quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O Carnaval


O Carnaval é o período que a “Bruxa está solta!”. Mas o que acontece de fato
 nesta época?

Bem, existem espíritos que quando encarnados, se desequilibram e tomam o
 caminho dos vícios, contrário ao das virtudes. Muitos se viciam em álcool 
 em sexo, drogas, etc. Ao desencarnar, estes espíritos continuam viciados, 
e andam perambulando por aí a procura de alguém que está bebendo, tendo 
relações sexuais, se drogando, para que através destas pessoas eles
 continuem alimentando seus vícios.

Como o inconsciente coletivo da população no carnaval é que “Está tudo
 liberado”, estes espíritos são naturalmente atraídos em massa para os locais
 de festa. Quando bebemos, alteramos a nossa consciência para o pólo
 negativo, e passamos a atrair além dos espíritos viciados, os baderneiros 
(kiumbas), que estarão nos incentivando ao máximo para que façamos 
algo de errado.

Alguns espíritos viciados em sexo, chegam até a estimular os
 órgãos genitais de homens e mulheres para que eles sintam um desejo
 incontrolável de se relacionar, assim fornecendo a preciosa energia 
sexual a estes viciados.

Então não posso aproveitar o carnaval?
PODE. A felicidade é sempre bem-vinda. O que está vetado são os exageros.

Quer aproveitar?
Proteja-se. Umbandistas: Firmem suas Esquerdas, firmem suas forças, 
acendam a vela para o Anjo Guardião. Tomem banhos de ervas, façam magia.

Sabe o que está realmente liberado no carnaval?
Fazer suas proteções, seguranças, não importa qual for a sua religião, a sua crença.

Aos médiuns novos, vocês estão com um campo muito aberto. Portanto,
 se não se sentirem bem em algum lugar, NÃO PENSEM DUAS VEZES, 
saiam! Se sentir necessidade, não hesitem em procurar ajuda de 
alguém que seja capacitado para te ajudar.

Então, você curte o carnaval? Pode aproveitar, mas tenha consciência!

Não curte o carnaval? Este é um excelente período para você projetar tudo
 o que deseja para este ano!

Saravá!

Por Carla Guedes.

Fonte: http://setelinhas.wordpress.com/ 

Entre o Ego e a Alma

Entre o Ego e a Alma

Enquanto pensamos que a morte é o que mais separa as pessoas,
o ego desde sempre, vem fazendo esse “serviço” muito mais do que ela.
Não há nada que vença o ego em termos de separações!
E como é que ele age?

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No casamento e nas relações amorosas:

Em nome da “incompatibilidade de gênios”, homens e mulheres se separam,
sem darem chance à flexibilidade que faria com que ambos – de comum acordo – cedessem um pouco.
Não! Para o ego não tem acordo quando se trata de ceder.
Seria rebaixar-se! Ele só entende assim.

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Nas amizades:

Uma atitude ou palavra mal colocada são, muitas vezes, suficientes para que amigos se separem,
deixando cair no esquecimento as tantas coisas boas que fizeram brotar uma tão valiosa amizade.
Não! O ego não admite erros nem pedidos de perdão. Seria abrir mão da punição!
Ele só entende assim.

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Nas famílias:

Tantos pais, irmãos e filhos se separam, só pela necessidade de impor suas vontades,
de ver “quem manda aqui”, quem ganha a condição de dono da última palavra.
Na maioria dos casos, numa reunião familiar, e com um pouco de humildade
todos saberiam até onde ir e quando parar.
Não! O ego quer deter o poder sobre tudo e sobre todos.
Limites seriam um caso de obediência! Ele só entende assim.

_______________

Nas carreiras:

Pessoas escolhem seguir a mesma carreira ou carreiras diferentes,
e muitas dessas pessoas gastam a melhor parte da sua vida
competindo, vigiando, farejando os passos das outras, dada a precisão de ser “a melhor”.
A consciência de que “o sol nasce para todos” faria isso parar.
Não! O ego quer ganhar sempre, custe o que custar.
Aceitar vitórias alheias seria fracassar! Ele só entende assim.

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Em toda situação conflitiva que determina separações
o ego se faz presente e sempre quer ganhar.
É nos carros, em brincadeiras desnecessárias;
é no trabalho, em críticas contra colegas;
é nas escolas, em exibições de notas;
é nas guerras, onde ganhar é questão de vida ou morte;
é na vizinhança, em encrencas vulgares, e assim por diante... Infinitamente...

Pense em algo similar, não citado aqui, e você notará que nele também está a ditadura do ego.
Basta que o caso lembrado seja capaz de separar pessoas.

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Não!
Não é a morte o que mais promove essas apartações!
É o ego, o filho predileto do orgulho!
Sua alma e seu ego ocupam o mesmo “castelo”.
Deixe que sua alma seja a rainha vitalícia do lugar!
Ela é aquela parte sua que deseja Paz e Reconciliações.
O ego é o mal dentro de você.
Dê-lhe um “cala-boca” bem dado.
Assim – e só assim – a vida lhe abrirá as portas da verdadeira e perene felicidade.


~ Silvia Schmidt ~


Dr. EGO


     Aqui estão sete sugestões para ajudá-lo a transcender os conceitos enraizados do orgulho.
Foi escrito com o intuito de preveni-lo contra a falsa identificação com o ego orgulhoso.

     1. Pare de se sentir ofendido.

     O comportamento de outras pessoas não é motivo para se sentir imobilizado. Existe a ofensa

 apenas quando você se enfraquece. Se procurar por situações que o aborreçam, as encontrará 
em cada esquina. É o ego no controle convencendo você de que o mundo não deveria ser do jeito que é.
 Mas é possível tornar-se um observador da vida e alinhar-se com o Espírito da Criação universal.
 Não se alcança o poder da intenção sentindo-se ofendido. Procure erradicar, de todas as formas 
possíveis, os horrores do mundo que emanam da identificação maciça do ego e esteja em paz. Assim
 como nos lembra o Curso em Milagres: a paz está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao 
lar em Sua paz. O Ser está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao lar em Sua paz. Ficar 
ofendido cria o mesmo tipo de energia destrutiva que a princípio o feriu e leva à agressão, ao
 contra-ataque e à guerra.

     2. Abandone o querer vencer.

     O ego adora nos dividir entre ganhadores e perdedores. A busca pela vitória é a forma infalível 

de evitar o contato consciente com a intenção. Por quê? Porque basicamente é impossível vencer
 sempre. Algumas pessoas serão mais rápidas, mais sortudas, mais jovens, mais fortes e mais 
espertas que você e acabará se sentindo insignificante e sem valor diante delas. Você não se 
resume às suas conquistas e vitórias. Uma coisa é gostar de competir e se divertir num mundo 
onde vencer é tudo, mas não precisa ser assim em seus pensamentos. Não há perdedores
 num mundo onde todos compartilham da mesma fonte de energia. Só se pode afirmar que, em
 determinado dia, sua atuação esteve num certo nível comparada a outras. Mas cada dia é
 diferente, com outros competidores e novas situações a serem consideradas. Você continua 
sendo a infinita presença num corpo que está a cada dia ou a cada década, mais velho. 
Pare com essa necessidade de vencer, não aceite o conceito de que o contrário de vencer é 
perder. Esse é o medo do ego. Se seu corpo não está respondendo de forma vencedora, não
 importa. Significa que você não está se identificando unicamente com seu ego. Seja um observador, 
perceba e aprecie tudo sem a necessidade de ganhar um troféu. Esteja em paz e alinhe-se com a
 energia da intenção. De forma inusitada as vitórias aparecerão mais em seu caminho quanto 
menos as desejar.

     3. Abandone o querer estar certo.

     O ego é a raiz de muitos conflitos e desavenças porque o impulsiona a julgar as pessoas 

como erradas. Quando a pessoa é hostil houve uma desconexão com o poder da intenção.
 O Espírito de Criação é generoso, amoroso e receptivo; e livre de raiva, ressentimento ou amargura.
 Cessar a necessidade de ter razão nas discussões e nos relacionamentos é como dizer ao ego:
 “Não sou seu escravo. Quero me tornar generoso. Quero rejeitar a necessidade de ter razão”.
 Dê-se a oportunidade de se sentir bem dizendo a outra pessoa que ela está certa, e 
agradeça-a por lhe direcionar ao caminho da verdade. Ao deixar de querer ter razão,
 você fortalece a conexão com o poder da intenção. Mas fique atento, pois o ego é
 um combatente determinado. Tenho visto pessoas terminarem lindos relacionamentos
 por apego à necessidade de estarem certas. Preste atenção à vontade controlada pelo ego. 
Quando estiver no meio de uma discussão pergunte a si mesmo: “Quero estar certo ou ser 
feliz?”. Ao optar por ser feliz, amoroso e predisposto espiritualmente, a conexão com
 a intenção se fortalecerá. Esses momentos expandem novas conexões com o poder da intenção.
 A Fonte universal começará a colaborar com você para uma vida criativa à qual foi predestinado a viver.

     4. Abandone o querer ser superior.

     A verdadeira nobreza não é uma questão de ser melhor que os outros. É uma questão de 

ser melhor do que você era. Concentre-se em seu crescimento, consciente de que ninguém 
neste planeta é melhor que ninguém. Todos nós emanamos da mesma força de vida criadora. 
Todos nós temos a missão de realizar nossa pretendida essência, tudo o que precisamos para
 cumprir nosso destino está ao nosso alcance. Mas nada é possível quando nos sentimos 
superiores aos outros. É um velho ditado e, todavia, verdadeiro: somos todos iguais
 aos olhos de Deus. Abandone a necessidade de sentir-se superior, perceba a expansão 
de Deus em cada um. Não julgue as pessoas pelas aparências, conquistas, posses e outros
 índices do ego. Ao projetar sentimentos de superioridade retornam a você sentimentos 
de ressentimentos e até hostilidade. Esses sentimentos são veículos que o levam para
 longe da intenção. O Curso em Milagres aborda essa necessidade de se sentir especial e
 superior. A distinção sempre leva a comparações. Baseia-se na falsa vista no outro e se
 mantém pela procura e ostentação das falhas percebidas.

     5. Deixe de querer ter mais.

      O mantra do ego é “mais”. Ele nunca está satisfeito. Não importa o quanto conquistou

 ou conseguiu, o ego insiste que ainda não é o suficiente. Ele põe você num estado perpétuo
 de busca e elimina a possibilidade de chegada. Na realidade, você já está lá e a forma
que opta para usar esse momento presente da vida é uma escolha. Ao cessar essa necessidade
 por mais, as coisas que mais deseja começam a chegar até você. Sem o apego da posse 
fica mais fácil compartilhar com os outros. Você percebe o pouco que precisa para estar 
satisfeito e em paz. A Fonte universal é feliz nela mesma, expande-se e cria vida nova
 constantemente. Nunca obstrui suas criações por razões egoístas. Cria e deixa ir. Ao cessar
 a necessidade do ego de ter mais, você se unifica com a Fonte. Como um apreciador de tudo
 que aparece, aprende a lição poderosa de São Francisco de Assis: “É dando que se recebe”. 
Ao permitir que a abundância o banhe, você se alinha com a Fonte e deixa essa energia fluir.

      6. Abandone a idéia de você baseado em seus feitos.

      É um conceito difícil quando se acredita que a pessoa é o que ela realiza. Deus compõe

 todas as músicas. Deus constrói todos os prédios. Deus é a fonte de todas as realizações. 
Posso ouvir os egos protestando em alto e bom som. Mas, vá se afinizando com essa idéia.
 Tudo emana da Fonte! Você e a Fonte são um só! Você não é esse corpo ou os seus 
feitos. Você é um observador. Veja tudo ao seu redor e seja grato pelas habilidades acumuladas.
 Todo crédito pertence ao poder da intenção, o qual lhe fez existir e do qual você é uma
 parte materializada. Quanto menos atribuir a si mesmo suas realizações, mais conectado
 estará com as sete faces da intenção, mais livre será para realizar e muito aparecerá 
em seu caminho. Quando nos apegamos às realizações e acreditamos que as 
conseguimos sozinhos abandonamos a paz e a gratidão à Fonte.

      7. Deixe sua reputação de lado.

      Sua reputação não está localizada em você. Ela reside na mente dos outros. Você não

 tem controle algum sobre isso. Ao falar para 30 pessoas, terá 30 imagens. Conectar-se
 com a intenção significa ouvir o coração e direcionar sua vida baseado no que a voz interior
 lhe diz. Esse é o seu propósito aqui. Ao preocupar-se demasiadamente em como está sendo 
visto pelos outros, mostra que seu eu está desconectado com a intenção e está sendo 
guiado pelas opiniões alheias. É o seu ego no controle. É uma ilusão que se levanta entre
 você e o poder da intenção. Não há nada a fazer a não ser que você se desconecte 
da fonte de poder convencido de que seu propósito é provar o quão poderoso e superior é,
desperdiçando sua energia na tentativa de obter uma reputação maior entre outros egos.

 Faça o que fizer, guie-se sempre pela voz interior conectada e seja grato à Fonte. Atenha-se
 ao propósito, desapegue-se dos resultados e assuma a responsabilidade do que reside
 dentro de você: seu caráter. Deixe os outros discutirem sobre sua reputação, isso não
 interessa. Ou como o título de um livro diz: O que você pensa não me diz respeito!
 
        Direitos Autorais Dr. Wayne W Dyer.

A Umbanda é Única




Fala-se em tantas Umbandas...

Branca, esotérica, popular, traçada, de nação, omolocô, umbandomblé, 
candomblé de caboclo, evangelizada, kardequizada, iniciática e outras mais.

O que é Umbanda então?

Se são tantas, porque cada qual teima em dizer que somente a sua, aquela
 que ele pratica, é a verdadeira?

"Origens!", "raízes!", respondem todos em uníssono!

Esta seria a solução para os problemas!

E qual a origem da Umbanda verdadeira?

Lá vamos nós novamente viajar por inúmeras teses... Negros Africanos, 
Sumérios, Atlântida, Astros, Planetas diversos, Seres extraterrenos, Anjos celestiais, etc…

Mas será que isso tudo é importante?

Por quê temos que precisar ou determinar qual das Umbandas é a mais ou a 
unicamente correta?

Quem sabe não são mesmo várias Umbandas, totalmente diferentes umas das outras?

Ou, ainda por outro lado quem sabe, ela é somente uma mesmo, apenas com 
várias ramificações!

O que é mais importante numa religião?

De onde ela vem ou para onde ela vai?

Que interessa o berço em relação ao trabalho futuro? Será mais importante
 a caridade do irmão de poucas posses do que a oração do mais (abastado)?

Se formos olhar bem a fundo cada uma das diversificações de nomes ou 
qualificações das diversas Umbandas, veremos que em todas elas 
manifestam-se entidades espirituais semelhantes, tais como os
 Caboclos, Pretos-Velhos, Exus, Crianças e Orixás, além de Baianos,
 Boiadeiros, Zé Pelintras, Ciganos, etc…

Uma religião que prima pela Caridade, Humildade e Amor, não poderia
 se dividir tanto entre seus filhos.

A Umbanda é única! Ela é perfeita!

Tão perfeita que se adapta a tantas interpretações.

Tão linda e majestosa, que aos olhos de cada um mostra a luz da maneira 
que possa ser percebida.

E suas origens são mesmo polêmicas, mas não traduzem os maiores ideais 
da religião: caridade, humildade e amor.

Que se busquem historicamente as origens, mas não contaminemos
 nossa prática religiosa com nossas próprias imperfeições, com nossos
 próprios preconceitos, com nossos próprios interesses pessoais.

Ao invés de subdesenvolvidos, que tal tradicionais?

Ao invés de cultos exagerados, que tal criteriosos?

Ao invés de discussão, que tal aceitação?

Não seremos menores se formos africanistas, ou maiores se iniciáticos!

Não seremos mais capazes, se optarmos por fundamentos de nação ou menos 
capazes, se seguirmos os ensinamentos à luz Kardequiana!

Seremos sim, maiores ou menores, se levarmos em consideração a 
caridade que conseguirmos praticar!

Muitos se mostram prontos para uma verdadeira luta na intenção de 
resgatar a verdadeira Umbanda, outros pretendem livrá-la de influências
 negativas de outras religiões.

Vamos fazer mais que isso!

Vamos praticar a nossa Umbanda, aquela que nos toca ao coração com 
sentimentos de amor e caridade.

Vamos mostrar esse amor a todos os nossos irmãos.

E aí, quem sabe, teremos uma Umbanda única e seremos verdadeiros 
Umbandistas.


Autor Desconhecido

Perguntas e Respostas para Umbandistas Iniciantes



01 – Como funciona a mediunidade consciente?
O médium capta o fluxo mental do Espírito, gerando idéias e sensações, como se houvesse a intromissão de outra mente em sua intimidade; como se estivesse a conversar com alguém, dentro de si mesmo.

02 – Ouve uma voz?
Seria fácil, mas não é bem assim. Idéias surgem, misturando-se com as suas, como se fossem dele próprio.

03 – Parece complicado…
E é, sem dúvida, principalmente para médiuns iniciantes, que não distinguem o que é deles e o que é do Espírito. Muitos abandonam a prática mediúnica, em face dessa incerteza, que é perturbadora.

04 – Como resolver esse problema?
É preciso confiar e dar vazão às idéias que lhe vêm à cabeça, ainda que pareçam embaralhadas, em princípio. Geralmente a mediunidade é desenvolvida a partir da manifestação de Espíritos sofredores, o que é mais simples. Não exige maior concatenação de idéias ou esforço de raciocínio. Cumpre-lhe, em princípio, apenas exprimir as sensações e sentimentos que o Espírito lhe passa.

05 – Qual o conselho para o médium que enfrenta esse impasse?
Sentindo crescer dentro de si o fluxo de sensações e pensamentos, que tomam corpo independente de sua vontade, comece a falar, sem preocupar-se em saber se é seu ou do Espírito. A partir daí o fluxo irá se ajustando. É como o motorista inexperiente na direção de um automóvel. Em princípio há solavancos, mas logo se ajusta.

06 – O que pode ser feito para ajudar o médium iniciante?
A participação dos irmãos do Terreiro é importante. O médium, nessa situação inicial, fica fragilizado. Sente-se vulnerável e constrangido. Qualquer hostilidade ou pensamento crítico dos irmãos, revelando desconhecimento do processo, poderá afetá-lo.

07 – Seria razoável aplicar passes no médium iniciante, em dificuldade para iniciar a manifestação?
O passe pode ajudar, mas devemos ser econômicos na sua utilização, a fim de evitar condicionamentos. Há médiuns que esperam pela intervenção do Pai, Mãe ou irmão no Santo, aplicando-lhes passes, a fim de iniciar seu trabalho.

08 – As manifestações de médiuns iniciantes são, não raro, repetitivas. Como devem agir o Pai ou Mãe e Irmãos no Santo no Terreiro?
Cultivar a compreensão e a boa vontade, considerando que o animismo, a intervenção do próprio médium, é expressivo nessa etapa do desenvolvimento. Aos poucos ele irá se ajustando, aprendendo a distinguir melhor entre suas idéias e as do Espírito.

09 – Vemos, com freqüência, médiuns dotados de razoáveis faculdades mediúnicas desistirem do compromisso. Há algum prejuízo?
A sensibilidade mediúnica não funciona apenas nas Giras. Está sempre presente. É na prática mediúnica, com os estudos e disciplinas que lhe são inerentes, que o médium garante recursos para manter o próprio equilíbrio. Afastado, pode cair em perturbações e desajustes.

10 – É um castigo?
Não se trata disso. O problema está na própria sensibilidade que, não controlada pelo exercício, situa o médium à mercê de influências negativas, nos ambientes em que circule, e de entidades perturbadas que se aproximam.

11 – Mas esse problema não está presente na vida de todos nós? Não vivemos rodeados de Espíritos perturbados e perturbadores?
Sim, e bem sabemos quantos problemas são decorrentes dessa situação, por total ignorância das pessoas em relação ao assunto. No médium afastado da prática mediúnica é mais sério, porquanto, em face de sua sensibilidade, ele sofre um impacto maior, com repercussões negativas em seu psiquismo.

12 – E se o médium, não obstante afastado da prática mediúnica, for uma pessoa de boa índole, caridosa, afável, bem sintonizada?
Com semelhante comportamento poderá manter relativa estabilidade, mas é preciso considerar que a mediunidade não é um acidente biológico. Ninguém nasce médium por acaso. Há compromissos que lhe são inerentes.

13 – O médium vem programado para essa tarefa…
Sim. Trata-se de um compromisso assumido na espiritualidade. Há um investimento no candidato à mediunidade, relacionado com estudos, planejamento, adequação do corpo. Tudo isso envolve diligentes cuidados dos mentores espirituais. Imaginemos uma empresa investindo na preparação de um funcionário para determinada função. Depois de tudo, será razoável ele dizer que não está interessado?

14- Mas não é contraproducente o médium participar de trabalhos mediúnicos como quem cumpre uma obrigação ou um contrato preestabelecido, temendo sanções?
As sanções serão de sua própria consciência, que lhe cobrará, mais cedo ou mais tarde, pela omissão. Para evitar essa situação é que os médiuns devem estudar a Doutrina, participando de estudos e lendo a respeito da mediunidade, a Doutrina Espírita é a melhor opção para conhecer sobre a mediunidade, mas esta deve ser direcionada pelo Pai ou Mãe no Santo, assim estará assimilando conhecimento e podendo debater a respeito.

15 – E se há impedimentos ponderáveis? Filhos a cuidar, cônjuge difícil, profissão, saúde…
Eventualmente isso pode acontecer, por algum tempo. O problema maior, entretanto, está no próprio médium que, geralmente, tenta justificar a sua omissão. Altamente improvável que a espiritualidade lhe outorgasse a mediunidade, sem dar-lhe condições para exercê-la.

16 – E quando a participação do médium gera conturbações no lar, a partir de um posicionamento intransigente do consorte?
Lamentável o casamento em que marido ou mulher pretende criar embaraços à atividade religiosa do cônjuge. É inconcebível! Onde ficam o diálogo, a compreensão, o respeito às convicções alheias? De qualquer forma, embora tal situação possa justificar a ausência do médium, não o eximirá dos problemas inerentes à mediunidade não exercitada.

17 – É difícil encontrar pessoas que guardam perfeita estabilidade emocional e física. Tem algo a ver com a sensibilidade mediúnica?
Tem tudo a ver. Vivemos mergulhados num oceano de vibrações mentais, emitidas por Espíritos encarnados e desencarnados. Assim como podemos ser contaminados por vírus e bactérias, também sofremos contaminações espirituais que geram alterações em nossos estados de ânimo.

18 – Isso explica por que as pessoas tendem a ficar deprimidas num velório e felizes num casamento?
Sem dúvida. O ambiente e as situações exercem grande influência. Lembro-me da morte de Aírton Senna. Provocou imensa comoção popular, até naqueles que não acompanhavam suas proezas no automobilismo. A emoção se expande e pode envolver multidões.

19 – Explica, também, as atrocidades cometidas por soldados, numa guerra?
A guerra produz lamentáveis epidemias de maldade, em face de nossa inferioridade. A crueldade tem livre acesso em corações ainda dominados pelos impulsos instintivos da animalidade. Propaga-se com a rapidez de um rastilho de pólvora.

20 – No lar parece acontecer algo semelhante, quando as pessoas perdem o controle e se agridem com gritos e palavrões, descendo não raro à agressão física…
Em nenhum outro lugar demonstramos com maior propriedade nossa inferioridade. No lar rompe-se o verniz social. As pessoas mostram o que são. Como não há santos na Terra, conturba-se o ambiente, favorecendo contaminações de agressividade, que envolvem os membros da casa.

21 – Como evitar isso?
É preciso desenvolver e fortalecer defesas espirituais, elevando nosso padrão vibratório, sintonizando numa freqüência que nos coloque acima das perturbações do ambiente.

22 – Como funciona essa questão da sintonia?
Tomemos, por exemplo, as ondas hertzianas, nas transmissões radiofônicas. Elas se expandem dentro de freqüência específica. Para ouvir determinada emissora giramos o dial e a sintonizamos. Nossa mente é um poderoso emissor e receptor de vibrações e tendemos a sintonizar com multidões que se afinam mentalmente conosco.

23 – Que providências devemos tomar para uma sintonia saudável?
Consideremos, em princípio, que ela é determinada pela natureza de nossos pensamentos. Lembrando o velho ditado “dize-me com quem andas e te direi quem és “, podemos afirmar “dize-me a natureza de teus pensamentos e te direi que influências irás assimilar”.

24 – Isso significa que equilíbrio e desequilíbrio, paz ou inquietação, alegria ou tristeza, agressividade ou mansuetude, dependem, essencialmente, de nós?
Exatamente. Embora nossos problemas físicos e psíquicos possam ser amplificados por influências ambientes, a origem deles está em nossa maneira de pensar e agir. Se quisermos o Bem em nossa vida, é fundamental que pensemos e realizemos o Bem.

25 – Que livros você indicaria para um iniciante?
É preciso levar em consideração a cultura e a familiaridade da pessoa com a literatura. Se for alguém habituado, com facilidade de concentração, deve ler, inicialmente, O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e O Evangelho Segundo o Espiritismo. Nessas três obras de Allan Kardec, temos, na mesma ordem, o tríplice aspecto do Espiritismo: Filosofia, Ciência e Religião, estes nasceram não para a Religião Espiritismo e sim para todos que crêem na existência dos espíritos, mas para aceitação inicial da espiritualidade e conhecimento especifico dentro da Umbanda, cabe ao iniciante conhecer Tambores de Angola, Aruanda de Robson Pinheiros, nos dá uma noção da Umbanda no Astral Superior, não esquecendo de forma alguma informar ao seu Pai ou Mãe no Santo, sobre seus estudos, pois este estará disposto a lhe responder futuras dúvidas a respeito de seu estudo, infelizmente a Umbanda ainda não existe um livro que possamos pegá-lo como base de estudo para todos, pois a verdade dos Terreiros de Umbanda é que cada Casa atribui sua Doutrina e esta deve ser respeitada pelo iniciante, damos sempre como base a Doutrina Espírita, pois a mesma nasceu para ensinar a todos sobre a Espiritualidade.

26 – O que é o animismo?
Na prática mediúnica é algo da alma do próprio médium, interferindo no intercâmbio. Kardec empregou o termo sonambulismo, explicando, em Obras Póstumas, quando trata da manifestação dos Espíritos, item 46: O sonâmbulo age sob a influência do seu próprio Espírito; sua própria alma é que, em momentos de emancipação, vê, ouve e percebe além dos limites dos sentidos. O que ele exprime, haure-o de si mesmo…

27 – O animismo está sempre presente nas manifestações?
O médium não é um telefone. Ele capta o fluxo mental da entidade e o transmite, utilizando-se de seus próprios recursos. Sempre haverá algo dele mesmo, principalmente se for iniciante, com dificuldade para distinguir entre o que é seu e o que vem do Espírito.

28 – Existe um percentual envolvendo o animismo na comunicação? Digamos, algo como quarenta por cento do médium e sessenta por cento do Espírito?
Se o animismo faz parte do processo mediúnico, sempre haverá um porcentual a ser considerado, não fixo, mas variável, envolvendo o grau de desenvolvimento do médium. Geralmente os iniciantes colocam mais de si mesmos na comunicação. Quando experientes, tendem a interferir menos.

29 – Pode ocorrer uma manifestação essencialmente anímica, sem que o próprio médium perceba?
É comum acontecer, quando está sob tensão nervosa, em dificuldade para lidar com determinados problemas de ordem particular. As emoções tendem a interferir e ele acaba transmitindo algo de suas próprias angústias, em suposta manifestação.

30 – Seria uma mistificação?
Não, porque não há intencionalidade. O médium não está tentando enganar ninguém. É vítima de seus próprios desajustes e nem mesmo tem consciência do que está acontecendo.

31 – E o que deve fazer o Pai/Mãe no Santo quando percebe que um Filho no Santo está entrando nessa faixa?
É preciso cuidado. O Pai/Mãe no Santo menos avisado pode enxergar animismo onde não existe. Se a experiência lhe disser que realmente está acontecendo, deve conversar com o médium, em particular, saber de seus problemas e encaminhá-lo às giras de desenvolvimento e ou tratamento espiritual. Toda a atenção dos Pais/Mães no Santo devem ser direcionada a este Filho e estar atento a esta mediunidade, é comum percebermos que pela ignorância (do saber) é mais fácil deixá-lo de lado, ou ainda excluí-lo do corpo mediúnico, muitas das vezes estes são execrados dos Terreiros, não por ser um animista e sim pelo desconhecimento do Pai/Mãe no Santo sobre o assunto. Se persistir o problema, o médium deve ser orientado a participar das giras como suporte, auxiliando nos trabalhos.

32 – Quando é que o Pai/Mãe no Santo deve preocupar-se com o animismo?
Quando ocorre a manifestação de um espírito que se diz orientador. É preciso passar o que diz pelo crivo da razão, distinguindo não apenas um possível animismo, mas, também, uma mistificação do Espírito comunicante.

33 – O médium que se sinta enfermo deve resguardar-se, deixando de comparecer à gira?
Depende do tipo de problema que esteja enfrentando. Se fortemente gripado, febril, é conveniente que se ausente, resguardando também os irmãos, que podem contrair seu mal. Mas há sintomas físicos e psíquicos que apenas revelam a proximidade de Espírito sofredor, não raro trazido pelos mentores espirituais para um contato inicial, a favorecer a manifestação.

34 – Nesse caso, mesmo não se sentindo bem, o médium deve comparecer?
Sim, porque o que está sentindo é parte de seu trabalho, exprimindo as angústias e sensações do Espírito, relacionadas com a doença ou os problemas que enfrentou na vida física.

35 – Isso significa que uma dor na perna, por exemplo, pode ter origem espiritual?
É comum. Acontece principalmente com o médium que tem sensibilidade mais dilatada. Ao transmitir a manifestação de um Espírito que desencarnou por problema circulatório, cuja perna gangrenou, tenderá a sentir dor semelhante, não raro antes da reunião, devido à aproximação da entidade.

36 – Ocorre o mesmo em relação às emoções?
É freqüente. Sintonizado com o Espírito, o médium capta o que vai em seu íntimo. Se a entidade sente-se atormentada, aflita, tensa, nervosa ou angustiada, experimentará algo dessas emoções.

37 – E se o médium, imaginando que esses sintomas físicos e emocionais estão relacionados com seus próprios problemas, decide não comparecer à reunião?
Se alguém nos confia um doente para levá-lo ao hospital, e decidimos instalá-lo em nossa casa, assumiremos o ônus de cuidar dele. Certamente nos dará muito trabalho, principalmente se for um doente mental.

38 – É possível que essa ligação com entidades perturbadas ocorra independentemente da iniciativa dos mentores espirituais?
É o que mais acontece. Vivemos rodeados por Espíritos destrambelhados, sem nenhuma noção da vida espiritual, que se agarram aos homens, como náufragos numa tábua de salvação. Nem é necessário ter mediunidade ostensiva. Todos estamos sujeitos a sofrer essa influência.

39 – Digamos que o médium receba influência dessa natureza na segunda-feira e só comparecerá ao Terreiro no sábado. Sofrerá durante a semana toda?
Com a experiência e a dedicação ao estudo ele aprenderá a lidar com esse problema, cultivando a oração e dialogando intimamente com a entidade que, com o concurso de mentores espirituais, será amparada.

40 – Devemos informar a esse respeito pessoas que procuram o Terreiro, perturbadas por tais aproximações?
É preciso cuidado. Pessoas suscetíveis, que guardam idéias equivocadas, relacionadas com influências demoníacas, podem apavorar-se. Nunca mais porão os pés no Terreiro.

Adaptações: Alex de Oxóssi
Retirado do Livro: MEDIUNIDADE – TUDO O QUE VOCÊ PRECISA SABER RICHARD SIMONETTI PAG: 123 A 127, PAG: 28 A 31, PAG: 44 PAG: 91 A 95, PAG: 99 A 103