terça-feira, 11 de outubro de 2016

Nossa Senhora Aparecida e Oxum. O que elas têm o que em comum?






Você é filho de quem? Qual mãe é a sua? Quem te protege quando o tombo é tão feio que nem do chão você levanta? Esparramado no chão, gemendo, morto pena de si mesmo, a quem você pede colo?
Precisamos de mães. É fato. Porque engatinhamos nas artes da vida. E é muito duro se sentir completamente só nessa caminhada. Mas precisamos de mães que durem mais que as nossas. Perdoem e aceitem mais que as nossas. E, se possível, tenham influência com o gerente lá de cima. Porque tem horas que vou te contar...
Hoje é dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Ou seja, ela é quem dá uma força por aqui. Hoje também é o dia de Oxum. O que elas têm em comum? Tudo!
São mulheres. São negras como a maioria do nosso povo. São mães. Sensíveis se comovem com nosso sofrimento. Se compadecem de nossas dores. São generosas como os rios e as cachoeiras. Nos guiam para a fartura, a vida e a fartura da vida.
A imagem de Nossa Senhora Aparecida foi achada num rio. Primeiro o corpo, depois a cabeça. Depois vieram os peixes que os pescadores precisavam. Tantos que o barco quase afundou.
Oxum é a rainha das águas doces dos rios e das cachoeiras. Oxum é a mãe que chora junto. É orixá dos sentimentos. Coincidentemente, também da generosidade, da capacidade de gerar frutos de várias formas.
É pelos sentimentos que frutificamos ou secamos. Quantas criaturas reclamonas, amargas e secas nós conhecemos? Puxe da memória! Faça sua lista. Quantos trambiqueiros que acham que só conseguem subir usando os outros de escada? Seres que não percebem que é o que brota deles que gera pobreza ou riqueza.
A pior das pobrezas é a do espírito. É não perceber que pode brotar, florir, repartir. É se perceber vazio e ali estagnar. Onde há estagnação, não há vida. Vida é rio, é cachoeira. Vida é soma de afluentes, mistura, tudo junto ganhando força e crescendo.
A capacidade de amar e ser amado. A riqueza de dividir e ver o outro crescer. A ousadia de, mesmo com medo, arriscar. Mergulhar, lançar a rede, insistir. Isso é a vida. E se não der certo, senta e chora. Depois tenta de novo. Isso é Oxum.
Nem sempre conseguimos de primeira. Essa é a mensagem de Nossa Senhora Aparecida. É preciso empenho. E, principalmente, fé. Porque sem fé, os pescadores já teriam desistido de pescar naquele lugar e ido embora.
Eles insistiram. Pediram e ficaram tentando. Ficaram pela fé. É preciso ter fé. Sempre. Mas é preciso mais. Vida exige atitude. Embarcar, Jogar a rede de um lado, jogar do outro. Sem trabalho nada é possível.
Oxum, a orixá chorona, nos ensina que a gente pode chorar. Por que não? Num mundo onde tudo parece tão árido, as lágrimas limpam, regam, hidratam. Oxum chora. Muitos dizem que ela já chega chorando. Por que? Não sei detalhes, perguntem a ela.
Mas me parece que a grande lição que essas mulheres negras e fortes querem nos passar é que, às vezes, a correnteza é forte demais e a gente não dá conta. E tem, sim, o direito de sentar na margem e deixar a alma transbordar pelos olhos. Só não tem o direito é de parar de tentar.
Salve Oxum! Salve Nossa Senhora Aparecida!

Oraieiêu Mamãe !!!


Osún, a Deusa do Amor!:
Esse mês a maioria dos terreiros de Umbanda fazem seus festejos a Oxum, Orixá das Águas Doces, das cachoeiras, do Ouro, do Amor Divino e da purificação. Pois bem, cada vez mais se faz necessário agir com lógica e responsabilidade nessa comemoração.
Falo isso pois é comum os terreiros e médiuns umbandistas irem às cachoeiras festejar a Orixá levando uma imensa quantidade de elementos para oferenda como parte integrante do culto, do amor e da devoção ao Orixá, mas deixam o local todo sujo, cheirando mal e impróprio a qualquer outra pessoa, inclusive densificando a energia do ambiente e dificultando qualquer ação espiritual, vibracional e energética propiciatória.
Fico imaginando o que é para uma pessoa que não conhece os fundamentos da Umbanda ver um monte de garrafas, comidas, velas, entre outras coisas, próximo das cachoeiras. Fico imaginando o que é fazer uma oração próximo à cachoeira depois que um grupo, um terreiro ou um médium fez sua ‘super’ oferenda.
Claro que para isso não é necessário muita imaginação. Quem já não ouviu frases do tipo “vamos cedo à cachoeira para não encontrá-la suja e sobrecarregada” ? Quem já não se sentiu mal, pesado ou irritado durante e depois de sua prece junto a um monte de sujeira que está envolvendo toda a cachoeira? Quem já não teve vontade de voltar para casa, ou de fato voltou sem ao menos conseguir ajoelhar ao lado da queda d’água devido a tanto entulho e ao mal cheiro? Quem já não se machucou, cortou ou furou os pés ao pisar em restos de oferendas arriadas em volta da cachoeira ou jogadas dentro das águas?
É triste, mas parece que faz parte da cultura religiosa da Umbanda grandes oferendas, descarregos nas cachoeiras, sujeira, exageros… Nossa, que grande engano! A Umbanda é simplicidade, é pureza, é amor e não destruição.
Oxum então… é beleza e doçura, é vaidosa e cheirosa. Nada comparado com o que habitualmente encontramos  nas cachoeiras depois da passagem daquele ‘super’ médium e de sua ‘super’ oferenda. É impressionante!
Acredito que está faltando lógica, sensatez, conhecimento, amor e o mínimo de bom senso e de preocupação com o Além e com o próximo. Chego à conclusão de que o que mais falta nas pessoas é o “olhar em volta”, “olhar para trás” e o “olhar para frente”.
É estranho, mas as pessoas só olham para o agora, para sua realidade, para seus desejos e seus umbigos e se esquecem da origem, do reflexo, da Lei da Ação e Reação. As pessoas esquecem que são reflexo do passado e que o futuro depende do presente e não do futuro.
É só OLHAR… Afinal se olharmos à nossa volta perceberemos que existem mais coisas, pessoas, energias, espíritos dependendo e agindo em nós. Se olharmos para trás perceberemos o quanto de sujeira, dor e egoísmo já proporcionamos e ainda estamos proporcionando a tudo e todos em nosso entorno. Se olharmos para frente perceberemos o quanto um ato pode influenciar na vida das pessoas, em tudo que está próximo e na humanidade.
Curioso, se assim pode-se dizer, é saber que uma das ferramentas, instrumentos e formas de agir de Oxum é através do espelho, o abebê usado no candomblé, ferramenta que é caracterizada por uma espécie de leque e que traz um espelho no centro. Oxum dança usando o abebê para que através do espelho seja refletido o interno de cada um, assim como, pede para que cada um olhe com mais atenção para seus próprios atos.
Sei da importância dos elementos nas oferendas, da energia de frutas, flores  e ervas  e o quanto elas fortalecem Guias e Orixás no Astral! Mas pensem que essa energia já é própria da natureza, o que ativa, aumenta e leva essa energia ao Astral é o nosso pensamento.
Vamos refletir, olhar em volta, nos preocupar com o próximo, com a energia e com o “Além”.
Sujeira nas cachoeiras é falta de vergonha! É falta de humanidade! É falta de amor! É falta de religiosidade, espiritualidade e conduta umbandista!
Vamos ficar de olhos abertos e vamos fazer diferente e a diferença.
Se você vir alguém sujando as cachoeiras, oriente!… Talvez essa pessoa ainda não saiba o que é um Orixá, o que é a Umbanda e a importância da Natureza na vida de todos.
E fica minha sugestão: como oferenda a Oxum leve seu amor, seus joelhos predispostos a ajoelharem na terra úmida, suas lágrimas predispostas a escorrerem sobre a face até alcançarem o colo amoroso de Oxum, suas preces em forma de canto encantados e sua luta para preservar a beleza e a pureza das cachoeiras, santuário Sagrado de Nossa Querida Mãe Oxum, berço da vida, da união e da felicidade.
OXUM NA UMBANDA
Oxum é o Orixá irradiador do Amor Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos. Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união e favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância material. É a força dos rios, que correm sempre adiante, levando e distribuindo pelo mundo sua água que mata a sede.
AMOR PURO
É a Mãe da água doce, Rainha das cachoeiras, Deusa da candura e da meiguice. Orixá da prosperidade e da riqueza interior, ela é a manifestação do Amor, o amor puro, real, maduro, solidificado, sensível e incondicional, por isso é associada à maternidade e ligada ao desenvolvimento da criança ainda no ventre da mãe, da mesma maneira que Iemanjá.
Oxum é o amor, é a capacidade de sentir amor. A partir desse amor é que se dá a origem às Agregações, e consequentemente origina a concepção das coisas.
ELO QUE UNE e AGREGA
Ela é o elo que une os Seres sob uma mesma crença, trazendo a união espiritual. É o elo que une dois Seres sob o mesmo amor, agregando-os onde se dá inicio à concepção de uma nova vida. Ela é quem agrega os bens materiais que torna um ser rico, portanto, é conhecida como Orixá da Riqueza, Senhora do Ouro e das Pedras Preciosas.
FECUNDA, GERA e CUIDA
A regência fascinante de Oxum é o processo de fecundação, na multiplicação da célula mater. É Oxum quem gera o nascimento de novas vidas que estarão no período de gestação numa bolsa de água – como ela, Oxum, rainha das águas. É, sem dúvida alguma, das regências mais fascinantes, pois é o início, a formação da vida. É Oxum que “tomará conta” até o nascimento, quando, então, entrega à Iemanjá, que será responsável pelo destino daquela criança.
MÃE DAS CRIANÇAS
Oxum não vê defeitos nos seus filhos, são verdadeiras joias, e ela só consegue ver o seu brilho. É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até que adquiram a sua independência. Os seus filhos, melhor, as suas joias, são a sua maior riqueza.
PERSONALIDADE MARCANTE
De menina-moça faceira, passando pela mulher irresistível até a senhora protetora, Oxum é sempre dona de uma personalidade forte, que não aceita ser colocada em segundo plano, afirmando-se em todas as circunstâncias da vida. Como acontece com as águas, nunca se pode prever o estado em que encontraremos Oxum; como também não podemos segurá-la em nossas mãos. Assim, Oxum é o ardil feminino, considerada a deusa do amor, a Vênus africana.
FELICIDADE
O casamento, o ventre, a fecundidade e as crianças são de Oxum, assim como, por consequência, a FELICIDADE. Como as águas dos rios, a força de Oxum vai a todos os cantos da terra. Ela dá de beber às folhas de Ossain, aos animais e plantas de Oxossi, esfria o aço forjado por Ogum, lava as feridas de Obaluaê, compõe a luz do arco-íris de Oxumare. Oxum está em tudo, pois, se amamos algo ou alguém é por que Ela está dentro de nós.
CARACTERÍSTICAS DAS FILHAS DE OXUM
As filhas de Oxum dão muito valor à opinião pública, fazem qualquer coisa para não chocá-la, preferindo contornar as suas diferenças com habilidade e diplomacia.
Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades, atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.
Têm uma certa tendência para engordar, a imagem da gordinha risonha e bem-humorada combina com elas. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.
Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Elas são narcisistas demais para gostar muito de alguém.
Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem as filhas de Oxum, que gostam de joias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.
Verger define: O arquétipo de Oxum é o das mulheres mais graciosas e elegantes, com paixão pelas joias, perfumes e vestimentas caras.
O lado espiritual das filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso algumas das maiores Yalorixás da história do Candomblé tenham sido ou sejam de Oxum.
Muito Axé e Amor a todos !!!
Escrito por Mãe Mônica Caraccio
Mamãe Oxum


Trono Natural Irradiador do Amor Divino e da Concepção da Vida em todos os sentidos. Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união matrimonial, e como Trono Mineral ela favorece a conquista de riqueza espiritual e a abundância material
... A orixá Oxum é o Trono regente do pólo magnético irradiante da linha do amor e atua na vida dos seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
...Seu elemento é o mineral, junto com Oxumaré, forma uma linha vertical cujas vibrações, magnetismo e irradiações planetárias atuam sobre os seres estimulado os sentidos de amor e acelerando a união e a concepção dos seres.
...Na Coroa Divina, a orixá Oxum e o Orixá Oxumaré surgem a partir da projeção do Trono do Amor, que é o regente do sentido do amor.Oxum forma com Oxumaré a segunda linha de Umbanda, que é a linha do amor.
...Oxum assume os mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu elemento mineral atua nos seres estimulando a união e a concepção.
...A água é o melhor condutor das energias minerais e cristalinas, sendo que a água doce dos rios é a melhor rede de distribuição de energia mineral, e o mar é o melhor irradiador de energias cristalinas. Saibam que a energia irradiada pelo mar é cristalina e a energia irradiada pelo rio é mineral. É justamente neste ponto, surgem confusões em relação a Orixá Oxum e a Orixá Iemanjá.A água doce por estar carregada de energia mineral, é um dos principais alimentos dos vegetais. Logo, Oxum está tão presente nas matas de Oxóssi quanto na terra de Obá, que são os dois orixás que pontificam a linha vertical (irradiação) do conhecimento. A senhora Oxum do Conhecimento é uma Oxum vegetal, pois atua nos seres como imantadora do desejo de aprender.
...A Ciência dos Orixás é tão vasta quanto divina, e está na raiz de todo o saber, na origem de todas as criações divinas e na natureza de todos os seres. É na Ciência dos orixás que as lendas se fundamentam, e não o contrário. Estude e Entenda esta maginífica ciência divina e compreenda suas chaves interpretadoras dos entrecruzamento. Se conseguir, temos certeza que entenderá porque a rosa vermelha é usada como presente pelos namorados e a rosa branca é usada pelos filhos quando presenteiam suas mães, ou porque se oferece rosas vermelhas á Pomba-Gira, rosas brancas para oferendar Iemanjá, rosas amarelas para oferendar Oxum e rosas cor de rosa para oferendar as crianças.
...Todo jardim com muitas roseiras é irradiador de essência mineral, torna um ambiente catalisador natural das irradiações de amor da divindade planetária que, amorosamente, chamamos de Mamãe Oxum.
...Oxum é mineral e irradia o amor, unindo os casais (pares),estimulando-os no sentido de apoiarem-se, ampararem-se e crescerem conscientemente.
...Oxum irradia energias minerais que criam todo um campo energético onde vibrações afins são identificadas pelos pares afins, que se unem e crescem (evoluem) no amor.
...Simbolicamente representamos Oxum com um coração, pois o amor acelera o batimento cardíaco e sua perda cria a sensação de um vazio no peito.
Oferenda à Mãe Oxum:
-Velas Brancas / Azuis (claro) / Amarelas
.... -Flores ou Rosas Amarelas
- Frutos
- Essência de Rosas
- Champanhe / Licor de Cereja
- Tudo depositado ao pé de uma cachoeira

Parte do texto retirado do Livro: “O CÓDIGO DE UMBANDA”
Obra psicografada por Rubens Saraceni.

DOUTRINA UMBANDISTA


 
 
OS MANDAMENTOS DE UM MÉDIUM UMBANDISTA.

RUBENS SARACENI

 

 01 – Amar a Olorum acima de todas as coisas, aos Orixás e a Umbanda acima de todas as outras religiões.

 02 – Vestir a roupa branca e incorporar seus guias só no seu centro.

 03 – Não ficar visitando outros centros em vão, ou seja, só por curiosidade.

 04 – Se visitar um centro, entrar em silencio, assistir aos trabalhos, tomar o passe e sair em silencio.

05 – Não comentar ou criticar as práticas alheias, sejam elas do seu agrado ou não, concorde com elas ou não, porque elas não são as suas e sim, deles.

 06 – Não fazer comentários desairosos sobre os cultos e trabalhos realizados em outros centros de Umbanda.

 07 – Não copiar fundamentos alheios e manter-se fiel aos da Umbanda.

08 – Não profanar o que é sagrado e não sacralizar o que é profano.

 09 – Cuidar da sua mediunidade e deixar a dos seus irmãos de fé, que os Pais ou Mães Espirituais e os guias deles cuidarão.

10 – Não emitir opiniões sobre o assunto religioso que não conhece em profundidade ou sobre o qual sequer conhece.

 11 – Não imitar e não invejar os trabalhos e as forças espirituais dos seus irmãos de fé.

12 – Se, por alguma razão, não se sentir satisfeito no centro que está frequentando, peça licença para se afastar dos trabalhos, mas guarde só para você as razões do seu afastamento.

 13 – Se saiu do centro que frequentava, não fique criticando-o ou ao seu dirigente porque, por certo tempo, tanto o centro quanto o seu dirigente lhe foram úteis e o ampararam.

14 – Não faça comentários sobre os trabalhos realizados no seu centro para pessoas que não o conhecem ou não participam do dia a dia dele e do que nele é realizado.

15 – Não fique procurando ou pondo defeitos em seus irmãos de fé, e sim, procure-os em si e tente livrar-se deles antes que descubram que não és o “ser perfeito” que aparentas ser.

 16 – Lembre-se disso: - Todos possuem defeitos e imperfeições, mas cada um só deve cuidar dos seus.

 17 – Trabalhe a favor e no benefício do crescimento do seu centro e no dos seus irmãos de corrente, que toda a corrente trabalhará no seu benefício e no das suas forças espirituais.

 18 – Cada centro tem os seus fundamentos, e os do seu não são melhores ou mais poderosos que os dos outros. Apenas são diferentes!

19 – Faça a caridade, seja ela espiritual ou material, sem esperar nenhum tipo de recompensa, pois fazê-la esperando algo em troca não é caridade, e sim, é troca de benefícios.

 20 – Se, o ato de auxiliar alguém caritativamente com o seu dom mediúnico e com a força dos seus Guias e dos seus Orixás não lhe for gratificante ou recompensador, pare enquanto é tempo, porque, de insatisfeitos e de exploradores do próximo, o inferno está cheio!

21 – (Que outros irmãos de fé acrescentem aqui outras regras que acharem necessárias ao aperfeiçoamento doutrinário dos médiuns umbandistas)... 22 –...., etc.. Pai Rubens Saraceni.

OS MANDAMENTOS DE UM MÉDIUM UMBANDISTA SUGESTÃO DE CONTINUIDADE – POR ALEXANDRE CUMINO

22 – Colabore materialmente com seu centro (terreiro/tenda/núcleo), não é responsabilidade do sacerdote custear todas as despesas de um trabalho que é coletivo. Procure saber como colaborar nas despesas, seja para dividi-las ou para pagar uma mensalidade/doação estipulada pelo dirigente. A manutenção material é tão importante quanto a espiritual, é sagrada e deve ser uma prioridade.

23 – Ao chegar no centro, desligue seu celular, procure deixar seus problemas de fora, evite conversas sobre o trânsito, política, futebol, dificuldades domésticas ou profissionais. Procure não se entregar a distrações, você está em ambiente sagrado, esteja consciente de si e do sagrado, sinta e perceba quais são seus sentimentos, pensamentos, palavras e ações neste templo da religião.

24 – Não chegue atrasado aos trabalhos, procure chegar mais cedo, informe-se o quanto antes deve chegar. Ao chegar no centro seja útil, procure saber se precisam de você para a limpeza ou manutenção e organização do espaço e do trabalho que vai se realizar. Caso não tenha mais nada para fazer, procure silenciar, meditar ou rezar, preparando-se para os trabalhos que, provavelmente, já começaram no astral. Espere o trabalho/gira/sessão se encerrar completamente antes de se retirar do templo, procure saber se ainda precisam de ajuda antes de ir embora.

25 – Fale baixo (outros podem estar rezando) e movimente-se com calma e cuidado. Seja sempre cordial, tranquilo, respeitador, atencioso e bem disposto durante os trabalhos de Umbanda. Não grite, não corra, não se manifeste com agitação ou nervosismo, independente do que esteja acontecendo. Lembre-se, o estado emocional e a atitude dos médiuns influencia diretamente o comportamento da consulência.

 26 – Não use o centro/terreiro para paquerar, flertar ou causar frissons. Os trabalhos de Umbanda não podem ter como objetivo encontros afetivos. O foco das reuniões de Umbanda deve ser sempre religioso, espiritual e de autoconhecimento. Evite chamar a atenção por meio da vaidade ou do ego. Caso comece a se relacionar afetivamente com outro médium, avise seu sacerdote, pois ele é responsável pelo que acontece dentro deste ambiente.

 27 – Cuide de sua higiene, procure estar sempre com sua roupa branca, de terreiro, limpa. Esteja sempre atento ao odor dos pés (caso tenha que tirar os calçados), verifique o hálito e use desodorante sem perfume. Pois nada é mais desagradável que tomar consulta com uma entidade e ter que sentir: “chulé”, mau hálito, CC vencido e outros odores desagradáveis.

 

28 – Cuide de sua alimentação. Nos dias de trabalho, evite comer carnes ou alimentos de difícil digestão, abstenha-se de bebidas alcoólicas e relação sexual.

29 – Mantenha sempre acesa sua vela para o Anjo da Guarda e, quando necessário, firme sua direita e sua esquerda, tome seus banhos de ervas e faça defumação. Aprenda como se limpar e descarregar de energias negativas, não deixe tudo por conta de seus guias ou de seu sacerdote. Não seja mais um dependente e não faça do trabalho espiritual uma muleta, aprenda e conheça os fundamentos de sua religião.

 30 – Trate com respeito e humildade todos os guias que trabalham no centro e não apenas os guias do seu sacerdote.

 31 – Não ocupe o tempo de seu sacerdote com assuntos desnecessários, frivolidades ou banalidades. Provavelmente, outros irmão também querem a atenção do dirigente espiritual.

 32 – Procure entender que todo centro/terreiro tem regras, escritas ou não, que devem ser seguidas à risca, tanto por médiuns, quanto por seus guias. Procure conhecer estas regras.

33 – Lembre-se, podemos comparar o centro a uma família em que, aos poucos, vamos conhecendo as dificuldades de cada um e aprendendo a conviver com elas. Também podemos comparar a uma orquestra, em que o sacerdote é o maestro e que cada médium deve seguir sua partitura, fazer seu papel, com consciência de que cada um é uma parte do todo e, se cada um fizer sua parte, o todo estará, sempre, em harmonia. 

GUERREIRA DA ESQUERDA E DA DIREITA SEMPRE DA LUZ



Lá vem ela,
como sempre formosa,
na mão uma rosa.

É uma das poucas,
que o cabelo que seu rosto moldura,
é curto sempre e sempre será.

As de sua falange, compridos o tem,
mas ela de todas é diferente,
diz usar o que lhe convém.

Não lembrando a ninguém da sensualidade,
deixando para trás a vaidade,
ser vista  como guerreira é o que quer.

Galgou cada pequeno degrau,
lutando contra si mesma,
para atender apenas da Luz as leis.

Aprendendo começou,
com o tempo numa falange se encaixou,
muito tempo ali trabalhou.

Um dia a convocaram,
uma falange chefiaria,
diretamente a Lei se reportaria.

Alguns séculos lá se foram,
ela nem notara,
tanto trabalho era.

Certo dia a Luz a chamou,
o posto a outra dar poderia,
novo trabalho merecia.

Emocionada lágrimas escorriam,
a guerreira uma luta interior travava,
então atirou-se ao solo e clamou:

“Como abandonar tantos irmãos,
subir a escada sem os levar,
Jesus me perdoe, não posso”.

Então pétalas de todas as cores,
do infinito caíram cobrindo aquele solo,
que divisa entre trevas e luz era.

E os irmãos iluminados,
falaram emocionados,
outra atitude a Luz não esperava,
trabalharás aqui e lá,
livre é teu acesso,
mas agora sem demora venha,
seus irmãos querem te abraçar,
as novas tarefas conhecerás,
e então as assumirá,
e aqui e lá teu trabalho se estenderá.


Irmãos já se passaram um quarto de século, ela continua se desdobrando, aqui e lá, lá e aqui,
cada vez mais formosa fica, paz traz sua presença, que tudo vai ficar bem certeza.


Eu humildemente a saúdo, em nome de Jesus de Nazareno, em nome de Oxalá, em nome de DEUS.

Ah quem é ela? Bem é uma Pomba Gira na Umbanda que se tornou também uma Socorrista e Doutrinadora na Luz.


Eu vos digo meus irmãos existem mais alguns guardiões que como ela trabalham dos dois lados, continuam sendo guardiões nas Trevas mas têm livre acesso e trabalham muito na luz.


Relatei a vocês para que meditem, meditem e meditem e não abram a boca para falar que exu e pombo-gira da Umbanda não tem luz, não são evoluídos, meditem apenas isso.
Na próxima oportunidade falaremos sobre o que o médium quer e o que realmente o seu guia da esquerda e direita quer.


Que Oxalá os abençoe,


ditado por Gira Mundo
psicografado por Luconi
em 20-08-2015



Aristóteles, filósofo grego, escreveu este texto no ano 360 a.C., e é eterno:


``Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz, sua vida, nas mãos de ninguém, absolutamente ninguém.


Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.


A razão da sua vida é você mesmo. A tua paz interior é a tua meta de vida, quando sentires um vazio na alma, quando acreditares que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remete teu pensamento para os teus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você. Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você.


Não coloque o objetivo longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se andas desesperado por problemas financeiros, amorosos ou de relacionamentos familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te. Você é reflexo do que pensas diariamente.


Pare de pensar mal de você mesmo, e seja seu melhor amigo sempre. Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que te quer oferecer o melhor.


Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você e você estará afirmando para você mesmo que está pronto para ser feliz.


Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda.


CRITIQUE MENOS, TRABALHE MAIS E, NÃO SE ESQUEÇA NUNCA DE AGRADECER. Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento, inclusive a dor. 


Nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida.


A GRANDEZA NÃO CONSISTE EM RECEBER HONRAS, MAS EM MERECÊ-LAS.



Para se comunicar, o espírito desencarnado se identifica com o espírito do médium, e esta identificação não se pode verificar, senão havendo, entre um e outro, simpatia e afinidade. A alma exerce sobre o espírito livre uma espécie de atração, ou de repulsão, conforme o grau da semelhança existente entre eles. Ora, os bons tem afinidade com os bons e os maus com os maus, donde se segue que as qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a natureza dos Espíritos que por ele se comunicam.

As qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o amor ao próximo, o desprendimento das coisas materiais.

Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria.

Todas as imperfeições morais são outras tantas portas abertas ao acesso dos Espíritos maus.

Porém, a que eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é a que a criatura menos confessa a si mesmo.

O orgulho tem perdido muitos médiuns dotados das mais belas faculdades e que, se não fora essa imperfeição, teriam podido tornar-se instrumentos notáveis e muito úteis, ao passo que, presas de espíritos mentirosos, suas faculdades, depois de se haverem pervertido, aniquilaram-se, de sorte que diversos deles se viram humilhados pelas mais amargas decepções.

O orgulho se manifesta, nos médiuns, por sinais inequívocos que devem merecer de todos a maior atenção, visto constituir uma das causas mais fortes de suspeição sobre a veracidade de suas comunicações.

Começa por uma confiança cega na superioridade das comunicações que recebem e na infalibilidade do Espírito que as transmite.

Daí um certo desdém por tudo o que não venha deles, já que julgam possuir o privilégio da verdade. O prestígio dos grandes nomes, com que se adornam os Espíritos que se dizem seus protetores, os deslumbra, e como neles o amor-próprio sofreria, se houvessem de confessar que são ludibriados, repelem todo e qualquer conselho.

Chegam mesmo a evitá-los, afastando-se de seus amigos e de quem quer que lhes possa abrir os olhos.

Se condescendem em escutá-los, não dão a menor importância às opiniçoes que emitem, porquanto duvidar do Espírito que os assiste seria quase uma profanação.

Aborrecem-se com a menor contestação, com uma simples observação crítica, chegando mesmo a odiar as próprias pessoas que lhes prestam serviço.

Por não quererem contraditores, os Espíritos os arrastam a esse isolamento e se comprazem em lhes alimentar as ilusões, fazendo que considerem coisas sublimes os mais grosseiros absurdos.

Assim: confiança absoluta na superioridade das comunicações que obtém, desprezo pelas que não venham por intermédio deles, consideração irrefletida pelos grandes nomes, recusa de todo conselho, suspeição sobre qualquer crítica, afastamento dos que podem dar opiniões desinteressadas, confiança na própria habilidade, apesar de inexperientes - tais as características dos médiuns orgulhosos.

Devemos também admitir que, muitas vezes, o orgulho é despertado no médium pelas pessoas que o cercam.

Se ele tem faculdades um pouco transcendentes, é procurado e louvado; julga-se indispensável e logo toma ares de importância e desdém, quando presta o seu concurso a outrem. Por mais de uma vez tivemos motivo de deplorar elogios que dispensamos a certos médiuns, com o intuito de os animar. 



Fonte: O Livro dos Médiuns (Cap. XX)