quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

A "ocupação" pelo Orixá

No Batuque, assim como em outras religiões afro-brasileiras, aquele filho que é Cavalo-de-Santo, será possuído somente por seu Orixá de cabeça pelo resto de sua vida, quando o filho está possuído, apresenta as características de seu Orixá, perdendo a consciência de seus atos, não sabe o que diz, nem o que o que faz, pois tudo passa a ser obra de seu Orixá.
O Orixá novo (considerado pelo tempo em que se manifesta na terra, até mais ou menos 10 a 15 anos), não possui o direito de falar, só terá o mesmo quando por decisão do Pai-de-Santo ou solicitação do próprio Orixá, a passar por um ritual fechado, que lhe dará o direito da fala.
Em hipótese alguma poderá ser comentada a possessão com o Cavalo-de-Santo, este é um dogma do Batuque, o filho jamais poderá saber que se "ocupa" (termo usado quando o Orixá se manifesta).
Quando o Orixá deseja subir, é feito um ritual rápido para que ele seja despachado, devendo o Orixá ficar em "axero". O "axero" e o meio termo entre o estado Orixá e o estado consciência humana, neste momento o Orixá começa a fazer com que o filho volte ao seu estado normal, sem comprometer sua consciência, neste período o Cavalo-de-Santo age sob manifestação ainda do Orixá, como criança, falando na linguagem "tatibitate", (neste momento todos os Orixás, inclusive os novos possuem o direito de falar), comendo doces, tomando refrigerantes, fazendo brincadeiras e dando pequenas consultas à fiéis. Não se pode esquecer jamais que nesta fase, ainda existe a presença do Orixá, que está apenas realizando um ritual para que possa subir sem deixar energias com seu filho, portando o respeito deverá ser o mesmo. Passado o período necessário o axero deita no ombro de algum filho próximo e entra em um sono profundo, ao relaxar o corpo do filho possuído, aquele filho que está fazendo o axero "dormir" deverá bater palmas ou simplesmente, estalar os dedos para que o Cavalo-de-Santo acorde como em um susto, todos disfarçando saem um para cada lado, deixando o Cavalo-de-Santo sozinho.

No recolhimento durante o "chão".

 

Na benção do reencontro com a tua força original na camarinha, pedimos a Deus que te ajuste as energias, a fim de que possas cumprir tua missão no campo físico, da maneira mais aproveitada possível, em plena sintonia com as vibrações que regem tua estadia na Terra.

Lembre que somos seres espirituais usando esta oportunidade maravilhosa da reencarnação no objetivo do progresso da alma, em todos os aspectos. A vitalidade e a energia que te mantém ligado ao corpo físico são dádivas concedidas pelo Criador. Tu és o único responsável pela administração de tuas próprias forças.

Busque o equilíbrio pleno de tuas vibrações e veja teu corpo físico como o passaporte para a tua purificação e teu progresso. Necessário se faz o recolhimento dentro de ti, para que possas enxergar o objetivo nobre do espírito na matéria (Terra) e para que, nessa introspecção, entres em sintonia com o supremo Amor do Criador. Assim, ao regressares ao cotidiano, encontrarás a renovação na tua realidade atual, usando o teu tempo e as circunstâncias como um trampolim para tua ascenção espiritual.

Na busca do ajuste espiritual, estás ligado à matéria, que é o maior instrumento de purificação da energia. O teu espírito já trás consigo a tua personalidade e tuas bagagens de outras eras, que refletem no teu dia-a-dia no campo das emoções e nas atitudes.

Através do estudo realizado sobre os orixás que regem as energias que vibram em teu processo evolutivo atual, colaboras para que atinja uma maior compreensão de ti mesmo, te ajudando na busca do equilíbrio.

A análise dos teus orixás não representa lista de fatalidades, pois o teu destino está em tuas mãos. Todos temos deficiências a serem superadas, mas, na resolução de ser feliz, recolha-te em viagem interior e, em uma análise de tuas tendências, siga o caminho, agora de forma mais consciente, do auto-burilamento. 


Axé de Oxalá a todos.

Elementos de Admiração dentro da Religiosidade Africana.

 Cultura Tradicional Africana

NA ESFERA RELIGIOSA 
  • Há uma opinião difundida em um deus supremo, original e transcendente
  • Os africanos têm um sentido muito forte do sagrado e um sentido do mistério; há uma referencia elevada para lugares, pessoas e objetos sagrados, e são comemorados pontualmente nos seus devidos tempos.
  • A opinião da vida após a morte é incorporada nos mitos e em cerimônias funerais.
  • O mundo invisível dos espíritos e dos antepassados está sempre atualizado, e as intenções desses espíritos podem ser verificadas; muito cuidado é tomado para verificar sempre a vontade dos espíritos e para quem os sacrifícios podem ser oferecidos, ou de quem a proteção pode ser dada.
  • Os vínculos na religião são um todo na vida, lá não tem nenhuma divisão entre a vida e a religião.
  • Os antepassados intermedeiam entre Deus e o homem.
  • A opinião na eficácia da oração intercessora é muito difundida.
  • A purificação corporal é obrigatória, antes que um possa se aproximar para oferecer o sacrifício a Deus, para a purificação espiritual também.
  • Acredita-se que o mau caminho prejudica toda a comunidade, então são feitos alguns rituais periódicos de purificação, a fim promover o bem-estar público.
  • A adoração requer uma atitude fundamental de disciplina e de reverencias.
  • O perdão é final e reconhecido por todos: uma ofensa, uma vez perdoada, nunca mais é recordada.

NA ESFERA RITUAL
  • Os rituais são parte essencial da vida social.
  • Os antepassados e os mortos são invocados por rituais.
  • Os ciclos anuais e os estágios da vida são santificados pela ação ritual. A atenção ritual é dada nas situações de crise.
  • A pessoa, o corpo e a alma por inteiro, são envolvidos totalmente na adoração.
  • Na adoração e no sacrifício há uma responsabilidade que cada pessoa contribui com sua parte e participação.
  • Os símbolos constroem uma ponte sobre as esferas do sagrado e o secular, e é assim que se torna possível uma vista equilibrada e unificada dentro da realidade.
  • Rituais de passagem, de iniciação e de consagração são fortemente difundidos.
  • Há muitos ritos de purificação para as pessoas e para a comunidade.
  • O doente curado nos rituais envolve sua família e a comunidade.
  • O sagrado religioso é preservado no ritual, no vestuário e nos arranjos dos lugares de adoração.
  • Algumas das orações tradicionais são ricas e muito significativas.

NA ESFERA DA MORAL RELIGIOSA

radicão Cultural Africana 
  • Há um respeito para a vida: as crianças são estimadas, os abortos são abominados.
  • O sagrado da vida humana é guardado por tabus e por rituais.
  • Há um respeito pela dignidade do homem; cada homem tem seu próprio caminhoinalienável, ("destino").
  • Ser fiel nos empreendimentos é considerado como, ver o homem como de bem.
  • Esse caráter moral de vida é totalmente aceito, e também é mostrado entre outras coisas, pelas pessoas em seu modo de viver a sua própria vida.
  • O erro (pecado) é percebido em suas dimensões pessoais e íntimas.
  • Na moderação no uso do álcool: somente os adultos podem beber. A embriaguez é vergonhosa. A moderação é tida certamente em cada aspecto do comportamento humano.

NA ESFERA DE CULTURAL RELIGIOSA:
Moral Religiosa e Famíla 
  • Toda atenção é dada para que o homem se sinta bem dentro de seu ambiente e a de ter a sensação de repouso nele.
  • A tradição é percebida com as histórias, nos poemas, nos hinos, nos provérbios, nas cirandas e na arte.
  • A comunidade inteira é envolvida no treinamento dos jovens, e na instrução necessária de toda a comunidade e um aspecto social.
  • A instrução moral da juventude é feita seriamente.
  • A vida tem uma dimensão festiva e é comemorada em ritos adequados.
  • Os mais velhos tem uma estima muito elevada pela comunidade.
  • Consideram sua sabedoria como profética, isto é, com a capacidade de dar o sentido total e certo para viver nas circunstâncias dos dias atuais.
  • O silêncio é respeitado como grande valor e qualidade.
  • Existe uma união e uma aliança entre as famílias e as pessoas; as provisões culturais sustentam toda uma estabilidade da comunidade.
  • A juventude é uma iniciação gradual para vida e para a sociedade.
  • As alianças de sangue (de família) são preservadas e se rompem raramente.

NA ESFERA DE SOCIAL RELIGIOSA  
  • A hospitalidade é um dever e é o valor mais comum tradicional africano, da África toda.
  • Entre os parentes e os povos de um mesmo clã existe um sentido muito forte de compartilhar, da solidariedade e da troca.
  • Os esforços são feitos para manter e promover a justiça e a paz dentro da comunidade.
  • A união familiar e a família numerosa foram e ainda são os pivôs de todo o sistema social africano.
  • O respeito para toda autoridade, foi sancionado pelos antepassados, é uma forte representação em comum na África.
  • Os pobres e os doentes são cuidados pela comunidade, assim com as viúvas e os órfãos

Texto traduzido e adaptado por Ifatola

Alguns sobrenomes do Orixá Oxum.


Oxum Ibeje: Aguidá, Aguidá-mí, Bomí, Digama, Dudú, Dê, Didú, Demí, Diní, Dinibomí, Dewê, Diniomí, Dinilomí, Dioní, Dionicí, Decí, Deí, Iomã, Iocí, Ie ie erichê, Locí, Maré, Miuá, Mobomí, Mirê, Niná, Niná-demí, Omiuá, Omibolá, Ocí, Olomí, Olobomí, Olocim.

Oxum Pandá: Aguidá, Aguidá-mí, Adimun, Bomí, Beremí, Dê, Deí, Demun, Decí, Dionicí, Dioní, Dewê, Diniomí, Dinilomí, Diní, Dinibomí, Didú, Demí, Dudú, Digama, Ie Ie Erichê, Iocí, Iomã, Lomí, Locí, Mobomí, Miuá, Mirê, Maré, Niná, Niná-demí, Olobomí, Olomí, Olocim, Ocí, Omiuá, Olobá, Omibolá, Tuké.

Oxum Demun: Aminarê, Alaôro, Dokô, Adimun-idê, Bambalá, Bambalawebo, Beremim-omí, Dã, Duô, Emiremí, Emireomí, Emilomí, Emibomi, Emiomã, Emiocí, Emiodaça, Emiomí, Emiuê, Iaôro, Ludú, Miremí, Mirê, Oní, Olobá, Omí, Olelê-omí, Orugã, Raçanã, Uiagadê.

Oxum Olobá: Atolá, Adocô, Bomí, Carurum, Carurum-bolá, Diuá, Dopon, Duô, Delê, Diniocí, Diniobí, Diniodá, Dinioá, Dokô, Emí, Epandá, Icári, Iecariô, Iaôro, Ladiá, Lobe-edé, Miuá, Midéle, Niqué, Odá, Oló, Omiorô-oní, Omilokum, Orô, Omi-lokum-idê, Tarai-dê.

Oxum Docô: Adimun, Bambalá, Bocô, Dudú, Emiluá, Emí, Ie Ie Dokô, Ie Ie Cari, Laké, Lokum-idê, Midéle, Minioá, Miniocí, Miniolí, Nanã, Omiorô, Oní-bibolá, Odá, Olí, Omiodaça, Olobá, Omi-lokum, Omiorô-oní, Oromí, Ocí, Omidocô, Tiomí, Tiodaça, Tiolá, Taladê, Talabí, Tualê.

Alguns sobrenomes do Orixá Oxalá.


Oxalá Bocum: Atá-u-dê, Alufan, Becum, Bocum, Dacum, Elefan, Efam-deí, Elefan-efam-deí, Falabí, Falufan, Kenchá, Krinã, Nitolê, Orocô, Olocum, Orifan, Odomiaia, Olobojô, Odomaia, Oxeredê, Omibomai, Odomeuí, Odoceuí.

Oxalá Olocum: Atá-u-dê, Alufan, Becum, Bocum, Dacum, Elefan, Efam-deí, Elefan-efam-deí, Falabí, Falufan, Kenchá, Krinã, Nitolê, Orocô, Obocum, Orifan, Odomiaia, Olobojô, Odomaia, Oxeredê, Omibomai, Odomeuí, Odoceuí, Olomirê, Orifan-efam-deí.

Oxalá Dacum: Atá-u-dê, Alufan, Becum, Bocum, Elefan, Efam-deí, Elefan-efam-deí, Falabí, Falufan, Kenchá, Krinã, Nitolê, Orocô, Obocum, Orifan, Odomiaia, Olobojô, Odomaia, Oxeredê, Omibomai, Odomeuí, Odoceuí, Orifan-efam-deí.

Oxalá Jobocum: Bô, Babá, Bonifan, Bí, Babakerê, Babakejauê, Ebí, Elerum, Grenã, Idê, Ibím, Jibocum, Kejauê, Lerô, Lerum, Omí, Onifan, Omã, Oromí, Omilá, Obí, Oromilaia, Orifan, Obí-omi, Taladê, Talabí.

Oxalá Oromilaia: Bô, Babá, Bonifan, Bí, Babakerê, Babakelê, Babakejauê, Ebí, Elerum, Grenã, Idê, Ibím, Jibocum, Jobocum, Kejauê, Lerô, Lerum, Lorum, Omí, Onifan, Omã, Oromí, Omilá, Obí, Obí-omi, Taladê, Talabí.

Alguns sobrenomes do Orixá Bará.


Bará Lodê: Alalupagema, Açuã, Beí, Bô, Bemi, Berí, Bomi, Bicuim, Borocum, Denim, Djeteiú, Dalé, Elupanda, Elauê, Fumí, Fumilaió, Lonã, Lakê, Modibau, Motim, Nabuê, Obí, Obe-emí, Sapatá, Xê. 

Bará Adague: Ajanadá, Aguidê, Aguidê-omí, Borocum, Berim, Bí, Belomí, Birim, Bomí, Caminoloa, Dikí, Deí, Epanadá, Ingué, Kraví, Larom, Lonã, Lapô, Naum, Sebiú, Tukí, Tuebí. 

Bará Agelú: Apanadá, Bí-omí, Biomí, Bí, Darê, Deí, Demí, Emim, Funiquê, Gebí, Grajé, Idê, Lolú, Lonan, Lobí, Niqué, Remí, Tolalú, Tolabí, Unã.

Bará Lanã: Aguidê, Aguidê-omí, Apanadá-lanã, Açanã, Bí, Bilanã, Belomí, Borocum, Borocum-lanã, Crony, Diquí, Dê, Deí, Darê, Emí, Funiquê, Haraxé, Hô, Homí, Krajeú, Kaminoloa, Laqué, Mí, Odeí, Omulúm, Tukí, Tiriri, Tiriri-lanã. 

Alguns sobrenomes do Orixá Xangô.


Xangô Aganjú Ibeje: Awá, Açuã, Baim, Baruá, Deí, Doum, Doluá-midi-omí, Irã, Luá, Midiomí, Midi-omí-oduluá, Oduluá, Omí, Oduluá-midi-omí, Tokí, Tokiuí, Toquím, Tuquê.

Xangô Aganjú: Açuã, Bolá, Boboxé, Bibolá, Baim, Bomí, Baruá, Deí, Demí, Delé, Dopan, Doluar, Emí, Fuké, Fumilayó, Herí, Idê, Irã, Lelê, Muqué, Mací, Mukê, Odeí, Oloxé, Oí, Okô-axé, Toió-elê, Toelê, Toió, Tuquê, Tukí, Unã.

Xangô Agodô: Aluá, Aloxé, Abaluá, Amalací, Abaduamí, Baruálofina, Babá-alafim, Bamboxé, Boboxé, Babá-orofina, Doluá, Dadá, Edumbadeí, Iwá, Klaobé, Kamucá, Luá, Lofina, Odumbadeí, Oloqué, Olofuké, Odemã, Oko-axé, Sabalujá, Toquí, Taió, Tokí, Toquím, Zanzadureí.

Alguns sobrenomes do Orixá Oya/Iansã.


Oyá Timboá: Bará-tená, Balê, Dilajá, Daní, Difí, Kitala, Lajá, Odá, Tofan.

Oyá Dirã: Akí, Bomí-micê, Cará, Dilajá, Daní, Ditolá, Dilaim, Difí, Fumí, Lajá, Micê, Miguê, Tofan.

Oyá Niqué: Abedé, Akí, Bolá, Cará, Diolá, Diuá, Di-beiji, Delê, Dê, Difí, Dilaim, Emí, Lajá, Laté, Ladê, Miguê, Mí, Miuá, Micê, Nirê, Niná, Tofan, Tolá.

Iansã: Bomí, Bomí-micê, Bará-tená, Demí, Ditolá, Diodá, Dilajá, Deí, Doaé, Funiquê, Iomí, Kitala, Ladiá, Mitolá, Miodá, Mirê, Miremí, Niqué, Odá, Sessú, Taladê.

Alguns sobrenomes do Orixá Xapanã.

Xapanã Jubeteí: Atá-udê, Bolá, Djobí, Dionã, Djobí-toió, Djobí-teum, Dompé, Inatã, Idiu-ofã, Jobioní, Jubeteó, Jobí-teiú, Jobí, Omí-dompé, Obó-robô, Tanhô, Tonhô, Teum, Udê.

Xapanã Belujá: Irocô, Mido-sum, Orocô, Onirobô, Omimarum, Obeloní, Obe-oní, Obejoní, Obemim, Obe-jobí, Obeteum, Obetoió, Omimbolá, Obe-emim, Omidê, Omiorô, Omiorobô, Omí-barum, Omo-robô, Obiribara, Okô, Omitoió, Toió, Teiú.

Xapanã Sapatá: Ajorotomí, Baruê, Costasum, Costasanfrê, Costabaruê, Costasunsê, Djam-djam, Gama, Guangaúna, Guenví, Obi-robô, Obi-taió, Obi-ti-udê, Olokô, Obi-tunjê, Obibolá, Obi-alê.

Alguns sobrenomes do Orixá Ogum


Ogum Avagã: Adeí, Abedé, Adiolá, Beí, Bomaté, Doveí, Deí, Eléfa, Elunã, Jaré, Onira, Olobedé, Peremí, Roneí, Riolú.

Ogum Onira: Adiokô, Adiolá, Avagã, Bolá, Beí, Djobí, Doveí, Darê, Dê, Luã, Lobe-dê, Malé, Olobedé, Obiratã, Peremí.

Ogum Olobedé: Anirê, Adi-o-laia, Avagã, Adiolá, Abedé, Bomaté, Bomí, Cassadjó, Darê, Eléfa, Irajé, Miremí, Naruê, Onira, Onira-adiolá.

Ogum Adiolá: Adeiba, Adeí, Avagã, Birí, Bomí, Bolá, Dê, Jaré, Lecí, Megê, Nira, Onirê, Onira, Olobedé, Omí, Onira-olobedé, Omim-maré, Riolú.

Alguns sobrenomes do Orixá Ossanha.


Ossanha: Aqué, Ajubé, Ambí, Bí, Beremim, Beremim-osé, Benedí, Badueí, Beremí, Dequé, Dompé, Difí, Fumagué, Gué, Guetemã, Lajupé, Miguê, Miuá, Malé, Niqué, Obiotá, Ossí, Osanibim, Oguniqué, Rá, Seká, Serebuá, Tolá, Tunexé, Tumiché.

Alguns sobrenomes do Orixá Yemanjá.


Yemanjá Bocí: Afobocí, Afalomí, Afatoá, Afatolá, Afaocí, Afací, Afaemí, Afami, Afatobí, Aebocí, Aelomí, Aeocí, Aetobí, Afayabá, Agomaré, Akré, Bemiké, Beremí, Bomí, Djabocí, Dilê, Emiodô, Emiremí, Emitobí, Emiocí, Emeremí, Emitoalê, Emiké, Ialé, Iakerê, Iakejá, Lobocí, Ladê, Miremí, Mitoalê, Mike, Mirê, Nanã, Niná, Odoaxé, Obí, Olobocí, Ocí, Olocí, Olomiké, Sessun, Tobí, Toalê, Yabocí.

Yemanjá Bomí: Aebomí, Afaomí, Afamiô, Afabomi, Aeomí, Bocí, Domí, Emiomí, Emilomí, Emibomi, Iakelê, Jaomí, Jalomí, Jaobí, Lomí, Miniú, Miremí, Maré, Nanã, Naruá, Omimaré, Omidopan, Omí-ofá, Omí-anú, Omidelê, Omitolá, Olomí, Omitobí, Omitoalê, Omí, Omiocí, Omiaxé, Olú, Rê, Totolé, Yabomí, Yaomí.

Yemanjá Nanã Borocum: Afayaomí, Domí, Domimarú, Dopan-naruá, Eminanã, Iakelê, Jalomí, Jaomí, Jalomirê, Ladê, Miremio, Mikeomí, Miniú, Nanamí, Nanaeu, Nanamio, Naruá, Nakelé, Naruá-ibím, Omimaré, Omí-naruá, Olú-omí, Omiaxé, Rê-omí.

Alguns sobrenomes do Orixá Obá.


Obá: Axurúm, Bomí, Beremim-omí, Dê, Daí, Demim, Fumí, Fumí-layô, Fumí-otá, Fumilaké, Koemí, Layó, Ladê, Labaê, Ladiá, Lafim, Luké, Lubemí, Mirê, Mideí, Niké, Nafiqué, Olomí-otá, Olomí, Suemí, Sumí-otá, Soarê, Taladê.

Alguns sobrenomes dos Orixás Odé e Otim.


Otim: Abelujam, Abaim, Alé, Burú, Belujam, Bilade, Bomí, Cadinã, Cardinam, Dirê, Deí, Dê, Elefaburú, Emí, Indé, Jipié, Labiá, Laté, Ludiú, Malé, Miremí, Mirê, Mí, Omiburú, Oberemí, Omintundê, Omialé, Omí, Omimalé, Omimarú, Ride, Tindê.

Odé: Abelujam, Abaim, Alé, Burú, Belujam, Bilade, Bomí, Cadinã, Cardinam, Dirê, Deí, Dê, Elefaburú, Emí, Indé, Jipié, Labiá, Laté, Ludiú, Malé, Miremí, Mirê, Mí, Omiburú, Oberemí, Omintundê, Omialé, Omí, Omimalé, Omimarú, Ride, Tindê.

Orun segundo a concepção Yoruba.


Segundo José Beniste em seu livro Òrun Àiyé, possuímos nove tipos de Orun: 

Orun Rere. Espaço reservado para aqueles que foram bons durante a vida.

Orun Alàáfià. Espaço de muita paz e tranquilidade, reservado para pessoas de gênio brando, ou índole pacífica, bondosa, pacata.

Orun Funfun. Reservado para os inocentes, sinceros, que tenha pureza de sentimento, pureza de intenções. 

Orun Bàbá Eni. Reservado para os grandes sacerdotes e sacerdotisas, Babalorixás, yalorixás, Ogans, Ekedes, etc.

Orun Aféfé. Local de oportunidades e correção para os espíritos, possibilidades de reencarnação, volta ao Aiye.

Orun Ìsòlú ou Àsàlú. Local de julgamento por olodumare para decidir qual dos respectivos oruns o espírito será dirigido.

Orun Àpáàdì. Reservado para os espíritos impossíveis de ser reparados.

Orun Burúkú. Espaço ruim, ibonan "quente como pimenta", reservado para as pessoas más.

Orun Mare. Espaço para aqueles que permanecem, tem autoridade absoluta sobre tudo o que há no céu e na terra e são incomparáveis e absolutamente perfeitos, os supremos em qualidades e feitos, reservado à Olodumare, olorun e todos os orixás e divinizados.

Nos mandamentos do Odun IkaFun, ao demonstrar como deve ser a postura do ser humano, cita-se a questão das constantes reencarnações, até que o ser humano siga os ensinamentos divinos e passe a ser tratado como um "ancestral ilustre", passando a habitar novamente o Órun sem a necessidade de retornar ao Àiyé.

Entendo que o nosso "seio familiar", esta diretamente ligado à nossa ancestralidade, e que passaremos a existir nesse local, aonde atuaremos na mesma vibração dos nossos antepassados com a nossa memória de todos as passagens interligadas.

Axé a todos.

Ocutás.

"Se existe homem que adora santo de madeira feito por ele, eu adoro a pedra, o santo negro que é a natureza"



Ocutá, Otá ou Etá é uma pedra-fetiche.

É o ímã que atrai o Orixá, o ponto principal entre o Orixá e a pessoa, podendo ser, preferencialmente de rio, ou de outra parte da natureza, sobre a qual o axé de um Orixá é fixado. 

Cada Orixá tem o seu ocutá e é por ele que o médium deve começar a constituição dos fundamentos do assentamento do seu próprio Orixá.

O ocutá deverá ser sempre de pedra. Há alguns Babalorixás e Ialorixás que adotam como ocutá para certos Orixás, um vulto em madeira ou metal, porém, o ocutá em pedra é insubstituível, pois se trata de algo feito pela própria natureza ha milhões de anos, e o vulto em madeira ou metal é apenas uma ferramenta que acompanha o ocutá em sua feitura.

Os ocutás são distintos em forma, cor, consistência e tamanho, devendo ser escolhido de acordo com o Orixá que será assentado. 

Bará: Pedra em forma piramidal.
Ogum: Pedra em forma de capacete ou espada.
Iansã: Pedra em forma arredondada e chata, tipo um coração de cor avermelhada escura.
Xangô: Pedra em forma de machado ou lembrando uma montanha.
Odé: Pedra em forma semicilíndrica, lembrando um arco.
Otim: Pedra em forma arredondada.
Obá: Pedra em forma de uma orelha.
Ossanhe: Pedra em forma de pé.
Xapanã: Pedra em forma de porongo, ou pedra porosa de cor escura tipo tecido varioliforme e bexigoso.
Oxum: Pedra em forma redonda e de cor amarela.
Iemanjá: Pedra brilhosa em forma arredondada de cor branca, azul ou lilás.
Oxalá: Pedra brilhosa arredondada ou em forma de ovo ou cabeça, de cor branca.

Ocutas e suas formas

O ocutá é o todo como se fosse um imã que atrai o Orixá, é o ponto principal entre o Orixá e a pessoa.

Bará: pedra em forma piramida.

Ogum: de forma de um capacete ou espada de mineral de ferro.

Iansá: de forma redondeada chata, tipo um coração avermelhada escura.

Xangó Aganjú: de forma de uma língua.

Xangó Agodô: forma de um machado ou lembrando uma montanha.

Odé: forma de um arco, pedra semicilindrica ou uma lembrando um porco.

Obá: forma de uma orelha.
Ossanha: forma de um pé ou uma bota.

Xapaná: forma de uma tecido varioliforme e bexigoso, de cor escuro, ou a forma de um porongo.

Oxum: forma redondeada e amarela.

Iemanjá: forma de peixes redondos ou brilhosa, branca, azul o lilás de diversas formas. 

Oxalá: forma brilhosa branca leitosa, redonda como um ovo ou uma cabeça.

Axé a todos.

Orumilaia e Ifá, o Espirito da Sabedoria.

Para o pensamento iorubá a vida é uma jornada, uma grande aventura.

E é aqui na terra o melhor lugar do mundo para se viver.

Tanto isso é verdade que quando um ente querido morre, diz-se: "WA ATI BO" (VÁ E VOLTE LOGO).

Essa e outras sabedorias sobre o mundo e a vida são parte do conhecimento transmitido oralmente pelos sacerdotes de Ifá, os BABALAWO, ou Pais do Segredo.

O conhecimento do Babalawo está contido nos poemas, um compêndio de centenas de milhares de histórias míticas que são relembradas e entoadas em forma de cânticos pelos sacerdotes de Ifá.

O cliente ao ouvir determinada passagem que alude ao problema que está vivendo interrompe o sacerdote que passa então a explorar as possíveis maneiras de auxiliá-lo. Isso pode ser feito por meio de oferendas rituais ou através do uso de plantas medicinais para ingestão na forma de chás ou de poções ou ainda em banhos ou sachês.

O Babalawo pode também sugerir mudanças de comportamento do indivíduo.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE OS NOMES ORUMILAIA E IFÁ?

IFÁ É O NOME QUE OLODUMARÉ, O DEUS CRIADOR, DEU PARA ORUMILAIA ENQUANTO DIVINDADE MANIFESTADA NO MUNDO. IFÁ É O ORÁCULO, O SISTEMA DIVINATÓRIO COMPOSTO DE DIVERSOS MÉTODOS. OS MAIS CONHECIDOS SÃO O OPELE, O IKIN E O MERINDILOGUN OU JOGO DE BÚZIOS.

ORUMILAIA É A DIVINDADE E IFÁ É O SISTEMA ONDE ESTA DIVINDADE SE MANIFESTA. NÃO HÁ IFÁ SEM ORUMILAIA E NEM ORUMILAIA SEM IFÁ. ESTES DOIS CONCEITOS SÃO TÃO INTIMAMENTE RELACIONADOS QUE MUITAS VEZES REFERIMO-NOS A ORUMILAIA COMO IFÁ.

E QUEM É ORUMILAIA?

ORUNMILÁ É A DIVINDADE DA SABEDORIA E DO CONHECIMENTO, RESPONSÁVEL PELA TRANSMISSÃO DAS ORIENTAÇÕES DOS DEUSES E DE NOSSOS ANCESTRAIS, DE MANEIRA A PERMITIR A CADA UM DE NÓS A POSSIBILIDADE DE UMA ESCOLHA ACERTADA PARA UMA VIDA FELIZ. ORUMILAIA, A TESTEMUNHA DO DESTINO E DA CRIAÇÃO. O SEGUNDO APÓS ELEDUMARÉ. AQUELE QUE ESTAVA PRESENTE, AO LADO DE DEUS, QUANDO A VIDA, O MUNDO, O HOMEM FOI CRIADO. ORUMILAIA TUDO VÊ, TUDO SABE, TUDO CONHECE.

NÃO HÁ NADA QUE TENHA SIDO CRIADO OU QUE VIRÁ A SER CRIADO QUE ORUMILAIA NÃO SAIBA ANTES.

ORUMILAIA CONHECE A VIDA E CONHECE A MORTE, ELE CONHECE A EXISTÊNCIA: O ANTES E O DEPOIS.

Guia, profeta, professor, divindade, ORUMILAIA/IFÁ deve ser compreendida como um sistema: é o homem e sua ferramenta.

Por vezes o homem é a sua própria ferramenta.

Orumilaia é tanto humano quanto espírito.

Enviado por Olodumaré para ir a diferentes lugares sempre que há necessidade para ajudar os homens a enfrentarem seus problemas, contornando obstáculos e desenvolvendo o seu bom caráter.

Podemos também imaginar Orumilaia como O ESPÍRITO DE ELEDUMARÉ manifestado no homem.

Alguns dizem que a palavra Orumilaia deriva de Oro-Omo-Ela ou Oro= palavra/espírito, Omo= filho, Ela= Deus. Após a Criação, ORUMILAIA veio à Terra como a divindade encarregada por Eledumaré para ensinar os homens.

Axé a todos.