quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Ação e Reação - A Evolução nas Palavras do Preto Velho




PRETO VELHO – Meu filho, você tem que evoluir, tudo evolui.
MÉDIUM – O que tenho que fazer, meu Pai?

PRETO VELHO – Se desfaça de todos os bens materiais que você tem. Dê uma parte para os pobres e necessitados e a outra para sua mulher e filhos.
MÉDIUM – De tudo?

PRETO VELHO – Sim. E também dê sua mulher e filhos. Vamos sair pelo mundo ajudando aqueles que necessitam. Andaremos de cidade em cidade, de lugar em lugar. Quando tiver fome, eu providenciarei comida; quando tiver sono, eu providenciarei lugar seco e seguro para descansar; quando tiver frio, eu providenciarei agasalho e roupas...
MÉDIUM - Não sei se posso. O senhor está pedindo muito de mim.

PRETO VELHO – Mas você não quer evoluir, chegar numa consciência maior?
MÉDIUM - Eu quero evoluir, mas tenho que perder tudo o que tenho. Largar minha família, meus amigos... Não sei se posso fazer isso para evoluir. Prefiro ficar como estou e buscar uma outra forma de evoluir. O senhor mesmo não disse que existem muitas formas de evoluir, porque só me deu esta escolha?

PRETO VELHO – Quando você disse que era necessário retirar as imagens do meu Congá que isso era necessário para que minha casa evoluísse, que eu evoluísse, não me deu escolha. Eu deixei. Quando você disse que era necessário retirar os atabaques, que isso era necessário para que minha casa evoluísse, que eu evoluísse, não me deu escolha. Eu deixei. Quando você disse que era necessário parar com as oferendas para os Orixás, que isso era necessário para que minha casa evoluísse, que eu evoluísse, não me deu escolha. Eu deixei. Quando você disse que não era preciso utilizar as guias, que isso era necessário para que minha casa evoluísse, que eu evoluísse, não me deu escolha. Eu deixei. Quando você disse que era necessário que os Guias de nossa casa parassem de beber e fumar, que isso era necessário para que minha casa evoluísse, que eu evoluísse, não me deu escolha. Eu deixei. Você procurou outras formas e outros meios na procura de uma consciência maior. Introduziu várias formas e meios diferentes dos que eu lhe ensinei, pois você começou a achá-los atrasados, primitivos. No entanto, eu pedi a você apenas uma coisa, e você diz que é incapaz. Você mudou tudo o que achou necessário, mas não soube mudar por dentro. Evolução não se faz mudando formas, fundamentos, ritos, meios... Evolução se faz de dentro para fora. Não importa o nosso modo de operar nossa magia, mas sim o que ela representa; sua essência e importância na vida dos que nos procuram; a doutrina e a responsabilidade de nossos rituais; nossos fundamentos; o respeito pelo que é nosso. Você mudou procurando o novo, mas apenas buscou novas formas de fazer velhas coisas. Coisas que você achava que eram primitivas e que não fariam você evoluir. Você hoje se baseia em outros para mostrar sua evolução e consciência: se eles mudam lá, você também muda aqui; se eles fazem lá, você faz aqui. Você fugiu das velhas formas, mas apenas buscou o moderno para fazer o velho. Você já está velho. Em breve irá partir e eu não mais o usarei como cavalo. Tenho, agora, nova missão com outro médium. Nele a tradição será mantida e o novo se fundirá com o velho em busca da essência e não da forma.
MÉDIUM – O Senhor nunca me recriminou. Nunca disse que não.

PRETO VELHO - Se eu dissesse que não, você ficaria frustrado. Faria as coisas por fazer, sem o respeito ou os fundamentos necessários. Então eu deixei que você fizesse o que achava que era correto, pois você o faria com gosto.  Na verdade, você nunca perguntou o que eu achava de tudo isso. Mas mesmo em desacordo, reconheço que você ajudou muitas pessoas.
MÉDIUM – Porque o Senhor só está me dizendo isto agora?  Depois de tanto tempo trabalhando comigo...

PRETO VELHO – Você mudou tanto... Tanto que nem o reconheço mais... Só que agora você esta velho. Já está indo embora. Então vim para pedir uma última caminhada juntos, para que você encontrasse sua essência e tivesse a oportunidade de alcançar o que você buscou todos esses anos: evoluir, alcançar uma consciência com Deus.
MÉDIUM - Então todo esse tempo... Todas essas mudanças que fiz... Foram em vão?

PRETO VELHO - Não. Muitos que aqui estiveram e saíram para construir suas casas e nelas buscaram a essência daquilo que você ensinou, e que não mudaram por mudar, seguindo um caminho próprio, conseguiram encontrar uma consciência com Deus e uma evolução de dentro para fora. Você, mesmo sem saber, os ajudou.
MÉDIUM - Mas eu expulsei muitos médiuns por não quererem seguir com minha linha de trabalho.

PRETO VELHO – Eles souberam tirar o melhor de seus ensinamentos e dos meus. Eles abriram suas casas e hoje fazem Umbanda de várias formas.
MÉDIUM - Então...

PRETO VELHO - Sim. Aqueles que você dizia que ficaram no caminho; aqueles que não ficaram mudando constantemente, mas souberam degustar cada momento e perpetuar a tradição, os costumes, os fundamentos, os ritos... Eles mudaram a forma de ver o mundo e sua relação com ele. Buscaram a modernidade nas relações com os médiuns, no entendimento dos novos problemas, essa modernidade viciosa do ser humano. Utilizaram a modernidade e o novo para levar a doutrina, os ensinamentos, a palavra e o auxílio aos que necessitavam, mas souberam dar continuidade à nossa cultura e nossa forma, alcançando a essência naturalmente, gradativa. Mesmo o novo precisa de tradição para virar doutrina e buscar em sua própria forma e essência. Agora é hora de seguirmos juntos.
MÉDIUM - Mas eu não sei se posso largar tudo... Eu disse ao Senhor que não podia largar tudo o que construí, minha família, mulher, filhos, amigos...

PRETO VELHO – Olhe para baixo... O que você está vendo?
MÉDIUM – Minha família. Minha mulher, meus filhos, meus amigos... Estão à minha volta. E com lágrimas se despedem... Para onde vamos, meu Velho?

PRETO VELHO - Encontrar o seu cavalo e o Terreiro onde você irá trabalhar dando auxílio aos necessitados; conforto aos desesperados; curando os enfermos; agasalhando o frio das almas com palavras de calor e esperança; dando de beber a sede de muitas almas em busca de luz... Agora você é um de nós.
MÉDIUM - É engraçado, meu Velho. Eu busquei tanto o novo tentando alcançar a evolução que evoluí com a missão da tradição e de perpetuar o que não soube dar o devido valor. O Senhor ficará comigo?        

PRETO VELHO - Sim, e lhe darei meu nome e minha força. Te ensinarei tudo o que será necessário. O resto será entre você e seu médium. Ele é novo e muito parecido com você.
MÉDIUM – E como devo agir com ele? Também sofrerei como o Senhor sofreu comigo?

PRETO VELHO - Eu não sofri com você.
MÉDIUM - Mas o Senhor disse...

PRETO VELHO - Eu não disse que sofri. Estava preparando você para tudo isso. Às vezes só se dá o real valor a algo quando ele escorre de nossas mãos. Você vivenciou a tradição, os costumes e os novos meios, as novas formas. Adquiriu experiências diferentes. Segure minha mão...          
MÉDIUM - Estou mudando...

NO TERREIRO - “Bate tambor lá na Angola, bate tambor... Bate tambor lá na Angola, bate tambor... Os meus Pretos Velhos batem tambor... Nas minhas Almas batem tambor... Para todo povo, batem tambor... Lá na Angola, bate tambor... Bate tambor lá na Angola, bate tambor... Bate tambor lá na Angola, bate tambor...“.
PRETO VELHO - É aquele...
* O novo PRETO VELHO incorpora e um novo ciclo se inicia...

Autor Desconhecido, se alguém souber a autoria peço que me informe. Paz!

A Umbanda e a Filosofia Budista


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BUDA (Siddhartha Gautama), Entidade Espiritual de muita luz, não se dizia uma encarnação divina, nem tampouco um representante de alguma divindade hindu.
Filho do Rei Suddhodana e da Rainha May, foi um homem, o mais sábio e santo ser entre os seres da humanidade terrena. Viveu muitas vidas, aprimorando-se acima de indivíduos e deuses. Toda essa experimentação fez nele acender-se a natureza divina que todos nós possuímos.
O Budismo é um conjunto de ensinamentos emitidos e vividos por esse grande homem conhecido por Buda (Buda não é um nome, mas uma condição de pleno desenvolvimento espiritual – A Iluminação). Hoje, os que seguem a Filosofia Budista não o têm como um Deus, mas como um Guia Espiritual que ensina a todos como se libertar do ciclo reencarnatório, buscando a iluminação e o Estado de Pureza Espiritual, libertando-se das preocupações materiais e do ciclo ininterrupto de vida e morte.
Na Filosofia Budista, o ser humano é escravo do ciclo reencarnatório, que é gerado pelo "Carma" (a Lei de Ação e Reação). Conseguir livrar-se do Carma significa encerrar o ciclo de reencarnações, atingir a iluminação e encontrar a porta que abre o caminho para o "Nirvana". Para que isso pudesse acontecer, Buda ensinou aos seus discípulos aquilo que é a base do Budismo: " As quatro Nobres Verdades " e os " Oito Caminhos ", uma combinação de ensinamentos morais por meio da meditação e concentração.
Basicamente, os ensinamentos de Buda buscaram a libertação de todos os seres cientes de seu sofrimento.
Cerca de 2.500 anos a.C., depois de experimentar seu Estado de Iluminaçao meditando sob uma figueira, Buda fez seu primeiro sermão, apresentando:

As Quatro Nobres Verdades
· Existe o sofrimento;
· O sofrimento tem causas;
· O sofrimento tem um fim;
· Existe um caminho para acabar com o sofrimento.

Buda ensinou que toda a causa do nosso sofrimento é o desejo, o apego às coisas materiais. Quando o desejo e o extremo apego acabam, o sofrimento termina.
Para se chegar ao fim do sofrimento existem oito caminhos; Buda ensinou que o esforço correto em nossa busca pelo fim do sofrimento é sempre manter o equilíbrio – o Caminho do Meio. Quando nos libertamos do nosso " Eu ", ficamos livres da avidez, do ódio e da ilusão, abrindo nossos corações para a Bondade e a Compaixão e nossa mente para a Sabedoria.
Quando diagnosticamos a causa do sofrimento, podemos encontrar o caminho da cura.

· A Nobre Verdade do Sofrimento.
A primeira Nobre Verdade nos lembra a existência cíclica de renascimentos e mortes sem fim ( o Budismo chama de " Roda da Vida " ). Tudo que experimentamos neste mundo pode nos causar sofrimentos. Nascer é sofrer, envelhecer é sofrer, morrer é sofrer. Quando estamos junto a algo ou a alguém que não gostamos, nos sofremos; quando nos separamos daquilo ou de alguém que amamos, sofremos também; tudo aquilo que almejamos e não conseguimos obter nos causa sofrimento. O Budismo nos diz que esses sofrimentos comprometem toda uma existência, marcando-a indelevelmente.
O discípulo deve aprender com a primeira Nobre Verdade a admitir que o sofrimento deve ser completamente entendido. É a tomada de consciência, a mensagem de que há uma saída para os problemas que vivemos.

· A Nobre Verdade da Causa do Sofrimento
Para Buda, nosso sofrimento origina-se em três grandes mal-entendidos: o primeiro é o de que acreditamos que aquilo que está em constante mudança pode ser previsto ou aprisionado; o segundo é acreditar que somos uma identidade permanente; o terceiro é que o ser humano tem o costume de procurar a felicidade em lugares errados.
A segunda Nobre Verdade nos ensina que o sofrimento não é imposto por um ser superior, mas um resultado de nossas próprias ações. "Naquele que domina a si próprio, nenhuma cólera poderá aparecer. O homem justo rejeita toda a maldade. Pela extirpação do ódio e de toda a ilusão, atingirás o Nirvana" – ( O Buda, Mahaparinibbana Sutta ).

· A Nobre Verdade da Extinção do Sofrimento
Só é possível chegar ao fim do sofrimento quando acaba o desejo. O homem não se liberta sem despertar em si a Sabedoria interior do Amor e da Compaixão. O fim total do sofrimento também é conhecido como liberação, em sânscrito, "Nirvana".
O objetivo da terceira Nobre Verdade é que o fim do sofrimento seja totalmente realizado.

O NIRVANA – Hoje, palavra de conhecimento mundial, mas seus significados mais amplos ainda são desconhecidos. Em sânscrito "Nir " significa " Não ", e "vana", "cordão". Nirvana pode ser traduzido como “não estar preso”, "estar liberto". Mas liberto de quê? Do ego, da ignorância, da ilusão e da dor. Para o Budismo, o Nirvana é um estado do ser e não o “Paraíso”, que possa ser alcançado por quem abrir mão do "eu" e do apego.
Quem chega ao Nirvana não se arrepende do passado nem teme o futuro, vive o presente e está livre da ignorância e dos desejos egoístas, do ódio, da vaidade e do orgulho. Assim, torna-se um ser puro, meigo e cheio de Amor Universal, compaixão, bondade, simpatia, compreensão e tolerância.

· A Nobre Verdade que leva ao Caminho do Fim do Sofrimento
Buda sempre ensinou o Caminho do Meio, do equilíbrio; não devemos ser muito rígidos, nem muito relaxados. Devemos tomar cuidado com o caminho dos extremos. O Caminho do Meio faz com que surjam condições para o estudo e a prática em colocar fim ao sofrimento.
A Quarta Nobre Verdade é a base do treinamento budista. Indica o caminho para o fim do sofrimento e do renascimento sem fim: o Caminho do Meio ou Caminho das Oito Vias.

· Carma e Renascimento
Todas as nossas ações produzem uma marca em nossa mente, que influirá em nossa evolução futura. "A felicidade é sempre o resultado de uma atitude positiva, e o sofrimento de uma atitude negativa". (Dalai Lama).
Geralmente, como se explicar o Carma ou Lei de Ação e Reação, costumamos usar o "colhemos no futuro o que plantamos no passado". Nosso futuro será o resultado do que estamos realizando hoje. O Carma se manifesta no corpo, que é a porta de entrada das ações, pela fala, que é a porta da comunicação e pela mente, a porta dos pensamentos. Pela mente, podemos causar nossas desventuras ou bem-aventuranças, basta saber como direcionar nossos pensamentos positivamente. Qualquer ação que praticamos se tornam causas, dessas causas surgem os efeitos. Os pensamentos vêm e voltam, e, ao voltarem, se forem negativos, faz com que nos sintamos indefesos, não entendendo porque coisas ruins estão acontecendo conosco. São as energias voltando para o lugar de onde vieram. Isso é o Carma: para toda ação, sempre haverá uma reação, positiva ou negativa. Conhecendo nosso Carma, aprendemos a lidar com a conseqüência de nossos atos.
A FILOSOFIA BUDISTA diz que nosso Espírito é eterno. Ele aprende, cresce, se desenvolve em cada encarnação mediante nossas experiências e práticas espirituais. O Espírito jamais morre: nosso Espírito Eterno segue em sua viagem, que não tem começo, nem fim.
A cada nova encarnação, nosso Espírito entra num corpo físico. Ao fim da vida do corpo físico, este é deixado para trás, mas o Espírito continuará sua jornada. Seu estado mental no momento da morte física determinará sua condição na próxima vida. Depende de nós o que fazer de nossas vidas; nosso Espírito usa este corpo para que possa avançar em sua evolução, adquirindo o maior número de experiências positivas.
NA UMBANDA existe a mesma crença de que o homem caminha para sua evolução espiritual buscando, através de suas várias encarnações, o entendimento da linha evolutiva traçada para nossa Humanidade.
Por meio da prática da caridade, exercendo sua fé e humildade, o médium umbandista busca sua evolução rumo à Pureza Espiritual, um Estado de Iluminação, o despertar para a Vida Eterna. Por sua vez, os Guias Espirituais que incorporam nas sessões de Umbanda também estão cumprindo seu papel na Escala Evolutiva do Planeta, levando aos necessitados palavras de fé, amor e compreensão, sempre passando a mensagem da Eternidade do Ser, única maneira de nos libertarmos das amarras de nossa condição humana, rumo à evolução. Ao pregar-se a REFORMA ÍNTIMA na Umbanda, com a extinção da vaidade, do egoísmo e do ódio, nos ligando a sentimentos de amor, compaixão, humildade e caridade, estamos buscando a evolução do ser ao se libertar dos apegos e sentimentos materiais, como nos ensinam as Quatro Nobres Verdades do Budismo.
Buscando as causas das nossas dores, cessa-se nosso sofrimento, cessando o sofrimento, o homem segue, sem medo, seu caminho rumo à evolução e iluminação de seu Espírito Imortal.

ORIGENS DO BUDISMO
O Budismo nasceu há cerca de 2.500 anos na Índia. Seu fundador, o Buda histórico, nasceu príncipe na família dos Sakya. Aos 29 anos renunciou ao reino em busca de respostas aos problemas essenciais da humanidade.
Depois de seis anos de estudos junto a alguns Mestres e de meditação solitária na floresta, atingiu a Libertação ou Iluminação. “Buda” é um estado de elevação que todo ser humano tem potencial para alcançar.
Ao surgir, como Doutrina Filosófica e sem dogmas de crenças divinas, o Budismo pôs em xeque todo o rígido sistema social indiano, o Sistema de Castas implantado pelos invasores arianos que dominaram a Índia por volta de 1.500 a.C. Além disso, os invasores haviam disseminado a crença na Trindade Divina Shiva – Vishu _ Brahma e o culto a determinados animais – a Zoolatria.
Por volta do Século VI a.C., muitos questionavam na Índia a tradição e a rigidez do Brahmanismo ou Religião Védica, crença que se baseia em uma séria de preceitos religiosos e Doutrina Esotérica, conhecidos com “Vedas”. Em meio a indagações religiosas e filosóficas, nasceu o Budismo.
Contrariamente a muitas outras religiões, o Budismo é " não-teísta ", não contempla a existência de um Deus criador, preocupando-se sobretudo em resolver os problemas essenciais da Humanidade. É um caminho de busca de aperfeiçoamento espiritual. Por seu caráter aberto e não-dogmático, faz com que muitos o entendam muito mais como Filosofia, a Arte da Vida. Para muitos Mestres Budistas da atualidade, o Budismo é uma Ciência do Espírito.
Os princípios básicos do Budismo são: Não cometer ações negativas, realizar ações positivas; ter domínio sobre o Espírito; a não-violência e o respeito por todas as formas de vida.
O Budismo cresceu e se desenvolveu em três ramos principais: Mahayana e Hinayana dão enfoque ao Budismo como religião e o código moral de conduta, da mesma forma como acontece com o Cristianismo no Ocidente. O terceiro ramo é o Vajrayana, que não é visto como religião, bastante parecido com o Zen-Budismo japonês, conhecido como o " Caminho Curto ". É um estilo de vida em que o praticante se utiliza de todas a s suas atividades diárias como instrumentos de progresso no caminho da iluminação.
O Budismo pode ser considerado a síntese de muitas filosofias orientais, como loga, Taoísmo e Hinduísmo. Para nós, do Ocidente, o grande desafio é integrar os ensinamentos do Budismo às nossas vidas. Para a grande maioria, não é possível afastar-se da família e dos afazeres diários. A meditação é usada constantemente para que se possa fortalecer, com clareza a consciência, transformando cada ação do dia-a-dia numa pratica meditativa em que se busca alcançar paz e felicidade.

A EXPANÇÃO DO BUDISMO NO ORIENTE
Após a morte de Buda, o Budismo ultrapassou as fronteiras e se expandiu por diversos países do Oriente: Ceilão, Indochina, Tibete ( onde se difundiu com a religião já existente, unificando-se na religião Rama ); Chegou à China, onde é identificado como Budismo Chinês; seguiu para a Coréia e depois para o Japão. Como não havia escrita na época, houve uma grande diversificação dos ensinamentos, que se transmitiam via oral.
Nessa passagem de conhecimento a China foi a mais beneficiada, pois manteve maior contato com o Monge Hindu Radiu Sanzo. Mas, apesar disso, o conhecimento foi passado por muitos religiosos, criando-se várias religiões e gerando muita controvérsia.
Em meio a toda a desordem e infinidade de doutrinas espalhadas pela China, surge o então chamado " Buda Chinês " ( 538-596 d.C. ), que estudou todos os ensinamentos de Buda e fundou a religião " Tendai Hokkeshu ".
O Budismo evoluiu desde os tempos de seu fundador, mas sem modificar as grandes linhas primitivas da salvação para alcançar o Nirvana. As Escolas Filosóficas multiplicaram-se com o espírito de extrema tolerância que caracteriza as religiões asiáticas em geral. O Mahayana acrescentou ao Hinayana primitivo e severo uma nova doçura no conceito de " Bodisatva " (segundo o Budismo, aquele que pode converter-se em Buda, mas que se recusa a dar o passo definitivo para salvar seus irmãos que ainda sofrem, cegos pelos desejos do mundo, sofrendo no ciclo interminável de mortes e renascimento). Os Bodisatva desempenham um papel importante na difusão do Budismo, transformando-o em uma religião de doçura e de salvação espiritual para as massas populares asiáticas.
Em cada país em que chegou, o Budismo recebeu toques populares de cada região, criando-se novos rituais, mosteiros e templos. Hoje se somam no mundo todo, mais de 400 milhões de adeptos.
No século VII, com a invasão dos povos árabes impondo a Religião islâmica, o Budismo foi varrido da Índia. Mas isso não prejudicou sua expansão em outras religiões, principalmente as nações asiáticas, como Sri-Lanka, Tailândia, Nepal e Butão;Mongólia, Coréia, Japão e Vietnã; Laos, Cambodja e Indonésia.

A CHEGADA DO BUDISMO AO OCIDENTE
Entre 300 e 30 a.C., ocorreram as primeiras aproximações entre o Budismo e o mundo ocidental, propagado por mercadores indianos que levaram os ensinamentos para a Grécia, Egito e Europa.
Com o aumento do comércio entre o Oriente e o Ocidente, o Budismo foi se tornando mais conhecido na Europa, e, a partir do século XIX, muitos passaram a interessar-se pelo estudo da filosofia budista. Em meados do século XX, surgiram sociedades budistas em vários países da Europa. Foi nesse mesmo período que o Budismo chegou à América, juntamente com os imigrantes asiáticos.

O ZEN-BUDISMO
Ramo do Budismo praticado principalmente no Japão, mas sua origem está na China. “Zen” significa meditar, e sua filosofia objetiva reduzir ao máximo as doutrinas, experimentando-se integralmente a prática, que é realizada por meio da meditação chamada de "Za-Zen", pela qual é possível, após o processo de disciplina e autoconhecimento, atingir a iluminação. A prática do Zen-Budismo chegou ao Japão no século XII e tornou-se popular entre os Samurais, que na época dominavam politicamente o país. Influenciou esteticamente a arquitetura japonesa com um estilo simples e sutil.

O DALAI-LAMA
No Budismo Tibetano a autoridade maior é o Dalai-Lama, uma manifestação do Bodisatva da Compaixão. Quando morre um Dalai-Lama, o Estado Supremo de Compaixão passa a manifestar-se em uma criança que será preparada para assumir a liderança espiritual e política do povo do Tibete. Esse título, "Dalai-Lama", foi criado em 1587 por um príncipe da Mongólia com o objetivo de acabar com as disputas entre várias escolas filosóficas budistas, abrindo caminho para um só líder.
Tenzin Gyatso, o 14º Dalai-Lama foi reconhecido aos dos anos com Bodisatva da Compaixão, assumindo em 1950 a condução espiritual e política do povo tibetano. Mas nesse mesmo ano a China invadiu o Tibete, fazendo com o que o líder se exilasse e instalasse sua moradia em Dharmsara. Em 1989, Tenzin Gyatzo recebeu o Prêmio Nobel da Paz por sua campanha pacifista pela libertação do Tibete.
O atual Dalai-Lama já escreveu 50 livros, todos best-sellers sobre a compaixão e a ética. Seu principal tema é a felicidade. Embora represente apenas de uma das muitas vertentes da religião Budista, virou um embaixador da paz, da causa tibetana e do Budismo. Em suas viagens e compromissos por todo o mundo, diz não querer converter ninguém ao Budismo. Para ele, o mais importante é promover o diálogo interreligioso e a paz mundial.

PEQUENO VOCABULÁRIO BUDISTA
· Bodisatva: O ser considerado “iluminado”, que apesar do poder que possui, adia sua entrada no " Nirvana " para poder continuar ajudando na iluminação de outras pessoas.
· Carma: Causas positivas e negativas decorrentes de pensamentos, palavras e ações, nesta vida ou em vidas passadas.
· Darma: É a “Doutrina”, os ensinamentos de Buda que levam ao Nirvana.
· Duka: Sofrimentos e insatisfações provocados pela ilusão dos desejos e apegos.
· Flor de Lótus: Simboliza a bondade e a pureza. É uma planta aquática que finca suas raízes no solo, mas suas flores se abrem acima da superfície da água. Para os discípulos, é o exemplo de como as pessoas também podem se erguer perante as provações para alcançar a iluminação.
· Mandalas: Círculos com símbolos que representam o universo interior, um Buda ou um Bodisatva.
· Mantras: Palavras ou sons que têm um significado não literal, mas espiritual.
· Meditação: Ritual para disciplinar a mente e ficar próximo da iluminação.

Fonte: Revista Espiritual de Umbanda

O Perfil de Jesus


Toda especial foi a Sua vida.
Anunciado por profecias, sonhos e anjos, Ele esteve aguardado pela ansiedade do povo, pelo orgulho nacional de raça e o despotismo dos dominadores políticos que O desejavam guerreiro arbitrário e apaixonado.
Quando o silêncio espiritual pairava em Israel, Ele nasceu no anonimato de uma noite gentil, numa manjedoura, cercado por animais domésticos e assistido pelo amor dos pais humildes, sem outras testemunhas.
Seus primeiros visitadores eram amantes da natureza, pastores simples, logo seguidos por magos poderosos, num contraste característico, que sempre assinalaria a Sua jornada entre os homens.
Nas paisagens de Nazaré Ele cresceria desconhecido, movimentando-se entre a carpintaria do pai e as meditações nas campinas verdejantes, confundido com outros jovens sem qualquer destaque portador de conflitos antes da hora.
Amadureceu no lar como o trigo bom no solo generoso, e, quando chegou a hora, agigantou-Se na sinagoga, desvelando-Se e anunciando-Se.
Incompreendido, como era de esperar-se, saiu na busca daqueles que iriam segui-Lo e ficariam como pilotis da­ Nova Era que Ele iniciava.
No bucolismo da Galiléia, pobre e sonhadora, fértil e rica de beleza, Ele começou o ministério que um dia se alargaria por quase toda a Terra, apresentando o programa de felicidade que faltava às criaturas.
Jamais igualado, Sua voz possuía a mágica entonação do amor que penetra e dulcifica, ensinando como ninguém mais conseguiu fazê-lo.
A majestade do Seu porte confundia os hipócritas e desarmava os adversários gratuitos, pela serena inocência, profunda sabedoria e invulgar personalidade.
Nunca Se perturbou diante das conjunturas humanas, sobre as quais pairava, embora convivendo com gente de má vida, pecadores e perversos, pobres desesperados e ricos desalmados, vítimas morais de si mesmos no vício e perseguidores contumazes...
Ele compreendia a pequenez humana e impulsionava os indivíduos ao crescimento interior, às conquistas maiores.
Penetrando o futuro referiu-Se às hecatombes que a insânia humana provocaria, mas apresentou também a realidade do bem como coroamento dos esforços e sacrifícios gerais.
Poeta, fez-Se cantor.
Príncipe, tornou-Se vassalo.
Senhor, converteu-Se em servo.
Nobre de origem celeste, transformou-Se em escravo por amor.
Ninguém disse o que Ele disse, conforme O fez e O viveu.
Jesus é a síntese histórica da ascensão humana.
Demarcando as épocas, assinalou-as com o Estatuto da Montanha, em bem-aventuranças eternas.
Nem a morte O diminuiu. Pelo contrário, antecipou-Lhe a luminosa ressurreição, que permanece como vida de sabor eterno, varando as Eras.
Grandioso, hoje como ontem, é o amanhã dos que choram, sofrem, aguardam e amam.
Sua veneranda Presença paira dominadora sobre a Humanidade, que nEle encontra o Alfa e o Ômega das suas aspirações.
Jesus é a Vida em representação máxima do Criador, como Modelo para a Humanidade de todos os tempos.
Unamo-nos a Ele e vivamo-Lo.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 25, do livro Perfis da vida, pelo Espírito Guaracy Paraná Vieira, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

O Pequeno Universo do Umbandista




A riqueza da Umbanda é incontestável. Essa riqueza é percebida nas liturgias, festividades, pontos cantados e tantas outras manifestações encontradas nos terreiros espalhados pelo Brasil. A imensa diversidade constitui – ou deveria constituir – um fator de enriquecimento da Umbanda enquanto religião e do umbandista enquanto ser pensante e atuante, no entanto (e paradoxalmente), esse mesmo fator tornou-se um problema que exige cautelosa reflexão, já que gera controvérsias e desentendimentos internos.

Tanto quanto o Brasil, a Umbanda apresenta diferenças regionais, e não poderia ser diferente, já que dentro de um país continental é natural e até enriquecedor que essa diversidade toda exista – e é possível notá-la até nos menores detalhes: linguagem (em alguns casos parecem surgir verdadeiros dialetos), comidas típicas, costumes, etc. O universo cultural é vasto, porém quando não compreendido, constitui um problema, e é justamente isso que ocorre quando falamos do universo do umbandista.

O fanatismo religioso não é privilégio de nenhuma seita ou denominação, podendo estar presente em todos os meios sociais, como uma viseira intelectual que impede o seu portador de olhar para os lados ou para o óbvio que descortina diante de si. Todo sectarismo é burro e todo sectário é cego e apenas repete, feito um autômato, supostas verdades que lhe foram ditadas um dia. Cada templo ou terreiro de Umbanda é único e possui a identidade de seu dirigente e também das entidades que ali atuam, por determinação do astral.

O universo da Umbanda é colossal, mas o universo do umbandista é minúsculo quando ele não se permite olhar além das quatro paredes do seu terreiro. Nessa situação ele se torna pequeno, sectário, fundamentalista e ignorante, pois despreza a possibilidade de enriquecimento do seu aprendizado, renegando tudo que não seja comum às suas práticas habituais, como se somente elas fossem verdadeiras e válidas perante a espiritualidade.

Certamente existem diferenças litúrgicas entre os milhares de terreiros de Umbanda espalhados pelo país. Um determinado ritual realizado no Sul pode, sem problema algum, encontrar diferenças de um ritual praticado do Nordeste, e nem por isso será “menos umbandista”. O umbandista que não entende isso não entende também a rica diversidade da sua religião.

Sendo assim, poderia se dizer mesmo umbandista?

A resposta, nesse caso, deve vir após uma reflexão sobre a própria postura diante da religião e diante do se apresenta como novo diante dos olhos habituados a não ver nada além das paredes do templo que freqüenta.

O advento da internet, que possibilita uma comunicação e troca de informação maior entre as pessoas de diferentes regiões revelou um fato inusitado. Através dos vários fóruns de discussão sobre Umbanda, ficou claro que o umbandista, de uma forma genérica, tem dificuldades em aceitar aquilo que não conhece. E naturalmente não existe aquele que tudo conhece, visto que a diversidade, como já foi dito, é enorme e varia de acordo com as diferentes regiões. 

Não conhecer essa diversidade em sua grandeza não é o problema. O real perigo consiste na dificuldade de aceitar aquilo que não reconhece como verdadeiro, como se apenas o seu pequeno universo fosse detentor da verdade absoluta sobre a prática da Umbanda. Tornou-se comum presenciar nos citados fóruns, a troca nada gentis de farpas entre pessoas que não defendem apenas convicções, mas sim a visão limitada que juram de pés juntos constituir a mais pura verdade sobre a religião, como se possuíssem uma procuração de Aruanda, atestando que a sua Umbanda é mais Umbanda que a do outro e tivessem autoridade para afirmar isso. Adjetivos nada polidos para quem deveria divulgar a Umbanda através do exemplo são proferidos contra irmãos-de-fé, que por não temer expor aquilo que conhecem e tomam como verdadeiro, sofrem verdadeiras humilhações e até perseguições por parte de alguns poucos que se valem da facilidade com que manipulam as palavras para agir dessa forma. Não percebe, este xiita do seu próprio terreiro, que nada mais faz do que expor a fragilidade e a limitação de seus conhecimentos, além de dar munição àqueles que tentam a todo custo denegrir a imagem da Umbanda.

Não se trata, em hipótese alguma, de defender a idéia de uma codificação da Umbanda, longe disso, mas é necessário que se estabeleça uma conduta ética, que pode (e deve) transcender a temática umbandista, partindo para a tão falada e pouco praticada lição do respeito às diversidades. Reconhecer “o outro”, em todas as suas diferenças é praticar a ética, e não temos o direito de reclamar tanto da intolerância das demais religiões se somos intolerantes com aqueles que deveríamos chamar de irmãos.

É óbvio que não devemos generalizar, mas notamos que, infelizmente, muitos umbandistas ainda estão presos ao seu pequeno universo, não aceitando sequer ouvir o que o outro umbandista tem a dizer. São pobres seres isolados em redomas de vidro que chamam de terreiros, universos que deveriam ser tão ricos, tendo em vista a bagagem cultural característica dessa manifestação espiritual, mas que tornam-se pequenos como as mentes que não conseguem enxergar além de suas paredes. A Umbanda é maior que tudo isso, maior que as mentes cegas e maior que os pequenos universos, inversamente proporcionais à prepotência daqueles que advogam verdades supostamente absolutas.


Douglas Fersa 

A Energia das Mãos



Mãos que curam
As mãos e os pés são nossos maiores instrumentos de contato com a força vital que anima o Universo. É justamente através destas partes do corpo que conseguimos receber e eliminar energias. São espécies de condutores que alimentam nosso corpo físico e astral. Reparem que quando esfregamos as palmas das mãos sentimos elas se aquecerem e através desta fricção vigorosa acumulamos mais energia. É instintivo: quando você se machuca, você automaticamente coloca a mão e aperta o local machucado como uma tentativa de parar a dor. E, realmente, a dor diminui. Daí, o passe magnético e outras terapias que utilizam as mãos para reequilibrar o ser humano e ajudar na cura de muitas doenças.
Já é fato que o corpo físico adoece depois que a energia vital fica reduzida. Esta diminuição de força se dá pelos mais diversos fatores, como angústia, raiva, inveja, remorso, ódio e uma série de sentimentos que ampliam a energia negativa. A pessoa triste e deprimida está mais suscetível de adoecer do que uma alegre e feliz.
Este instrumental natural, que é a energia emitida pelas mãos, é utilizado na tentativa de reequilibrar o campo energético e favorecer a cura de doenças físicas e emocionais.O mesmo acontece com os chamados passes magnéticos utilizados pelos espiritualistas. Normalmente eles banham as mãos em soluções de água com sal grosso, para a limpeza energética, e depois fazem movimentos de limpeza e muitas vezes sem mesmo tocar a pessoa que recebe o passe. A falta do contato físico se explica porque a energia emitida pelas mãos tentam reequilibrar o campo magnético da pessoa, que pôr sua vez, fortalecido, irá ajudar nos processos de cura do corpo físico. Na umbanda usa-se também os passes magnéticos em sessões de descarrego, eliminando energias ruins e carregadas que acabam com o tempo adoecendo as pessoas.
Em quase todas as religiões, o restabelecimento da energia através das mãos é um dos principais instrumentos de cura. Experimente quando estiver tenso ou sem energia, fazer uma fricção vigorosa das mãos e ir passando da cabeça aos pés como se estivesse limpando seu corpo. Comece pela cabeça, desça para os ombros, braços, tórax, pernas, sempre no sentido de cima para baixo. Simultaneamente respire forte e expire com a mesma intensidade. Seu corpo ganhará mais vigor e o cansaço acabará se reduzindo.

A CURA ATRAVÉS DAS MÃOS
Polaridade
O equilíbrio de polaridade energética é um método simples e eficiente usado para causar um profundo relaxamento curador. Empregando as correntes de força vital que naturalmente flui através das mãos de todos, podemos aliviar e equilibrar a energia de outra pessoa. Enquanto essa energia está fluindo livremente, experimentamos paz, alegria, amor e saúde.

FORÇA VITAL
A força vital é uma forma sutil de energia eletromagnética. É a corrente animadora da vida e uma realidade fisiológica no corpo.
Através dos séculos, a força vital tem sido rotulada com diferentes nomes por muitos povos. Não se trata de uma descoberta recente.
Cristo a chamou "luz"; os russos, em suas pesquisas psíquicas, chamaram-na energia "bioplásmica"; Wilhelm Reich referiu-se a ela como "energia orgone"; os jogues da Índia Oriental chamam-na de "pran" ou "prana"; Reichenbach falou dela como "força ódica"; para os Kaunas, ela é "mana"; Paracelso chamou-a "munia"; o termo comum chinês é "chi" ou "ki"; manuscritos alquimistas falam de "fluido vital"; Eeman descreveu-a como "força x"; Bruner chamou-a energia "biocósmica"; Hipócrates chamou-a "vis medicatrix naturae" (força vital da natureza).
Ela também tem outros nomes, como bioenergia, energia cósmica, força vital, éter do espaço, etc. E é certo de que há inúmeros outros. Para simplificar, referir-nos-emos a ela como força vital, ou simplesmente “a energia”.
A força vital flui através do corpo como se estivesse seguindo um sistema circulatório invisível, carregando toda célula no seu caminho. Esta corrente de energia pode tornar-se enfraquecida e parcialmente bloqueada devido ao cansaço.
No equilíbrio de energia através da polaridade, as técnicas de toque físico e não-físico são usadas para mandar energia através de todo o organismo para abrir os pontos bloqueados. Isto restabelece o fluir natural e o alinhamento da força vital através do corpo.
Energia é energia. Não há energia má - somente energia bem dirigida ou mal dirigida. A polaridade direciona a força vital ao longo do seu caminho natural para diluir os "nós" de energia causados por excessos emocionais e físicos. A polaridade é, pois, um relaxamento curador em todos os níveis.
Fonte: Richard Gordon / Nelson Toledo

Saúde Espiritual



Manter sempre acesa a chama da fé é a melhor forma de garantir a saúde espiritual. A máxima bíblica "orai e vigiai" não existe à toa, pois seres imperfeitos que somos, estamos suscetíveis a ataques psíquicos, lançados por seres encarnados e desencarnados. Assim como o corpo precisa de uma alimentação equilibrada para manter seu funcionamento, o espírito também precisa alimentar-se da chama da fé a fim de manter-se forte, pois caso contrário sofrerá ataques tanto de encarnados quanto de desencarnados.
Situações do cotidiano acabam por nos tornar alvos fáceis das baixas vibrações. Seja no trabalho ou em qualquer outro círculo social, situações de maledicência, fofoca, inveja, calúnias, intrigas, difamações criam um ambiente astral da mais baixa vibração, dando aos espíritos de vibração semelhante a oportunidade de atuar sobre o corpo astral daqueles que se envolvem nessas situações, como verdadeiras legiões de egos que sugam as energias vitais das vítimas de tais circunstâncias. Existe uma infinidade de doenças causadas pela ação dessas entidades desencarnadas e/ou vibrações baixas emanadas por encarnados: depressão, impotência sexual, hipocondria, síndrome do pânico e os mais diversos vícios, apenas para citar algumas.
Mas o que fazer para não se deixar contaminar por essas energias?
O pensamento positivo e a prece são armas poderosíssimas para a auto-proteção. Quando oramos tocamos em Deus, pois a prece é a aproximação do Divino.
"Por meio dela (a prece) pomos o pensamento em relação com o ente a quem nos dirigimos. O pensamento é dirigido para um ser qualquer na Terra ou espaço, de encarnado a desencarnado ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece de um para outro, transmitindo o pensamento como o ar transmite o som." (Allan Kardec).
Somos aquilo que pensamos, e mais ainda, colhemos os frutos das nossas ações, pensamentos e afinidades, portanto, é preciso manter uma conduta o mais ilibada possível, nos afastando de ambientes e grupos onde impera a negatividade.
O mundo moderno nos oferece um banquete de negatividades: inversão de valores, pornografia, valorização da violência, promiscuidade etc.
Aqueles que, de certa forma, possuem uma consciência espiritual mais aguçada são alvos fáceis desse bombardeio psíquico/espiritual... imaginem então aqueles que não possuem uma religião e a proteção que ela oferece.
Por isso, cada vez mais vemos casos de doenças psicossomáticas, de natureza espiritual (embora a medicina tradicional se recuse a admitir isso), vícios, desregramentos e suas conseqüentes patologias sociais.
Não há como não admitir que existe uma epidemia de doenças espirituais e que isso requer um tratamento, porém, aqueles que têm consciência disso são um grão de areia diante de um universo gigantesco.
Devemos desanimar, portanto?
Jamais. Somos poucos, mas devemos fazer a diferença. E não falo aqui de espíritas ou umbandistas. Falo de pessoas que têm fé. Nós, que temos fé em Deus, na espiritualidade, no ser humano e em nós mesmo, devemos manter a guarda e a fé. Tomar como regra a frase bíblica já citada: orai e vigiai. Somos grãos de areia, mas quem sabe, num futuro não muito distante, possamos ser um muro, guardando nossos corações e mentes de todo o mal que afeta a saúde espiritual, nossa e de nossos irmãos.

Douglas Fersan