Entre o Ego e a Alma
Enquanto pensamos que a morte é o que mais separa as pessoas,
o ego desde sempre, vem fazendo esse “serviço” muito mais do que ela.
Não há nada que vença o ego em termos de separações!
E como é que ele age?
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No casamento e nas relações amorosas:
Em nome da “incompatibilidade de gênios”, homens e mulheres se separam,
sem darem chance à flexibilidade que faria com que ambos – de comum acordo – cedessem um pouco.
Não! Para o ego não tem acordo quando se trata de ceder.
Seria rebaixar-se! Ele só entende assim.
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Nas amizades:
Uma atitude ou palavra mal colocada são, muitas vezes, suficientes para que amigos se separem,
deixando cair no esquecimento as tantas coisas boas que fizeram brotar uma tão valiosa amizade.
Não! O ego não admite erros nem pedidos de perdão. Seria abrir mão da punição!
Ele só entende assim.
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Nas famílias:
Tantos pais, irmãos e filhos se separam, só pela necessidade de impor suas vontades,
de ver “quem manda aqui”, quem ganha a condição de dono da última palavra.
Na maioria dos casos, numa reunião familiar, e com um pouco de humildade
todos saberiam até onde ir e quando parar.
Não! O ego quer deter o poder sobre tudo e sobre todos.
Limites seriam um caso de obediência! Ele só entende assim.
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Nas carreiras:
Pessoas escolhem seguir a mesma carreira ou carreiras diferentes,
e muitas dessas pessoas gastam a melhor parte da sua vida
competindo, vigiando, farejando os passos das outras, dada a precisão de ser “a melhor”.
A consciência de que “o sol nasce para todos” faria isso parar.
Não! O ego quer ganhar sempre, custe o que custar.
Aceitar vitórias alheias seria fracassar! Ele só entende assim.
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Em toda situação conflitiva que determina separações
o ego se faz presente e sempre quer ganhar.
É nos carros, em brincadeiras desnecessárias;
é no trabalho, em críticas contra colegas;
é nas escolas, em exibições de notas;
é nas guerras, onde ganhar é questão de vida ou morte;
é na vizinhança, em encrencas vulgares, e assim por diante... Infinitamente...
Pense em algo similar, não citado aqui, e você notará que nele também está a ditadura do ego.
Basta que o caso lembrado seja capaz de separar pessoas.
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Não!
Não é a morte o que mais promove essas apartações!
É o ego, o filho predileto do orgulho!
Sua alma e seu ego ocupam o mesmo “castelo”.
Deixe que sua alma seja a rainha vitalícia do lugar!
Ela é aquela parte sua que deseja Paz e Reconciliações.
O ego é o mal dentro de você.
Dê-lhe um “cala-boca” bem dado.
Assim – e só assim – a vida lhe abrirá as portas da verdadeira e perene felicidade.
~ Silvia Schmidt ~
Dr. EGO
Aqui estão sete sugestões para ajudá-lo a transcender os conceitos enraizados do orgulho.
Foi escrito com o intuito de preveni-lo contra a falsa identificação com o ego orgulhoso.
1. Pare de se sentir ofendido.
O comportamento de outras pessoas não é motivo para se sentir imobilizado. Existe a ofensa
apenas quando você se enfraquece. Se procurar por situações que o aborreçam, as encontrará
em cada esquina. É o ego no controle convencendo você de que o mundo não deveria ser do jeito que é.
Mas é possível tornar-se um observador da vida e alinhar-se com o Espírito da Criação universal.
Não se alcança o poder da intenção sentindo-se ofendido. Procure erradicar, de todas as formas
possíveis, os horrores do mundo que emanam da identificação maciça do ego e esteja em paz. Assim
como nos lembra o Curso em Milagres: a paz está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao
lar em Sua paz. O Ser está em Deus e você que é parte Dele só retorna ao lar em Sua paz. Ficar
ofendido cria o mesmo tipo de energia destrutiva que a princípio o feriu e leva à agressão, ao
contra-ataque e à guerra.
2. Abandone o querer vencer.
O ego adora nos dividir entre ganhadores e perdedores. A busca pela vitória é a forma infalível
de evitar o contato consciente com a intenção. Por quê? Porque basicamente é impossível vencer
sempre. Algumas pessoas serão mais rápidas, mais sortudas, mais jovens, mais fortes e mais
espertas que você e acabará se sentindo insignificante e sem valor diante delas. Você não se
resume às suas conquistas e vitórias. Uma coisa é gostar de competir e se divertir num mundo
onde vencer é tudo, mas não precisa ser assim em seus pensamentos. Não há perdedores
num mundo onde todos compartilham da mesma fonte de energia. Só se pode afirmar que, em
determinado dia, sua atuação esteve num certo nível comparada a outras. Mas cada dia é
diferente, com outros competidores e novas situações a serem consideradas. Você continua
sendo a infinita presença num corpo que está a cada dia ou a cada década, mais velho.
Pare com essa necessidade de vencer, não aceite o conceito de que o contrário de vencer é
perder. Esse é o medo do ego. Se seu corpo não está respondendo de forma vencedora, não
importa. Significa que você não está se identificando unicamente com seu ego. Seja um observador,
perceba e aprecie tudo sem a necessidade de ganhar um troféu. Esteja em paz e alinhe-se com a
energia da intenção. De forma inusitada as vitórias aparecerão mais em seu caminho quanto
menos as desejar.
3. Abandone o querer estar certo.
O ego é a raiz de muitos conflitos e desavenças porque o impulsiona a julgar as pessoas
como erradas. Quando a pessoa é hostil houve uma desconexão com o poder da intenção.
O Espírito de Criação é generoso, amoroso e receptivo; e livre de raiva, ressentimento ou amargura.
Cessar a necessidade de ter razão nas discussões e nos relacionamentos é como dizer ao ego:
“Não sou seu escravo. Quero me tornar generoso. Quero rejeitar a necessidade de ter razão”.
Dê-se a oportunidade de se sentir bem dizendo a outra pessoa que ela está certa, e
agradeça-a por lhe direcionar ao caminho da verdade. Ao deixar de querer ter razão,
você fortalece a conexão com o poder da intenção. Mas fique atento, pois o ego é
um combatente determinado. Tenho visto pessoas terminarem lindos relacionamentos
por apego à necessidade de estarem certas. Preste atenção à vontade controlada pelo ego.
Quando estiver no meio de uma discussão pergunte a si mesmo: “Quero estar certo ou ser
feliz?”. Ao optar por ser feliz, amoroso e predisposto espiritualmente, a conexão com
a intenção se fortalecerá. Esses momentos expandem novas conexões com o poder da intenção.
A Fonte universal começará a colaborar com você para uma vida criativa à qual foi predestinado a viver.
4. Abandone o querer ser superior.
A verdadeira nobreza não é uma questão de ser melhor que os outros. É uma questão de
ser melhor do que você era. Concentre-se em seu crescimento, consciente de que ninguém
neste planeta é melhor que ninguém. Todos nós emanamos da mesma força de vida criadora.
Todos nós temos a missão de realizar nossa pretendida essência, tudo o que precisamos para
cumprir nosso destino está ao nosso alcance. Mas nada é possível quando nos sentimos
superiores aos outros. É um velho ditado e, todavia, verdadeiro: somos todos iguais
aos olhos de Deus. Abandone a necessidade de sentir-se superior, perceba a expansão
de Deus em cada um. Não julgue as pessoas pelas aparências, conquistas, posses e outros
índices do ego. Ao projetar sentimentos de superioridade retornam a você sentimentos
de ressentimentos e até hostilidade. Esses sentimentos são veículos que o levam para
longe da intenção. O Curso em Milagres aborda essa necessidade de se sentir especial e
superior. A distinção sempre leva a comparações. Baseia-se na falsa vista no outro e se
mantém pela procura e ostentação das falhas percebidas.
5. Deixe de querer ter mais.
O mantra do ego é “mais”. Ele nunca está satisfeito. Não importa o quanto conquistou
ou conseguiu, o ego insiste que ainda não é o suficiente. Ele põe você num estado perpétuo
de busca e elimina a possibilidade de chegada. Na realidade, você já está lá e a forma
que opta para usar esse momento presente da vida é uma escolha. Ao cessar essa necessidade
por mais, as coisas que mais deseja começam a chegar até você. Sem o apego da posse
fica mais fácil compartilhar com os outros. Você percebe o pouco que precisa para estar
satisfeito e em paz. A Fonte universal é feliz nela mesma, expande-se e cria vida nova
constantemente. Nunca obstrui suas criações por razões egoístas. Cria e deixa ir. Ao cessar
a necessidade do ego de ter mais, você se unifica com a Fonte. Como um apreciador de tudo
que aparece, aprende a lição poderosa de São Francisco de Assis: “É dando que se recebe”.
Ao permitir que a abundância o banhe, você se alinha com a Fonte e deixa essa energia fluir.
6. Abandone a idéia de você baseado em seus feitos.
É um conceito difícil quando se acredita que a pessoa é o que ela realiza. Deus compõe
todas as músicas. Deus constrói todos os prédios. Deus é a fonte de todas as realizações.
Posso ouvir os egos protestando em alto e bom som. Mas, vá se afinizando com essa idéia.
Tudo emana da Fonte! Você e a Fonte são um só! Você não é esse corpo ou os seus
feitos. Você é um observador. Veja tudo ao seu redor e seja grato pelas habilidades acumuladas.
Todo crédito pertence ao poder da intenção, o qual lhe fez existir e do qual você é uma
parte materializada. Quanto menos atribuir a si mesmo suas realizações, mais conectado
estará com as sete faces da intenção, mais livre será para realizar e muito aparecerá
em seu caminho. Quando nos apegamos às realizações e acreditamos que as
conseguimos sozinhos abandonamos a paz e a gratidão à Fonte.
7. Deixe sua reputação de lado.
Sua reputação não está localizada em você. Ela reside na mente dos outros. Você não
tem controle algum sobre isso. Ao falar para 30 pessoas, terá 30 imagens. Conectar-se
com a intenção significa ouvir o coração e direcionar sua vida baseado no que a voz interior
lhe diz. Esse é o seu propósito aqui. Ao preocupar-se demasiadamente em como está sendo
visto pelos outros, mostra que seu eu está desconectado com a intenção e está sendo
guiado pelas opiniões alheias. É o seu ego no controle. É uma ilusão que se levanta entre
você e o poder da intenção. Não há nada a fazer a não ser que você se desconecte
da fonte de poder convencido de que seu propósito é provar o quão poderoso e superior é,
desperdiçando sua energia na tentativa de obter uma reputação maior entre outros egos.
Faça o que fizer, guie-se sempre pela voz interior conectada e seja grato à Fonte. Atenha-se
ao propósito, desapegue-se dos resultados e assuma a responsabilidade do que reside
dentro de você: seu caráter. Deixe os outros discutirem sobre sua reputação, isso não
interessa. Ou como o título de um livro diz: O que você pensa não me diz respeito!
Direitos Autorais Dr. Wayne W Dyer.
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