quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Lindo texto sobre a umbanda

Ser Umbandista....
É se dar,acima de tudo a um trabalho espiritual.
É saber que um terreiro,um centro, uma casa de Umbanda é um local espiritual e não a Religião de Umbanda em seu todo,mas todos os terreiros,centros e casas de Umbanda,representam a Religião de Umbanda.
É saber respeitar para ser respeitado,é saber amar para ser amado,é saber ouvir para ser escutado,é saber dar um pouco de si para receber um pouco de Deus dentro de si.
É saber que a Umbanda não faz milagres,quem os faz é Deus e quem os recebe os mereceu.
É saber que uma casa de Umbanda não vende nem dá salvação,mas oferece ajuda aos que querem encontrar um caminho.
É ter respeito por sua casa, por seu sacerdote e pela Religião de Umbanda como um todo: irmandade.
É saber conversar com seu sacerdote e retirar suas dúvidas.
É saber que nem sempre estamos preparados. Que são necessários sacrifícios,tempo e dedicação para o sacerdócio.
É entrar em um terreiro sem ter hora para sair ou sair do terreiro após o último consulente ser atendido.
É mesmo sem fumar e beber dar liberdade aos meus guias para que eles utilizem esses materiais para ajudar ao próximo,confiando que me deixem sempre bem após as sessões.
É me dar ao meu Orixá para que ele me possua com sua força e me deixe um pouco dessa força para que eu possa viver meu dia-a-dia numa luta constante em benefício dos que precisam de auxílio espiritual.
É sofrer por não negar o que sou e ser o que sou com dignidade,com amor e dedicação.
É ser chamado de atrasado,de sujo,de ignorante,conservador,alienígena,louco. E ainda assim,amar minha religião e defendê-la com todo carinho e amor que ela merece.
É ser ofendido físico,espiritual e moralmente, mas mesmo assim continuar amando minha Umbanda.
É ser chamado de adorador do Diabo,de Satanás,de servo dos Encostos e mesmo assim levantar a cabeça,sorrir e seguir em frente com dignidade.
É ser Umbandista e pedindo sempre a Zamby para que eu nunca esteja Umbandista.
É acreditar mesmo nos piores momentos,com a pior das doenças,estando um caco espiritual e material,que os Orixás e os guias,mesmo que não possam nos tirar dessas situações, estarão ali,ao nosso lado,momento a momento nos dando força e coragem;ser Umbandista é acima de tudo acreditar nos Orixás e nos guias,pois eles representam a essência e a pureza de Deus.
É dizer sim,onde os outros dizem não!
É saber respeitar o que o outro faz como Umbanda,mesmo que seja diferente da nossa,mas sabendo que existe um propósito no que ambos estão fazendo.
É vestir o branco sem vaidade.
É alguém que você nunca viu te agradecer porque um dos seus guias a ajudou e não ter orgulho.
É colocar suas guias e sentir o peso de uma responsabilidade onde muitos possam ver ostentação.
É chorar,sorrir,andar,respirar e viver dentro de uma religião sem querer nada em troca.
É ter vergonha de pedir aos Orixás por você,mas não ter vergonha de pedir pelos outros.
É não ter vergonha de levar uma oferenda em uma praia ou mata,nem ter vergonha de exercer a nossa religiosidade diante dos outros.
É estar sempre pronto para servir a espiritualidade,seja no terreiro,seja numa encruza,seja na calunga,seja no cemitério,seja na macaia,seja nos caminhos. Seja em qualquer lugar onde nosso trabalho seja necessário.
É se alegrar por saber que a Umbanda é uma religião maravilhosa,mas também sofrer porque os Umbandistas ainda são tão preconceituosos uns com os outros.
É ficar incorporado 5, 6 horas em cada uma das giras,sentindo seu corpo moído e ao mesmo tempo sentir a satisfação e o bem estar por mais um dia de trabalho.
É sentir a força do zoar dos atabaques,sua vibração,sua importância,sua ação,sua força dentro de uma gira e no trabalho espiritual.
É arriar a oferenda para o Orixá e receber seu Axé.
É ver um consulente entrar no terreiro chorando e vê-lo mais tarde sair do terreiro sorrindo.
É ter esperança que um dia,nós Umbandistas,acharemos a receita do respeito mútuo.
É ser Umbandista mesmo que outros digam que o que você faz,sua prática,sua fé,sua doutrina,seu acreditar,sua dedicação,seu suor,suas lágrimas e sacrifício,não sejam Umbanda.
É saber que existe vaidade mesmo quando alguém diz que não têm vaidade: vaidade de não ter vaidade.
É saber o que significa a Umbanda não para você,mas para todos.
É saber que as palavras somente não bastam. Deve haver atitude junto com as palavras: falar e fazer,pensar e ser,ser e nunca estar.
É saber que a Umbanda não vê cor,não vê raça,não vê status social,não vê poder econômico,não vê credo. Só vê ajuda,caridade,luta,justiça,cura,lágrima… e bom,mal e bem....Os problemas,as necessidades e a ajuda para solucionar os problemas de quem a procura.
É saber que a Umbanda é livre;não tem dono,não tem Papa,mas está aí para ajudar e servir a todos que a procuram.
É saber que você não escolheu a Umbanda,mas que a Umbanda escolheu você.
É amar com todas as forças essa Religião maravilhosa chamada Umbanda


Todo mundo já ouviu falar em encosto, não é?

O que chamamos de “encosto” é justamente um espírito perdido que se aproxima das pessoas, para sugar sua energia, seja ela boa ou ruim.
Esse espírito pode ser mandado por alguém mal intencionado, ou então, pode simplesmente ficar próximo a um indivíduo, por se sentir bem ali.

No primeiro caso, alguém acometido por um sentimento de inveja, pode consciente ou inconscientemente, enviar um espírito sem Luz, para prejudicar uma pessoa.
No segundo, o espírito simplesmente ficará grudado na pessoa, pois se sentiu atraído por sua energia. Sentiu nela, uma fonte de alimento e tentará se alimentar o máximo possível, numa atitude predatória. Isso geralmente ocorre com indivíduos muito nervosos, tensos, negativos, os tais “Hards” da vida (ó dia, ó azar...), pois suas vibrações podem sofrer baixas e sendo assim, podem atrair espíritos com a mesma vibração.

Em ambos os casos esse espírito, conscientemente ficará junto da pessoa, trocando energias com ela. Mas essa tal “troca” de energia com certeza não é vantajosa para a pessoa.
Explico: O espírito suga a energia da pessoa, literalmente falando. Além da Luz peculiar a qualquer individuo, todos os sentimentos, pensamentos e emoções também possuem vibrações peculiares. E o espírito pega pra ele parte dessa vibração. É como um verme!
Essa energia que seria usada para Iluminar a aura da pessoa será desviada para saciar a sede do espírito. Mas o que ele dá em troca? Ele devolve vibrações ruins e tentará sugestionar a pessoa a cometer atos que não condizem com suas atitudes habituais. Por exemplo: “bebe mais; fuma mais um; bate no cachorro; roube isso; cheire aquilo”.

A troca de energias se dá geralmente através dos chakras, principalmente os localizados na cabeça. Tome um cuidado especial com esses chakras, mantendo-os sempre em alta vibração.
E tome cuidado também com a nuca. Existe um ponto energético na nuca, que é ligado diretamente à coluna cervical e consequentemente ao Sistema Nervoso Central (consiste de encéfalo e medula espinhal). Por causa disso, esse ponto merece atenção especial, pois é principalmente através dele que ocorrem as possessões, as formas mais horríveis de domínio de um espírito sobre “um corpo que não lhe pertence”.

É através desse ponto também que ocorrem as incorporações, porém estou falando agora de incorporações de Luz, totalmente controladas e com fins benéficos. Tais quais as que ocorrem em centros espíritas, umbandistas, entre outros.
Uma “água benta” na nuca de vez em quando, lhe fará muito bem!! Mantenha esse canal sempre bem equilibrado.

Mas é importante salientar que nem só de Luz vive um encosto. Ele também se alimenta de energias emitidas por bebida, drogas, pensamentos ruins e outras coisas que emitem baixas vibrações. Porém isso não é um “alimento”. É simplesmente a satisfação de um desejo, de um vício, que provavelmente esse espírito teve em vida. E quer continuar tendo, mesmo depois de morto. Detalhe: alguns não sabem ou não acreditam que morreram.

Espíritos sem luz vivem em ambientes compatíveis com sua vibração.
Ambientes carregados da energia do álcool, drogas etc, atraem aqueles que viveram nesse mundo, pois o vicio é levado até a essência do Ser.
Se não ocorrer o tratamento espiritual logo após o desencarne, o espírito continua com aquele desejo, com aquele vício. E obviamente, tentará a todo o custo saciar o seu vício.

MAS COMO SABER SE ALGUÉM ESTÁ COM ENCOSTO?
Os sinais mais evidentes são a sonolência constante, e as atitudes estranhas, que não correspondem aos hábitos da pessoa; sentir desejos meio que incontroláveis que ficam martelando na cabeça até serem saciados. Isso são sinais para se ter atenção, ok? Sem “alarmismos” por aqui.
A sensação de sonolência ocorre, pois a energia vital está sendo desviada. Isso enfraquece o corpo e um corpo enfraquecido sofre com desânimo, cansaço e sonolência.

E COMO SE LIVRAR DISSO?
Pois bem, preste muita atenção. Uma simples oração e voltar os pensamentos a Deus ou a Jesus, afastará o mau-espirito da pessoa, porém ele continuará vagando por aí e poderá voltar, quando a energia da oração se dissipar. Ou seja, oração irá proteger e criar em volta da pessoa, uma proteção muito forte que fará com que o espírito se afaste e não tenha ação sobre a pessoa. Porém a vibração da oração irá se dissipar uma hora e isso fará com que o espírito possa voltar a agir.
O correto nesse caso, é procurar um centro de trabalhos espirituais de Luz, relatar o problema, e em um trabalho específico, encaminhar esse espírito para tratamento. Ao ser encaminhado pelos Anjos de Luz, esse espírito nunca mais será um encosto. Nunca mais retornará com este fim. Certo?

Lembre-se: ESTAR negativo por alguma circunstância pontual é uma coisa, mas SER negativo grande parte do tempo é um perigo. É um imã constante que irá atrair seres com a mesma vibração. E esses seres além de sugar a Luz restante, ainda contribuirão cada vez mais para o mal-estar da pessoa “encostada”. Portanto, nunca se deixe abater. Levante a cabeça, faça uma boa oração, dê um sorriso e siga em frente com Paz e Serenidade.

Uma pessoa pode ter vários espíritos encostados, não necessariamente um só. Quando trabalhei na Mesa Branca e na Umbanda, presenciei vários trabalhos de encaminhamentos de espíritos sem Luz. E muitas vezes foram tirados vários espíritos de uma pessoa só. Todos foram encaminhados para tratamentos e as pessoas passaram a se sentir bem gradativamente.
(Nota: Depois de um trabalho desse, dificilmente alguém sai se sentindo bem de imediato!)

Lembre-se... Um encosto não necessariamente é um espírito. Existe muito “encosto encarnado” vivendo por aí e roubando toda a Luz das pessoas de boa vontade. Tomem cuidados com esse tipo de “pessoa-encosto”. 



POR: EDUARDO ROSINELLI - aluzdaluz




Ser humilde não significa ser desprovido de bens materiais, mas ser capaz de aceitar a sua condição na escala evolutiva a que todos estamos sujeitos.

Ser humilde é ser capaz de aprender com pequenos gestos e estar sempre aberto a novos conhecimentos em prol da humanidade.
O maior bem que pode um ser humano almejar é a humildade, pois ela é capaz de construir caminhos que levam à luz, caminhos que permitem o companheirismo sem interesses e egoísmo.

Ser humilde é reconhecer no outro o seu valor. É elevar a auto-estima do amigo e pessoas de jornada evolutiva, através do seu exemplo de vida, sempre fundado na verdade e no bem.
Sede humilde e conseguirás a sabedoria, pois ela é a fonte da inspiração a que todos buscamos nessa jornada.

Estejas sempre atento às atitudes grotescas que destroem a harmonia do seu ambiente no lar, escola, trabalho, etc.
Estejas pronto a ajudar os menos favorecidos que você.
Sejas humilde o suficiente para ensinar aquilo que um dia alguém teve a paciência de transmitir a você. A felicidade depende dessa sua estada.

Quanto mais humilde, mais oportunidade de conhecimento terás e maior será a tua recompensa.
Ajude um amigo e sempre será ajudado quando precisares. Não que esse seja o objetivo da caridade, mas é a lei que rege todo o universo: quanto mais amor for dado, mais amado serás...”


(Mensagem psicografada em reunião familiar)
Muita Paz,
Raul Franzolin Neto



Ao sabor do tempo e espaço, flutuamos sob o efeito da escolha que fizermos, navegando no barco encarnatório que nos conduz pelo Oceano da vida.

Quando alguém se aventura pelo Oceano, busca, em primeiro lugar, vigiar e criar as condições de segurança do barco que o conduzirá pelos caminhos dos mares. O leme, a bússola, o rádio, a âncora, etc… Tudo tem que estar no prumo e no aprumo, para que a viagem seja a mais tranquila possível, e as possibilidades de enfrentar eventuais borrascas e tempestades em alto mar sejam coroadas de segurança e êxito.

Estamos vivenciando, no hoje e no agora do tempo e do espaço, uma viagem que pode ter uma conotação maravilhosa de aprendizado e vitória sobre as tempestades naturais do Oceano da matéria, como pode ser um fracasso que, muitas vezes, leva o nosso barco a soçobrar em alto mar.

O barco no qual viajamos é toda a estrutura material que nos é concedida, estrutura essa que deve ser completada pela nossa previdência no conhecimento, o mais exato possível, do uso da aparelhagem náutica, que oferecerá condições de segurança à viagem.

O esclarecimento e o conhecimento é a bússola norteadora; o uso correto do esclarecimento é a prática náutica; e a boa condição dos instrumentos é o “vigiar e orar” que deve nortear o viajante do mar da vida.

Somos filhos da Luz em viagem para o Reino Iluminado do Espírito, pelo mar do que chamamos vida na matéria, pairando no tempo e no espaço que, na maioria das vezes, nos arremessa nas tempestades trevosas da ignorância, descrença, desânimo e desesperança.

O Evangelho de Jesus é alegre “boa nova” que proporciona, ao viajante da vida, aparelhagem em boas condições e instruções claras e precisas para singrar o Oceano da Matéria, sem soçobrar nas suas ilusões, demandando ao Porto Iluminado do Reino Divino, a vida pacífica, harmoniosa e feliz em Deus.

Os ensinamentos espiritualistas, como transmissores dos ensinamentos Evangélicos, nos fornecem os esclarecimentos básicos e sábios que aumentam o nosso destemor face às aparentes e ilusórias tempestades ou tufões do mar da vida.

Diz Hermínio C. Miranda que “Nós sabemos o que somos – espíritos imortais temporariamente encarcerados num corpo físico. Sabemos de onde viemos – de um longo rosário de vidas que aprofundam suas raízes na escuridão de remotas idades. Sabemos para onde vamos – para os mundos cada vez mais perfeitos que luzem adiante de nós, nas muitas moradas do nosso Pai (CANDEIAS NA NOITE ESCURA – FEB, pg. 13). Este conhecimento nos fornece instrumentos sadios e poderosos para, sob a luz da razão e na prática do amor Evangélico, singrarmos o mar da vida sem medo dos tufões aparentes, formados pelos sofrimentos e problemas atuais.

O espiritualista cristão deve estar acima desses tufões. Embora sinta seus abalos, não soçobra e nem se amedronta, pois a luz do esclarecimento, a ação Evangélica em sua vida, a presença e uso correto das Sagradas Vibrações dos Orixás, e a orientação segura dos Guias e Mentores lhe trazem a tranqüilidade e a paz harmônica com Deus, consigo mesmo, com o próximo e com a natureza; paz esta que é concedida por Jesus e ninguém a poderá tirar, como Ele próprio nos afirma em Jo. 14:27 “ Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe nem se intimide vosso coração”.

O mais maravilhoso de tudo isso é que, quando tomamos conhecimento da nossa realidade espiritual e, pelo esclarecimento buscado a partir da humildade e do amor vivenciados, aparelhamos o nosso barco para esta viagem encantadora, descobrimos, deslumbrados, na hora sublime da Prece, que no leme, a conduzir o barco da nossa vida, está Jesus, o Divino Piloto, a nos conduzir, amoravelmente, para a Luz, para os braços de Deus.

Pai Valdo

(Sacerdote Dirigente do T. E. Do Cruzeiro da Luz – RJ)



Muitas vezes as pessoas acham que a Umbanda, mais precisamente, os Guias Espirituais, estão à disposição para adivinhações, para dizer se as coisas que almejam, como marido, negócios, estão para acontecer e, detalhe, muitas vezes tem que acontecer do jeito que foi planejado, saber de amores que sumiram, e por ai vai…! Claro que os Guias têm a permissão de falar algumas coisas, como: “tem tudo para dar certo, mas faça a sua parte”, “a pessoa que você almeja está próximo, mas olhe para os lados”, “estamos ajudando para que tudo aconteça, mas não vacile nos caminhos”, “orai e vigiai”, alguns trabalhos de ajuda como mandalas, magias, descarrego, desobsessão… 

Mas, seguramente, nunca adivinhações ou previsões. Se assim fosse, não precisaria mais ter pessoas desaparecidas, era só ir a um Terreiro de Umbanda. Também não precisaríamos mais de remédios e nem de médicos encarnados, estaríamos famosos pelos nossos milagres… O que existe meus irmãos, é força, determinação, fé, vontade, aliados aos trabalhos espirituais que nossos queridos Guias, através de Jesus, nos oferecem, e assim podermos alcançar o merecimento de sermos curados, de recebermos os bens materiais que lutamos para obter, mas o maior de todos, o de receber os bens espirituais para crescermos e evoluirmos.

A vida é feita de escolhas. Diariamente podemos escolher qual caminho seguir e nesta escolha podemos mudar acontecimentos.

Eu escolho meus caminhos, eu escolho como cumprir meu carma, ou eu cumpro da melhor maneira possível, ou da pior maneira possível. Isso se chama livre arbítrio. 

Ao reencarnamos, nós escolhemos as dívidas a serem pagas, então escolhemos a família, condição social, pessoas que nos cercam e os grandes acontecimentos onde iremos ser testados; são as provas terrenas. 

Concordam que aqui é a grande escola da vida da qual precisamos fazer provas para ver se passaremos de ano, ou permaneceremos na mesma série? Assim é a grande roda da vida, e como diz Caboclo Baiano Zé do Coco: “ Ó xente, o tempo de encarnado é tão curto que deve ser aproveitado a todo instante”. É verdade, nós vivemos como se essa encarnação fosse eterna e acabamos vivendo o amanhã, esquecendo de viver o presente que nos fortalece para o dia seguinte…

Então você pode perguntar: se eu faço meus caminhos, pra que vou a um terreiro para ser ajudado? Eu pergunto: Porque uma pessoa precisa ir à escola? Para aprender, não é verdade? Nossos amados Guias são nossos professores, psicólogos, pais, irmãos, amigos, profundos conhecedores das Leis de Deus e vêm nos ensinar a andar, ensinar qual o melhor caminho a trilhar… Como diz Emmanuel: “ O pastor conduz seu rebanho, mas quem tem que caminhar são as ovelhas”. Eu adoro essa frase, ela representa bem o que devemos fazer e a quem seguir. Jesus sempre ao curar dizia: “vai que tua fé te curou”.

 A doutrina espírita nos explica as enfermidades e curas, e qual a atuação para se chegar a uma cura, que depende de pensamentos e vontade da pessoa. Os espíritos benevolentes trabalham nos fluidos, já impregnados das qualidades dos pensamentos e sentimentos que os fazem vibrar. Essa atuação se dá no perispírito da pessoa, pois nas perturbações vibratórias do perispírito se originam as doenças orgânicas e psíquicas dessa ou de outras vivências… Mas não vamos entrar nesse assunto, pois para isso, precisaríamos algumas aulas, a intenção é entendermos como temos as rédeas de nossos passos e atos.

Sabendo de tudo isso, tenho mais certeza de que minha felicidade depende de mim e de minha fé, mas sei que preciso de ajuda, e essa ajuda eu busco na minha religião, que me faz crescer dentro dos caminhos de Deus. Os sofrimentos, irmãos, são para a nossa evolução. Bendito aquele que aprende com suas dificuldades. Eu aprendi a encarar cada obstáculo como degraus de luz, pois cada um deles me fortalece, me dando base para suportar a próxima tempestade…

Jesus nos ensina a construirmos nossa casa em cima de uma rocha para quando vierem as tempestades, enchentes, ventos, ela esteja sobre bases firmes. Para construirmos essa casa requer muito esforço e dedicação. A rocha representa Jesus e todo seu Evangelho, e a casa somos nós. Se construirmos nossa vivência em seus ensinamentos, alcançaremos a felicidade. Como diz Pai Reginaldo: “O evangelho é o único Manual que nos leva a Deus” e novamente como disse nosso Mestre: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim”.

Esses dias recebi um texto que tinha uma frase assim: “Para ser Umbandista, devemos saber lidar com a ingratidão”. Refletindo em cima dessa frase simples e curta, porém sábia e profunda, observamos nos Templos Umbandistas pessoas que o frequentam e, realmente, com algum tempo, fazem mudanças significativas, mas basta um NÃO do Guia ou do Pai da casa para essas pessoas (sem generalizar) dizerem que o centro é fraco ou o Guia é fraco. Isso me faz pensar na ingratidão ou como é simples esquecer as coisas que lhe aconteceram. 

Agora, saindo da ingratidão e indo para a construção, em que base essa pessoa construiu sua casa? Base de areia, pois basta a primeira dificuldade para a sua casa desabar , e pior, querer culpar os que lhe deram a mão. Para ser Umbandista temos que ter nossa casa bem construída, pois vamos nos deparar com essa situação por muitas vezes, e com outras piores, mas também vamos ver muitas pessoas crescerem e evoluírem.

A Umbanda é amor, caridade, seriedade, evolução, servir… Cada casa tem sua ritualística, mas dignas de respeito e como diz meu Pai Valdo, estruturado nas palavras sábias do fundador da Umbanda, Caboclo das Sete Encruzilhadas:

“A Umbanda cabe a cada pessoa em seu estágio evolutivo, desde que tenha como base:

não matar;

não cobrar;

evangelizar;

vestir o branco e

utilizar as energias da natureza para o bem.”

Pensem nisso! Em vez de se lamentarem, de ter auto piedade, de criticarem, ou ter ingratidão, olhem para cima. Com certeza terá uma mão estendida lhes chamando para a sua evolução, para seu crescimento, para sua reforma interior, para sua auto análise como filho de Deus. E essa mão, eu sei que é Deus, atuando através de nossos queridos Guias Espirituais a nos conduzir nos caminhos de Nosso Pai Misericordioso.

Lembrem-se: “quem caminha são as ovelhas”



Mãe Kátia
(Mãe Pequena do T. E. Cruzeiro da Luz – Cabana do Caboclo Rompe Mato/SP)



Quando nada realmente falta , quando de uma profusão de idéias, sentimentos, valores, se faz rico o filho, pode ele doar e fica feliz quando assim o faz.

Mas a vida encarnada não é apenas uma abundancia de riquezas e sim formada também por momentos de penúria econômica, sentimental, espiritual. E então , quando nenhum dos caminhos parece suficientemente seguro, quando o medo se faz presente, quando a dor se faz presente, quando a falta se faz presente é quando deve o filho aprender a pedir e a receber.

Difícil para os altivos, para aqueles que acostumados estão a dar o tempo todo sem precisar pedir para si, mas tão somente para os outros. Estes filhos devem aprender a receber. Porque nesse momento estarão dando um grande passo à sua própria evolução. Estarão entendendo que não apenas de abundancia se faz a vida e que todos, independentemente de grau econômico, social ou espiritual, dependem uns dos outros para juntos, realizarem o grande bem.

Então sim filhos, aprendam a difícil lição de pedir. Aprendam a difícil lição de receber e depender deste recebimento para poder continuar sua caminhada.

Pedir é sempre possível. As entidades trabalham e se desenvolvem elas mesmas na tentativa de sempre ajudar. Precisam as entidades portanto, para poderem realizar sua missão, dos pedidos. E por isso agradecem, quando podem, por merecimento, ajudar os filhos.

E estes serão, sempre que o merecimento e as leis do karma permitirem, atendidos. Porque pediram, porque se precisam daquela ajuda para poderem continuar importante aos seus caminhos, ela se faz.

Então filhos, peçam. Peçam com coração, peçam com toda a força, conversem com as entidades, expliquem os motivos e esperem a resposta. Se as entidades puderem transformar a dor em alento, o alento em esperança e a esperança em alegria, por certo não irão negar o que lhes foi pedido.

É importante aprender a pedir. Precisar exatamente a necessidade também é uma arte. Ter a pergunta ao problema certo é poder entender que existe alguma resposta. E que esta resposta será encontrada, em um momento ou outro.
E também entender que as entidades estão esperando auxiliar os espíritos que lhes pedem ajuda. Porque a ajuda é o modo delas próprias obterem evolução.

Então filhos, peçam. Mas tenham a certeza de que o que pedem não irá prejudicar a outras almas, que também procuram se encontrar em meio às dificuldades. Porque qualquer pedido para prejudicar qualquer alma que seja, por mais merecedora da dificuldade, não será atendido. As entidades umbandistas não se prestam a fazer mandingas para prejudicar quem quer que seja.

Porque um dos fundamentos da Umbanda é exatamente que cada alma tem seu livre arbítrio** e que o perdão ou a paga somente é dado a Oxalá***. Não cabe aos filhos ou às entidades imporem qualquer uma dessas realidades, seja a paga, seja o perdão.

Portanto filhos, tenham toda a consciência quando pedem, porque aquele que deseja dor a outros não estará impune também, por mais merecedora que entenda o filho que a outra alma é dessa dor. Nenhuma entidade dentro da umbanda se presta a impingir dor , sofrimento ou obediência a qualquer alma que seja.

Assim, aquele que pedir que isto seja realizado, alem de não obter auxilio através das entidades da umbanda, ainda estará se responsabilizando pelo ato de tentar trazer ao terceiro a dor, e por isso, pagará.

Abre-se aqui um parêntese. É importante que se tenha consciência do pedido, para que ele não traga ao filho a paga. É fundamental que se entenda que sim, existem locais onde a dita magia negra é praticada. E que entidades, a troca de pagas, se prestam a realizar o mau. Mas estas não são as entidades que trabalham na umbanda.

Em nenhum terreiro umbandista o filho encontrará respostas ao pedido de prejudicar quem quer que seja. E preste atenção, porque todo o pedido aceito em casas não umbandistas às entidades que se prestam a essa paga, terá retorno, e um grande retorno.

Ninguém deseja ou realiza a dor, sem que a sua dor não seja a paga. Não há como passar por cima da regra. Quem pede pelo desespero de outro, está trazendo à sua vida, esse mesmo desespero. Porque se envolve com uma energia que vibra em baixa intensidade e que irá em algum momento, querer o retorno do trabalho feito.

As entidades que se prestam a esses serviços, não são entidades umbandistas, mas sim mercenárias, que por paga servirão a quem as ordenar. E aquele que fica devedor de uma entidade dessa, abre a porta para todo e qualquer tipo de ordem e desordem por ela prolatada.

Neste momento, as entidades boas, que jamais se prestariam a esse tipo de papel, abandonam o filho à sua própria sorte, porque foi ele quem abriu as portas da sua vida a essa energia de desestrutura. E o preço nunca é pequeno.

Aquele que impinge dor a outro, através de trabalhos espirituais, simplesmente se despe de toda e qualquer proteção que poderia ter.

É largado à própria sorte. E, mesmo conseguindo o que foi desejado, esse pedido custará muito mais caro do que se ele não tivesse sido realizado. O preço é muitas vezes maior do que o mau feito.

Porque aquele que deseja recebe a consciência do que procura e também é sabedor que estará abrindo sua vida a energias que não terão dó em torná-lo a próxima vitima. Também pagará e caro. Uma alma pode escolher a ação, mas nunca as conseqüências. *

Portanto filhos, pensem. Quando pedirem para seu próprio bem, para sua própria iluminação, sem que isso importe em momento algum na dor do outro, então, dentro da lei do karma e do merecimento, serão atendidos.

Mas não se prestem filhos a realizar mandingas para impingir dor aos outros. Porque entidades que se dispõem a realizar este trabalho são espíritos não iluminados que, de forma mercenária, utilizam sua influencia para destruir em qualquer momento a vida daqueles a quem prestaram serviços.

E se não forem essas, outras entidades, ou a própria lei do karma se encarregará de fazer que a paga seja enorme e então, não haverá mais hora para arrependimento, por que aquele que pede, recebe. E por isso, paga.


* - Livro: Umbanda para a Vida: