quinta-feira, 17 de setembro de 2015


DOU publica Lei que decreta o Dia Nacional da Umbanda


Por Denise Porfírio

A presidente Dilma Rousseff assinou, na quarta-feira (16), a Lei 12.644 que decreta o Dia Nacional da Umbanda, a ser comemorado anualmente, em 15 de novembro. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 17 de maio.

O documento foi sancionado a partir do Projeto de Lei da Câmara nº 187 de 2010, que propõe em sua justificativa, o direito constitucional à liberdade de crença e o livre exercício dos cultos religiosos, conforme o inciso VI do art. 5º da Constituição. Além de defender a valorização, a origem e a difusão da religião umbandista no país por tratar-se de uma religião genuinamente brasileira.

15 de novembro - A data já consagrada à comemoração da umbanda em diversos municípios brasileiros, refere-se ao ano de 1908, em que o médium Zélio Fernandino de Moraes recebeu, em Niterói, a missão de fundar o novo culto.

Zélio foi acometido por uma inexplicável paralisia que os médicos não conseguiam conter, logo em seguida levantou-se normalmente e voltou a caminhar como se nada tivesse acontecido. Na ocasião, um amigo da família sugeriu uma visita a Federação Espírita do Estado do Rio de Janeiro, onde por meio de uma manifestação espírita de uma entidade denominada Caboclo das Sete Encruzilhadas foi anunciada a fundação de uma nova religião no Brasil.

A religião dos ancestrais dos velhos africanos apregoa o trabalho em benefício de todos, independente de cor, raça, credo e condição social, pela prática da caridade e da literatura do evangelho de Jesus.

A umbanda expressa vivamente seu caráter nacional, juntamente com suas raízes africanas, nas manifestações culturais, que incorporam a música e a dança. Valeu-se de elementos católicos, espíritas, do candomblé e de outras tradições místicas, para criar uma doutrina que, em seu universo, afirma a existência de um Deus supremo e a possibilidade de comunicação com os espíritos dos mortos.

Conexão Espírito - Matéria

Chico Xavier - André Luiz:
Os espíritos que acompanham vocês desde o surgimento de seus espíritos ou que irão se juntar a eles, por desígnios e fatores espirituais durante sua jornada de aprendizado e evolução, o que ocorre também durante sua vida encarnada na matéria em efeito no mundo material, que é a escola que impõe as maiores influencias em seu desenvolvimento, pois colocam as lições mais duras, mas também os momentos de grande alegria e felicidade, tudo isso dentro do mesmo contexto de ensinamento para todos.
Ou seja, da mesma forma, o que ocorre com seu espírito também acontece com os espíritos que o acompanham, independente da missão que tenham a seu lado, pois cada um tem um motivo para estar ali as vezes bem diferente um dos outros, e dentro do que se permitirem, de acordo com sua compreensão e boa vontade no intuito do crescimento, serão doutrinados, assim como vocês, aprenderão, se desenvolverão, serão preparados dentro dos critérios da jornada espiritual destinada a cada um e ao objetivo da espiritualidade como um todo.

O equilíbrio e a saúde física, emocional e espiritual, fazem parte desse crescimento, todos os cuidados, atenção, que se deve ter para não se deixarem fixar suas mentes em energias de pensamentos e influencias negativas que podem dominar e desnortear sua estabilidade é preponderante para manutenção do equilíbrio saudável e de uma relação sem barreiras com os espíritos que o acompanham, contribuindo para o melhor trabalho de suas Entidades e seus Mentores de Luz, este é o conjunto que deve estar alinhado durante toda a jornada e, dentro da jornada ao tempo final de cada uma das missões, atingindo o maior êxito em seu resultado.

Se seus pensamentos se fixam em derrota, vingança, negatividade, rancor, inveja ou sentidos da ambição desmedida, possessividade, poder a qualquer custo, violência, prejuízo de semelhantes seja ele em qualquer ordem ou dimensão, impondo sofrimento, vantagens injustas e desonestas, ou também se submetendo a tristeza e depressão durante todo o tempo ou em parte dele, é uma demonstração clara de um espírito doente, fraco, sob o domínio de todos os efeitos malignos que se permitiu atingir, o que torna muito mais difícil para os espíritos de luz que o acompanha e também para nós, nos conectarmos através de seu canal de comunicação espiritual, pois se cria um bloqueio, uma nuvem densa carregada de impurezas que interrompe a passagem de nossas mensagens de orientação e direcionamento.

Algumas pessoas mostram uma condição material bem sucedida, desfrutam de grandes posses e dos prazeres da vida, esbanjam sem a menor complacência com os seus semelhantes menos favorecidos ou desprovidos de tudo, e neste caso qual é a semelhança? A semelhança está no fato de serem espíritos buscando aprimoramento e não no que possuem ou são, na ordem material.

Os olhos se fecham aos carentes de necessidades básicas, assediados pela miséria e pelo sofrimento, muitas vezes necessário por merecimento ou para fazê-los depurar- se e evoluir, mas este fato também é uma forma de testar o sentido de caridade, da benevolência e solidariedade dos mais abastados materialmente. Os clamores da matéria, do poder e das posses, levam estes espíritos encarnados, fantasiosamente iludidos, a mesma faixa de vibração da escoria espiritual, em alguns casos, mostrando um status que aos olhos do espiritualmente leigo, é de pleno sucesso na vida, e muitos procuram seguir pelo mesmo enganoso caminho, cometendo um erro fatal a sua existência como pessoa e como espírito, contrariando todo o processo de evolução ao qual foi destinado.

Já ouviram dizer que os espíritos de mesma faixa vibracional se atraem? O seu estado de espírito está intimamente relacionado com aquilo que você alimenta em sua mente no seu dia a dia, no que se deixa influenciar com seus relacionamentos pessoais, com a energia dos lugares que frequenta, e com a sintonia mantida com a espiritualidade, que pode ser totalmente benéfica quando vinda de pessoas, locais sadios, de espíritos e Mentores de Luz. Ou pode ser totalmente desastrosa quando vinda de pessoas ruins, maliciosas, espíritos impuros das instâncias de baixa luz.

Quando se é realizado aqui, neste Terreiro, uma limpeza espiritual ou descarrego, necessário como banho do corpo e do espírito que elimina impurezas de toda espécie, em um dia de trabalho espiritual, torna esse tratamento muito mais fácil e melhor em seu resultado, devido aos cuidados em toda preparação e organização já pré- estabelecida pela Corrente Espiritual e mediúnica para que o mesmo seja feito.

A abertura dos trabalhos é da maior importância para todos, inclusive para a Assistência, que devem acompanhar os pontos com muito respeito e concentração, reverenciar seu Pai e Mãe de cabeça, tudo isso contribui para que nossa conexão seja realizada através de um canal limpo e equilibrado, para assim atingir a um maior numero de pessoas e um espaço físico cada vez maior.

Espíritos de outras dimensões de Luz se aproximam na ajuda aos trabalhos na Terra, em benefício da humanidade, porém nem sempre encontram esse canal de conexão desobstruído o que impõe uma maior dificuldade e maior tempo para que atuem com maior liberdade e eficiência.

Através dos sonhos, intuições, premonições e outros tipos de sensibilidade é que nós e toda a espiritualidade de luz atuamos, nesses canais da conexão espírito/ matéria, tudo com um único objetivo, a evolução do homem na sua essência espiritual, desprendendo-se cada vez mais do apego exagerado ao mundo material, e as energias densas e de interesses pessoais como único objetivo de vida. Sejam, e se coloquem mais suscetíveis as nossas influências, a nossa presença e interferência nas decisões e ações realizadas durante todo seu dia, em seus pensamentos, comportamentos e atitudes, estendendo-se por toda sua vida Terrena.

Mensagem proferida pela Entidade Baiana Maria Bonita do Templo Espiritual de Umbanda Caboclo Pena Verde em 08/05/2013.
Chamada

Cacique a sua luz já brilhou
Cacique a sua luz já brilhou
Brilhou bem devagar
Com Amor, Verdade e Justiça
Oxalá, meu pai
Mãe Yemanjá, vem me ajuda
Cacique das matas
Ogum Beira-mar


Oxalá mando
Oxalá mando...
Ele mando buscar
Os caboclos da Jurema
Traga a Jurema
Oxalá que é o rei
Do mundo inteiro
Mando fala pra Jurema
Traga seus capangueiros


Ai vem os Caboclos da mata
E do sertão
Vem cumprir sua demanda
Pra salvar os seus irmãos
Eles vem cumprir sua demanda
Pra salvar os seus irmãos
Mais são guerreiros
Das tribos sagradas
São guerreiros dos campos de Aruanda
São guerreiros dos campos de Unidos
Brilha a luz do sol
Brilha a luz do dia
E ai vem à estrela
Ela é a nossa guia
Ore ore ore ore ore ore gira
Ore ore ore ore ore ore gira
Ore ore ore ore gira
Veio gira, veio gira
Sou bravo, sou forte
Sou filho do norte
Sou filho do norte
Na terra eu nasci
Sou filho do norte da tribo Tupi
Quando o sol começou a brilhar
Os caboclos comesaram a baixar
Foi eu sim, foi eu sim quem lhe chamei
Brilha a luz do sol
Brilha a luz do dia
E ai vem à estrela
Ela é a nossa guia
Ore ore ore ore ore ore gira
Ore ore ore ore ore ore gira
Ore ore ore ore gira
Veio gira, veio gira


Oi corre mar
Oi corre terra
Ate que chegamos ao nosso país
Oi corre mar
Oi corre terra
Ate que chegamos ao nosso país
Agora chega os caboclos das matas
As folhas da mangueira
Ainda não caiu


Oi corre mar
Oi corre terra
Ate que chegamos ao nosso país
Oi corre mar
Oi corre terra
Salve Oxósse
Lá nas matas
As folhas da jurema
Ainda não caiu


Oxósse disse na mata
Que não mata não tinha Caboclo
Oxósse disse na mata
Que não mata não tinha Caboclo
Arreia Caboclo arreia
Arreia na mata Caboclo


Rei da mata disse na mata
Que não mata não tinha Caboclo
Rei da mata disse na mata
Que não mata não tinha Caboclo
Arreia Caboclo arreia
Arreia na Umbanda Caboclo


Xangô, kao
Vai chama quem mora longe é Xangô
Xangô, kao
Vai chama quem mora longe é Xangô
Oxósse na mata
Ogum no Maita
Pai Xangô na pedreira
Oxum e Yemanjá


Saudação

Mandei, eu mandei buscar
Um boque de flores
Pra enfeita nosso conga
Mandei, eu mandei buscar
Um boque de flores
Pra enfeita nosso conga
Rosas brancas pra Yemanjá
Amarelas pra Oxum
Samambaia pra Jurema
E a espada pro pai Ogum


Filho de pemba
Bebe água no rochedo
Filho de Ogum
Corre campo e não tem medo
Filho de pemba
Bebe água no rochedo
Filho de Ogum
Corre campo e não tem medo
Eu vou pedir ao criador
Que derrame o seu amor
Aos nossos guias e ao nosso babalaô
Aos nossos guias e ao nosso babalaô


Rosas e rosas
Flores e flores
Que Jesus abençoe
Essa data gloriosa


Oxósse é o rei supremo das matas
Só ele quem faz desfaz
Xangô também é rei da pedreira
Kao Xangô, salve o meu pai
Viemos cumprimentar
Sarava, sarava e sarava


Yemanjá

Brilhou no céu uma estrela tão linda
Bem alto na direção do mar
Não era estrela não, não era nada
Era a pedra preciosa do anel da Yemanjá
Me ajoelhei nas areias douradas
Com os olhos cheios de água
De tanta emoção
Emocionado ao ver aquele mar
Por onde navegava o barco de Ogum Beira-mar
Eu naveguei, eu naveguei, eu navegava
Mais de repente eu parei de navegar
Eu encontrei a mãe Sereia
E junto dela vinha Ogum Beira-mar
Vem Beira-mar trazer a proteção
Chegou o pai Beira-mar
Com sua espada na mao
Vem Beira-mar trazer a proteção
Chegou o pai Beira-mar
Com sua espada na mao


Brilhou, brilhou, brilhou no mar
O manto da nossa mãe Yemanjá
Brilhou, brilhou no mar
E agora vai brilha nesse conga


Com uma dúzia de velas
Num barco tão lindo
Eu fui para o mar
Eu fui rezando, implorando
Eu fui faze meus pedidos pra Deusa do mar
Mãe Yemanjá venha lá do mar
Mamãe Oxum vem abençoar, os peregrinos
Joguei na areia flores pra Deusa do mar 
Mãe Yemanjá venha lá do mar
Mamãe Oxum vem abençoar, os meus pedidos
Por que na areia eu vou me ajoelhar


O Yemanjá minha mãe Yemanjá
Senhora mãe vamos num sarava
Ó Yemanjá
Embarca na canoa
A passarinha voa
Quem manda lá no mar?
- A Yemanjá
Quem é rainha lá no mar?
- A Yemanjá
Vou jogar flores lá no mar...
- A Yemanjá


O barco esta no mar
Ai vamos todos remar
O barco esta no mar
Ai vamos todos remar
Ajudai-me rainha do mar
Ajudai-me rainha do mar
Que vence na terra 
E que vence no mar
O canto da Sereia faz agente entristecer
Parece que adivinha o que vai acontecer
Foi, foi, foi
Lá no meio do mar
Foi, foi, foi
Lá no meio do mar
Ajudai-me rainha do mar
Ajudai-me rainha do mar
Que vence na terra 
E que vence no mar


Eu fiz um pedido a mamãe Sereia
A Yemanjá para nunca mais penar
Foi na areia, numa noite linda na areia branca do mar
Uma estrela lá no céu
Iluminou os meus pedidos no mar
Sereia rainha do mar, Sereia
Sereia rainha do mar, Sereia


Eu fui... lá na beira da praia
Pra ver... o balanço do mar 
Eu fui... lá na beira da praia
Pra ver... o balanço do mar 
Eu vi... um retrato na areia
Me lembrei da sereia
Comecei a chama
Vem Janaina, vem, vem
Vem Janaina vem buscar
Receber suas flores
Que eu tenho pra lhe dar



Pescador pegou veleiro e foi
Pescar no reino da Yemanjá
Pescador pegou veleiro e foi
Pescar no reino da Yemanjá
Veleiro voltou sozinho
Sereia do mar levou...
É belo viver ao mar
No reino da Yemanjá
Mais como é belo viver ao mar
No reino da Yemanjá


Eu tava andando na areia
Encontrei a Sereia, triste a chorar
As lagrimas rolavam em seu rosto
Criam ondas pro fundo do mar
Chora Sereia, anareua
Chora Sereia, e leva a tristeza pro fundo do mar


Eu vou levar, vou levar flores pro mar
Eu vou levar
Eu vou levar, vou levar flores pro mar
Eu vou levar, uma promessa que eu fiz
Pra mãe das aguas do mar
Se o meu pedido atender
Eu prometi vou pagar


Eu vou levar, vou levar flores pro mar
Eu vou levar
Eu vou levar, vou levar flores pro mar
Eu vou levar, foi um pedido que eu fiz
Pra Yemanjá me ajuda
O meu pedido atendeu
Eu prometi vou pagar


Lá no fundo mar tem um espelho
Esse espelho é da mãe Yemanjá
Mãe Oxum é a dona do ouro
E o pai Oxalá é o do meu sarava


Oxum

Mamãe Oxum
Ela é rainha do riu e dos mares
Mamãe Oxum 
Abençoai os nossos lares
Ela vem da banda da felicidade
A mamãe Oxum vai deixa saudade
Se não fosse a mãe Oxum?
- Não teria me salvado
Se não fosse a mãe Oxum?
- Não teria me salvado
Graças das graças mãe Oxum já tem me dado


Eu fui ao cantua
Paga promessa só
Ieieo Oxum maré e um boque pra Ieieo
Anareua a minha fé é verdadeira
Oxum vem me abençoar
Anareua a minha fé é verdadeira
Oxum vem me abençoar
Ó meu Deus como é lindo
O céu se abre a mãe Oxum vem surgindo ô ô
Anareua a minha fé é verdadeira
Oxum vem me abençoar


Atirei baba, eu atirei baba
Atirei baba, eu atirei baba
Oxum moça bonita
Esqueceu de envelhecer
Toda vez que ela chora
As águas param de correr


Coração de mãe
Bate coração
Da mamãe Oxum
Senhora da Conceição
Eu vou faze uma oferenda
La-ra-ra
Para ela eu vou levar
La-ra-ra
Se o meu pedido for aceito
La-ra-ra
Muitas flores vou levar
La-ra-ra


Á minha mãe
Minha mãe menininha
A minha mãe
Menininha do cantua
A estrela mais linda é...
... é a do cantuá
A luz mais divina é...
... é a do cantuá
A Oxúm mais bonita é...
... é a do cantuá
Foi Ogum quem mando
Essa filha de Oxum toma conta da gente
Em todo o lugar
Ora ieieo
Ora ieieo
Foi Ogum quem mando...
Ora ieieo
Ora ieieo


Do lírio que da no campo
Da água nasce uma flor
Do lírio que da no campo
Da água nasce uma flor
É à flor de Oxum Panda
De Oxum Maré a Oxum Docô


O lírio é uma flor
Que da na beira da água
Na água se criou...
Eu, eu, eu, eu
Eu sou Oxum Maré
Eu, eu, eu, eu
Eu sou Oxum Maré
Uma sereia do mar
Uma sereia do mar
Ela vem do mar, jogando areia
Ela vem do mar, jogando areia
Rema, rema, remador
Rema, rema, remador
Linda Sereia do mar
Linda Sereia do mar


Mamãe Oxum 
Mamãe Oxum lá do infinito
Ai vem ouvir, ai vem ouvir o nosso pranto
Nos te adoramos com Amor e com Carinho
Na esperança de nos cobrir com vosso manto
Mamãe Oxum que vem de Aruanda
Com São Cosme e Damião
Vem remando sobre as ondas
Com São Cosme e Damião
Vem remando sobre as ondas


Xangô

Pedra rola na pedreira, encima de quem errou
Justiça quem faz é ele, por que ele é Xangô
Com seu leão do lado, com seu machado na mão
Ele corta mironga, pra seus filhos da a proteção
Justiça maior é de meu pai Xangô, justiça verdadeira
O seu canto é tão alto, que escoa a pedreira
Justiça maior é de meu pai Xangô


A sua machada é de ouro
É de ouro, machadinha que corta mironga
É machadinha de Xangô
Xangô kao meu pai
Meu pai vem me ajuda
Foi numa sexta feira que eu sai pra demora
Foi Xangô kao meu pai


Dizem que Xangô mora na pedreira
Mais não é lá sua morada verdadeira
Xangô mora numa cidade de luz
Aonde mora Santa Barbara, Ogum Megê e Jesus



No alto da pedreira esta Xangô, kao
Senhor do meu destino ate o fim, Xangô
O dia que eu perder a fé que Deus me deu
Que caia essa pedreira sobre mim, Xangô


Xangô Corisco que vem de Aruanda
Trazendo oferenda pra salda filho de Umbanda
Brilha, brilha a minha estrela
Brilha, brilha no conga
Vou chamar Xangô Corisco pra seus filhos saldar


Xangô é um Corisco que nasceu na trovoada
Xangô é um Corisco que nasceu na trovoada
Ele mora na pedreira e levanta de madrugada
Ele mora na pedreira e levanta de madrugada


Xangô oi, Xangô oi meu pai vem me ajuda
Xangô oi, Xangô oi meu pai vem me ajuda
Venha tirar as macumbas dos filhos
Que os filhos da terra não podem tirar


Xangô é rei que não pedi licença
Na sua aldeia aonde ele é kao
Xangô é rei vencedor de demenda
Xangô tibiri, tibiri vem de lá
Xangô tibiri, tibiri vem de lá


Tava rezando encima da pedreira
De repente o meu filho rolou
Me virei, olhei para traz
Tava nos braços de meu pai Xangô
Xangô kao Ogum das Matas já vos coroou


Eu fui lá na mata buscar a minha guia
E lá encontrei pai Xangô que dizia
Eu fui lá na mata buscar a minha guia
E lá encontrei pai Xangô que dizia
- ai zum-zum-zum
Pai Xangô é kao
- ai zum-zum-zum
Pai Xangô é agodo


Hino a São Jorge (Ogum)

São Jorge é meu amigo
Santo e protetor
São Jorge é o cavaleiro que meu rei mandou
São Jorge é meu amigo
Santo e protetor
São Jorge é o cavaleiro que meu rei mandou
Eu peço a São Jorge uma oração
Saúde a todo mundo, força e proteção
Meu povo da Umbanda e do Candomble
São Jorge é meu amigo
E de quem tem fé
Oi salve São Jorge, salve
Salve São Jorge, salve
Oi salve São Jorge, salve
Salve São Jorge, salve

Ogum


As quatro horas da manhã
O pai Ogum rompeu alvorada
As quatro horas da manhã
O pai Ogum rompeu alvorada
Mais ele é Ogum
Ele é o ogum da rua
Ele é Destranca rua
Ele é Ogum Megê
Oo... Ogum 
Oo... Ogum Mege
Ele trabalha na linha das almas
Ele trabalha com o povo do mar
Ele afirma o seu ponto na areia
Para saldar as Sereias do mar
Tão queimando vele
Tão queimando brasa
Na linha da Umbanda
Ogum Megê vem sarava
Oi corre e gira meu pai eu quero vê
Oi corre e gira meu pai Ogum Megê


Guerreiros, guerreiros
Guerreiros do Maita
Ogum venceu demenda
Vamos a ele sarava
Ogum esta de male, male iô
Ogum esta de male, male iô
Com sua lança meu pai eu quero vê
Com sua espada meu pai
Ogum Megê


Me da licença o chefe desse terreiro
Ogum Megê vai se apresenta
Eu trago sempre a minha espada na mão
Me da licença o meu ponto eu vou riscar
Na minha aldeia tenho braço forte
Eu faço nego balancia
Se tem demanda vai dizendo logo
Vamos vencer ate o dia clarear


Na porta da romaria
Eu vi, um cavaleiro de ronda
Na porta da romaria
Eu vi, um cavaleiro de ronda
Ele traz um escudo no braço
E uma lança na mão
Ogum venceu a guerra e matou o dragão
E na espada quem ganhou foi ele
Ele é, ele é Ogum Megê
Ele veio de Aruanda
Pra seus filhos protege, ogunhê


Vinha vindo devagar
Com Jesus vem mais ligeiro
Vinha vindo devagar
Com Jesus vem mais ligeiro
Ai vem a falange dos 7 cruzeiros
Atiro seu laço, manejo com a sua espada
Atiro seu laço, manejo com a sua espada
É o Jorge, Ogum
É o cavaleiro branco
Rei das 7 encruzilhadas
É o Jorge, Ogum
É o cavaleiro branco
Rei das 7 encruzilhadas
Eu quero ver, eu quero vê
Pai Beira mar girar
Mais ele gira com toda força da Umbanda
Maneja espada, atira flecha, gira a lança
Beira-mar já venceu demanda
Beira-mar já venceu demanda
Na porta do Maita
Beira-mar é o rei da Umbanda
Eu quero vê, pai Beira mar girar


Rema, rema o seu barquinho pai Ogum, ogunhê
Rema, rema o seu barquinho la no mar
Da onde vem pai Beira-mar?
- venho das ondas
- venho das ondas do mar
- venho das ondas


Eu vinha navegando, navegando
Mais de repente eu parei de navegar
Eu vi a mãe Sereia
E junto dele vinha Ogum Beira-mar
Vem Beira-mar, trazer a proteção
Chegou pai Beira-mar com sua espada na mão


Ogum Olode
Ogum Beira-mar
Ogum Olode
Ogum Beira-mar
É o sentinela da Oxum
É o remador da Yemanjá
Por que ele é Ogum
Ogum Beira-mar


Em seu cavalo branco
Ele vem montado
Ele é São Jorge guerreiro
Com sua bandeira
Vem abençoar, seus filhos no terreiro
Vem Ogum Beira-mar
Beira-mar, que Beira-mar
É o sentinela da Oxum
É o remador da Yemanjá
Ele é Ogum, ele é guerreiro
Do comando de Oxalá
Por todos os Orixás
É Ogum Beira-mar
Por todos os Orixás
É Ogum Beira-mar


Ogum de lei...
Não me deixe sofrer tanto assim
Ogum de lei...
Não me deixe sofrer tanto assim
Quando eu morrer
Eu vou passar La na Aruanda
Sarava seu Ogum
Sarava seu 7 ondas


A mata estava escura
O céu... iluminou
No meio da mata virgem
Ogum das matas vai chegar...
Ogum das matas sou eu, sou eu
Ogum das matas sou eu, sou eu
Quem não me conhece vai me conhecer
Quem não me conhece vai me conhecer
Eu sou Caboclo, guerreiro e flecheiro
Eu sou Caboclo, guerreiro e flecheiro
Eu sou o quimbandeiro do pai Oxalá


Que cavaleiro é esse
Que vem cavalgando pelo céu azul?
Que cavaleiro é esse
Que vem cavalgando pelo céu azul?
- é seu Ogum Matinata
Ele é defensor do Cruzeiro do sul
Veja que barco tão lindo
Que vem navegando pelo céu azul...
- é seu Ogum Beira-mar
Ele é defensor do cruzeiro do sul


Eu tenho sete espadas pra me defende
Eu tenho Ogum e minha companhia
Eu tenho sete espadas pra me defende
Eu tenho Ogum e minha companhia
E Ogum é... meu pai
E Ogum é... meu guia
E gum vai... baixar
Venha com Deus e a Virgem Maria
Venha com Deus e a Virgem Maria


La na Bahia, Ogum é Santo Antonio
La na Aruanda ele é Jorge guerreiro
Eu quero vê a sua fé meu filho
Aonde é que o pai Ogum é verdadeiro
Ogum, Ogum, Ogum
Ogum Iara


Seu cavalo corre, e a sua espada reluz
Sua bandeira cobre todos os filhos de Jesus
Seu cavalo corre, e sua espada reluz
Auê seu Ogum Iara, aos pés da Santa Cruz


Rompe mato, arrebenta cipó
Rompe mato, arrebenta cipó
Treme terra
Montado em seu cavalo também é Ogum da guerra
Eu vi, clarear o dia
Eu vi, estrela brilhar
Eu vi, ele é seu Rompe mato
Tambem é Ogum das matas
Vem girar nesse conga


No centro da mata eu vi
Dois nomes gravados num toco de pau
No centro da mata eu vi
Seu Rompe-mato falava na língua do guarani


Sua capa é encarnada, seu capacete é de aço
Salve, salve meu São Jorge
Nosso guia do espaço
Ele é Ogum Rompe-mato
Sua bandeira é verde e anil
Salve o seu aniversario, salve o 23 de abril


Ogum olha sua bandeira
E ela é branca, verde ou encarnada
Ogum nos campos de batalha, ele venceu a guerra
E não perdeu soldado


O Beira-mar, beirando areia
O Beira-mar é filho da mamãe Sereia
Se a sua espada brilha no raiar do dia
O Beira-mar é filho da Virgem Maria
Se a sua espada brilha no romper da aurora
O Beira-mar é filho da Nossa Senhora


O marinheiro é hora
Ta na hora do barquinho navega
É o céu, é o sol e é o mar
O marinheiro olha o balanço do mar


Ogum já venceu, já venceu, já venceu
Ogum vem de Aruanda e quem lhe manda é Deus
E ele vem beirando o riu, e ele vem beirando o mar
E ele vem beirando o riu, e ele vem beirando o mar
Oi salve Santo Antonio da Calunga
Benedito e Beira-mar


Ogum Megê passou na lua, Iluminou a terra 
Nos campos de batalha, pai Ogum venceu a guerra
Aue, aue, aue
Aue, aue eua
Nos vamos sarava meu pai Ogum da guerra


Por entre matas, por entre mares e terras
Eu entendi o que meu pai quis dizer
Que Ogum não devia beber
Que Ogum não devia fumar
Pois a fumaça são as nuvens que passam no céu
E a espuma é a espuma do mar


Oxalá esta chamando, Ogum la no Maita
Pra lhe dar uma bandeira, e mandar ele jurar
Se ele é capitão, ele vai jurar
Se for de Angola, tambem vai jurar
Se for Ogum de Lei, ele vai jurar
E se for de Nagô, também vai jurar


Todo encouraçado, todo encouraçado 
Todo encouraçado, pai Ogum vem trabalhar
Pegue a sua lança, pegue a sua espada
As portas estão abertas para o pai Ogum entra
Zum zum zum aue, zum zum zum aue
Essa foi a historia que contou o pai Ogum


La no campo mora um índio que é da tribo de Tupã
É filho de Junco Verde e é irmão do Guarani
É Ogum e é guerreiro, caçador e feiticeiro
Bem aqui nesse terreiro pai Ogum vem trabalhar
Bem aqui nesse terreiro pai Ogum vem trabalhar


Iansã

Mãe Iansã sua espada é gloriosa
Sua coroa é cravejada com marfim
Ela é uma mãe carinhosa
Mãe Iansã é uma mãe para mim
Chora sobre as flores Iansã, eparrei
Chora sobre as flores Iansã, eparrei


Iansã menina dos cabelos loiros
Onde estas agora, estas na mina de ouro
Ele é a dona da ventania, salve a minha mãe
Salve a minha rainha


O Iansã... dos cabelos loiros
No mar tem água, na sua aldeia tem ouro
Aue, aue, o Iansã, aue, eua
Sarava Iansã, e a rainha do mar


O Iansã, Iansã Nanã
A mãe Sereia é a dona do mar
O Iansã, Iansã Nanã
A mãe Sereia é a dona do mar
Eu quero vê os Caboclinhos na areia
Brincando com Yemanjá
Mais ela é nossa mãe Iansã
Sua morada é na beira do mar


Santa Barbara e Xangô, baixo pra pergunta:
- o que foi que aconteceu la na mesa de Oxalá
Santa Barbara chegou no reino, 
Com sol, com chuva e com vento
Ela é a dona desse conga
Chega no terreiro pra seus filhos sarava


Se o meu pai vem de Aruanda
A nossa mãe é Iansã
A Umbanda gira, deixa a gira girar
A Umbanda gira, deixa a gira girar
Deixa a gira girar, sarava Iansã
Pai Xangô e Yemanjá, Ogum
Ai deixa a gira girar


Salve o sol e salve a lua
Que iluminam as campinas
Salve o sol e salve a lua
Que iuminam as campinas
Salve a espada de São Jorge
E a de Santa Catarina
Catarina é uma santa
E tambem é uma guereira
Catarina é uma santa
E tambem é uma guerreira
Com a espada na sentita
Vem baixa nessa terreira


Eram duas ventarola
Duas ventarolas
Que brilhavam sobre o mar
Uma era a Iansã, arerarê
E a outra era a Yemanjá, aiababâ


Oxósse

Eu vi, capitão da mata, meu pai
Eu vi, uma estrela brilhar
Mais que mata linda, ai que bonita cascata
É o rei Oxósse meu pai, o capitão da mata


Eu vou pedir licença pra Oxósse
Pra trabalha na matas de Jurema
Bate cabeça pra Xangô, la nas pedreiras
E joga flores pra Oxum na cachoeira


Se a gameleira de Oxósse faz sombra
Meu pai Oxalá responda
Ilumina os seus filhos na sombra de Oxósse
Ilumina os seus filhos na sombra de Oxósse
Como é bonito, ai que bonito é
Ver o rei Oxósse la em Nazaré


Oxósse mora, embaixo da gameleira
Embaixo da gameleira, salve Rompe mato
Salve Arranca toco e salve o Tira teima
Ele é Caboclo em qualquer lugar
Firma seu ponto sem medo de errar
Só não me toque em folhas de Jurema
Sem a lei suprema do pai Oxalá


Jurema

Como são lindos os cabelos da Jurema
A luz que brilha no seu olhar
Saia Jurema, saia das matas
Vem pro terreiro, vem trabalhar
Quem é de Aruanda, não é de Arue
Cabocla das matas não é brincadeira
Ai zum zum zum
Chegou a Jurema, com sua falange de Guarani


Jurema a sua flecha sumiu
E ninguém sabe, e ninguém viu
Eu vou chama o Caboclo Gira Mundo
Só ele sabe aonde a flecha caiu


A Jurema abana abana, todo mal ela vai leva
A Jurema abanara, a Jurema abanara


Arreia os Capangueiros, os Capangueiros de Jurema
Arreia os Capangueiros, os Capangueiros de Jurema
Olha o galho quebrando, e o Caboclo arreando
Olha o galho quebrando, e o Caboclo arreando
Olha o galho quebrando, e o Caboclo arreando...


Quando as marolas bate nas pedreiras
A passarada voa pelo ar
Quando as marolas bate nas pedreiras
A passarada voa pelo ar
Mais ela é a Cabocla Jurema
Enviada por mãe Yemanjá
Mais ela é a Cabocla Jurema
Enviada por pai Oxalá


Ô Jureminha, ô Jurema
Sua flecha caiu serena Jurema, dentro desse conga


Que lindo, o capacete de penas
Que tem a Cabocla Jurema
É lindo e quem lhe deu foi Oxalá
Jurema filha de Tupinambá
Jurema é a rainha das matas
Aue, aue, aua


Cabocla Iracema

Cabocla Iracema que vem la do oriente
Baixou nessa seara com a pemba na mão
Cabocla Iracema que vem la do oriente
Baixou nessa seara com a pemba na mão
Ela ensina os seus filhos a girar
Ensina os seus filhos a girar
Ela ensina os seus filhos a girar
Ensina os seus filhos a girar
Ela vem la do oriente com os fluidos de Yemanjá
Saravando a Umbanda, caridade Oxalá


Caboclo Tupi

Caboclo Tupi, que vem la do Sertão
Baixou nessa seara com a pemba na mão
Caboclo Tupi, que vem la do Sertão
Baixou nessa seara com a pemba na mão
Ele ensina os seus filhos a girar
Ensina os seus filhos a girar
Ele ensina os seus filhos a girar
Ensina os seus filhos a girar


Tupinambá

Tava na beira do riu
Sem poder atravessar
Chamei pelo Caboclo
Caboclo Tupinambá
Chamei pelo Caboclo
Caboclo Tupinambá
Tupinambá chamei
Também mandei chamar Euá
Também mandei chamar Euá


La na mata da guiné
Tupinambá se ajoelhou oooo...
Com sua flecha na mão
Pedindo força e proteção
Ao passar da meia noite os clarim abençoou
São guerreiros de Aruanda, vem salda Tupinambá
Sao guerreiros de Aruanda, vem salda Tupinambá



Tupi Mirim e, e Tupinambá
Tupi Mirim e, e Tupinambá
Sete flecha e Aranca toca
Traz a Jurema pra cá
Mãe Jurema, mãe Iara
E a falange vai baixar


Pena Branca

Quem manda na mata é Oxósse
Oxósse é caçador, Oxósse é caçador
E eu vi meu pai assobiar
E eu mandei chamar, e eu mandei chamar
É de Aruanda é... é de Aruanda é seu Pena Branca
É o rei da Umbanda, é de Aruanda é...


Caboclo Pena Branca é que chegou nesse conga
Salve o seu terreiro e salve os Orixás
Seu Pena Branca quebrador de demanda
Me faça um patuá, vou saldar a sua banda
Caboclo Pena Branca é que chegou nesse conga
Salve o seu terreiro e salve os Orixás
Muito olho-gordo encima de mim
Esse é Pena Branca, ele tira o que é ruim
Caboclo Pena Branca é que chegou nesse conga
Salve o seu terreiro e salve os Orixás
Vai risca seu ponto, aqui nesse terreiro
Seu Pena Branca, Cacique flecheiro
Caboclo Pena Branca é que chegou nesse conga
Salve o seu terreiro e salve os Orixás
Saldando a Umbanda, saldando os Orixás
Saldando as crianças, o trabalho ele vai começa
Caboclo Pena Branca é que chegou nesse conga
Salve o seu terreiro e salve os Orixás


Caboclos

Caboclo não tem caminho para caminhar
Caboclo não tem caminho para caminhar
Caminha por cima das folhas
Por baixo das folhas por todo lugar
Aue Caboclo


Saia Caboclo, não se atrapalha
Saia do meio da samambaia
Saia Caboclo, não se atrapalha
Saia do meio da samambaia
Vestimenta de Caboclo é samambaia
Samambaia, samambaia


Lere, lere
Lere, lere, lere, lererera
Lere
Lere, lere
Lere, lere, lere, lererera
Caboclo sete flechas no conga
Sarava seu sete flechas
Ele é o rei das matas
Com seu bodoque atira, caramba
Sua flecha mata


Na minha imaginação
O sonho vira realidade
Mostre-me como são os Caboclos
E a sua capacidade
A lua ilumina a noite, e o sereno caia sobre as folhas
Era madrugada, era madrugada
De tanta coragem em uma Cabocla só
No silêncio da mata o vento soprava as folhas pro ar
Eu vi a cobra Coruira que veio acordar
A Cabocla Jupira


Arranca toco jurou sua bandeira
E no terreiro ele vem trabalhar
Arranca toco jurou sua bandeira
E no terreiro ele vem trabalhar
Ele jurou, e ele jurara
Firma seu ponto com as bênçãos de Oxalá


Caboclo Arranca toco
É minha luz, e é meu guia
Irmão de Oxósse
Filho da Virgem Maria
A sua luz ilumina o escuro
Com sua força o guerreiro ta seguro


Caboclo roxo da pele morena
Irmão de Oxósse, filho de Jurema
Ele jurou e ele jurara
Firma seu ponto com as bênçãos de Oxalá


No centro da mata eu vi
Dois nomes gravados num toco de pau
No centro da mata eu vi
Dois nomes gravados num toco de pau
Num ledo seu Rompe mato
No outro seu Cobra coral


Cobra coral meu pai
É o rei desse conga
Cobra coral meu pai
É o rei desse conga
Vamos pedir, vamos implorar
Pra que Deus de luz e força a esse grande Orixá
Jararaca é minha cinta
Jibóia é minha manta
Jararaca é minha cinta
Jibóia é minha manta
Jinga que jinga na Aruanda
Cobra coral é o rei da Umbanda


Oxalá

Oxalá velhinho, Oxalá é da Ode,
Oxalá de Orubilaia, Oxalá é da Umbanda
Quando sair o sol, eu vou entrar nas matas
Vou falar com Oxósse, Jurema das matas e meu pai Xangô
O abre as portas o gente, que ai vem Jesus
Ele vem cansado, com peso da cruz
Vem de porta em porta, vem de rua em rua
Vem salva seus filhos, sem culpa nenhum


Entre as palminha tu és a flor
Das criancinha tu és o amor
Cabelos loiros olhos azuis
Lindo menino, menino Jesus
Laia laia, la em Belém numa noite linda
Jesus nasceu, como eu te adoro
Pequenino assim, Jesus eu choro
Tenhas dó de mim, como eu te adoro
Pequenino assim, Jesus eu choro


Cosme e Damião

São Cosme e São Damião
Sua santa já chegou, veio do fundo do mar
Que santa Barbara mandou
Dois, dois Sereia do mar
Dois, dois papai Oxalá
Dois, dois mamãe Yemanjá
Dois, dois papai Oxalá


São Cosme e Damião, a sua casa cheira
Cheira a cravo e rosa, e a flor da laranjeira
Cosme e Damião, Damião cadê Dôum?
Esta colhendo rosas na roseira da Oxum


Preto Velho

Ó meu Senhor do Bonfim
Valei-me São Salvador
Levai os filhos de fé
Jesus, Maria e José


Chora no cativeiro
Chora no cativeiro
Por que eu não posso chorar
No tempo da escravidão
Preto Velho muito trabalhou
Hoje o preto chora
Chora lagrimas de Nosso Senhor


Valei-me São Valentim
Valei-me São Salvador
Vamos sarava minha gente
Que o povo baiano chegou
Oi bati, que bati na cambucá
Repilica no conga
Oi chama nosso povo, e vamos trabalhar


La na Bahia corre água sem chover
La na Bahia corre água sem chover
Aqui povo baiano, agora que eu quero vê
Aqui povo baiano, agora que eu quero vê
Ele é baiano, agora que eu quero vê
Afirma o ponto no azeite de dendê
Eu quero vê, o baiano de Aruanda
Trabalhando na Umbanda
Pra Quimbanda não vence


Rei Congo vem de Minas
Congo vem beirando o mar
Rei Congo vem de Minas
Congo vem beirando o mar
Ai Congo no terreiro
Congo veio sarava
Oi sarava mironga 
Oi sarava mironga 
La no Maita, galo cantou
Oi deixa o galo canta
Galo cantou, oi deixa o galo canta
Sarava o Rei do Congo
Sarava Nosso Senhor


Ai vem três cavaleiros e ninguém sabe quem é
Ai vem três cavaleiros e ninguém sabe quem é
Santo Antonio da patrulha, São Miguel e São Salvador


Aonde é que mãe Maria mora
Mãe Maria não tem morada
A mora da Preta Velha
É na beira da estrada


Embaixo de um abacateiro
Tem um Preto velho
Que é muito guerreiro
E quando ele vem trabalhar
Vem acompanhado de Ogum Guerreiro


Pai José he, he, pai José he, ha
Pai José he, he, pai José he, há
Pai José que vem de Aruanda
Pai José de Aruanda, Aruá


O Preta velha, você não me engana
Você não me engana, amara a saia com palha de cana
E o cigarro que ela fuma, é da palha de Aruanda


Mãe Maria cadê Pai José?
Foi na mata colher guiné
Diga a ele que quando vier
Que pise no chão, mais não bata o pé
Pai José he, He, Pai José He, ha 


La vem a Vovó descendo a ladeira com sua sacola
E com seu patuá, com a sua rosário, ela vem de Angola
O seu patuá, e a figa da guiné
Vovó vem de Angola pra salda filhos de fé


o marinheiro, o marinheiro, o marinheiro só
quem te encinou a nadar?
o marinheiro só
foi o tombo do naviu? o marinheiro só
ou foi o balanço do mar? o marinheiro só
eu não sou daqui, o marinheiro só
eu só tenho amor, o marinheiro só 
eu sou da Bahia, o marinheiro só
de São Salvador, o marinheiro só
la vem, la vem, o marinheiro só
como ele vem faceiro, o marinheiro só
todo de branco, o marinheiro só
com o seu bonezinho, o marinheiro só