sexta-feira, 22 de abril de 2016

Salve são Jorge
SÃO JORGE\_MG » Folclórico:
Em 23 de abril a Umbanda celebra o Sagrado Orixá Ogum, o Senhor da Lei que impõe a Ordem Divina à Criação.
Essa data, 23 de abril, por si mesma, encerra uma simbologia importante:
A soma 2 + 3 (do dia 23) nos dá um cinco; número que simboliza mudanças. E este cinco, quando somado ao número quatro (do mês de abril), nos dá um resultado nove, o qual simboliza uma grande reflexão, uma interiorização, e o fechamento de um ciclo.
Ou seja, a própria data da celebração faz lembrar que Pai Ogum nos convoca a realizar mudanças internas (“a reforma íntima”) para nos adequarmos aos ditames da Lei Divina; marcando o encerramento de um ciclo de aprendizado e o início de nova etapa que enseje um caminho sadio, em um novo período evolutivo, para quem se dispõe a essa reflexão individual e intransferível. Sendo um Orixá Universal, Pai Ogum representa a Lei de Deus que rege toda a Criação; e que assim nos ampara de forma permanente. Mas é nossa a responsabilidade de aproveitar essa bênção: acatando o Seu Divino comando e passando a viver de conformidade com a Lei Divina, seja por aplicá-la à própria vida ou em nossas relações com o próximo.

Com efeito, Pai Ogum nos envia continuamente Irradiações Ordenadoras que nos incentivam a desbravar o próprio íntimo. Isso nos confere a possibilidade de um profundo autoconhecimento e, a partir daí, a ocasião para enfrentarmos nossas fraquezas– pois são elas, na verdade, que funcionam como ponto de atração das grandes dificuldades e obstáculos. Como resultado, passamos a operar em sintonia com os comandos da Lei Maior; e os nossos caminhos terrenos tornam-se caminhos abertos.
Há todo um simbolismo na Figura de Pai Ogum, dentro dos princípios que norteiam a religião de Umbanda.
Nas imagens representativas do Orixá, por exemplo, encontramos alguns símbolos importantes: Ogum é retratado como um nobre guerreiro, com armadura e lança, e que vem montado num cavalo branco; e sua lança submete o dragão. Nestas imagens, o cavaleiro é a expressão máxima do guerreiro que se devotou à Lei Maior: servindo-a com honra, coragem e determinação. Como Orixá da Lei, Pai Ogum é o Comandante de todos os Exércitos de Olorum (Deus). É, portanto, quem conduz a Criação inteira aos Caminhos da Lei Divina, assim afastando o caos, tanto no macro quanto no microcosmo. Sua lança é instrumento da mesma Lei, visando à distribuição da Justiça Divina para todos. O dragão representa o negativismo (a maldade, os vícios, os pensamentos, intenções e as condutas humanas que afrontam a Lei Divina). A lança submetendo o dragão simboliza a Consciência Elevada: desperta, e sendo aplicada na superação das negatividades. E o cavalo branco é símbolo da Força Espiritual que nos sustenta no combate às negatividades íntimas. 
Ogum também é reverenciado como o Divino Ferreiro, o Pai da agricultura e “o inventor” das ferramentas que aram a terra para dela extrairmos nosso alimento. Nesse contexto, Ele representa o Princípio Masculino presente na Criação; sendo a terra (tanto o Planeta quanto o respectivo solo) o Princípio Feminino que emana de Deus.  Ogum é Ação Divina, é a Energia Yang, é aquele que rasga a terra com suas ferramentas, para fertilizá-la. Já a terra corresponde à Energia receptiva ou Yin, que se abre para acolher as sementes, entregando-se à fecundação. Outra vez, vale refletir: se verdadeiramente queremos modificar fatores externos nocivos ao nosso progresso, precisamos, em primeiro lugar, desbravar nosso íntimo a fim de despertarmos as Sementes da Consciência Superior; para, só então, avançarmos na senda evolutiva. Sem essas mudanças internas não haverá transformação positiva (evolução) em nossos caminhos!
Por isso que, em especial nesta data, precisamos abrir nossos corações, e agradecer ao Pai Ogum, e rogar pelas Suas bênçãos:
Que a Divina Lança do Cavaleiro de Olorum nos auxilie a desvendar nossas trevas interiores (orgulho, vaidade, agressividade e cobiça excessivos; ilusões decorrentes), para que as Luzes da Lei Maior brilhem em nossas consciências e as expandam, para o nosso bem e o dos nossos semelhantes;
Que a Sua Armadura Sagrada nos proteja de vivenciar, praticar ou arquitetar o mal; ou de viver sem coragem: roguemos que Pai Ogum nos inspire à ação do coração (cor + ação), que se traduz na coragem de seguir os caminhos da Alma– pois que nela habita o Criador;
Que a Sua Espada Luminosa possa tocar nossos ombros e nos conduzir sempre pelos Caminhos Sagrados da Lei Maior:roguemos que nos defenda e renove;
E que, um dia, quando estivermos prontos e dispostos, Suas Armas e Escudos nos façam também aprendizes do Cavaleiro Sagrado de Olorum e fiéis seguidores da Vontade Suprema do Pai-Mãe da Criação.
Que assim seja!
Pedimos a Vossa Bênção, Divino Pai Ogum, para todos os filhos da Terra!

Conversando sobre Espiritualidade - Pai Joaquim



Uma Entrevista com o Pai Joaquim de Aruanda
1. Por que muitos abandonam os estudos espirituais?
Resposta: A resposta é clara, meu filho: ego grande demais para suportar as provas do caminho, e coração pequeno, sem humildade para reconhecer os passos tristes e as atitudes tempestivas e irracionais. A maioria se deixa levar pelas seduções materiais do meio; e outros, pelas atrações psíquicas deletérias as quais se vinculam, muitas vezes influenciadas por pessoas ou ambientes correlacionados aos seus anseios internos.
O certo é que muitos titubeiam diante do desenvolvimento espiritual e caem, vitimados por orgulho e intemperança. E Nosso Senhor estava certo, quando ensinava que “alguém pode até ganhar o mundo, mas, também, pode perder sua alma”.
2. Por que muitos até mesmo renegam o caminho espiritual, voltando-se pesadamente contra aquilo que antes estudavam?
Resposta: Meu filho, vamos ser bem claros nisso. O trabalho com as coisas do espírito não é tarefa fácil. Quem está nessa senda precisa ter fibra forte na vontade e grande generosidade no coração, além de muita paciência...
Não é possível desenvolver-se adequadamente se não houver compromisso forte e vontade inquebrantável no cerne do espírito. E muitos se desviam da senda da luz porque os atrativos do mundo são muito sedutores e os atraem para os becos do caminho. E porque eles são fracos de vontade, e fortes de orgulho. Pensam que sabem muito e que estão sempre corretos. No entanto, por dentro, sem a luz do espírito para intuí-los dos enganos da matéria, estão bem esculhambados. Podem até vestir-se bem e terem certa fama em seus meios, mas, com as energias sujas e o lado espiritual congelado, não passam de crianças birrentas e sujas de lama psíquica. Muitos dão pena, embora pareçam realizados no mundo e contentes com suas ilusões. Porém, estão expostos a toda sorte de assédios extrafísicos, ocultos e deletérios, principalmente durante o sono do corpo, quando se desprendem da matéria e ficam de frente com seus algozes espirituais. E aí, quem poderá salvá-los de serem vilipendiados energeticamente?
A verdade secreta é essa: quem se deixa levar pela inércia ou pela arrogância, torna-se vítima de entidades horríveis, que roubam suas energias e seu equilíbrio psíquico. E muitos têm dormido mal por esse motivo: são espoliados espiritualmente enquanto tentam descansar. E, presos de grande arrogância, nem lembram-se de orar e pedir proteção aos mentores de luz, que são trabalhadores valorosos de Nosso Senhor.
3. E os que bandeiam para o lado escuro da força? Os que passam para o lado das trevas conscienciais?
Resposta: Meu filho, essas pessoas se esquecem que os espíritos vêem além da carne e da aparência. Em sua prepotência, elas pensam poder manipular as entidades do mundo invisível ao seu bel prazer.
Ledo engano. Enquanto elas imaginam serem donas de suas vontades, entidades malévolas e treinadas em manipulações psíquicas de todos os tipos roubam sua harmonia e suas energias. Às vezes, elas até as ajudam em algumas coisas, para ganharem sua confiança, mas, gradualmente, se apossam de suas vidas, ao ponto de implantarem idéias esdrúxulas em suas mentes, levando-as para os becos escuros do ego e da falta de bom senso. E muitos caem assim!
Então, aqui cabe um alerta para todos: quem almeja o mal de alguém, seja por qual motivo for, já está em sintonia com mentes extrafísicas malignas que habitam no Invisível e gostam de ligar-se aos incauto de todos os tipos. Nem mais nem menos: pensamentos e intenções deletérios atraem psiquicamente entidades nefastas para a vida da pessoa.
É preciso ponderar bastante e refletir em cima dos ensinamentos espirituais elevados, para não entrar em climas mentais perversos. E Nosso Senhor sempre alertou sobre isso, dizendo: “Orai e Vigiai!”
4. Como diz o aforismo espiritual, “semelhante atrai o semelhante”, não é mesmo?
Resposta: Meu filho, isso pode ser complementado com outro ensinamento de Nosso Senhor: “A cada um segundo suas obras!”
Nem mais nem menos: é assim mesmo que as coisas funcionam, no mundo e no espaço espiritual.
5. E sobre a mediunidade? O senhor também pode passar algum toque legal?***
Resposta: Meu filho, vou resumir isso numa só palavra: RESPONSABILIDADE.
Essa é uma área onde a leviandade faz a pessoa pagar um preço caro. Abrir o próprio campo energético é coisa séria demais. Não se pode brincar com isso. Essa atividade exige dos interessados um alto grau de dedicação e de amor. Também exige perseverança e paciência. Contudo, muitos não querem assumir tal responsabilidade.
E médium bom “não arrepia para fora do caminho”, por nada!” – E nem se corrompe, por coisa alguma. E não falta levianamente às reuniões de que participa.
Ah, meu filho! Se não fosse a paciência dos guias espirituais...
6. Por favor, fale algo sobre fanatismo.
Resposta: Meu filho, fanatismo é doença psíquica séria demais!
É uma espécie de vírus do ego. E é encontrado em todas as áreas humanas, até mesmo na Ciência.
Sua base é sempre o ego, que pressupõe que seu caminho é melhor do que o dos demais. Seja o religioso, o cientista, o político, o esportista, ou o estudante espiritual, todos podem padecer desse mal. Portanto, falar de modéstia e flexibilidade é uma necessidade básica. Alertar sobre o orgulho de se achar o máximo, é o mínimo. E saber que muitos são os caminhos que levam ao Divino, que está em tudo, é sabedoria.
7. O senhor pode me ajudar a não esquecer essa entrevista, quando eu voltar para o meu corpo físico? Os seus toques conscienciais serão úteis para reflexões de outros estudantes espirituais, de várias áreas.
Resposta: Ah, meu filho! Fique tranquilo. Eu não estou sozinho nisso. Você me vê aqui perto, mas, de planos mais altos, seres de luz, amorosos e verdadeiros, estão intuindo esse nosso colóquio espiritual, para bem de todos. E, mais além deles, são as vibrações de Nosso Senhor que sustentam os trabalhos de esclarecimento e assistência espiritual.
Meu filho, eu sou um pequeno servidor do Céu, só isso. E sou feliz assim. Para que mais? E meu coração está cheio de agradecimento e fé. E o amor de Nosso Senhor irá garantir sua lembrança na carne.
Então, volte à matéria e escreva. E depois, ore e agradeça ao Céu, pela chance do aprendizado e do trabalho que honra as coisas do espírito.
Pense nisso: o amor também melhora a memória das saídas do corpo.
Meu filho, siga com o amor e a Fé... Nas luzes de Nosso Senhor.
P.S.: Esses escritos são a transcrição de um papo com o Pai Joaquim de Aruanda, amoroso benfeitor espiritual das lides de Umbanda.




Um perigo que ronda todos os médiuns


Sempre que falamos de mediunidade, como estamos fazendo em nosso site, falamos dos tipos de mediunidade e de como ela se processa. Tratamos de sua definição e de suas particularidades dentro de nossa querida Umbanda. Entretanto é preciso fazer um alerta para a reflexão de todos os médiuns! Sempre ressalto e tento demonstrar que ser médium não é possuir um dom, ser especial, ser melhor que ninguém.

Ser médium é possuir uma faculdade e ao mesmo tempo uma missão, e como toda missão, ela vem acompanhada de muita responsabilidade.

No entanto não podemos confundir essa nossa missão com um mediunismo missionário, ou seja, que somos enviados diretos dos Orixás, escolhidos. Estes tipos de médiuns são, obviamente, raros e a simples presença dessas pessoas nos inspira, nos emociona e nos transforma. Médiuns missionários são aqueles que estão moralmente muito mais equilibrados do que nós, possuem um amor verdadeiro e nato, possuem a verdadeira sabedoria.

Desta forma como entender a nós? Somos médiuns de expiação, médiuns que tiveram a graça de receber a faculdade da mediunidade para expurgar os karmas, uma oportunidade para acelerarmos nossos resgates, uma forma a mais para que possamos nos deparar com espíritos amigos ou com antigos desafetos e, juntos, buscarmos um caminho de luz e de paz. Somos assim pessoas normais, com um mesmo fim: a busca da verdadeira felicidade.

Assim por sermos espíritos endividados, por não sermos criaturas “aladas”, especiais, devemos cuidar muito de nosso desenvolvimento moral. Pois só com muito suor e força de vontade que um dia nos tornaremos médiuns missionários, e assim seremos médiuns melhores, e com certeza mais capazes de fazermos valer a vontade dos Orixás. Por sermos assim tão normais, é que muitos médiuns se perdem no caminho, começam a vender suas faculdades, percebem que podem manipular as energias, conseguem magnetizar pessoas e objetos e essa sensação de poder faz com que o orgulho cubra os olhos da carne e da alma.

Não são poucas as histórias de médiuns envaidecidos e que acreditam ser um super-homens, e assim estarem acima do bem e do mal e por isso poderem fazer uso de suas faculdades da forma que melhor lhe convierem. Não são poucas as histórias de umbandistas, de pais e mães-de-santo, e outros médiuns de outras religiões, que acabaram perdidos. Tudo porque não conseguiram ter a humildade necessária para a tarefa mediúnica e, assim, caíram no caminho do orgulho.

Diante disto, nossa tarefa emergencial, urgente mesmo, é zelarmos para que possamos controlar e lutar incessantemente contra o nosso orgulho. Uma tarefa difícil, mas possível. E para isso poderemos contar com nossos queridos guias espirituais, basta realmente encararmos nosso orgulho e pedirmos para que ele seja derrotado pela verdadeira e nobre humildade.

O médium orgulhoso acredita que pode mais e melhor que o seu irmão de gira. Acredita sempre que tem razão, que os outros médiuns têm muito o que aprender com ele. Os ensinamentos dos outros sempre estão equivocados, pois não é o mesmo do que o dele, assim como ele é sempre o certo não consegue mais absorver ou reciclar seus conhecimentos. Por isso o médium nesta fase escuta muito pouco, e sempre quer falar muito. Escutar não é necessário, pois ele já sabe. Não permite que a entidade lhe fale, e lhe mostre como fazer, pois sua mente embriagada do orgulho acha que já conhece o caminho. Quando não lhe é dado toda a atenção se zanga, e tem certeza que se trata de uma perseguição, ou então deve ser ciúmes de suas qualidades.

É típico desses médiuns aprenderem receitas, lerem e decorarem pontos riscados, banhos e “ebós para todos os fins” e passam a “receitar” estas simpatias em todo o lugar que andam. Este é um caso mais avançado do orgulho que extrapola as correntes de uma gira.

Diante deste quadro o médium vai se afastando de seus guias, deixando de escutar os verdadeiros emissários dos Orixás, e permite que espíritos menos evoluídos deixem se passar por mensageiros. A mistificação será uma questão de tempo.

Não conheço ninguém que não deva cuidar de sua mente para que não seja corrompido pelo orgulho. Esse mal assombra a todos, mas quem conseguir vencê-lo dará passos decisivos rumo a sua iluminação.

Por isso peço que os Orixás enviem seus emissários e mensageiros para nos proteger e iluminar quanto a este mal que nós mesmos criamos e cultivamos que se chama orgulho. Em especial que os Pretos-Velhos possam nos mostrar com seu exemplo, suas energias e sua sempre simples e profunda conversa, o caminho para a humildade.

Saravá ao Pai Tobias de Guiné, que eu possa me espelhar em sua luz, no seu amor e na sua forma de encarar a vida e seus problemas, e logicamente eu possa minimamente absorver a sua humildade tão sincera.

Babaê os Pretos-velhos! Babaê o Pai Tobias Guiné.

P.S. Se você leu este texto e o tempo todo pensou em outra pessoa que não você mesma, leia de novo, pois com certeza este texto serve para você. Julgar os outros acreditar que este ou aquele é um médium orgulhoso, é uma clara demonstração do orgulho, pois acha que é capaz de julgar o seu semelhante. Este também é um alerta, cuida de julgar os seus atos, e para os atos dos outros a única coisa que você pode fazer é rezar para que os Orixás os iluminem, e que você agindo de forma humilde seja um exemplo em seu meio.
Caetano de Oxossi

Médium Incorporar Entidade Masculina e Feminina



Vamos esclarecer que tanto o médium feminino como o masculino pode incorporar Entidades espirituais masculinas ou femininas sem maiores problemas. O que existe é um grande preconceito por parte do médium masculino que se recusa a incorporar uma entidade feminina, pois acha que isso vai alterar a sua masculinidade, ou mesmo afetar o seu jeito de ser quando esta incorporado, assumindo trejeitos femininos. Isso é absurdo.
Cremos que muitos médiuns masculinos se recusam a tais incorporações, devido ao fato de terem presenciado os excessos cometidos por certos “médiuns” incautos e desequilibrados, durante sua vida mediúnica.
Na fase de incorporação, tanto o médium feminino quanto o masculino poderão trabalhar normalmente com uma Entidade Espiritual masculina ou feminina ativando o seu corpo astral, que não haverá problemas quando a rotação for invertida ou não.
O Corpo Astral de todo ser humano tem um movimento rotatório e esse movimento absorve ou repele as energias emanadas do Universo, da Natureza e da mente. O movimento rotatório no ser feminino tem uma rotação anti-horária e no ser masculino uma rotação horária.
O médium masculino poderá incorporar um espírito feminino, qualquer um – seja Guia Espiritual ou mesmo uma Guardiã (Pomba Gira) – sem maiores alterações. Simplesmente acontece que, quando incorporado com uma Entidade feminina, tem a rotação magnética do seu Corpo Astral alterada intermitentemente durante o tempo que durar o transe e a única coisa que poderá ocorrer, com o tempo, é uma certa alteração em sua constituição sutil, tornando-se mais “sensível e emotivo”, mas não alterando a sua sexualidade. O mesmo acontece com o médium feminino, que poderá incorporar um espírito masculino, qualquer um – seja Guia Espiritual ou mesmo um Exu – (Guardião). Só que o que vai ocorrer é uma alteração em sua constituição, tornando-se mais racional. Vejam, portanto, que incorporar uma Entidade

masculina ou feminina em nada vai alterar a sexualidade; somente vai trazer benefícios, pois todos alcançarão um equilíbrio que provavelmente lhes faltava.
Uma entidade espiritual incorporada, além de não alterar a sexualidade de ninguém, também não fará mudanças radicais, se portando com trejeitos femininos ou masculinos, mostrando total falta de decoro ou moral. Portanto, um Guia masculino ou Guardião (Exu) não vai se comportar com trejeitos masculinos (machão) incorporados em uma mulher, assim como um Guia feminino ou Guardiã (Pomba Gira) não vai se comportar com trejeitos femininos incorporados em um homem. O máximo que pode acontecer é um Guia masculino se apresentar mais firme em seu modo de ser e um Guia feminino ser mais sensível, mas, jamais se manifestará com trejeitos que comprometam a imagem do seu médium.
Importante: “Nenhuma entidade espiritual, seja ela masculina ou feminina, usará trajes que demonstrem suas identidades regionais, fazendo seu médium passar por situações ridículas. O máximo que poderá acontecer é uma médium incorporada com uma Preta Velha, Cigana ou mesmo Guardiã (Pomba Gira), colocar uma saia branca (simples por sinal), antes de incorporar, por cima da calça, sem desmandos, rendas e lamês. Num médium masculino, nenhuma entidade espiritual fará uso de roupas diferenciadas do uniforme do Templo. Entidade Espiritual de Lei não possui vaidade. Os desmandos presenciados, com certeza são da cabeça do médium, que com certeza nesse momento estará externando seus mais recônditos desejos, colocando para fora uma vontade incontida de se travestir, e com isso usa, muitas vezes inconscientemente, o momento de estar “incorporado” de uma entidade feminina ou masculina, e se sente com o aval de assim se portar, pois para todos os presentes, ele,

médium, esta “possuído” por um espírito que se porta daquela maneira.
Outro fato presenciado por nós, e muito, são médiuns masculinos recusarem-se mentalmente em aceitar uma entidade feminina como mentora, e o que vai ocorrer é que essa entidade, geralmente usará o artifício de plasmar um corpo masculino, a fim de poder trabalhar. Segundo o nosso conhecimento, na Umbanda, sabemos existirem Caboclas, Pretas Velhas, Crianças e Baianas, que poderão ser mentoras de um médium masculino. As Ciganas, Guardiãs (Pombas Gira), Boiadeiras, e qualquer espírito feminino se comunicarão através da incorporação, mas não como mentoras.
Trecho extrido do livro: O ABC do servido umbandistas - Pai Juruá - no prelo

O Fundamento dos Campos Vibratórios



Desde o advento da humanidade no globo terrestre, a natureza tem sido fonte inesgotável de recursos bio-energéticos para a criação, evolução e sedimentação dos vários organismos que a compõem. As antigas religiões orientais como o Bramanismo, Induísmo, Confucionismo, Budismo, além dos cultos Ameríndios e Africanistas, sempre valorizaram a natureza como essência catalisadora de energias para equilibrar a psico-fisiologia do ser humano.
É da natureza que se extrai os elementos necessários ao reajustamento das faculdades biopsicomotoras, tão importantes à mente, ao espírito e a parte corpórea. É na natureza que há uma maior interação entre o plano material e o astral. Em contato com rios, florestas, cachoeiras, mares, campinas etc., absorvemos as vibrações emanadas do Cosmo, que são recepcionadas por estes sítios de captação fluidico-espiritual. É na natureza que encontramos o habitat de certas formas espirituais, de evolução diferente dos seres humanos, chamados por alguns de gnomos, silfos, salamandras, ondinas etc., o que na Umbanda nomeamos Elementais ou Espíritos da Natureza.
Os Elementais são os responsáveis pela manipulação etérea dos materiais existentes nestes sítios vibracionais, condensando partículas energéticas que muitas vezes são utilizadas por Caboclos, Pretos-Velhos, Exus e Crianças, dentre outros, para trabalhos de cura, desobsessão, neutralização de demandas e assim por diante.
Tal importância têm os Elementais na dinâmica telúrico-cósmica que Allan Kardec, no Livro dos Espíritos, no capítulo destinado à categoria e classe dos seres espirituais, cita a existência de seres (os Elementais) responsáveis pela proteção, cultivo e manipulação de elementos atinentes aos diversos campos vibratórios.
Com a anunciação da Umbanda no plano físico em 15 de novembro de 1908 pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, forma fixadas diretrizes para o correto e integral desenvolvimento desta Corrente Astral. Dentre estas diretrizes, encontramos o culto, o trato e o usufruto, por parte de médiuns e espíritos, dos benefícios alojados nestes logradouros naturais.
O Caboclo das Sete Encruzilhadas sempre orientava quanto a importância dos trabalhos efetuados nos rincões da natureza, no tocante principalmente a limpeza, reajustamento e fortalecimento dos centros de força (chakras) e plexos nervosos, desintoxicação perispiritual, e assepsia da aura.
Alguns pensam que as florestas, rios, mares, pedreiras etc. São lugares somente destinados a louvação dos Orixás, o que é um engano. Em realidade, quando nos direcionamos a estes lugares, somos nós, médiuns, que recebemos as graças e os cuidados que todo aquele que serve de medianeiro à ação dos espíritos bons necessita ter.
Durante um gira ou sessão nos campos vibratórios, somos ofertados por nossos Guias e Protetores com uma contínua carga de fluídos positivos, cujos elementos constitutivos são retirados das flores, folhas, raízes, água doce, água salgada etc. Neste aspecto, o trabalho de nossos amigos espirituais é facilitado, pois estando seus aparelhos em contato direto com a natureza, e por isto sujeitos à influência das energias dali emanadas, a missão de impregnação fluídica positiva torna-se mais eficaz, o que seria difícil acontecer longe destes campos. Devido ao acúmulo de cargas eletromagnéticas densamente negativas sobre as cidades, produto do atual estágio consciencional e comportamental das pessoas, os fluídos dos sítios vibratórios sofrem, quando direcionados a outro lugar, o ataque de energias negativas chamadas formas-pensamento e também de espíritos de baixa vibração (kiumbas desqualificados), que impedem, total ou parcialmente, que aquelas energias cheguem ao seu destino.
Desta forma, a natureza constitui-se em fonte de equilíbrio, reequilíbrio, harmonização, desintoxicação, assepsia, imantação e caridade, frente aos trabalhos de Umbanda.
Salve as Forças da Natureza.
Salve a Umbanda.

Médium e Exu


Muitas vezes, ele funciona como um espelho, refletindo em seu comportamento os defeitos e qualidades de seu médium. Não estamos falando aqui de mistificação nem animismo e sim de um comportamento em que pela convivência um exterioriza qualidades e defeitos do outro.
Apesar de Exu ter opinião própria a manifesta em linguagem simples e direta de forma que todos entendam. É ele a entidade mais próxima a nossa realidade e anseios materiais. Quando o médium começa a se desenvolver costuma ouvir que há a necessidade de doutrinar seu Exu. É natural que o médium não tenha doutrina no inicio de sua jornada espiritual e Exu exterioriza isso em seu comportamento, após boa doutrinação da entidade veremos a necessidade de doutrina também para o médium que acaba de chegar na casa. Durante o desenvolvimento mediúnico é ainda natural que o Exu se apresente pedindo sua oferenda, pois sua força é potencializadora e vitalizadora da mediunidade.
Este mesmo médium que está iniciando na Umbanda encontra todo um universo novo aos seus olhos e Exu costuma ser algo intrigante e fascinante ao mesmo tempo; quando não uma entidade, força, que assusta um pouco os que não o conhecem.
A questão é: Enquanto o médium estiver preocupado com a doutrina de “seu” exu estará também doutrinando-se, subconscientemente!
Devemos, sim, estar atentos quando nos deparamos com entidades de esquerda sem doutrina, muitas vezes estão chamando nossa atenção a seu médium para que tomemos uma atitude doutrinária em relação a ambos.
Tudo isso é bem diferente de um obsessor ou quiumba, trazido por transporte, que normalmente tem comportamento rude e agressivo. Falamos aqui do Exu de lei que acompanha o médium como entidade de trabalho na esquerda.
Não devemos subestimar exu, achando que é entidade sem luz desprovida de evolução, observando apenas um aspecto externo e superficial, pois quando vamos com a farinha ele já voltou com a farofa, devemos sim ficar atentos com o que nos dizem nas entrelinhas ou o que querem nos passar, quando não podem ou não se sentem a vontade para revelar.
Quanto ao que pode revelar, pergunte a ele sobre seu médium e o comportamento do mesmo e verá que Exu é o primeiro a apontar os defeitos de seu “cavalo” e isto está ainda dentro da qualidade especular de Exu.
No desenvolvimento mediúnico é ele um elemento de muita importância, pois dá força e potencializa as faculdades mediúnicas, não é difícil encontrarmos exu pedindo para ser oferendado logo no inicio da vida mediúnica.
Em uma casa de luz, em um terreiro de umbanda de fato, exu não aceitará trabalhos de ordem negativa a favor de futilidades ou egoísmos. Veremos exu trabalhando com seriedade e em sintonia com as entidades da direita, ou seja não virá em terra para contrariar todo um trabalho de doutrina realizado por caboclos e pretos velhos. Encontraremos até exus dando consultas, limpando e descarregando consulentes, fazendo desobsessão e outras coisas mais dentro do mesmo objetivo e até dando bons conselhos aos que a ele procuram.
Por tudo isso somos gratos a exu e Pomba gira por trabalharem conosco a favor da luz, e afirmamos muito do que se fala de exu e pomba-gira ligado a magia negativa, nós desconhecemos, sabemos que muitos tentam se passar por exu, mas aí já não é mais Umbanda. Umbanda acima de tudo é Amor e Caridade, exu não deve vir em terra para dar o contra no trabalho de direita.
Texto extraído do JUS-Jornal da Umbanda Sagrada

Espiritismo não é Umbanda, Quimbanda ou Camdomblé – diz jornal





Há uma confusão generalizada no que diz respeito à essência do Espiritismo, que é muitas vezes confundido com seitas espiritualistas, como a Umbanda, a Quimbanda e o Candomblé.

Há um grande número de religiões que são alicerçadas no Espiritismo. Porém, o Espiritismo é diferente delas.

Considerando-se que todo espiritualista é aquele que acredita que existe algo além da matéria, podemos concluir que todo espírita é espiritualista, mas nem todo espiritualista é espírita.

O Espiritismo deve ser entendido como a Doutrina surgida na França, e codificada por Allan Kardec. Codificada e não fundada, pois os ensinamentos foram trazidos pelos Espíritos e organizados por Kardec, nos 5 livros da codificação espírita: “O Livro dos Espíritos”, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, “O Livro dos Médiuns”, “A Gênesis”, “O Céu e o Inferno”.

O Espiritismo não tem dogmas, não tem rituais, não adota em suas reuniões e em suas práticas qualquer tipo de paramentos ou vestes especiais, cálice com vinho ou bebidas alcoólica, incenso, mirra, fumo, altares, imagens, andores, velas, procissões, trabalhos espirituais, talismãs, amuletos, sacrifício animal, santinhos, administração de indulgências, confecção de horóscopos, exercício da cartomancia, quiromancia, astrologia, numerologia, pagamento de promessas, despachos, riscos de cruzes e pontos, não tem curas espirituais com cortes, fórmulas mágicas para resolver problemas sentimentais, financeiros, etc.

Os princípios da Doutrina Espírita são: A pluralidade das existências, a preexistência do espírito antes do nascimento e a continuação da vida após a morte, a intercomunicação entre encarnados e desencarnados, recompensas e penas, não como premiação e castigo divino, mas conseqüência natural dos atos praticados (Lei de Causa e Efeito).



(Artigo escrito por Altamirando Carneiro no jornal “O Espírita”)

Umbanda não é Espiritismo
Vejo com curiosidade essa eterna discussão sobre a denominação “espírita-umbandista” que algumas pessoas usam, e que causa profundo desconforto entre os umbandistas e irritação entre os espíritas.
Desconforto entre os umbandistas porque sabemos que a Umbanda tem personalidade própria e que apesar de estudarmos a doutrina de Kardec, não somos espíritas, pois espírita é quem segue esta doutrina codificada por ele. Bem, pelo menos isto é o que a grande maioria pensa, embora em julho de 1953, à página 149, o órgão oficial da Federação Espírita Brasileira, O Reformador, declarou oficial e textualmente: “Todo aquele que crê nas manifestações do espírito é Espírita”. E conclui: “Pelo que estamos entendendo, os umbandistas crêem nas manifestações, logo são Espíritas”. No ano de sua morte, Allan Kardec declarou na Revue Spirite, de 1869, página 25: “Para que alguém seja considerado espírita, basta que simpatize com os princípios da Doutrina (além da crença em Deus, nos espíritos imortais e na comunicação deles, na evolução, na lei de causa e efeito, pré-existência do espírito, pluralidade dos mundos habitados, etc) e que por ela paute a sua conduta”. Citado por Luciano Napoleão da Costa e Silva, no livro "Nosso Amigo Chico Xavier".
A Umbanda tem sua própria doutrina que não foi codificada por encarnado nenhum, mas sim pelas entidades que militam na Seara Umbandista. Nós encarnados é que perdemos tempo discutindo fundamentos, preceitos, etc, quando deveríamos estudar melhor aqueles fundamentos e preceitos que desconhecemos.
A função da Umbanda é bem diferente da função espírita frente à Espiritualidade Maior. Entretanto elas não são conflitantes, como muitos desejam fazer o leigo crer, mas sim complementares. Essa “divisão” existe somente em nível de terra e não em nível de Astral Superior. O que existe é uma categorização que não significa superioridade e nem inferioridade, mas especialidades diferentes. Apenas isso.
Infelizmente alguns espíritas nos vêem como inferiores, pois lidamos com entidades que “falam errado”, utilizamos rituais, velas, defumadores, enquanto eles (os espíritas) não utilizam nada disto e trabalham do mesmo jeito. São médiuns do mesmo jeito.
Entretanto desde que o mundo é mundo e começaram a existir as religiões, todas tem ritualística, com início, meio e fim. Somente a doutrina espírita não tem ritualística.
A grande maioria dos espíritos desencarnados que precisa de ajuda, teve algum tipo de contato, enquanto encarnados, com algum tipo de religião, conseqüentemente com algum tipo de ritualística, por isso muitos são encaminhados pela espiritualidade superior, para os terreiros de Umbanda, pois entenderão mais rapidamente a “linguagem” que lá é falada. Por isso os trabalhos de desobsessão na Umbanda são mais rápidos do que nos Centros Espíritas.
Mais uma diferença entre Espiritismo e Umbanda é que esta última dá oportunidade a qualquer entidade em qualquer faixa vibratória e evolutiva de trabalhar em função do Bem, indiscriminadamente e sem preconceitos.
Que o espírita tenha feito esta opção é um direito dele e não cabe a ninguém ir contra, entretanto o que ele não tem o direito é de dizer que a Umbanda é inferior ou que esteja num estágio evolutivo abaixo do Espiritismo, baseado simplesmente no fato da Umbanda se utilizar de rituais que ele está longe de entender ou não se identificar, ou ainda por a Umbanda ter em suas raízes influências africanas, ameríndias, católicas e espírita. Criticar o que não se entende ou desconhece não foi um ato do Codificador do Espiritismo, aliás o verdadeiro espírita não tem esse tipo de atitude. O verdadeiro espírita nos respeita!
Por outro lado, vemos os detratores do Espiritismo e das religiões espiritualistas colocando num mesmo saco a Umbanda, o Espiritismo e o Candomblé, e o que é pior, pessoas que denigrem o nome da Umbanda e do Candomblé.
É óbvio e compreensível que se você é espírita, portanto estudioso das coisas do espírito, médium dedicado e consciente, e totalmente avesso a rituais, ficará indignado ao ser comparado com terceiros.
Importante é entender que Umbanda e Candomblé não são sub-divisões, correntes ou linhas do Espiritismo, mas sim religiões espiritualistas, com características próprias e bem estabelecidas.
O grande problema são esses irmãos desonestos e ignorantes que se dizem espíritas, umbandistas ou candomblecistas e saem cometendo desatinos em nome de uma dessas três religiões que tem em comum apenas o fato de se comunicarem com a espiritualidade.
Que espíritas, umbandistas e candomblecistas se indignem e reajam contra os desonestos, os charlatães, mas não uns contra os outros, sem agressões mútuas, tentando agir da mesma maneira que os mentores, guias e Orixás de cada segmento fazem, esclarecendo e orientando, ou seja, fraternalmente e com respeito.
Que Eles sejam nosso exemplo!
Que Deus abençoe a todas as Religiões que d'Ele se abasteçam de Luz...

Roupagem Fluídica não é sinal de ignorância!
Pretos Velhos, Caboclos, Crianças, Ciganos, Marinheiros, Baianos e outras Entidades de Umbanda não são Espíritos atrasados, nem ignorantes e muito menos, pouco evoluídos!
Estude, Informe-se, Espiritualize-se...


Kardec e o Preto Velho


Resultado de imagem para allan kardec e preto velho

É incomum vermos em sessões Kardecistas, a presença de espíritos como Caboclo, Preto velho e outros. Inclusive quando da primeira incorporação do Médium Zélio Fernandino de Moraes, em 15 de Novembro de 1908, seu guia protetor o Caboclo das Sete encruzilhadas, foi contestado em sua totalidade.

Porém o que poucas pessoas sabem, é que o Decodificador dessa doutrina, o Médium Allan Kardec, teve sim um contato com espírito de um preto velho conforme notícia veiculada no Jornal SEI Serviço Espírita de Informações.
Segundo o referido jornal, Allan Kardec teria solicitado a presença de um espírito que se anunciava com o nome de Pai César, e que teria falecido no ano de 1859, mais precisamente em 08 de Fevereiro com 138 anos de idade. Essa reunião aconteceu em 25 de Março do mesmo ano, pouco mais de um mês, portanto do desencarne do espírito.
Consta ainda na noticia que Allan Kardec teria indagado ao espírito que coordenava a reunião, espírito de São Luís, sobre a possibilidade de algum impedimento daquele irmão se comunicar dado ao seu recém retorno ao plano espiritual, o que São Luís, haveria dito que não, inclusive se colocando a prestar auxílio no intercâmbio e assim o teria feito.
Relata ainda o Jornal, que, a comunicação teria sido mal iniciada o que chamou os participantes a várias reflexões. O espírito de Pai César revelou muitas feridas que trazia em seu coração, dado aos sofrimentos que passara em sua existência terrena, devido ao preconceito que naqueles dias, graçava muito mais do que nos dias atuais. Ele ainda relatou ao Codificador que não gostaria jamais de voltar ao planeta como negro, pois em seu entendimento estaria assim fugindo da maldade que impera nos seres humanos.
Se tinha mesmo vivido 138 anos, ele não soube informar, o que segundo Kardec, seria compreensível, uma vez que os negros não possuíam certidão de nascimento, assim sendo, somente poderiam ter uma noção aproximada de seu tempo de vida no plano carnal.
Com certeza essa incorporação ajudou e muito a Kardec, a reforçar as suas teses contra o preconceito que o levou há fazer dois anos mais tarde, em sua “Revista Espírita” “Revuc Spirite”, uma declaração na qual deixou certo de que o Espiritismo teria um papel de suma importância no processo árduo de evolução da humanidade, contribuindo de forma significativa para retirar o véu da escuridão que mantém subjugados os corações e mentes humanas.

Referência: Matéria publicada no Jornal Espírita de Informações, no dia 19/04/2008.