terça-feira, 2 de agosto de 2016


Exú Marabo

Em sendo uma religião bastante incompreendida muitas pessoas que procuram a Umbanda, a Ela vão pensando em encontrar uma oportunidade para requerer uma possível concessão de barganha espiritual, que possibilite a sua mudança de vida eximindo-se dessa forma dos atos praticados que as infelicitam.
Em via de regra, muitos se decepcionam quando observam que os seus intentos não serão atendidos- isto em um terreiro sério - e creditam a esse terreiro a falta de capacidade de manipulação energética e competência em resolver seus problemas.
Quanta ingenuidade!
Quanta escassez de discernimento!
Quanta falta de lucidez!
Se bem que; lucidez é para poucos, quando não algo raro, já que usar o cognitivo dá muito trabalho.
Amigo! Gostaria de lhe perguntar uma coisa:
De quem foi a teoria que a Umbanda nasceu para resolver os problemas alheios?
Assim seria muito cômodo não acha?
Mas, a mentalidade é essa e em regra geral ainda se diz: eu faço, refaço, perco meu tempo como quiser, não ajo corretamente, iludo, me camuflo e quando as coisas apertarem busco um terreiro de Umbanda e deixo tudo por lá. Faço uma negociata que logicamente só irá me favorecer e volto ao meu mundinho de antes, certo?
Errado!
E quem lhe disse que terreiro de Umbanda é baú que serve de depósito para teus malfeitos?
Olha! camarada! Lei é lei. E quem deve a lei a Ela deve ressarcir.
Portanto, não tem como burlar a lei, procurando brechas...
Não tem como dar um jeitinho.
Não tem como trapacear.
Vade-mecum jurídico no astral tem outras nuances e retórica.
Há tempo que as cartas estão na mesa!
Então vamos jogar o verdadeiro jogo da vida que só acerta quem sabe bem cartear.
E não adianta carta escondida na manga; ela em nada vai te favorecer.
Julgamento e sentença desse lado de cá é diferente: não tem mais véu de esquecimento e as caras de “bons moços” também não existem mais.
No tribunal individual, tua consciência é teu juiz e tuas ações indignas te farão réu confesso e não vai adiantar querer forjar o álibi do “não sabia” , pois, conhecimento se tem. Não se coloca em prática porque não se quer.
Vamos ser racionais! Lógica é lógica em qualquer lugar!
Depois dizem que é exu é quem é passional, quando não uma “maria-vai-com-as-outras”, ou seja, vocês nos imputam os adjetivos que lhe dizem respeito.
Oh! Meu povo, vocês misturam muito o profano com o sagrado. E uma coisa não tem nada a haver com a outra.
Isso sem falar nas entrelinhas da lei que vocês nem conseguem enxergar para ler.
Não entenderam ainda nem os princípios da Lei e quando acabar já querem cantar de galo? E usar anel de doutor?
Olha que a turmalina negra não se engana! Porque, faca de ponta é instrumento de guerra e quem firma o ponto não erra.
Diante de tudo isso eu volto a perguntar: Será que existe mesmo barganha espiritual na Umbanda?

A resposta ou as respostas eu deixo a critério de vocês.
Data Vênia. Eh, eh, eh...

Marabô da Encruzilhada, um toquinho no astral.
Mãe Luzia Nascimento

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