quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Dicas para um Casamento Feliz!



O que faz com que alguns casais vivam anos e anos juntos e desfrutem felicidade?

Natural que não seja a felicidade plena e absoluta. Mas uma vida de alegrias, de compartilhamento.Casais que superam dificuldades as mais árduas e prosseguem juntos.Os reveses financeiros, a saúde comprometida, os filhos-problema, tudo é enfrentado a dois, de mãos dadas, consolidando sempre mais a relação.

Alguns que não conseguiram manter o próprio relacionamento conjugal, afirmam que, em verdade, isso é resultado de submissão de um ao outro. Anulação da personalidade. Comodismo. São variadas as explicações. No entanto, os que vêem se multiplicar os anos na durabilidade de seu matrimônio, têm seus segredos.

Cada casal tem sua fórmula especial. Mas algumas dicas, com certeza, auxiliam.

Como o casamento feliz é um porto seguro onde se pode relaxar e recuperar das tensões do dia-a-dia, algumas frases não devem ser esquecidas.

Você recorda quando foi a última vez que olhou para sua esposa (esposo) e lhe disse:

Você está deslumbrante hoje?

Quantas vezes vocês se preparam para ir a uma festa, colocam sua melhor roupa, se alinham. E nem olham um para o outro?

Pensem: antes de parecerem bem apresentáveis para os outros, vocês estão no lar, um frente ao outro. Observe como ele continua um gato, um rapaz saradão. Veja como os fios de prata lhe conferem um ar de maturidade. Aproveite para dizer: Estou feliz por ter me casado com você. Já pensou em despertar pela manhã, olhar para o seu cônjuge e dizer: É bom acordar a seu lado!

Que tal uma surpresa no meio do dia com um telefonema breve para dizer: Você sempre será o meu amor!

No jantar em família, olhem nos olhos um do outro. Agora, é o momento de falar: Adoro ver o brilho em seus olhos quando você sorri. E, assim por diante. Não perca a chance de dizer como é bom estarem juntos, compartilharem a mesma casa, as alegrias, as dores.

Tenha sempre em sua mente, frases como: O que você fez foi muito bom. Não posso imaginar viver sem você. Você é muito especial. Sinto muito, o erro foi meu. Confio em você. Aprecio cada momento que passamos juntos. E, quando ele errar o caminho, aproveite para brincar, para rir: Este é o meu marido! Já sei porque você se perdeu de novo. Quer ficar mais tempo comigo a sós, seu danadinho! Quando ele estiver muito quieto, pergunte: Em que você está pensando? Quando rusgas acontecerem, seja o primeiro a ceder admitindo: Eu gostaria de ser um companheiro melhor.

Finalmente, não esqueçam de um ao outro dizer a cada dia, quando se despedem, quando cada qual ruma para a sua atividade profissional: Ore por mim. Vou orar por você. E, mais importante que tudo, sejam gratos um ao outro, com frases como: Obrigado por me amar. Obrigado por me aceitar. Obrigado por ser meu companheiro. Você torna meus dias mais brilhantes.

Experimente. Tente. E veja sua relação conjugal frutificar em flores de amor e alegrias!!!

Por Marcos Martins

Sala Repleta...Casa Deserta!



Gilberto Gil tem uma canção que diz:

“Tanta gente!... E estava tudo vazio. Tanta gente!... E o meu cantar tão sozinho”.

O que teria isso a ver com o cotidiano dos grupos espíritas na atualidade?... Muita coisa!...

Em Casas agigantadas, equipes trabalham por turno e mal se conhecem, pessoas viram números e o velho e essencial acolhimento que começaria dentro de casa acaba se perdendo em meio à distribuição de senhas para o passe e outras novidades em nome da organização.

A preocupação é atender e impressionar bem aos que chegam, aos que vem de fora. Enquanto isso, no interior dos grupos, quanta gente sofrendo de solidão acompanhada... Minguando afetivamente! Importante avaliar como tem sido a nossa relação com os companheiros de dentro, no cotidiano institucional espírita. Conseguimos perceber seu olhar mais triste nesse ou naquele dia? Quando desaparecem por algum tempo, o nosso primeiro pensamento é de censura ou preocupação? Passa pela nossa cabeça que possam estar atravessando uma fase difícil e, em caso afirmativo, nos mobilizamos para ampará-los? Aos que retornam após um período de ausência, a manifestação tem sido de acolhimento e alegria ou de cobrança? Ah, as tais cobranças... Das piadinhas sarcásticas e olhares enviesados ao dedo em riste, vale tudo para manter o bom andamento das atividades, em nome de Jesus... Porém, vale a pena pensar se tem sido oferecido afeto, compreensão e solidariedade na mesma medida em que se cobra. Favorecidos por regras monásticas que inibem a espontaneidade e a afetividade entre os trabalhadores, os grupos acabam resvalando para o extremismo. O silencio é uma prece... Antes, durante e depois das reuniões. Está absolutamente correto, mas temos o hábito de irmos ao extremo ignorando que onde não há espaço para diálogo e autenticidade não pode haver uma relação saudável e verdadeira. Assim, vestindo a armadura do formalismo que afasta - em lugar da naturalidade que aproxima - podemos acabar nos tornado tarefeiros, cada vez mais robotizados e indiferentes. Sem perceber, em vez de estar uns com os outros temos apenas passado uns pelos outros, como se as pessoas fizessem parte dos móveis e utensílios da Casa Espírita.

Muito comum entrar no grupo, assinar a lista de freqüência (uma espécie sutil de folha de ponto para espíritas) e ligar no automático. A preocupação em ser impecável sobrepõe-se então ao importar-se com. É que andamos muito ocupados em ser perfeitos. Mesmo que ser perfeito signifique apegar-se a detalhes ínfimos e apontar a imperfeição alheia para colocar em destaque a pretensa superioridade que ainda estamos longe de possuir... Quanta ilusão! Se o companheiro procura ajuda, lá vem o julgamento implacável implícito na receitinha de bolo: Prece, água fluidificada, redobrar a vigilância... Com direito, é claro, a sorrisinho paternalista e tapinha nas costas. Dali cada qual pro seu lado e a cômoda sensação de dever cumprido, sem que tenhamos, entretanto, caminhado um milímetro sequer em direção às reais necessidades do outro. Sem contar que, convenhamos, numa quase ditadura da pseudo-santidade como critério de promoção a trabalhador espírita, raros são os que têm coragem de expor suas dificuldades, por mais que estejam passando o pão que o diabo amassou. Afinal, reza a lenda que espírita não deve estar sujeito aos problemas existenciais inerentes aos reles mortais, como stress, depressão, frustração amorosa ou coisa que o valha. Daí o receio de se abrir, pois mostrar alguma fragilidade pode significar perda de credibilidade e exclusão dos trabalhos, pode render o estigma indigesto de obsediado. Some-se a tudo isso o fato que, embora espíritas, a maioria de nós tem vivido na prática como bons materialistas. Interagindo numa sociedade altamente competitiva, temos sido sutilmente seduzidos pelo supérfluo, em detrimento do essencial. O objetivo primordial da vida passou a ser o sucesso profissional, social e financeiro, que inclui produzir, consumir e ostentar (desde títulos acadêmicos e profissionais a bens materiais). Mas ser bem sucedido dá muito trabalho. Os inúmeros cursos, viagens e horas extras à noite, fins de semana e feriados, somados à necessidade exacerbada de ter, tomam-nos muito tempo. Então os compromissos espirituais deixam de ser prioridade. Vão sendo adiados ou assumidos pela metade, encaixados nas sobras de tempo que restam de tudo o que é material e urgente. Passa-se então a ir à Casa Espírita quando dá... Só pra bater o ponto... E de preferência correndinho, como quem dá um pulinho no supermercado mais próximo só pra suprir uma ou outra coisa que está em falta na despensa. Nem bem acabou o assim seja e as pessoas já saem feito foguete para levar ou buscar Fulaninho e Beltraninha não sei onde... Ou para compromissos que poderiam tranquilamente ser agendados em outra data. Ora, quanto mais superficial a convivência, mais frieza nas relações. Passamos então a nos esbarrar na Instituição, não como irmãos, mas como meros colegas de trabalho; a viver uma vida paralela fora do Grupo Espírita, com um círculo de relações à parte, onde dificilmente há lugar para os companheiros de ideal. Em que vão escuro do preciosismo doutrinário e do igrejismo teremos perdido a sensibilidade, o prazer de estar juntos, os laços de amizade que extrapolavam os muros da Casa Espírita? Em que lugar do tempo foram parar as gostosas confraternizações extra-reuniões... Os agradáveis bate-papos após as atividades... A amizade parceira que se estendia para os programas de lazer em comum... O olhar atento que detectava quando esse ou aquele amigo não estava bem... O interesse verdadeiro pelo bem-estar uns dos outros?... Talvez seja mais fácil culpar a correria e o medo da violência dos dias atuais - alegando que é perigoso chegar tarde em casa ou pretextando falta de tempo ou pretextando a a ante os "?- do que responder honestamente a essas perguntas, mas uma coisa é inegável: Coragem é questão de fé, e tempo é questão de prioridade. E são tantos os irmãos que reclamam atenção especial... Companheiros solitários para os quais os fins de semana são intermináveis e que, se acolhidos, com certeza se sentiriam muito melhor!... Companheiros em processos reencarnatórios difíceis ou em períodos de crise existencial, para os quais faria toda a diferença uma conversa amorosa, a presença amiga naquele momento crucial ou a festinha surpresa de aniversário. Celebrar gente é trabalhar a auto-estima individual e coletiva. Quando as pessoas se sentem valorizadas, quando são envolvidas em ambiente de carinho, alegria e leveza, todo o grupo se torna mais harmônico, feliz e produtivo. Espíritas, amai-vos e instruí-vos! - Recomendou o Espírito de Verdade. A construção da frase sinaliza, clara e pedagogicamente, para a ação prioritária. Teoria já temos de sobra. Agora é aplicá-la no cotidiano das relações. É avaliar com honestidade até que ponto ser impecável, indispensável e PHD em Espiritismo, tem sido mais importante do que ser irmão. Reconhecereis os meus discípulos por muito se amarem afirmou Jesus.

Neste momento é imperioso resgatar a nossa identidade de seguidores sinceros do Mestre, buscando interagir com sinceridade e companheirismo. Como distribuir aos que chegam o afeto, o aconchego e a tolerância que sequer conseguimos construir entre nós, companheiros de caminhada e de ideal? Repensemos. Continuar a brincar de ser fraternos, alimentando a distância entre o discurso e a prática da legítima fraternidade, é um enorme desserviço a nossa própria evolução e felicidade. O mundo espiritual tem nos alertado que das boas intenções de teóricos e indiferentes espíritos-espíritas o umbral já está cheio... E os hospitais das colônias espirituais também!.. Muito embora - pra sorte nossa - em casos de extrema pobreza e vulnerabilidade espiritual a Misericórdia Divina nunca negue licença pra mais um puxadinho.

*Joana Abranches - Assistente Social, escritora e presidente da Sociedade Espírita Amor Fraterno - Vitória ES

A Tristeza dos Orixás



Não sou muito de postar nos meus Blogs sobre Lendas de Orixás, mas esse texto nos trás uma mensagem muito importante para a seara da Umbanda. Muita Paz e Luz!

Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que trás em sua essência, uma verdadeira mensagem para os umbandistas…
Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia, e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás.

Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das “guerras”, saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu – se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram – se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso.
Iemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe “coruja” quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração:

- Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? _ ralhou Iemanjá, com aquele tom típico de contrariedade.

- Desculpe, sabe, ando meio ocupado_ Respondeu um triste Ogum.

- Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste.

- É, vim até aqui para “desabafar” com você “mãeinha”. Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a “espada da Lei” que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das “supostas” demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles… Estou cansado…

Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda.

Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E, se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria Vida, por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida.

Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego, e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não vinham nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não vinham em sua lança, a direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna.

Não! Infelizmente ele era entendido como o “Orixá da Guerra”, um homem impiedoso que utiliza – se de sua espada para resolver qualquer situação. E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer dos trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram “quebras e cortes” de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muitas vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso torna – se uma guerra de vaidade, um show “pirotécnico” de forças ocultas. Muita “espada”, muito “tridente”, muitas “armas”, pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual.
Isso magoava Ogum. Como magoava:

- Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que a Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá – la com a mão esquerda da soberbia, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando – na em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição…

Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Iemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado…

Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Omulu apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia, como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra Ela. Magoava – se por sua alfange da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam, ser tão temida e mal compreendida pelos homens.

Ele também deixou sua alfange aos pés de Iemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo via – se o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que irradia – se de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica, aquela que recolhe todas as almas que perderam – se na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem disso…

Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir suas vestimentas sagradas, além de deixarem ao pé de Iemanjá suas armas e ferramentas simbólicas.

Faziam isso em respeito a Ogum e Omulu, dois Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxossi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Egunitá apagou seu fogo encantador, afinal, ninguém lembrava da chama que intensifica a fé e a espiritualidade. Apenas daquele que devora e destrói. Os vícios dos outros, é claro.
Um a um, todos foram despindo – se e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás.

Iemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exu. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado de Pomba Gira, sua companheira eterna de jornada.

Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente apresentam – se. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor!

E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Iemanjá. Despiram – se de tudo. Exu e Pomba Gira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando – o a figura do Diabo:

- Hahaha, lamentável essa situação, hahaha, lamentável! _ Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá.

Iemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer:

- Espere!_ pensou Iemanjá!_ Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação.

E logo Iemanjá colocou – se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou – se na frente de todos. Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou ele na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também despiu – se de sua roupa sagrada, pra igualar – se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun:

- Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de “apenas” prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras “bases de luz” na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e buscam – nos dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de umbanda, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos. Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir…

Quando Oxalá calou – se os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros juntariam – se nesse ideal. E aquilo alegrou – os tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, que são de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram – se em amor e compaixão pela humanidade.

Em Aruanda, os Caboclos, Pretos – Velhos e Crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também despiram – se e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás.

Na Terra, Baianos, Marinheiros, Boiadeiros, Ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem – aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram as armas. Apenas sorriam e abraçavam – se. O alto os abençoava…

Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pomba Giras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz.

Miríades de espíritos foram retirados do baixo – astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador. E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente.
Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou – se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as egrégoras de paz e luz deram as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás.

Vocês, filhos de Umbanda, pensem bem! Não transformem a Umbanda em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como “armas” para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Umbanda é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem – se disso.

E quanto a todos aqueles, que lutam por uma Umbanda séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem – se das palavras de Oxalá ditas linhas acima.
Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não tem olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade.

Lembrem – se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos, que lutam pela Umbanda nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado. Honrem – los. Sejam luz, assim como Eles!

Exe ê o babá (Salve o Pai Oxalá)

Por Fernando Sepe
Orun Ananda
“A Tristeza dos Orixás” é de autoria de Fernando Sepe escrito para o Jornal de Umbanda Sagrada.
Foi publicado em duas ocasiões: Em sua íntegra, na edição nº 68 de Dezembro de 2005 (quando foi escrito), e editado, na edição nº 94 de Março de 2008.

Autoconhecimento


 

O espírito tem recursos admiráveis na conjuntura da própria vida e esses valores são portas para que entre para o reino da felicidade, dependendo do modo pelo qual será usado o acervo de tesouros que Deus depositou em seu coração. Recebemos constantemente, de fora, lições imortais que servem para nos alertar e, por vezes, para nos ajudar a compreender o que temos por dentro. No entanto, somente a auto-educação nos dá consciência do que deve ser feito para a nossa paz interior, saúde e mesmo compreensão.

 

O raciocínio é um instrumento valioso na seleção das qualidades que devem ser postas em prática, desde que ele seja disciplinado pelos sentimentos do Amor. Autoconhecimento é conhecer a si mesmo. Cada criatura é um mundo diferente na pauta das coisas que devem ser entendidas e guardadas por nós nos celeiros da consciência profunda, e o maior trabalhador nessa aquisição é a própria pessoa. O mundo exterior não deixa de cooperar na nossa educação espiritual; contudo, ele representa a teoria que nos alerta. A maior parte está com nós mesmos, na experimentação individual da vivência de cada dia.

 

Quando ouvimos lições imortais, sulcadas nas leis que garantem e sustentam a criação divina, o primeiro impulso que parte de nós é a recusa e nem sempre prestamos a atenção que corresponda às nossas necessidades. Somente quando essa atenção nasce dentro de nós, pelas vias das reações naturais, e passamos a sofrer os dramas causados pela ignorância, é que abrimos os sentimentos à educação verdadeira, àquela em que o mestre interno começa a nos instruir, usando os processos mais grosseiros da escola: os infortúnios morais e as dores físicas.

 

A alma endurecida precisa de sofrer para aprender. Então é que iremos aprender, por Amor, a grande causa que registra em nossos corações os caminhos da felicidade.

 

É necessário que tenhamos muito cuidado na lavoura interna que devemos cuidar, porque se faltar o entendimento profundo das leis de Amor e Justiça, caímos nos caminhos do egoísmo, de somente lutar em nosso próprio benefício. O autoconhecimento, a educação e a disciplina, o preparo que devemos alcançar são no sentido de nos libertarmos e ajudarmos mais com a aquisição das nossas qualidades. Elas devem nascer juntas com o desprendimento, nos corredores dos sentimentos. O Cristo abriu os braços nos indicando os dois caminhos da vida, para que possamos encontrar o reino da Felicidade.

 

É preciso aprender e ensinar, doar sem exigir, amar sem pensar em trocas. Esse é um velho refrão que está sempre novo: "quando o poço está pronto, a água aparece". Trabalha dentro de ti mesmo com todos os recursos que a vida te deu, que virá à tua alma a iluminação pelas bênçãos de Deus. Porém, quando de posse desta água, reparte-a com os sedentos que aparecerem em teu caminho. A água do conhecimento é divina e, quanto mais a damos, mais a temos para distribuir, mais sentimos a riqueza espiritual nos acompanhar pelas vias dos sentimentos, a desaguar mais no mar do coração.

 

Recebemos e doamos: essa é a Lei?

 

 Lei do Amor.

Dez Verdades Duras, mas que nos tornam mais Fortes



Conheçam nesse artigo, as 10 verdades que algumas pessoas consideram cruéis até, mas que nos torna bem mais fortes e preparados para encarar os desafios que a vida nos impõe.

01 • A única pessoa que pode realmente te fazer feliz é você.
A essência da sua felicidade vem de seu relacionamento com você mesmo. Claro que entidades externas podem ter efeitos no seu estado de espírito, mas no longo prazo, nada importa mais do que como você se sente sobre quem você é por dentro.
02 • Você simplesmente não pode mudar o passado.
Como Chico Xavier disse certa vez: "Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo, mas qualquer um pode começar hoje e fazer um novo final." Você não pode mudar o que aconteceu, mas você pode mudar como você reage a isso, comece hoje e faça um novo final.
03 • Sempre haverá alguém vai ter mais do que você tem.
Seja dinheiro, amigos ou qualquer outra coisa nessa vida, sempre existirá alguém que tenha mais do que você. Mas lembre-se, não é quanto você tem, trata-se do quanto você gosta do que tem.
04 • Você nem sempre conseguirá o que quer.
Como Mick Jagger disse: "Você nem sempre consegue o que quer, mas se tentar, algumas vezes você encontra o que você precisa." Olhe ao seu redor. Aprecie as coisas que você tem agora. Muitas pessoas não têm tanta sorte não seja egoísta.
05 • Tudo que vai, volta.
Na vida é assim, aposto que você já ouviu aquele ditado popular que diz: “Você colhe aquilo que você planta.” Pois é exatamente assim que a vida é, você dá e recebe, se você quer ter muitos amigos, seja mais amigável, se você quer uma carreira de sucesso, dedique-se de forma verdadeira, acredite ou não as coisas são simples assim.

06 • Você nunca se sentirá 100% pronto para algo novo.
Ninguém sente-se 100% pronto quando surge uma oportunidade para fazer algo novo. Com o surgimento de grandes oportunidades na vida você naturalmente se sentirá compelido a agir e isso vai te fazer se desenvolver na vida.
07 • A vida não é fácil e nunca será.
O trabalho é que faz a sorte das pessoas, o trabalho é o material necessário para tornar seus sonhos uma realidade, então comece o dia pronto para correr ainda mais do que ontem, lutar mais do que lutou antes.
08 • O amanhã pode nunca chegar.
Você pode estar nesse momento planejando algo para amanhã sem perceber que vai morrer hoje. Isso sim é triste, mas também é real e você sabe disso. Então aproveite o hoje, gaste seu tempo com algo que realmente valha à pena.
09 • Você vai fracassar algumas vezes.
Quanto antes você aceitar isso, mais rápido você poderá usar isso a seu favor. Você nunca terá 100% de certeza de que irá funcionar, você pode tentar e errar ou pode não tentar.  Em todo caso ou você tem sucesso ou você aprende uma lição na vida.
10 • Existem coisas que você não pode controlar.
Pare de desperdiçar seu tempo e energia sobre as coisas que estão além de seu controle, pois isso é a formula da insatisfação, frustração e fracasso contínuo. Invista sua energia em coisas que você pode controlar.

Reforma Íntima



Buscar a reforma intima é o inicio de uma grande jornada consciente.

É acreditar na evolução.

Acreditar que é possível mudar e criar um universo de paz e serenidade dentro de nós.

Você quer percorrer este caminho?

Quer ?

Então comece agora, que todo o universo vai conspirar a seu favor.

Boa jornada, saiba que junto contigo irá também uma legião de anjos, mas acredite eles não vão interferir, mas com certeza vão estar com você, te fortalecendo e te encorajando a prosseguir. 

Seja como água do rio que sempre está em movimento e diante dos obstáculos contorne.


REFORMA ÍNTIMA OU EDUCAÇÃO INTERIOR?

“CONHECE-TE A TI MESMO”
“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os deuses”

A frase acima, atribuída ao filósofo Sócrates, foi escrita no templo de Apolo em Delfos; atravessou o tempo imutável e ainda chama os homens ao autoconhecimento.

Esta mesma convocação muito usada nos centros Espíritas e Umbandistas ainda é incompreensível para até pessoas de medianos conhecimentos.

O que Sócrates queria dizer? Como conhecer a nós mesmos? Olhando no espelho? Como posso conhecer o Universo e os deuses, conhecendo a mim mesmo?

Os ouvintes captam a frase, sabem que é importante, mas não mudam nada em si porque não entendem como processa-se esta sábia orientação.

Como nascemos com o rol completo de sentimentos e mais, tudo que nossa mente processa, nada mais óbvio que passar a estudar, analisar e entender tudo que se passa em nosso interior, seja em forma de sentimentos, seja pensamentos.

Quando estivermos sentindo raiva de alguma coisa ou alguém, paremos para pensar o motivo desta raiva, o porquê das coisas de fora estão nos incomodando por dentro. O método de analisar tudo que sentimos e pensamos nos levará ao caminho da conscientização do que somos.

Você é aquilo que sente e aquilo que pensa.

Mas sabe realmente o que sente, por que sente e o que pensa?

Dando um exemplo de auto-análise para o conhecimento interior. Trabalhamos num escritório, numa associação, num centro de Umbanda ou outro religioso. Damos tudo de nós, nos esforçamos o melhor possível para desempenhar nossa tarefa nestes locais, mas vem uma pessoa que pouco ou nada fez e recebe um “cargo” superior ao nosso passando na nossa frente. O que acontece?

Revoltamo-nos, ficamos indignados porque ninguém viu nosso esforço, o sacrifício que tivermos que fazer para cumprir nosso dever, ninguém reparou no nosso valor aí vem à revolta, mesmo não manifestada exteriormente.

Então passamos a analisar este sentimento de revolta, frustração e indignação. Avaliemos se nosso esforço foi para receber elogios e promoções ou para cumprir nossa obrigação com lealdade. O valor que sabemos que possuímos é para nos projetarmos no mundo ou para satisfação de nós mesmos?

Ou então, temos aquele sentimento de inferioridade pensando que somos um nada, nada valemos e nada somos porque não recebemos a recompensa devida. Tanto a revolta quanto o sentimento de inferioridade são ambos negativos que devemos alterar.

O ideal seria pensar: “fiz o melhor possível, dei tudo de mim, sei que tenho valor, mas se o mundo não viu, não valorizou ou me recompensou, não importa porque sei que tenho valor, o meu bem estar interior me recompensa e Deus sabe. Isto é o principal. Sabemos que o mundo é uma escola onde recebemos lições para absorver, então, tudo vem para nosso aprendizado.

Não nos tornamos melhor para receber elogios, recompensas ou promoção material ou espiritual. Fazer o melhor, dar o melhor, sentir o melhor é apenas o caminho para nossa felicidade.

Notamos que as pessoas espiritualmente elevadas não buscam recompensas externas, nem elogios, apenas são felizes consigo mesmas. O principal: são criaturas alegres e nada de fora altera esta alegria interior.

O autoconhecimento fará com que passamos a sofrer menos com tudo que acontece em nossa volta. Passamos a nos defender da negatividade do mundo com as defesas internas. Estas defesas se chamam: satisfação pessoal, amor por si mesmo e consciência tranquila. Mais do que tudo, a maior defesa é realmente o amor que ampliamos em nosso coração; quando amamos, tudo se torna mais fácil e ameno.

O autoconhecimento tem que vir junto com o sentimento de amor, amor, principalmente, por nós mesmos.

Somos filhos de Deus, somos deuses!

         Autor Desconhecido.

A reforma íntima é a avaliação do nosso eu, é uma balanço das nossas atitudes e uma vontade enorme de mudar para melhor, é elevar-se na condição humana deixando de ser egocêntrico o centro do universo e se tornando altruísta. É trocar atitudes equivocadas que só trazem dores por atitudes corretas, que promovem o bem estar nosso e de quem esta a nossa volta.

Paz e Luz a todos os Irmãos de Fé! Saravá e Boa Reforma Íntima a todos!!!