terça-feira, 2 de agosto de 2016

Pombagira Menina:

Apenas uma menina que perdeu sua inocência...

Essa menina doce e meiga, de olhar oriental, nasceu em Myanmar (Birmânia), 
no sul da Ásia, no ano de 1838 - na época uma colônia britânica. 
Em sua tribo as mulheres não alongavam os pescoços com colares (como na
 Tribo das Mulheres Girafas), apenas tatuavam a pele quando eram 
prometidas em casamento para mostrar o compromisso e usavam uma 
pesada tornozeleira. No seu país todos os nativos eram budistas. Seu nome
 aqui no Brasil seria algo assim como "Swang Pi".
Aos nove anos, foi vendida por seus pais a um grupo se soldados britânicos.
 Eles pensaram que a vida dela seria melhor em outro país, onde ela teria 
maiores oportunidades. Mas, ela foi comprada para serví-los de todas 
as formas. Então desde cedo, juntou-se a outras meninas que se tornaram
 escravas sexuais de seus tutores. Além de cozinhar, lavar e servir, elas
 deviam manter-se asseadas e bonitas, pois quando eram procuradas 
deviam estar dispostas a serví-los bem. Foi assim, que com apenas doze
 anos de idade, Swang já conhecia o mundo dos adultos. Para fugir dessa
 realidade aprendeu a consumir bebidas e a usar a pinang - uma espécie
 de planta misturada ao tabaco - que servia como estimulante. Aos treze 
anos toda a sua noção de vida real havia se perdido e ela vivia entre a 
bebida, a droga e o sexo. Desencarnou antes de completar quatorze anos,
 tendo ataques epiléticos, por conta de uma mistura de bebida, noz de areca
 e outros alucinógenos.
Acordou no Plano Espiritual, em meio a espíritos sofridos, sem saber o que
 lhe havia acontecido. Uma avó que lhe amava muito lhe socorreu e levou-a
 a um hospital espiritual. Quando recuperou sua memória e sua decência,
 quis entender sua trajetória de vida. Pediu para trabalhar com meninas,
 que assim como ela, perderam toda a inocência antes da puberdade. 
A partir de então ela passou a visitar diversos lugares no mundo inteiro,
 onde haviam meninas que passavam pela mesma situação que a sua. 
Veio parar no Nordeste brasileiro e conheceu as meninas que também se 
tornavam escravas sexuais desde cedo. Pediu para ficar nesta terra e 
fazer parte de um novo trabalho. Conheceu a Seara do Caboclo Sete
 Encruzilhadas e percebeu que poderia ajudar sem ser julgada ou condenada.
 Poderia ser ela mesma e simplesmente trabalhar... Assim como ela existem
 outras meninas com suas histórias de dor e sofrimento e que também
 trabalham
 como Pombagiras Meninas na Umbanda Sagrada.
HISTÓRIA DO EXU TATÁ CAVEIRA

Antes de ser uma entidade, Tatá Caveira viveu na terra física, assim como todos nós. Acreditamos que nasceu em 670 D.C., e viveu até dezembro de 698, no Egito, ou de acordo com a própria entidade, "Na minha terra sagrada, na beira do Grande Rio". Seu nome era Próculo, de origem Romana, dado em homenagem ao chefe da Guarda Romana naquela época.

Próculo vivia em uma aldeia, fazendo parte de uma família bastante humilde. Durante toda sua vida, batalhou para crescer e acumular riquezas, principalmente na forma de cabras, camelos e terras. Naquela época, para ter uma mulher era necessário comprá-la do pai ou responsável, e esta era a motivação que levou Próculo a batalhar tanto pelo crescimento financeiro. Próculo viveu de fato uma grande paixão por uma moça que fora criada junto com ele desde pequeno, como uma amiga. Porém, sua cautela o fez acumular muita riqueza, pois não queria correr o risco de ver seu desejo de união recusado pelo pai da moça. O destino pregou uma peça amarga em Próculo, pois seu irmão de sangue, sabendo da intenção que Próculo tinha com relação à moça, foi peça chave de uma traição muito grave. Justamente quando Próculo conseguiu adquirir mais da metade da aldeia onde viviam, estando assim seguro que ninguém poderia oferecer maior quantia pela moça, foi apunhalado pelas costas pelo seu próprio irmão, que comprou-a horas antes. De fato, a moça foi comprada na noite anterior à manhã que Próculo intencionava concretizar seu pedido.

Ao saber do ocorrido, Próculo ficou extremamente magoado com seu irmão, porém o respeitou pelo fato ser sangue do seu sangue. Seu irmão, apesar de mais velho, era muito invejoso e não possuía nem metade da riqueza que Próculo havia acumulado. A aldeia de Próculo era rica e próspera, e isto trazia muita inveja a aldeias vizinhas. Certo dia, uma aldeia próxima, muito maior em habitantes, porém com menos riquezas, por ser afastada do Rio Nilo, começou a ter sua atenção voltada para a aldeia de Próculo. Uma guerra teve início. A aldeia de Próculo foi invadida repentinamente, e pegou todos os habitantes de surpresa. Estando em inferioridade numérica, foram todos mortos, restando somente 49 pessoas. Estes 49 sobreviventes, revoltados, se uniram e partiram para a vingança, invadindo a aldeia inimiga, onde estavam mulheres e crianças. Muitas pessoas inocentes foram mortas neste ato de raiva e ódio. No entanto, devido à inferioridade numérica, logo todos foram cercados e capturados. Próculo, assim como seus companheiros, foi queimado vivo. No entanto, a dor maior que Próculo sentiu "não foi a do fogo, mas a do coração", pela traição que sofreu do próprio irmão, que agora queimava ao seu lado.Esta foi a origem dos 49 exus da linha de Caveira, constituída por todos os homens e mulheres que naquele dia desencarnaram. Entre os exus da linha de Caveira, existem: Tatá Caveira, João Caveira, Zé Caveira, Caveirinha, Rosa Caveira, Dr. Caveira (7 Caveiras), Quebra-Osso, entre muitos outros. Por motivo de respeito, não será indicado aqui qual exu da linha de Caveira foi o irmão de Tatá enquanto vivo.

Como entidade, o Chefe-de-falange Tatá Caveira é muito incompreendido, e tem poucos cavalos. São raros os médiuns que o incorporam, pois tem fama de bravo e rabugento. No entanto, diversos médiuns incorporam exus de sua falange. Tatá é brincalhão, ao mesmo tempo sério e austero. Quando fala algo, o faz com firmeza e nunca na dúvida. Tem temperamento inconstante, se apresentando ora alegre, ora nervoso, ora calmo, ora apressado, por isso é dado por muitos como louco. No entanto, Tatá Caveira é extremamente leal e amigo, sendo até um pouco ciumento. Fidelidade é uma de suas características mais marcantes, por isso mesmo Tatá não perdoa traição e valoriza muito a amizade verdadeira. Considera a pior das traições a traição de um amigo.Em muitas literaturas é criticado, e são as poucas as pessoas que têm a oportunidade de conhecer a fundo Tatá Chefe-de-falange. O cavalo demora a adquirir confiança e intimidade com este exu, pois é posto a prova o tempo todo.

No entanto, uma vez amigo de Tatá Caveira, tem-se um amigo para o resto da vida. Nesta e em outras evoluções

EXU CAVEIRA

Sou exu, assentado nas forças do Sagrado Omulu e sob sua irradiação divina trabalho. Fui aceito pelo Divino Trono Mehor-yê e nomeado Exu a mais ou menos dois milênios, depois de minha última passagem pela terra, a qual fui um pecador miserável e desencarnei amarrado ao ódio, buscando a vingança, dando vazas ao meu egoísmo, vaidade e todos os demais vícios humanos que se possa imaginar.

Fui senhor de um povoado que habitava a beira do grande rio sagrado. Nossa aldeia cultuava a natureza e inocentemente fazia oferendas cruéis de animais e fetos humanos. Até que minha própria mulher engravidou e o sumo sacerdote, decidiu que a semente que crescia no ventre de minha amada, devia ser sacrificado, para acalmar o deus da tempestade. Obviamente eu não permiti que tal infortúnio se abatesse sobre minha futura família, até porque se tratava do meu primeiro filho. Mas todo o meu esforço foi em vão. Em uma noite tempestuosa, os homens da aldeia reunidos, invadiram minha tenda silenciosamente, roubaram minha mulher e a violentaram, provocando imediato aborto e com o feto fizeram a inútil oferenda no poço dos sacrifícios. Meu peito se encheu de ódio e eu nada fiz para conte-lo. Simplesmente e enquanto houve vida em mim, eu matei um por um dos algozes de minha esposa inclusive o tal sacerdote.


Passei a não crer mais em deuses, pois o sacrifício foi inútil. Tanto que meu povoado sumiu da face da terra, soterrado pela areia, tamanha foi a fúria da tempestade. Derrepente o que era rio virou areia e o que areia virou rio. Mas meu ódio persistia. Em meus olhos havia sangue e tudo o que eu queria era sangue. Sem perceber estava sendo espiritualmente influenciado pelos homens que matei, que se organizaram em uma trevosa falange a fim de me ver morto também. O sacerdote era o líder. Passei então a ser vítima do ódio que semeei.
Sem morada e sem rumo, mas com um tenebroso exército de homens odiosos, avançamos contra várias aldeias e povoados, aniquilando vidas inocentes e temerosamente assombrando todo o Egito antigo. Assim invadimos terras e mais terras, manchamos as sagradas águas do Nilo de sangue, bebíamos e nos entregávamos às depravações com todas as mulheres que capturávamos. Foi uma aventura horrível. Quanto mais ódio eu tinha, mais eu queria ter. Se eu não podia ter minha mulher, então que nenhum homem em parte alguma poderia ter. Entreguei-me a outros homens, mas ao mesmo tempo violentava bruscamente as mulheres. As crianças, lamentavelmente nós matávamos sem piedade. Nosso rastro era de ódio e destruição completas. Até que chegamos aos palácios de um majestoso faraó, que também despertava muito ódio em alguns dos mais interessados em destruí-lo, pois os mesmos não concordavam com sua doutrina ou religião. Eis que então fomos pagos para fazer o que tínhamos prazer em fazer, matar o faraó.


Foi decretada então a minha morte. Os fiéis soldados do palácio, que eram muito numerosos, nos aniquilaram com a mesma impiedade que tínhamos para com os outros. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Isto coube na medida exata para conosco.


Parti para o inferno. Mas não falo do inferno ao qual os leitores estão acostumados a ouvir nas lendas das religiões efêmeras que pregam por aí. O inferno a que me refiro é o inferno da própria consciência. Este sim é implacável. Vendo meu corpo inerte, atingido pelo golpe de uma espada, e sangrando, não consegui compreender o que estava acontecendo. Mas o sangue que jorrava me fez recordar-me de todas as minhas atrocidades. Olhei todo o espaço ao meu redor e tudo o que vi foram pessoas mortas. Tudo se transformou derrepente. Todos os espaços eram preenchidos com corpos imundos e fétidos, caveiras e mais caveiras se aproximavam e se afastavam. Naquele êxtase, cai derrotado. Não sei quanto tempo fiquei ali, inerte e chorando, vendo todo aquele horror.


Tudo era sangue, um fogo terrível ardia em mim e isso era ainda mais cruel. Minha consciência se fechou em si mesma. O medo se apossou de mim, já não era mais eu, mas sim o peso de meus erros que me condenava. Nada eu podia fazer. As gargalhadas vinham de fora e atingiam meus sentidos bem lá no fundo. O medo aumentava e eu chorava cada vez mais. Lá estava eu, absolutamente derrotado por mim mesmo, pelo meu ódio cada vez mais sem sentido. Onde estava o amor com que eu construí meu povoado? Onde estavam meus companheiros? Minha querida esposa? Todos me abandonaram. Nada mais havia a não ser choro e ranger de dentes. Reduzi-me a um verme, jogado nas trevas de minha própria consciência e somente quem tem a outorga para entrar nesta escuridão é que pode avaliar o que estou dizendo, porque é indescritível. Recordar de tudo isto hoje já não me traz mais dor alguma, pois muito eu aprendi deste episódio triste de minha vida espiritual.


Por longos anos eu vaguei nesta imensidão escura, pisoteado pelos meus inimigos, até o fim das minhas forças. Já não havia mais suspiro, nem lágrimas, nem ódio, nem amor, enfim nada que se pudesse sentir. Fui esgotado até a última gota de sangue, tornei-me um verme. E na minha condição de verme, eu consegui num último arroubo de minha vil consciência pedir socorro a alguém que pudesse me ajudar. Eis que então, depois de muito clamar, surgiu um alguém que veio a tirar-me dali, mesmo assim arrastado. Recordo-me que estava atado a um cavalo enorme e negro e o cavaleiro que o montava assemelhava-se a um guerreiro, não menos cruel do que fui. Depois de longa jornada, fui alojado sobre uma pedra. Ali me alimentaram e cuidaram de mim com desvelo incompreensível. Será que ouviram meus apelos? Perguntava-me intimamente. Sim claro, senão ainda estaria lá naquele inferno, respondia-me a mim mesmo. “–Cale-se e aproveite o alvitre que vosso pai vos concedeu.”- Disse uma voz vinda não sei de onde. O que eu não compreendi foi como ele havia me ouvido, já que eu não disse palavra alguma, apenas pensei, mas ele ouviu. Calei-me por completo.


Por longos e longos anos fiquei naquela pedra, semelhante a um leito, até que meu corpo se refez e eu pude levantar-me novamente. Apresentou-se então o meu salvador. Um nobre cavaleiro, armado até os dentes. Carregava um enorme tridente cravado de rubis flamejantes. Seu porte era enorme. Longa capa negra lhe cobria o dorso, mas eu não consegui ver seu rosto.


– Não tente me olhar imbecil, o dia que te veres, verás a mim, porque aqui todos somos iguais.


Disse o homem em tom severo. Meu corpo tremia e eu não conseguia conter, minha voz não saia e eu olhava baixo, resignando-me perante suas ordens.


- Fui ordenado a conduzir-lhe e tenho-te como escravo. Deves me obedecer se não quiser retornar àquele antro de loucos que estavas. Siga minhas instruções com atenção e eu lhe darei trabalho e comida. Desobedeça e sofrerás o castigo merecido.


- Posso saber seu nome, nobre senhor?


- Por enquanto não, no tempo certo eu revelarei, agora cale-se, vamos ao nosso primeiro trabalho.


- Esta bem.


Segui o homem. Ele a cavalo e eu corria atrás dele, como um serviçal. Vagamos por aqueles lugares sujos e realizamos várias tarefas juntos. Aprendi a manusear as armas, que me foram dadas depois de muito tempo. Aos poucos meu amor pela criação foi renascendo. As várias lições que me foram passadas me faziam perceber a importância daqueles trabalhos no astral inferior. Gradativamente fui galgando os degraus daquele mistério com fidelidade e carinho. Ganhei a confiança de meu chefe e de seus superiores. Fui posto a prova e fui aprovado. Logo aprendi a volitar e plasmar as coisas que queria. Foram anos e anos de aprendizado. Não sei contar o tempo da terra, mas asseguro que menos de cem anos não foram.
Foi então que numa assembléia repleta de homens iguais ao meu chefe, eu fui oficialmente nomeado Exu. Nela eu me apresentei ao Senhor Omulu e ao divino trono de Mehor-yê, assumindo as responsabilidades que todo Exu deve assumir se quiser ser exu.


- Amor a Deus e às suas leis;
- Amor à criação do Pai e a todas as suas criaturas;
- Fidelidade acima de tudo;
- Compreensão e estudo, para julgar com a devida sabedoria;
- Obedecer às regras do embaixo, assim como as do encima;


E algumas outras regras que não me foi permitido citar, dada a importância que elas têm para todos os Exus.


A principio trabalhei na falange de meu chefe, por gratidão e simpatia. Mas logo surgiu-me a necessidade de ter minha própria falange, visto que os escravos que capturei já eram em grande número. Por esta mesma época, aquele antigo sacerdote, do meu povoado, lembram-se? Pois é, ele reencarnou em terras africanas e minha esposa deveria ser a esposa dele, para que a lei se cumprisse. Vendo o panorama do quadro que se formou, solicitei imediatamente uma audiência com o Divino Omulu e com O Senhor Ogum – Megê e pedi que intercedessem para que eu pudesse ser o guardião de meu antigo algoz. Meu pedido foi atendido. Se eu fosse bem sucedido poderia ter a minha falange. Assim assumi a esquerda do sacerdote, que, na aldeia em que nasceu, foi preparado desde menino para ser o Babalorixá, em substituição ao seu pai de sangue. A filha do babalawo era minha ex-esposa e estava prometida ao seu antigo algoz. Assim se desenvolveu a trama que pôs fim às nossas diferenças. Minha ex-mulher deu a luz a vinte e quatro filhos e todos eles foram criados com o devido cuidado. Muito trabalho eu tive naquela aldeia. Até que as invasões e as capturas e o comércio de negros para o ocidente se fizeram. Os trabalhos redobraram, pois tínhamos que conter toda a revolta e ódio que emanava dos escravos africanos, presos aos porões dos navios negreiros.


Mas meu protegido já estava velho e foi poupado, porém seus filhos não, todos foram escravizados. Mas era a lei e ela deveria ser cumprida.


Depois de muito tempo uma ordem veio do encima: “Todos os guardiões devem se preparar, novos assentamentos serão necessários, uma nova religião iria nascer, o que para nós era em breve, pois não sei se perceberam, mas o tempo espiritual é diferente do tempo material. Preparamo-nos, conforme nos foi ordenado. Até que a Sagrada Umbanda foi inaugurada. Então eu fui nomeado Guardião à esquerda do Sagrado Omulu-yê e então pude assumir meu trono, meu grau e meus degraus. Novamente assumi a obrigação de conduzir meu antigo algoz, que hoje já está no encima, feito meritóriamente alcançado, devido a todos os trabalhos e sacrifícios feitos em favor da Umbanda e do bem.


Hoje, aqui de meu trono no embaixo, comando a falange dos Exus Caveira e somente após muitos e muitos anos eu pude ver minha face em um espelho e notei que ela é igual à de meu tutor querido o Grande Senhor Exu Tatá Caveira, ao qual devo muito respeito e carinho. Não confundam Exu Caveira, com Exu Tatá Caveira, os trabalhos são semelhantes, mas os mistérios são diferentes. Tatá Caveira trabalha nos sete campos da fé; Exu caveira trabalha nos mistérios da geração na calunga, porque é lá que a vida se transforma, dando lugar à geração de outras vidas, mas não se esqueçam que há sete mistérios dentro da geração, principalmente a Lei Maior, que comanda todos os mistérios de qualquer Exu. Onde há infidelidade ou desrespeito para com a geração da vida ou aos seus semelhantes, Exu Caveira atua, desvitalizando e conduzindo no caminho correto, para que não caiam nas presas doloridas e impiedosas do Grande Lúcifer-Yê, pois não desejo a ninguém um décimo do que passei. Se vossos atos forem bons e louváveis perante a geração e ao Pai Maior, então vitalizamos e damos forma a todos os desejos de qualquer um que queira usufruir dos benefícios dos meus mistérios. De qualquer maneira, o amor impera, sim o amor, e por que Exu não pode falar de amor? Ora se foi pelo amor que todo Exu foi salvo, então o amor é bom e o respeito a ele conserva-nos no caminho. Este é o meu mistério. Em qualquer lugar da calunga, pratique com amor e respeito a sua religião e ofereça velas pretas, vermelhas e roxas, farofa de pinga com miúdos de boi. Acenda de um a sete charutos, sempre em números ímpares e aguardente. De acordo com o número de velas, se acender sete velas, assente sete copos e sete charutos, assim por diante. Agrupe sempre as velas da mesma cor juntas e forme um triângulo com o vórtice voltado para si, as velas roxas no vórtice, as pretas à esquerda e as vermelhas à direita, simbolizando a sua fidelidade e companheirismo para conosco, pois Exu Caveira abomina traição e infidelidade, como, por exemplo, o aborto, isto não é tolerado por mim e todos os que praticam tal ato é então condenado a viver sob as hostes severas de meu mistério. Peça o que quiser com fé, e com fé lhes trarei, pois todos os Exus Caveira são fiéis aos seus médiuns e àqueles que nos procuram.


A falange de Exus Caveira pertence à falange do Grande Tatá Caveira, que é o pai de todos os Exus assentados à esquerda do Divino Omulu, os demais não posso citar, falo apenas do meu mistério, pois dele eu tenho conhecimento e licença para abrir o que acho necessário e básico para o vosso aprendizado, quanto ao mais, busquem com vossos Exus pessoais, que são grandes amigos de seus filhos e certamente saberão orientar com carinho sobre vossas dúvidas. Um último detalhe a ser revelado é que todos os que têm Exu Caveira como Exu de trabalho ou protetor, é porque em algum momento do passado, pecaram contra a criação ou à geração e ambos, protetor e protegido tem alguma correlação com estes atos errôneos de vidas anteriores.Tenham certeza, se seguirem corretamente as orientações, com trabalho e disciplina, o mesmo que sucedeu com meu antigo e grande sumo sacerdote, sucederá com vocês também, porque este é o nosso desejo. Mais a mais, se um Exu de minha falange consegue vencer através de seu médium ou protegido, ele automaticamente alcança o direito de sair do embaixo e galgar os degraus da evolução em outras esferas.


Que o Divino Pai maior possa lhes abençoar e que a Lei Maior e a Justiça Divina lhes dêem as bênçãos de dias melhores.


Com carinho
Senhor Exu Caveira.

                         Zé Pelintra - O malandro



Zé Pelintra é uma entidade espiritual de origem afro-brasileira. É bastante cultuado e admirado na religião Umbanda como um espírito boêmio, patrono dos bares, locais de jogos e sarjetas, embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do malandro.
 Seu modo de vestir é bastante clássico e típico, Zé Pelintra é representado sempre trajando terno, geralmente de cor branca e mais raramente na cor preta, sapatos de cromo, gravata vermelha e chapéu panamá de fita vermelha ou preta (elegância é uma de suas principais características).
Apesar da entidade ter grande importância para os praticantes do catimbó (conjunto específico de atividades mágico-religiosas, originárias da Região Nordeste do país) Zé Pelintra é uma entidade originária primeiramente da Umbanda. Preto José Pelintra, como também é conhecido no Catimbó, viveu boa parte de sua vida encarnada ao lado de índios brasileiros e que  teria absorvido seus conhecimentos sobre ervas medicinais por consequência dessa convivência.

Possui grande influência nas matas assim como possui também um enorme respeito pelos santos católicos, isso se deve pelo fato do próprio Zé Pelintra ter sido batizado e seguido a Igreja Católica Apostólica Romana em vida.
O malandro é conhecido por ser mulherengo, birrento e festeiro, quando os médiuns recebem a visita dessa entidade, podem crer, a alegria será garantida. Zé Pelintra é invocado quando seus seguidores precisam de ajuda com questões que envolvem o lar e os negócios. É conhecido por ser um obreiro da caridade e da feitura de coisas boas.

 Muitas vezes Zé Pelintra é confundido com algum exu, isso se deve ao fato dessa entidade se manifestar também em sessões de exus, assim como também apresentar alguns trejeitos parecidos.
Existem diversas versões sobre a vida e a origem do malandro, mas a mais aceita entre seus seguidores diz ele teria nascido no povoado de Bodocó, no sertão pernambucano. Devido a terrível seca que assolava a região a família de José dos Anjos rumou para Recife. Mas infelizmente o menino José perdeu a mãe e o pai vítimas de uma doença desconhecida. Sem ter para aonde ir o menino se criou na rua em meio a malandragem, dormindo geralmente no porto e trabalhando como garoto de recados das prostitutas das redondezas. Cresceu tendo a noite como sua vida. Amava jogar dados e carteado, bebidas e principalmente as mulheres. Mulheres essas que ele tratava feito rainhas não importando a sua origem ou quem fosse. Não tardou até ser temido pela polícia devido a sua habilidade me manejar facas, poucos tinham coragem de o enfrentar no combate, seja ele armado ou desarmado. Mas apesar da valentia ele possuía um enorme coração, muitas vezes mandando para a casa jogadores bêbados que teimassem em jogar contra ele em estado de embriagues. Justo, leal, boêmio e malandro, essas são as características mais marcantes dessa entidade.
Na Umbanda, Zé Pelintra é um guia pertencente à linha do "Povo da Malandragem", tendo como seu Orixá patrono Ogum. Já no Catimbó, é considerado um "mestre juremeiro".

Tanto na Umbanda como no Catimbó, Zé Pelintra é tido como um protetor dos pobres, uma entidade de enorme importância entre as classes menos favorecidas, tendo ganhado o apelido de "Advogado dos Pobres", pela patronagem espiritual e material que exerce.  É comum achá-lo em festas e exposições, sempre rindo. E é claro, sem fazer rir.

Existem muitos relatos de avistamentos dessa entidade andando pelas ruas e sarjetas a noite, mesmo por aqueles que não possuem uma grande mediunidade ou até mesmo religiosidade. Já ouve relatos de pessoas que sentiram alguém as seguindo (geralmente em ruas desertas) e, ao olharem para trás se deram de cara com a figura do malandro sorridente a cumprimentar com a aba do chapéu, desaparecendo logo em seguida.

Exú Marabo

Em sendo uma religião bastante incompreendida muitas pessoas que procuram a Umbanda, a Ela vão pensando em encontrar uma oportunidade para requerer uma possível concessão de barganha espiritual, que possibilite a sua mudança de vida eximindo-se dessa forma dos atos praticados que as infelicitam.
Em via de regra, muitos se decepcionam quando observam que os seus intentos não serão atendidos- isto em um terreiro sério - e creditam a esse terreiro a falta de capacidade de manipulação energética e competência em resolver seus problemas.
Quanta ingenuidade!
Quanta escassez de discernimento!
Quanta falta de lucidez!
Se bem que; lucidez é para poucos, quando não algo raro, já que usar o cognitivo dá muito trabalho.
Amigo! Gostaria de lhe perguntar uma coisa:
De quem foi a teoria que a Umbanda nasceu para resolver os problemas alheios?
Assim seria muito cômodo não acha?
Mas, a mentalidade é essa e em regra geral ainda se diz: eu faço, refaço, perco meu tempo como quiser, não ajo corretamente, iludo, me camuflo e quando as coisas apertarem busco um terreiro de Umbanda e deixo tudo por lá. Faço uma negociata que logicamente só irá me favorecer e volto ao meu mundinho de antes, certo?
Errado!
E quem lhe disse que terreiro de Umbanda é baú que serve de depósito para teus malfeitos?
Olha! camarada! Lei é lei. E quem deve a lei a Ela deve ressarcir.
Portanto, não tem como burlar a lei, procurando brechas...
Não tem como dar um jeitinho.
Não tem como trapacear.
Vade-mecum jurídico no astral tem outras nuances e retórica.
Há tempo que as cartas estão na mesa!
Então vamos jogar o verdadeiro jogo da vida que só acerta quem sabe bem cartear.
E não adianta carta escondida na manga; ela em nada vai te favorecer.
Julgamento e sentença desse lado de cá é diferente: não tem mais véu de esquecimento e as caras de “bons moços” também não existem mais.
No tribunal individual, tua consciência é teu juiz e tuas ações indignas te farão réu confesso e não vai adiantar querer forjar o álibi do “não sabia” , pois, conhecimento se tem. Não se coloca em prática porque não se quer.
Vamos ser racionais! Lógica é lógica em qualquer lugar!
Depois dizem que é exu é quem é passional, quando não uma “maria-vai-com-as-outras”, ou seja, vocês nos imputam os adjetivos que lhe dizem respeito.
Oh! Meu povo, vocês misturam muito o profano com o sagrado. E uma coisa não tem nada a haver com a outra.
Isso sem falar nas entrelinhas da lei que vocês nem conseguem enxergar para ler.
Não entenderam ainda nem os princípios da Lei e quando acabar já querem cantar de galo? E usar anel de doutor?
Olha que a turmalina negra não se engana! Porque, faca de ponta é instrumento de guerra e quem firma o ponto não erra.
Diante de tudo isso eu volto a perguntar: Será que existe mesmo barganha espiritual na Umbanda?

A resposta ou as respostas eu deixo a critério de vocês.
Data Vênia. Eh, eh, eh...

Marabô da Encruzilhada, um toquinho no astral.
Mãe Luzia Nascimento

POMBA GIRA GUARDIÃ MARIA PADILHA DAS ALMAS:




História de uma Pomba Gira- Guardiã Maria Padilha das Almas:
 
Possui rara beleza, exala sensualidade, transmite segurança aqueles que por ela procura; é forte e determinada quando assume um trabalho, não deixando nada para depois; personalidade marcante, severa e disciplinadora, ao mesmo tempo em que é terna e doce. Sobressai muito seu lado passional, emocional, sentindo muito quando vê alguém aos frangalhos por causa de um relacionamento com desfecho ruim, auxiliando a pessoa de maneira inconfundível e decisiva neste aspecto. 
Auxilia também de maneira marcante as mulheres que recorrem a ela com problemas de fertilidade ou de ordem sexual.
Da grande valor ao conceito família. Esta entidade recebe seus trabalhos, despachos ou oferendas tanto no Cruzeiro do cemitério, quanto nas encruzilhadas, isto dependera exclusivamente dela. Trabalha com os Exus da Linha da Almas, ela é uma das companheiras do Exu Tranca Ruas das Almas.
Apresenta-se esta entidade, sob a forma de uma linda mulher de estatura mediana-alta, magra, de cabelos e olhos negros, sendo seus cabelos compridos e muito lisos, enrolando apenas em suas extremidades.
Ela é também muito temperamental, procura saber tudo sobre o consulente antes de esboçar qualquer tipo de ajuda, contudo uma vez que entra em trabalho, ela não sai enquanto tudo não estiver direitinho, como ela diz: "Formoso"; ela vai ate o fim, e nunca ouvi se quer uma reclamação, o que ela promete cumpre e pontualmente.


Maria Padilha é uma das principais entidades da umbanda e do candomblé traz consigo o dom do encantamento de amor é muito procurada pelas pessoas que sofrem de paixões não correspondidas.
E suas oferendas são compostas geralmente de cigarros champanhe rosas vermelhas perfumes anéis e gargatilhas batom pentes espelho farofa feita com azeite de dendê suas obrigações são geralmente arriadas nas encruzilhadas de T.
Mulheres que trabalham com esta entidade são geralmente belas bonitas atraentes e sensuais são dominadoras e de personalidade muito forte sabem amar como ninguém mas com a mesma facilidade sabem odiar seus parceiros amorosos.



Dona Maria Padilha das almas tem um temperamento bem mais forte e
dominador que as outras entidades da falange Maria Padilha
As médiuns, que trabalham regularmente  com  ela,
"coincidentemente"
também costumam ser mulheres extremamente  fortes e decididas.
Essa entidade nos passa o poder e o orgulho típico da falange Maria
Padilha.
 
POMBA-GIRA MARIA MULAMBO



 Olá irmãos Que a paz de Oxalá esteja com todos. Hoje a postagem é sobre mais uma pomba-gira, a Dona Maria Mulambo, normalmente essas pomba-giras são sérias, muito dizem que está ligada com Xangô, mas depende de cada entidade a homenagem vai a esta linha onde grandes espíritos iluminados trabalham para o equilíbrio do planeta terra. São pombas-giras que dãoi um ar de nobreza e não devemos misturar mulambo com pobreza e sim com desapego ao luxo. Maria mulambo é uma po,ba-gira muito conhecida que pratica sua caridade sempre ajudando quem lhe pede. Sua lenda: Sua lenda diz que Maria Mulambo nasceu em berço de ouro, cercada de luxo. Seus pais não eram reis, mas faziam parte da corte no pequeno reinado. Maria cresceu sempre bonita e delicada. Com seus trejeitos, sempre foi chamada de princesinha, mas não o era. Aos 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei, para casar-se com seu filho de 40 anos. Foi um casamento sem amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna aumentasse. Os anos se passavam e Maria não engravidava. O reino precisava de um outro sucessor ao trono. Maria amargava a dor de, além de manter um casamento sem amor, ser chamada de árvore que não dá frutos; e nesta época, toda mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada. Paralelamente a isso tudo, a nossa Maria era uma mulher que praticava a caridade, indo ela mesma aos povoados pobres do reino, ajudar aos doentes e necessitados. Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um jovem, apenas dois anos mais velho que ela, que havia ficado viúvo e tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava como todo amor. Foi amor à primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos dois tinha coragem de aceitar esse amor. O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria declarada rainha daquele pequeno país. O povo adorava Maria, mas alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria por não poder engravidar. No dia da coroação os pobres súditos não tinham o que oferecer a Maria, que era tão bondosa com eles. Então fizeram um tapete de flores para que Maria passasse por cima. A nossa Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e ao chegar ao castelo trancou Maria no quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras surras que ele lhe aplicaria. Bastava ele beber um pouquinho e Maria sofria com suas agressões verbais, tapas, socos e pontapés. Mesmo machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a caridade. Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas, resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem realmente seu grande amor. Combinaram tudo. Os pais do rapaz tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele pudesse reconstruir a família. Maria fugiu com seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás. O rei no princípio mandou procurá-la, mas, como não a encontrou, desistiu. Maria agora não se vestia com luxo e riquezas, agora vestia roupas humildes que, de tão surradas, pareciam mulambos; só que ela era feliz. E engravidou. A notícia correu todo o país e chegou aos ouvidos do rei. O rei se desesperou em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos. A loucura tomou conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele achava que isso não podia acontecer. Ele tinha que limpar seu nome e sua honra. Mandou seus guardas prenderem Maria, que de rainha passou a ser chamada de Maria Mulambo, não como deboche mas, sim, pelo fato de ela agora pertencer ao povo. Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e que a jogassem na parte mais funda do rio. O povo não soube, somente os guardas; só que 7 dias após esse crime, às margens do rio, no local onde Maria foi morta, começaram a nascer flores que nunca ali haviam nascido. os peixes do rio somente eram pescados naquele local, onde só faltavam pular fora d'água. Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo de Maria; e o encontrou. Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na água, o corpo estava intacto; parecia que ia voltar à vida. os mulambos com que Maria foi jogada ao rio sumiram. Sua roupa era de rainha. Jóias cobriam seu corpo. Velaram seu corpo inerte e, como era de costume, fizeram uma cerimônia digna de uma rainha e cremaram seu corpo. O rei enlouqueceu. E nunca mais se casou. Pomba-giras desta linha: Maria Mulambo das Almas, Maria Mulambo do cemitério, Maria Mulambo da Calunga, Maria Mulambo das Sete Encruzilhadas, Rainha Mulambo entre outras. Que Oxalá nos abençoe sempre Saravá .'.

Exu Veludo

EXÚ VELUDO



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O guardião da meia noite ou a qualquer tempo, 
assim defino o Exú Veludo, o meu grande amigo 
e compadre como ele gosta de ser chamado (compadre).
Venho aqui quebrar todas as regras e conceitos quanto 
a Exu e principalmente quanto a Exú Veludo trabalho com 
ele a mais de 20 anos e aprendi na prática muitas coisas:
 
Ninguêm pode com ele - tão pouco com seus protegidos,
 podem tentar e esperniar mas ninguêm ganha do compadre
 no final a gargalhada é sempre dele, ele da corda e o camarada 
mau intencionado cava a propria sepultura, todos deveriam ter em
 mente que não é tentando denegrir, ou mentindo com fofocas, 
ou tentando atingir com maldades os outros que alguem vencerá
 na vida. Na vida se vence com trabalho, bondade, amor, fé, boas
 intenções e com um compadre como o meu.
 
- Justiça -   O compadre não gosta de injustiça tão pouco vingança,
não quer dizer que ele não possa devolver um presente na verdade 
se atirarem uma pedra ela pode voltar e sempre volta, o que eu faço 
é apenas me defender pedindo que ele mande ao dono o que não é meu.

- Axé - Seu axé é fabuloso (dinheiro e saúde) tudo o que ele faz nesta
 área funciona e deixa os batuqueiros de araque  loucos, como pode
 funcionar um axé sem corte o caso é que a força vem do espírito e 
não é matando e passando galo que vai resolver o caso de alguêm 
muitas vezes nem há necessidade de fazer muita coisa basta apenas
 uma conversa com o compadre.

Pertence à Linha das Encruzilhadas.É assistente imediato do Exu Rei 
das 7 Encruzilhadas. Obedece à Ogum .Seu ponto de força é no lado
 direito da margem do rio em relação ao por do sol Um outro detalhe
 observado e que gostam (mas não fazem disso uma constante, 
talvez devido o ambiente onde está o médium) é o de fazerem os 
seus médiuns trabalharem descalços e, quando Exús Veludos caminham,
dão a impressão de que estão amassando e/ou pisando sobre areia. 
Recebe oferendas de trabalho na encrzilhada.
 
 Sua forma astral é na forma de um cavalheiro ricamente vestido,
 aparecendo entretanto como característica dissonante de sua personalidade. 
Veste-se elegantemente de vermelho e preto, também com capa nessa cor.
 Bebe todos os tipos de bebidas finas e fortes e fuma charutos de boa 
qualidade mas prefere o cachimbo. 
 
A origem do nome é bem antiga, do tempo em que as pessoas de fala 
mansa, calma, tranqüila, eram lembradas como: "tal pessoa é um
 veludo no falar". Portanto, a tonalidade da voz desse Exú se confunde 
com uma qualidade de voz aveludada. Onde incorpora um Exú Veludo, 
fatalmente incorpora também o Exú dos Rios ou do lodo, Apesar de ser 
"um veludo" no falar, é uma entidade muito forte. Protege por demais
 os seus médiuns, e exige muito deles para a manutenção dessa ligação
 médium/Exú Veludo.
 
Este Exu, vem das costas orientais da África, era swahili (negro arabizado).
 Usa um turbante na cabeça, e lindos tecidos de veludo trazidos de oriente,
 que lhe valeram o apelido na quimbanda de "veludo" Dado a sua forma 
luxuosa de se vestir, no estilo muçulmano, muitos que viram seu tipo de 
apresentação através da mediunidade, o confundiram com um cigano e
 o associaram com os mesmos. Isto não significa que não trabalhe com 
os ciganos, ao contrário, tem inclusive uma passagem ou caminho que 
se apresenta como um. Tem muitos conhecimentos sobre feitiços que se
 fazem utilizando panos, tigelas, agulhas, pembas e outros ingredientes. 
Abre os caminhos e limpa trabalhos negativos feitos nos cemitérios. 
Gosta de um bom Barreiro e grossos charutos ou cachimbo.
Alguns de seus caminhos são: 

Exu Veludo da Meia Noite
Exu Veludo Cigano
Exu Veludo 7 Encruzilhadas
Exu Veludo Menino (Veludinho)
Exu Veludo dos 7 Cruzeiros
Exu Veludo das Almas
Exu Veludo dos Infernos
Exu Veludo da Kalunga
Exu Veludo da Praia
Exu Veludo do Oriente
Exu Veludo Sigatana
Exu Veludo do Lixo
 
Ponto cantado de Exú Veludo
 
Comigo Ninguém pode
Mas eu posso com tudo
Na minha encruzilhada
Eu sou Exu Veludo 
Comigo Ninguém pode
Mas eu posso com tudo
Na minha encruzilhada
Eu sou Exu Veludo 
 
Anarauê .Anarauâ .... 
Anarauê Anarauâ .... 
 
Eu me chamo Exú Veludo 
E também Exú Bara 
Eu me chamo Exú Veludo 
E também Exú Bara 

 
LEI DA ATRAÇÃO.

 


        Tudo que vem até você é atraído por você mesmo. É atraído até
        você pelas imagens que você mantém em sua mente.
        É o que você está pensando. Tudo o que se passa na sua mente 
        é atraído até você. Alguns povos sempre souberam disso.