente, de ampliar os dons espirituais, sobretudo, preparando-se para enfrentar a consciência após a desencarnação.Às vezes, Espíritos broncos e rudes apresentam admiráveis possibilidades mediúnicas, que não sabem ou não querem aproveitar devidamente, enquanto outros que se dedicam ao Bem, que estudam as técnicas da educação das faculdades psíquicas, não conseguem mais do que simples manifestações, fragmentárias, irregulares, quase decepcionantes.
Não se devem entristecer aqueles que gostariam de cooperar com a mediunidade ostensiva, porquanto a seara do amor possui campo livre para todos os tipos de serviço que se possa imaginar.
Ser médium da vida, ajudando, no lar e fora dele, exercitando as virtudes conhecidas, constitui forma elevada de contribuir para o progresso e desenvolvimento da Humanidade.Através da palavra, oral e escrita, quantos socorros podem ser dispensados, educando-se as criaturas, orientando-as, levando-as à edificação pessoal, na condição de médium do esclarecimento?!Contribuindo, nas atividades espirituais da Casa Espírita, pela oração e concentração durante as reuniões especializadas de doutrinação, qualquer um se torna médium de apoio.Da mesma forma, através da aplicação dos passes, da fluidificação da água, brindando a bioenérgia, logra-se a posição de médium da saúde.Na visita aos enfermos, mantendo diálogos confortadores, ouvindo-os com paciência e interesse, amplia-se o campo da mediunidade de esperança.Mediante o dialogo com os aturdidos e perversos, de um ou do outro plano da vida, exerce-se a mediunidade fraternal da iluminação de consciência.
Neste mister, aguça-se a percepção espiritual e desenvolvem-se os pródromos das faculdades adormecidas, que se irão tornando mais lúcidas, a fim de serem usadas dignamente em futuros cometimentos das próximas reencarnações.Ser médium é tornar-se instrumento; e, de alguma forma, como todos nos encontramos entre dois pontos distantes, eis-nos incursos na posição de intermediários.
Ter facilidade, porém, para sentir os Espíritos é compromisso que vai além da simples aptidão de contatá-los.Desse modo, à semelhança da inteligência que se pode apresentar em indivíduos de péssimo caráter, que a usam egoística, perversamente, ou como a memória, que brota em criaturas desprovidas de lucidez intelectual, e perde-se, pela falta de uso, também a mediunidade não é sintoma de evolução espiritual.
Allan Kardec, que veio em nobre missão, Espírito evoluído que é, viveu sem apresentar qualquer faculdade mediúnica ostensiva, enquanto outros indivíduos do seu tempo, que exerceram a faculdade medianímica, por inferioridade moral, venderam os seus serviços, enxovalharam-na, criaram graves empecilhos à divulgação da Doutrina Espírita que, indevidamente, foi confundida com os maus exemplos desses médiuns inescrupulosos e irresponsáveis.
Certamente, o médium ostensivo, aquele que facilmente se comunica com os Espíritos, quando é dotado de sentimentos nobres e possui elevação, torna-se missionário do Bem nas tarefas a que vai convocado, ampliando os horizontes do pensamento para a imortalidade, para a vitória do ser libertado de todas as paixões primitivas.
Normalmente, e as exceções são subentendidas, os portadores de mediunidade ostensivas, porque se encontram em provações reparadoras, falham no desiderato, após o deslumbramento que provocam e a auto-fascinação a que se entregam por invigilância e presunção.
Toda e qualquer expressão de mediunidade exige disciplina, educação, correspondente conduta moral e social do seu portador, a fim de facultar-lhe a sintonia com Espíritos Superiores, embora o convívio com os infelizes, que lhe cumpre socorrer.
O médium irresponsável, porém, não é apenas aquele que, ignorando os recursos de que se encontra investido, gera embaraços e perturbações, tombando nas malhas da própria pusilanimidade, mas também, aqueloutros que, esclarecidos da gravidade do compromisso, se permitem deslizes morais, veleidades típicas do caráter doentio, terminando vitimados pelas obsessões cruéis.
Todo aquele, portanto, que deseje entregar-se ao Bem, na seara dos médiuns, conscientize-se da responsabilidade que lhe diz respeito, e, educando a faculdade, torne-se apto para o ministério, servindo sempre e crescendo intimamente com os olhos postos no próprio e no futuro feliz da sociedade.
Como é o desenvolvimento do médium umbandista?

Jornal Umbandista Açores Portugal: AS 25 REGRAS DE UM UMBANDISTA:

Embora essa questão seja bastante específica e a resposta varie de terreiro para terreiro, aliás como a maioria das questões, explanarei algum pontos que julgo importantes.
Em primeiro lugar é fundamental uma avaliação do médium com relação a Umbanda e suas próprias aspirações. É fundamental que o médium esteja absolutamente certo de que é isso que deseja para si, para sua vida. Que entende a Umbanda como uma forma de evoluir e não de resolver seus problemas.
Em segundo lugar vem a Casa que ele escolhe para realizar esse empreendimento. A Casa deve estar o mais próximo possível do que o médium entende, acredita e deseja para si. É fundamental que seja uma Casa séria e comprometida com a Caridade, ou seja, que seja realmente de Umbanda.
As diferentes ritualísticas da Umbanda servem exatamente para atingir as diversas aspirações.
O médium deve, portanto, escolher com muito cuidado a Casa que irá tornar sua, pois ela deverá ser o sustentáculo físico, a provedora de oportunidades para a consecução dos objetivos de caridade, fraternidade e evolução, pois o sustentáculo espiritual é a própria Umbanda.
Freqüentar a assistência assiduamente, observar, envolver-se, estudar… até ter certeza de que ali é o seu lugar.
Cada Casa tem um critério para ingresso na corrente mediúnica, procure saber qual é.
Ao ingressar para corrente, deverá seguir as orientações recebidas pelo dirigente ou pessoas a sua ordem.
Entender que não será apenas umbandista dos portões para dentro do terreiro, mas sim de coração, corpo e alma. Deverá dedicar-se, educar-se, doutrinar-se sempre segundo as orientações recebidas pelo dirigente. A sua conduta moral deverá ser constantemente vigiada, deverá lembrar-se que ao apresentar-se como umbandista fora do terreiro, terá a obrigação de honrar esse nome.
Participar de todas a sessões abertas aos médiuns novos, estudar com afinco e buscar sempre melhorar seus pensamentosdesejos e vontades. Buscar constantemente evoluir, para assim poder preparar o seu corpo e mente para ser um bom instrumento de entidades e guias que estão num patamar evolutivo muito superior ao nosso.
Buscar tudo isso irá facilitar a incorporação das entidades. Entregar-se de corpo e alma verdadeiramente. Não sentir medo, não querer correr.
É fundamental lembrar que é um momento de adaptação, onde tanto médium quanto entidade estarão se adaptando. Não pode haver pressa, pois “A pressa é inimiga da compreensão“.
Agora, se você deseja saber em quanto tempo você estará incorporando, dando passes e consultas, eu respondo que só dependerá de você, da sua dedicação, empenho e preparo, seguindo sempre as orientações do dirigente da sua Casa, ou seja, da Casa que você escolheu.
O conto

Pai Benedito de Aruanda:

Estou caminhando em um jardim de girassóis, o céu azul, pássaros cantando... tudo está em perfeita harmonia.
Não há mais dor, medo ou receio.....onde estarei? Será que é isso o que chamam de paraíso?
De repente ouço um som seco, de batidas leves e curtas, acompanhado de um aroma adocicado que não consigo identificar, mas parece ser tabaco com algum tipo de erva. Ao fundo escuto uma música ritmada e atabaques.
Com pés descalços, sinto toda a energia do lugar, como se eu fizesse parte da terra, do ar, da água.
Uma voz ao longe me chama:
"-Fio, está na hora de vortá"- a voz calma e serena me pede. Nesse momento a luz do sol se intensifica, e como acordando de um sonho, abro meus olhos devagar.
Na minha frente, um homem está sentado em um banquinho, com um cachimbo na boca e estalando os dedos.
Percebo que também estou sentado em um banco e sem que eu tenha controle, lágrimas começam a brotar de meus olhos. Não posso precisar por quanto tempo chorei, mas fui me acalmando à medida que bebia água que alguém havia me servido.
Aos poucos fui me lembrando onde estava, eu havia ido buscar ajuda em um terreiro de Umbanda e diziam que naquele dia quem estava atendendo eram os pretos- velhos.
O homem tornou a falar, e embora tivesse no máximo 40 anos, sua voz soava como um velho ancião. Parecia cansada e baixinha:
“-Fio, ucê gostô do passeio?” ele disse, com um leve sorriso.
-Que lugar maravilhoso era aquele? Onde estive? - perguntei, tentando me agarrar à lembrança que aos poucos se dissipava.
“- Ucê caminhô pra dentro de seu coração, ucê viu sua alma.”
Pensei por um instante em suas palavras, e de como não fizera sentido. A minha vida até aquele momento tinha sido uma seqüência de erros, cheia de amarguras e decepções. Eu achava que se realmente tivesse uma alma, ela estaria perdida em um pântano de sofrimentos.
O homem a minha frente, como se lesse meus pensamentos, pegou em minha mão. Nesse momento algo estranho aconteceu. Levantei os olhos, e quem estava a minha frente não era mais um homem branco, calvo e gordinho. Em seu lugar estava um senhor idoso, magro, negro e de barbas brancas. Seus olhos eram tão doces, que a mudança não me causou espanto, pelo contrário, senti uma paz interior que nunca havia experimentado antes.
Ele disse:
“- Fio, o inferno que ucê vive agora está do lado de fora e não ai dentro. Foi ucê que ao longo do tempo construiu cada tijolinho de sua vida. Com amor, com ódio, com prazer, com a dor, com as esperanças e com as desilusões. E foi ucê também que cercô seu casuá com muros altos, e não permitiu que ninguém se aproximasse. E depois curpô o mundo por suas desgraça.
Não foi fio?” Perguntou-me enquanto baforava uma fumaça que tinha o mesmo aroma que eu tinha sentido antes.
Eu não soube o que responder, ele estava certo. Esse homem me conhecia melhor que eu mesmo.
Ele continuou:
“Esse negô véio nasceu com algemas, vivi a vida toda acorrentado, hora pelos pursos, hora pelos carcanhá. As veiz dormia com as feridas aberta, no chão gelado e com a barriga vazia.
Sabe o que fazia o negô aguentá isso tudo? A certeza que isso acabaria, que esse sofrimento não seria eterno.
Quando desencarnei, fui recebido nos braços de minha mãe Yemanjá, ela curou cada ferida da minha alma e depois apercebi que cada tristeza, cada dor, cada lágrima que derramei se tornô um grão de areia perante a grandeza e a beleza do mundo espirituar.
Ucê tá vendo arguma algema no meu purso agora fio?” Perguntou-me levantando os braços.
"-Não vejo nenhuma." Respondi.
“-E no seu purso fio, tem arguma algema?” Segurou meus braços no alto.
-"Também não". Respondi meio encabulado.
“- Então fio, porque ainda continua preso? Ucê é livre fio, não deixa seu medo e sua auto-piedade  acorrentá ucê.
Deixa que esse jardim que ucê carrega, floresça pra fora de sua alma, porque esse é ucê de verdade.”
Refleti suas palavras por um momento e compreendi o que aquele ancião tão caridoso havia me transmitido.
-Pode ir agora fio, tô vendo que o saco de pedras que ucê entrou carregando não existe mais.
Vá em paz e que Jesus Cristo acompanhe ucê.
Levantei-me do banquinho, me sentia mais leve, quase podia flutuar.
Já me dirigia à porta de saída do terreiro quando olhei para trás, num gesto de agradecimento velado, mas para meu espanto quem estava sentado era o homem branco e calvo que eu havia visto antes quando entrei.
Não posso explicar racionalmente tudo que vivi nesse lugar. Como se descreve por palavras o amor incondicional?
Mas sei que estou saindo uma pessoa muito melhor do que quando entrei.
Dedico esse pequeno conto à todos preto-velhos e pretas-velhas. Seres de luz que conseguem enxergar além de nossa mesquinharia e egocentrismo, trazendo à tona nossa essência divina.
Fabio Vieira


Círculos da Vida


Um momento de imprudência, um pensamento sem reflexão, um ato criminoso... um segundo para cair; um século para levantar. Pobres homens que pensam que sabem o que pensam, que pensam que sabem o que fazem, que pensam que sabem...
Em seus mundos fechados, são perfeitos em suas concepções egocêntricas, individualistas, onde seus reflexos soberbos ofuscam os olhos e as mentes dos escravos de seus sistemas indigestos, confusos... Predadores da universalidade de idéias e rompimento de velhos dogmas religiosos. Sim, são perfeitos em seus mundos habitados por seres que dormem enquanto agem, mal sabem que toda esta lucidez e esperteza que pensam que têm, também é um sonho em suas mentes dormentes, enquanto agem inescrupulosamente e possuem “total” domínio da situação, mas não tardará virar um pesadelo – ou já virou.
Nem sempre vão ser os senhores de tudo e de todos, aliás, nunca foram, apenas em seus egos vedados pela ignorância e descaso das coisas que não podem ver com seus olhos materialistas e sentir com seus corações petrificados. Um pesadelo real, um encontro consigo mesmo. Teriam coragem de se encararem? Milênios de vidas assim, em um círculo desenhado em uma folha branca de papel, amassada... Cai ao chão sem terra firme, pura lama. As leis do universo não são falhas. Então surge um fio de luz: - Mas espere aí, alguém desenhou este círculo, então quer dizer que existe alguém ou algo além destas paredes ilusórias. - Porque estamos aqui dentro? - O que fazemos aqui? - Quem somos realmente? - Seria possível sair deste círculo?
Aprender e evoluir como espíritos que somos saindo de nossos círculos cerrados, desintegrando formas pensamentos negativas que criamos e fixamos em nosso campo vibracional rebaixando nossa freqüência, nos desmotivando, causando diversos males. Querer saber (a verdade), e o saber ousar (para conquistar a serenidade e equilíbrio espiritual e conseqüentemente material),  levantar a bandeira de união das múltiplas moradias cósmicas no universo e todas as formas de vida que lá se encontram em união incondicional. Sendo uno (com sua individualidade que é própria) e ao mesmo tempo multidimensional (irradiando sua beleza interior para todas as direções e dimensões). Liberdade, desapego, abertura.
Guerras religiosas, fanatismo suicida, “mestres” corrompidos, discípulos das trevas, um desperdício, uma barbárie, frente a grandeza de uma simples intenção verdadeira e sem disfarces, geradora de harmonia e vida. Pequenas coisas que criamos e alimentamos durante séculos, podem às vezes se tornar maiores que nós mesmos se não termos esta compreensão, esclarecimento e solidariedade.
Uma vista para o mar, que belo é o mar..., bem como o sol que banha-se em suas águas frescas e enquanto o tempo passa, expande ainda mais a sua luz. Façamos como o sol, banhemo-nos no mar dos sinais que a espiritualidade superior nos deixa no caminho, façamos bom uso, e a luz preencherá o nosso recanto de inquietudes.
Karma


O Karma é a grande lei que preside a criação. Ela rege a absoluta harmonia do cosmos, nos seus mais ínfimos detalhes. Se houver desarmonia em qualquer recanto do espaço, esta grande lei sofre a interferência de uma outra - secundária, mas independente: a Lei da reação que obriga tudo voltar ao seu lugar, em imenso processo de reajuste harmônico. Conjugadas essas duas leis cósmicas constituem o princípio da evolução. Quando o Homem se desvia da lei da Harmonia, deflagra o caos em si próprio e ao seu redor, torna-se satânico.
RESGATE KÁRMICO
1- Conhecimento da desarmonia produzida
A "dívida" deve ser resgatada até o último centavo . Para que seja paga, é preciso que o devedor saiba o valor dela e ele sabe ,todas as experiências positivas ou negativas estão armazenadas, as atuais no seu cérebro físico e as de vidas passadas (todas) na sua memória espiritual. Seu espírito Imortal conhece seus créditos e seus débitos.
2- Aquiescência em resgatá-la
Em certo momento da evolução, o homem sente a necessidade de harmonizar-se intimamente, a energia negativa acumulada na memória espiritual o obriga a dar um novo rumo a sua existência. A felicidade antes buscada de forma egoísta e agressiva que gerava dor, agora é substituída por uma resignação, que é na verdade a vontade de resgatar a dívida de forma correta perante a justiça Divina.
3- Valor da desarmonia
Todas as desarmonias em que as criaturas se debatem constituem o sofrimento passivo através do qual elas tomam conhecimento do processo kármico.
Geralmente se pensa que é pelo sofrimento que o homem resgata os males que praticou em seu passado remoto. Redondo engano! O sofrimento apenas dá a medida dos erros cometidos, jamais serve de moeda para pagamento de qualquer culpa, Deus seria então um sádico?
A dor é mero indicador. Ela apenas aponta o quantum de desarmonia praticada: por meio dela o ser humano aprende que não deve lesar o seu semelhante. O sofrimento, portanto é educativo; serve como experiência para que erros não se repitam. Em suma, a dor ensina o amor.
4- Ressarcimento
E só existe uma moeda, no universo, para o pagamento de qualquer dívida, o amor.

CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES
Remontando à fonte dos males terrenos, reconhece-se que muitos são a conseqüência natural do caráter e da conduta daqueles que sofrem. Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas da sua imprevidência, do seu orgulho e da sua ambição! Quantas pessoas arruinadas por falta de ordem de perseverança, por mau comportamento ou por não terem limitado seus desejos! Quantas doenças e aleijões são efeito da intemperança e dos excessos de toda ordem!

CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES
Aqueles males que acometem pessoas que nesta vida nada fizeram para merecê-los, são com certeza originados em vivências passadas, se não tem este indivíduo a consciência física do mal que praticou, tem a espiritual, e esta dor lhe serve como motivo de resignação que o fará compreender atitudes suas que devem ser modificadas.A lei é técnica, se a energia foi desorganizada pelo individuo ele sofrerá as conseqüências desta desorganização, a dor.
A visão integral do ser espiritual nos faz compreender totalmente este processo.

A FELICIDADE NÃO É DESTE MUNDO
1- Mundos primitivos :
Paixões reinam soberanas, a vida moral não existe. Exemplo pré- história da terra. Mundo predominantemente instintivo.
2- Mundos de provas e expiações:
Nossa terra atual. O mal é superior ao bem, impera a corrupção, o egoísmo, o materialismo, violência, doenças expiatórias gravíssimas e dolorosas fome. As belezas existem a moral é rara e a organização total do planeta é deficiente, a prioridade que deveria ser o homem cede lugar ao interesse. A FELICIDADE NÃO PODE SER DESTE MUNDO, embora tenhamos momentos felizes . Quanto mais seguirmos a cultura geral deste planeta, mais sofreremos, quanto mais buscarmos a harmonia com a lei universal, mais transformaremos este mundo ou iremos para outro melhor conforme nosso merecimento.
3- Mundos Regeneradores :
O mal ainda existe, mas o bem é superior. Mundo de aprendizado, sem expiações apenas provas. A palavra Amor está escrito em todas as frontes.
4- Mundos Felizes :
Ainda não a completa felicidade, mas a aurora da felicidade, ainda há provas a cumprir (grandiosas). Corpo mais sutil, a dor não mais existe.
5- Mundos Superiores:
Espíritos desmaterializados, felicidade completa.
Ser ou estar umbandista


Amigos, em algum momento de suas caminhadas vocês já se perguntaram se SÃO ou ESTÃO Umbandistas?
Ser Umbandista é não ter vergonha de dizer que é UMBANDISTA.
Estar Umbandista é fugir do assunto quando perguntado.

Ser Umbandista é ir para o terreiro pensando em ajudar a melhorar um pouco o mundo e conseqüentemente receber sua parte nesta melhora.
Estar Umbandista é simplesmente ir ao terreiro para resolver a sua vida.

Ser Umbandista é não ter vergonha de limpar cinzeiros, varrer o chão, acender um cachimbo, enfim é não ter vergonha de servir.
Estar Umbandista é fugir dos trabalhos mais humildes, achando que sua capacidade esta acima deles.

Ser Umbandista é estar presente no terreiro pronto a “receber” qualquer entidade que esteja sujeita ou que necessite vir, mesmo sendo um irmão sofredor, praticando assim a verdadeira caridade.
Estar Umbandista é se preocupar com que entidade vai “receber”, torcendo para que seja uma bem famosa.

Ser Umbandista é não se preocupar com o tempo que vai precisar ficar no terreiro até que todos os que precisam sejam atendidos.
Estar Umbandista é preocupar-se com a demora uma vez que tem outros compromissos.

Ser Umbandista é agradecer aos Guias e Orixás por sua vida.
Estar Umbandista é barganhar com eles por favores mesquinhos.

Enfim ser Umbandista é amar a Umbanda e assumi-la como sua religião, falando de suas virtudes, mas sem fechar os olhos para seus problemas.
Estar Umbandista é gostar da Umbanda enquanto ela servir.

E nós somos ou estamos Umbandistas?