terça-feira, 18 de outubro de 2016

Reflexões Acerca da Mediunidade e Sua Real Natureza


Todo aquele que nasce num corpo sadio, traz consigo cinco sentidos sensoriais que chamamos de básicos: audição, visão, tato, olfato e paladar. É natural ao ser humano e muitas vezes não se dá tanta atenção sobre a complexidade que estes sensores apresentam, talvez porque estes são comuns a todos e são estimulados e vivenciados desde que nascemos.
         A criança
         Aos pais mais atentos, é possível perceber o processo de maturação destes sensores no indivíduo. A criança nasce com a visão muito turva que vai “clareando” ou “amadurecendo” num prazo de até seis meses, após este período é que a criança realmente enxerga o mundo a sua volta. O tato é mais sensível pela boca, por isso é que a criança até seus dois anos terá o hábito de levar tudo à boca, pois é a partir da sensibilidade oral que a criança percebe, diferencia e processa texturas, formatos, consistências, bem como o paladar.
         O adulto
         Bem, para nós já adultos, andar e correr é algo “automático”, não precisamos de esforços e cálculos, entretanto observe uma criança no inicio da aprendizagem, há medo, calcula-se bem um ou dois passos, é preciso ter algumas certezas de segurança, algo a se apegar para não cair, dar três ou quatro passos, por algum período é um desafio incrível e a sensação de satisfação e superação ao atingir o objetivo que normalmente é sair do braço da mãe e andar quatro passos aos braços do pai é impagável.
         O assunto
         Toda esta introdução é para que possamos refletir sobre a mediunidade como mais um sentido sensorial que todos nascem, reservando suas particularidades e especificidades, a mediunidade está para todos e é um sensor como os acima citados, porém este “sexto sentido” vem à luz do indivíduo mais tardiamente, comumente na adolescencia, sem regras, pode acontecer já na maturidade bem como em tenra infância.
Já superamos o período histórico em que a mediunidade fora tratada como histeria, loucura ou possessão demoníaca.
Quando a mediunidade se apresenta num meio familiar em que o ambiente é de espiritualistas, tudo será mais fácil, entretanto cabe algumas considerações em todas as circunstâncias.
Vemos a mediunidade  ser tratada ao longo dos tempos como um “dom supremo” coisa de gente “super dotada espiritualmente”, fantástico, seres superiores e coisa do tipo, há também aqueles que tratam a mediunidade como uma castigo, uma penitência, um karma, uma dívida…
         A fantasia…
         Respeito a credulidade alheia, mas desculpe… Mediunidade não é nenhuma das opções acima, tampouco se trata de coisa de mutantes, X-men, super herói, nada disso. Todavia, justamente por estas proposições acerca da mediunidade é que quando ela desabrocha num ambiente sem estudo e condução coerente acaba por dar vazão à uma fértil criatividade ilusória perigosa para a vida social e espiritual do indivíduo. É assim que vemos “incorporações” do cavalo de Ogum relinchando no meio do terreiro, vemos o corcunda de notre dame na linha de exus, caboclo cego, preto velho paralítico e tantas outras aberrações comportamentais …
Mediunidade enfim…
         Retomando a idéia da mediunidade como um sentido sensorial como os demais básicos, a mediunidade deve ser observada com seriedade e bom senso.
Desenvolver a mediunidade é um processo natural, importante e necessário à todos. Entenda o sentido de desenvolver a mediunidade como um processo de conhecimento, aceitação, exercício e maturação do sentido.
         Ilustrando o conceito…
         Sempre costumo comparar o seguinte: eu tenho minha audição em perfeito funcionamento, também tenho um paladar funcionando etc. Mas meu ouvido não é como a de um músico estudioso, treinado e disciplinado. Quando ouço uma música, simplesmente ouço o conjunto dos instrumento s que embalam minha audição, entretanto um músico percebe as notas musicais, os vários instrumentos e até pode indicar o que está ou não afinado ou no compasso ideal. Eu não sei tocar instrumento algum e portanto jamais, nesta condição, poderei escutar uma música e reproduzi-la em qualquer instrumento. Posso mudar isso, estudando música e instrumento, me dedicando, exercitando e praticando muito, daqui alguns anos poderei estar apto a isso, mas já que me coloquei como exemplo, neste caso me falta também talento (risos).
O que quero dizer é que audição todos temos, porém alguns exercitam mais este sentido, apuram a capacidade de ouvir e lidar com os sons.
         Nem melhor, nem pior…
         Por isso não existe mediunidade melhor ou pior, superior ou inferior. Existe sim a mediunidade no indivíduo, este pode ou não amadurecê-la, pode ou não entendê-la e pode ou não praticá-la conscientemente.
Tirar a mediunidade do foco da sobrenaturalidade, penso que é o principal caminho para iniciar um relacionamento maduro a este sentido que precisa de cuidados importantes. Faz parte do nosso organismo.
         Exercite…
Se os músculos não forem exercitados, poderão atrofiar e gerar graves doenças e limitações ao corpo. Com a mediunidade também, se não for exercitada no mínimo se mantém estacionada.
Há quem diga “Faz trinta anos que sou médium”, no entanto fazem vinte anos que não pratico!?!
Trinta anos de mediunidade mal praticada, não valem cinco anos de uma mediunidade ativa, praticada com estudo e bom senso.
O tempo determina muita coisa na mediunidade, como o músculo, você não define um músculo indo à academia uma vez por mês por meia hora. Se não houver disciplina, rotina e cuidados, esqueça braços, peitorais e abdômem definidos. De modo que a vivência disciplinada e exercício rotineiro da mediunidade, permite que a cada dia de prática mediúnica este sentido se fortalece, amadurece, amplia e alinha. É com o tempo também que o médium vai criando estabilidade vibratória, confiança e autonomia mediúnica.
         Afinal de contas…
         A mediunidade é algo mais natural do que pensamos, são muitos os tipos de mediunidade, você não terá a mediunidade que quer, mas a que te pertence, então procure conhecê-la e faça dela o melhor uso possível.
         Pense nisso:
         Mediunidade não é angelical e nem maligna, o uso que você fará dela é que determinará sua utilidade!

Por Rodrigo Queiroz
Artigo publicado no Jornal Umbanda Sagrada, Fevereiro 2011

Chico e os Espíritos Obsessores



Em conversa reservada conosco, em sua casa, Chico certa vez nos disse, enquanto íamos anotando resumidamente a sua palavra:

"Eu já sofri, meu filho, o assedio de muitos espíritos que, de todas as maneiras, tentaram comprometer a tarefa do livro por nosso intermédio; os Bons Espíritos, Emmanuel, sempre estiveram comigo, mas nunca me isentaram das lutas que são minhas...

Houve época em que o assedio deles, dos espíritos infelizes, durava semanas e até meses; eles queriam que eu abandonasse tudo...

Ora, deixar tudo para fazer o que?

Colocavam idéias estranhas na minha cabeça - deitava-me e levantava-me com elas, mas eu não podia parar...

Perguntava a Emmanuel, ao Dr. Bezerra, se alguma coisa poderia ser feita, porque eu não estava agüentando; eram perturbações no espírito e sinais de doença no corpo, doenças-fantasmas evidentemente, dores por todos os lados, um pavor inexplicável da morte...

Eles me diziam que eu tivesse paciência, porque, com o tempo, tudo haveria de passar.

Mas não passava...

Às vezes, para mim, um dia aprecia uma eternidade.

Então, não me restava alternativa, há anos ser continuar trabalhando sob aquela pressão psicológica tremenda.

Escutava espíritos perturbadores gargalhando aos meus ouvidos, me ironizando - e eu já estava na mediunidade havia um bom tempo!...

Na hora do serviço da psicografia, eles desapareciam, mas depois, voltavam.

Eu não podia viver em transe: tinha que cuidar da vida.

Apanhei muito dos espíritos inimigos da Doutrina, não a socos ou pontapés, mas a alguma coisa equivalente...

Não foi fácil.

Somente a custa de muita oração e trabalho na caridade é que fui me desligando naturalmente daqueles pensamentos.

Não pensem que tudo para mim, na mediunidade, tenha sido um mar de rosas; por vezes, eu me sentia sitiado - de um lado, a incompreensão dos encarnados e, de outro, o assedio espiritual que, em verdade, em maior ou menos grau, todo médium experimenta. "

E prosseguiu:

"Já conversei com muitos companheiros de valor na mediunidade que estavam estreitamente vampirizados pelos espíritos, que a eles pareciam colados, como se estivessem sugando a sua energia mental...

Não é brincadeira.

Os espíritos, em maioria, quando deixam o corpo, ficam por aqui mesmo.

Poucos são os que acham o caminho para as Dimensões Mais Altas...

O médium que não persevera na tarefa e que, doente como estiver, não procura cumprir com os deveres acaba anulado pelos seus desafetos invisíveis de outras vidas...

Emmanuel me perguntava:

- "Chico, o que é que você tem?"

Eu respondia a ele:

- "Estou triste, deprimido..." então, vamos trabalhar - me respondia -, porque, se não trabalhar, eu não posso ficar pajeando você...

" Foi assim que eu me habituei a trabalhar quase sem nenhum descanso. Como é que eu ia parar?!

Certa vez, os espíritos que me assediavam me levaram a ficar de cama: comecei a tremer, ter febre alta, e não era doença nenhuma.

Ainda bem que, de modo geral, a Humanidade vive alheia a influencia mais incisiva dos espíritos obsessores, oferecendo obstáculos à sintonia com eles, pois, caso contrário, a casa mental dos homens seria invadida...

Por este motivo, explica Emmanuel, os médiuns necessitam de vigilância dobrada.

Hoje, eu já me sinto um tanto mais calejado - as cicatrizes são tantas que os espíritos não encontram mais lugar para bater..." (Risos)

E arremata, bem humorado:

- "Hoje, eu já estou praticamente morto: eles não vão se preocupar com um... cadáver, não é?"


Salve Chico Xavier!

São Cipriano e os Pretos Velhos


Muito se fala sobre São Cipriano mas poucos conhecem a história e a representação deste personagem tão controverso e tão misterioso. Muitos procuram os conhecimentos mágicos de São Cipriano, mas poucos conhecem sua mais poderosa magia. Muitos pedem a São Cipriano, mas poucos entendem seu real poder transformador. Portanto, hoje quero falar um pouco sobre a figura de São Cipriano e sua importante representação para a nossa Umbanda. Vamos lá:
Tascius Caecilius Cyprianus, nasceu na cidade de Antioquia, na Turquia. Foi nesta cidade que, quando o Cristianismo era apenas uma pequena seita religiosa, Paulo pregou o seu primeiro sermão numa Sinagoga, e foi também ali que os seguidores de Jesus foram chamados de Cristãos pela primeira vez.
Antioquia era a terceira maior cidade do império romano, conhecida pela sua depravação. Nesta metrópole conhecida por “Antioquia, a bela”, ou a “rainha do Oriente”, tal era a beleza da arte romana e do luxo oriental que se fundiam num cenário deslumbrante, a população era maioritariamente romano-helênica, e o culto dos deuses era a religião oficial. Alguns dos cultos religiosos estavam associados a deusas do amor e da fertilidade, pelo que a lascívia, perversão e a libertinagem eram famosas nesta cidade.
Foi neste ambiente religioso e cultural que Cipriano nasceu em 250 d.e.c., filho de Edeso e Cledónia. Nutria uma verdadeira vocação e gosto pelos estudos místicos e religiosos, sendo admitido num dos templos sagrados da cidade para realizar os seus estudos sacerdotais e místicos. Entrou assim em contato com as ciências ocultas, e aprofundou afincadamente os seus estudos de feitiçaria, rituais sacrificiais e invocações de espíritos, astrologia, adivinhação etc, dedicando a sua vida ao estudo das ciências ocultas. Ficou conhecido pelo epíteto de “O Feiticeiro”, alcançando grande fama sendo reconhecido como um poderoso feiticeiro, capaz de grandes prodígios.
Por volta dos seus 30 anos Cipriano encontra-se na Babilônia, onde encontra a bruxa Évora. Estudando com ela, Cipriano desenvolve as suas capacidades premonitórias e outras matérias sobre as artes da bruxaria segundo as tradições místicas dos Caldeus. Após o falecimento da Bruxa Évora Cipriano herda os seus manuscritos esotéricos, dos quais extrai muito da sua sabedoria oculta.
Ao fim de algum tempo, Cipriano já domina as artes das ciências de magia negra contatando demônios. Diz-se que se tornou amigo intimo de Lúcifer e Satanás, para os quais conseguia angariar a perdição de muitas belas e jovens mulheres, o que muito agradava aos diabos, que em troca lhe concediam grandes poderes sobrenaturais.
Com esse poder infernal, Cipriano construiu uma carreira de bruxo com grande fama,  produzindo grandes feitos, o que lhe valeu uma imprescindível reputação de grande feiticeiro. Muitas pessoas de todos os quadrantes geográficos procuravam os seus serviços místicos e os seus ganhos financeiros eram assinaláveis.
Cipriano foi autor de diversas obras e tratados místicos e era já um feiticeiro respeitado, reputado e temido quando foi contatado por um rapaz de nome Aglaide. O rapaz estava ardentemente apaixonado por uma belíssima donzela cristã de nome Justine. Sendo rico Aglaide rapidamente encontrou o consentimento dos pais de Justine quanto a um casamento com ela, contudo a donzela professava uma forte fé cristã e desejava manter a sua pureza oferecendo a sua virgindade a Deus. Por esse motivo Justine recusou-se a casar. Desgostoso, mas com forte determinação em possuir Justine, Aglaide encomendou os serviços espirituais de Cipriano.
Cipriano usou de toda a extensão da sua bruxaria para fazer Justine cair nas tentações carnais, que a levariam a oferecer-se para Aglaide e renunciar à sua fé Cristã.
Cipriano fez uso de diversos trabalhos malignos, contudo nenhum deles surtiu qualquer efeito. Para espanto de Cipriano todo o batalhão de feitiços que usava era repelido pela jovem rapariga apenas através do sinal da cruz e das suas orações. Acostumado a fazer belas moças cair na tentação da carne e assim levá-las a entrar pelos caminhos da luxúria, Cipriano não conseguia entender o que estava acontecendo. Ele encontrou muitas dificuldades e noite após noite visitava a jovem Justine com a sua infernal quantidade de feitiços. Nada resultou.
Cipriano desiludiu-se profundamente com as suas artes místicas que até então tinham funcionado tão forte e infalivelmente, para agora serem derrotadas por uma mera donzela com fé no Deus de Cristo. Aconselhado por Eusébio, um amigo seu, e observando o poder da fé de Justine, Cipriano converteu-se ao Cristianismo. Assim fazendo-o, o feiticeiro destruiu todas as suas obras esotéricas e tratados de magia negra, assim como  ofereceu e distribuiu todos os seus bens materiais e riquezas aos pobres.
Depois de se converter, Cipriano ainda foi fortemente  atormentado pelos espíritos de bruxas que o perseguiam, mas teve fé e assim afastou de si tais aparições que apenas pretendiam reconduzi-lo aos caminhos da feitiçaria. A fama de Cipriano era contudo grande e as noticias da sua conversão ao cristianismo chegaram à corte do Imperador Diocleciano que tinha fixado residência na Nicomédia.
Cipriano e Justine foram perseguidos,  aprisionados e levados ao imperador, diante do qual foram forçados a negar  a sua fé. Justine foi despida e chicoteada, ao passo que Cipriano foi martirizado com um açoite de dentes de ferro. Mesmo com a carne arrancada do corpo a cada flagelação do chicote com dentes de ferro, Cipriano não negou a sua fé e Justine manteve-se sofredoramente fiel a Deus.
Perante a recusa de Cipriano e Justine em renunciar à sua fé, o imperador os condenou à morte sendo decapitados em 26 de Setembro de 304 d.e.c., juntamente com um outro mártir de nome Teotiso. Aceitaram a sua execução com grande fé e serenidade, tendo falecido com coragem e dignidade. Os seus corpos nem sequer foram sepultados, e ficaram expostos por 6 dias. Foi um grupo de cristãos que, comovidos pela barbaridade, recolheu-os.
Mais tarde, o imperador cristão Constantino (272 – 337 d.e.c.) ordenou que os restos mortais de Cipriano fossem sepultados na Basílica de São João Latrão, localizada em Roma, que é a catedral do Bispo de Roma, ou seja: o papa.  Foi na “Omnium Urbis et Orbis Ecclesiarum Mater et Caput” (mãe e cabeça de todas as igrejas do mundo) que São Cipriano, o santo e mártir, encontrou o seu eterno repouso.
Todo percurso de São Cipriano é um verdadeiro hino à vida no esplendor da sua existência: do diabo a Deus, dos demônios aos anjos, da feitiçaria à fé cristã, da magia negra à magia branca, em tudo São Cipriano mergulhou, estudou e viveu. Do pecado à virtude, da luxúria à santidade, da riqueza à pobreza, do poder à martirização, se alguém é digno de um percurso de existência completo, rico e enriquecedor, eis que este santo assim o representa.
Controverso e polêmico, São Cipriano é a própria noção de evolução espiritual através da profunda vivência das mais diversas realidades espirituais (do mais profano excesso, à mais sacrificada ascese) encontra corpo na vida e obra deste feiticeiro e mártir.
                                                  Fonte de pesquisa www.magianegra.com.pt
 
E VOCÊ SABIA que a Linha das Almas ou Linhas dos Pretos-Velhos também é conhecida como Linha de Yorimá ou Linha de São Cipriano e que dentro dessa linha de trabalho encontram-se pretos-velhos com o nome simbólico de Pai Cipriano?
Veja só, a Vibração de Yorimá é a Potência da Palavra da Lei, Ordem Iluminada da Lei, Palavra Reinante da Lei. Esta Linha ou vibração é composta pelos primeiros espíritos que foram ordenados a combater o mal em todas as suas manifestações, são verdadeiros magos que usam da roupagem fluídica de Pretos Velhos, ensinando as verdadeiras “mirongas” sem deturpações. São os Mestres da Magia e experientes devido às seculares encarnações.
Esta Linha, que ora se diz como linha dos Preto-velhos, ora como dos Africanos, de São Cipriano, das Almas, tem como Chefes principais Pai Guiné, Pai Tomé, Pai Arruda, Pai Congo de Aruanda, Mãe Maria Conga, Pai Benedito e Pai Joaquim. São entidades muito evoluídas que há vários milênios encarnaram e desencarnaram adquirindo, assim, muita experiência no dia a dia da humanidade. Eles são a DOUTRINA, a FILOSOFIA, Mestrado da Magia, em fundamentos e ensinamentos.
Os Preto-Velhos da Umbanda representam a força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade. São um ponto de referência para todos aqueles que necessitam pois curam, ensinam, educam pessoas e espíritos sem luz. Eles representam a humildade, não têm raiva ou ódio pelas humilhações, atrocidades e torturas a que foram submetidos no passado. Com seus cachimbos, fala pausada, tranquilidade nos gestos, eles escutam e ajudam aqueles que necessitam, independentes de sua cor, idade, sexo e religião.
Não se pode dizer que em sua totalidade esses espíritos são diretamente os mesmos preto-velhos da escravidão. Pois, no processo cíclico da reencarnação passaram por muitas vidas anteriores onde foram negros escravos, filósofos, médicos, ricos, pobres, iluminados e outros. Mas, para ajudar aqueles que necessitam, escolheram ou foram escolhidos para voltar à Terra em forma incorporada de preto-velho.
Por isso, se você for falar com um preto-velho, tenha humildade e saiba escutar, não queira milagres ou que ele resolva seus problemas, como em um passe de mágica, entenda que qualquer solução tem o princípio dentro de você mesmo, tenha fé, acredite em você, tenha amor, Amor a Deus e a Você mesmo.
Tenha certeza, assim como a transformação que ocorreu na vida de São Cipriano, os Pretos Velhos transformam a nossa vida se houver Amor.
É incrível o poder que o Amor, e conseqüentemente nossos queridos Pretos Velhos, tem de transformar as pessoas.
É absolutamente incrível a transformação que os Pretos Velhos são capazes de fazer na vida, no íntimo e no envolta das pessoas.
É absurdamente incrível como o amor, simples e puro, é capaz de transformar.
Triste daquele que ainda não sabe amar. Triste daquele que ainda não conhece esse poder.  Triste daquele que ainda não foi tocado pelo Amor de um Preto Velho!
“Cada um colherá aquilo que plantou. Se tu plantaste vento colherás tempestade, mas se tu entenderes que com luta o sofrimento pode tornar-se alegria vereis que deveis tomar consciência do que foste teu passado aprendendo com teus erros e visando o crescimento e a felicidade do futuro. Não sejais egoísta, aquilo que te fores ensinado passai aos outros e aquilo que recebeste de graça, de graça tu darás. Porque só no amor, na caridade e na fé é que tu podeis encontrar o teu caminho interior, a luz e DEUS”

Os Caboclos na Lição de Pai João


            
          
PAI JOÃO: - Pois é, meu filho, mas como você veio em busca de conhecimento, Pai João gosta muito disso e aproveita para falar a respeito dessas e de outras coisas importantes. É preciso formar uma idéia mais ampla sobre a diversidade de espíritos que trabalham em nosso planeta.

Examine, por exemplo, o caso dos caboclos. As entidades espirituais que se manifestam tanto em seus médiuns quanto no plano astral com a vestimenta de caboclo não foram obrigatoriamente índios ou selvagens em sua última encarnação. Muito pelo contrário.
Grande número dos espíritos que adotam a característica de caboclo tiveram seu caráter firme forjado em templos do passado, principalmente entre as civilizações incas e astecas, entre outras. Tal como ocorre com os pais-velhos, possuem íntima ligação com certas energias da natureza, tanto quanto com a cultura da qual procedem. Em virtude desse fato, preferem estampar a imagem de um índio, de um sertanejo ou de um bandeirante em sua vestimenta espiritual, em sua aparência. Daí se pode entender porque alguns caboclos são recrutados para trabalhar ao lado de grandes luminares da espiritualidade, que foram sábios em sua última existência. Além de tudo isso, a forma astral do caboclo também traz um simbolismo. Representa a jovialidade, energia, destemor e valentia, bem como capacidade de transformação e progresso. É a representação do jovem guerreiro, daquele que tem a característica de mudar o panorama, de enfrentar os desafios da existência e modificar as situações menos favoráveis em outras mais nobres.
- Então os caboclos também foram iniciados em outras civilizações, como os pais-velhos?

         PAI JOÃO: - Não se pode generalizar, meu filho. Especialmente se considerarmos que, na umbanda e em certos cultos de transição, observa-se uma variedade de seres Espirituais a que muitos dão o nome de caboclos.
Antes de continuar com as explicações, é preciso dizer que este pai-velho está lhe dando apenas um ponto de vista a respeito da variedade de manifestações. O que estou lhe falando não é consenso nem mesmo entre os representantes da umbanda. No entanto, é sob esse ponto de vista que nego-velho quer conduzir seu olhar.

           Assim sendo, dentro da variedade a que me referi, temos os chamados caboclos índios. Eles integram imensa legião de trabalhadores, guardiões, baluartes da lei e da ordem, combatentes que são das falanges do mal. Como verdadeiros caças, saem pelo umbral afora em tarefas de defesa e disciplina, temidos que são por muitos espíritos das trevas.
Na umbanda e em outras expressões de espiritualidade, são comuns outros tipos, tais como os boiadeiros. Especialistas em desobsessões, coletivas e individuais, investem contra as bases das sombras e destroem as fortalezas do astral inferior. Dotados de grande magnetismo, são respeitados e temidos pelas entidades do mal, sobretudo pelos marginais ou quiumbas, tão comuns em ambientes que oferecem grande perigo aos encarnados.
Após breve intervalo, para que o interlocutor pudesse assimilar o que dizia, Pai João prosseguiu:
- Como já lhe disse, nego-velho está dando uma explicação baseada não na teologia umbandista, mas na realidade cultural mais próxima da que você está habituado, meu filho. Certamente encontrará outros pontos de vista sobre esse assunto entre os representantes da umbanda e do candomblé. Porém nego-velho, neste momento, não tem por objetivo religião e doutrina, mas a descrição da realidade espiritual que transcende as interpretações religiosas.
- Entendo, meu pai. Se julgar apropriado conceder mais informações, estou aberto a ouvir e estudar.
- Pois bem, meu filho, - retomou Pai João calmamente. – Ainda sobre a forma espiritual adotada por alguns espíritos, alguns caboclos adotam não a forma de índios, mas do marinheiro. De alguém que viveu junto às águas, ao mar, portanto trabalhando com emoções, inclusive por ter vivenciado os tremendos desafios que envolvem a navegação: desde tormentas e fenômenos climáticos até a solidão dos meses e anos singrando pelos mares, longe da família e dos seus. Na umbanda, bem como em alguns candomblés que recebem sua influência, chama-se freqüentemente de marinheiro aquele espírito que lidera falanges acostumadas a lidar com o sentimento e as emoções e que atuam no contato com o elemento água – que remete à suavidade e ao amor e auxilia na libertação de vinculações magnéticas. Quando se pretende fazer uma limpeza energética com suavidade, o elemento água é o mais indicado, liberando fortes emoções que anuviam a visão espiritual dos filhos. É lógico concluir que quem teve experiência reencarnatórias junto ao elemento água pode ser bastante eficaz nessa tarefa.
Era muita informação para aquele homem reservado, que não queria se expor perante os presentes. Era ele um representante do espiritismo e, por essa razão, não desejava, ao menos até aquele momento, ser identificado numa tenda onde a manifestação mediúnica ocorria segundo parâmetros diferentes daqueles com os quais se familiarizava.
Entendo isso o preto-velho vez ou outra dava um tempo para ele refletir e depois de um suspiro, uma pausa, continuava.
- Os chamados quimbandeiros constituem outra espécie de caboclo. Sua especialidade é enfrentar os magos negros e seus dirigidos nos campos de batalha do umbral e da subcrosta. Gostam de estar à frente das demandas que ocorrem na esfera astral, muitas vezes nem sequer percebidas pelos médiuns. Como se fossem generais guerreiros, trabalham para a defesa, porém com ênfase em limitar e cercear a ação das trevas, o que muitas vezes, os leva a afirmar que transitam entre o bem e o mal. Além, é claro, do fato de que conhecem em profundidade as artimanhas dos seres da escuridão.
Não há dúvida, meu filho, de que nego-velho está procurando usar a linguagem mais espírita possível para que possa entender os diversos perfis e especialidades daqueles seres que trabalham na vibração da umbanda, em suas variadas manifestações e interpretações. Por estarem ligadas à vibração e à atmosfera cultural (e não a rótulos religiosos), essas mesmas entidades também militam nos centros espíritas, caso encontrem abertura dos médiuns e dirigentes. Ainda que, em certas ocasiões, optemos por nos apresentar em outra roupagem fluídica, conforme seja conveniente ao trabalho e tenhamos condições para tal.

Texto extraído do livro “Corpo Fechado”, Robson Pinheiro, espírito W. Voltz

Umbandista e Espírita Estuda a Bíblia? E Qual Bíblia Usar?


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Já tive a oportunidade de ver, ouvir ou saber o quanto é cômico ver um Umbandista ou um Espírita sem conhecimentos básicos da Bíblia, travar um diálogo com Evangélicos, sobre assuntos Doutrinários. Isto é fato, devido ao pouco interesse dos Umbandistas e Espíritas em relação ao repositório de textos históricos indispensável para todos. A Bíblia.


                Esse desinteresse é pelo fato de o livro ser polêmico em sua formação, principalmente o chamado novo testamento, onde foi vilipendiado por séculos pelo simples interesse de favorecer os próprios interesses. A Bíblia foi formada como a conhecemos hoje, por São Jerônimo que traduziu os textos em Hebraico e Grego antigo para o Latim, sendo editada em 400 D.C., após alguns anos de Teodósio I ter feito do Cristianismo a religião oficial do Império Romano no ano 391 D.C. Hoje a Bíblia dos Católicos têm 73 livros e dos Evangélicos 66.


                Temos que informar, hoje, no Brasil há aproximadamente 17 traduções diferentes da Bíblia e a diferenças entre elas são mínimas, porém, de alto valor interpretativo. E ai fica a pergunta; que Bíblia o Umbandista ou Espírita deve adotar para seus estudos? Digo que só há uma, A Bíblia de Jerusalém.


                 A Bíblia de Jerusalém é a edição brasileira (1981, com revisão e atualização na edição de 2002) da edição francesa Bible de Jérusalem, que é assim chamada por ser fruto de estudos feitos pela Escola Bíblica de Jerusalém, em francês: École Biblique de Jérusalem. De acordo com os informativos da Paulus Editora, a edição revista e ampliada inclui as mais recentes atribuições das ciências bíblicas. A tradução segue rigorosamente os originais, com a vantagem das introduções e notas científicas.


                  Os exegetas apontam que o grande diferencial da Bíblia de Jerusalém é que, além da tradução dos originais do hebraico, aramaico e grego, existe a contextualização histórica, dentro do ambiente físico, ambiental e cultural relativo à época em que cada livro foi escrito. Trata-se de uma obra que representara a união do monumento e do documento, de acordo com Joseph Lagrange, criador da Escola Bíblica de Jerusalém, unindo assim a arqueologia, a crítica histórica e a exegese dos textos.


                  A Bíblia de Jerusalém é considerada atualmente, pela maioria dos linguistas, como um das melhores Bíblias de estudo, aplicável não apenas ao trabalho de teólogos, religiosos e fiéis, mas também para tradutores, pesquisadores, jornalistas e cientistas sociais, independente de serem católicos, protestantes, ortodoxos ou judeus, ou mesmo de qualquer outra religião ou crença.


                    No Brasil, diferente dos E.U.A. e Europa onde, o Protestantismo é levado a sério, por pessoas responsáveis, (sendo obrigatório o curso de teologia) tendo uma população com nível cultural alto. Não pode ser considerada uma mescla, daquele movimento importado dos E.U.A. assim que foi proclamado à República em 1889, com a criação do Estado Laico pela constituição de 1891, desta forma foram importado do México e E.U.A. as novas denominações protestante e se instalando, principalmente no sul e sudeste, para desespero da Igreja Católica.


                     Aqui no Brasil infelizmente é a casa da mãe Joana, aonde duas pessoas analfabetas funcionais e sem nenhum curso superior, com R$100,00 vão a qualquer cartório e abrem uma igreja com um nome esquisito, de imediato ficam isento do IPTU. Basta comprar algumas cadeiras de plástico e colocar na garagem e pegar a Bíblia e pregar... Aleluia Jesus!


                     Desta forma podemos dizer que, em sua maioria, os Evangélicos no Brasil são fundamentalistas, não por escolha ou dissidência e sim por falta de estudos sérios. E sendo assim, eles pregam pela literalidade da Bíblia, diferente do resto do mundo, que levam em conta o tempo e espaço dos acontecidos e toda sua história das traduções e cópias das cópias das cópias existentes...


                      Voltando as traduções existentes em Português – Brasil, todas têm algumas diferenças que não fogem muito da vulgata e foi essa que Martin Lutero, João Calvino e outros fizeram suas traduções para suas línguas mãe. Desta forma, fica claro que se o Umbandista ou o Espírita estudioso quer compreender um pouco da Bíblia, deve usar exclusivamente A Bíblia de Jerusalém!


                       Nela estão corrigidos erros de traduções que foram cometidos em séculos. Com aval de Católicos, Protestantes e Teólogos cientistas contemporâneos. Fica fácil dialogar com os Evangélicos em bases lógicas, dentro das circunstâncias dos diálogos e para isso é bom ter alguns livros adicionais para a empreitada, dentre eles estão os livros de Severino Celestino e José de Reis Chaves grandes conhecedores da Bíblia.


                           Para dar alguns exemplos:


                           Bíblia comum – Deus está entre vós.

                           Bíblia Jerusalém – Deus está dentro de vós.


                           Bíblia Comum – os erros dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração.

                           Bíblia de Jerusalém – os erros dos pais nos filhos na terceira e quarta geração.


                           Bíblia Comum – todas as escrituras são inspiradas por Deus e devem ser aceitas.

                           Bíblia de Jerusalém – todas as escrituras inspiradas por Deus devem ser aceitas.


                      Meus Irmãos como podem ver, foi isto o que criou as igrejas em quantidades tais, que podemos dizer que todas elas estão em decadências, como dizia Herculano Pires no livro “Agonia das Religiões” e o nosso Allan Kardec, que no futuro só teríamos a Religião Natural. Fica um alerta, para o diálogo de Jesus com a Mulher Samaritana, “dia chegará, que adoraremos Deus em Espírito e verdade” não havendo necessidade de Ir a Jerusalém ou Samaria. (isto é, não precisamos de igrejas seja ela qual for).

                        Umbandistas, vamos Estudar, vamos Pesquisar, vamos nos Espirtitualizar!

O Poder do Pensamento

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Todos nós levamos algum tempo para formarmos uma consciência em relação ao que é e como atua o pensamento. Isso aconteceu comigo, mas após começar a minha longa caminhada pela espiritualização e pela mudança interna, hoje posso falar-lhes um pouco sobre esse grande aliado.

         Os pensamentos são poderosos aliados na construção e reconstrução da reforma intima do ser humano e de seus ideais. Eles são responsáveis e podem alterar nossas emoções e atitudes, pois são forças capazes de promover a saúde, a alegria e o bem-estar, tanto para seu emissor como para seu receptor.

         Os pensamentos positivos e negativos têm dupla atuação: podem ajudar ou prejudicar a própria pessoa que os emite e aqueles a que se destinam. Por isso, faz-se de extrema importância que nos mantenhamos ligados a espiritualidade, tendo Deus como o centro de tudo. Com essa ligação, equilíbrio e um trabalho constante de transformação interior conseguimos expulsar toda a espécie de pensamentos sem valor.
         O pensamento se move com grande velocidade, ele é uma força dinâmica viva, sendo assim, através de bons pensamentos você emana energias positivas (alegria, esperança, conforto, paz, etc) para quem está perto ou longe. Ao alimentarmos outros semelhantes com este tipo de pensamento, poderemos observar e vivenciar que os mesmos são sólidos como um pedaço de açúcar-cande.

 E os maus pensamentos? Por muitas vezes não nos damos conta do prejuízo que ele nos causa. Ou seja, que nós mesmos nos causamos. Destrua sem piedade os pensamentos de medo, ódio, egoísmo e qualquer outro que seja negativo ou mórbido. Os maus pensamentos produzem fraquezas, moléstias, desarmonias, depressões e desespero. Se cultivar pensamentos positivos, os negativos morrerão de inanição. Tente isso e sinta que a força dos pensamentos puros lhe proporcionará uma nova e melhor vida, pois eles produzem uma enorme influência na mente.
Mesmo sabendo que cada indivíduo possui uma diferente capacidade mental, intelectual e física para realizar coisas, vale a pena alimentar pensamentos elevados, desta forma você enobrecerá seu caráter, seu espírito e sua vida. Não desperdice suas energias com mexericos e conversa fiada, ela se perde no cultivo de pensamentos inúteis. Conserve sua energia mental para sua transformação ou reconstrução interior, para meditar e para prestar serviços a humanidade. Os pensamentos inúteis impedem seu desenvolvimento e crescimento espiritual.

Pensamentos bons e úteis religam você a Deus e são os degraus no crescimento e no progresso espiritual. Não esqueça! Os semelhantes se atraem mutuamente, com pensamentos maus, atrairá todo o tipo de maus pensamentos dos outros. Mantenha-se em harmonia com a espiritualidade e com o seu interior, pois os seus pensamentos fazem diferença no astral, na sua vida e na vida do seu próximo.

Com maus pensamentos você polui o mundo e com pensamentos elevados você revigora o Universo. A força Suprema agradece.


         Agradeço a Deus e a espiritualidade por ter alguém como o meu esposo ao meu lado, que me proporciona elementos para uma conscientização, que me leva a construção e ao reconhecimento de novos pensamentos.

         Esse é o poder do amor em suas várias formas. Na forma Universal.

          
         Por: Monica Nel