quarta-feira, 8 de junho de 2016

A FORÇA DAS IDÉIAS




Normalmente não nos damos conta da força que têm as idéias, no contexto geral da vida.

A idéia é um elemento vivo de curta ou longa duração, que exteriorizamos de nossa alma e que, como criação nossa, forma acontecimentos e realizações, atitudes e circunstâncias que nos ajudam ou desajudam, conforme a natureza que lhe imprimimos.

A idéia é força atuante, e raio criador que estabelece atos e fatos, enquanto lhe damos impulso.

Quando várias idéias se somam, a sua força aumenta, atingindo grandes proporções.

Não é outro o motivo pelo qual as equipes de jogadores encontram dificuldades em vencer fora de casa, como se costuma dizer.

É que a força das idéias dos torcedores, vibrando em uníssono, exerce grande influência, impulsionando o time tanto para a vitória como para a derrota.

Assim acontece também, quando uma pessoa está prestes a deixar o corpo físico e outras tantas pessoas a retêm pelo desejo ardente de que não morra.

Se a hora é chegada, os Benfeitores Espirituais promovem a chamada melhora da morte, para que as idéias de retenção se afrouxem e o Espírito seja desligado do corpo, graças ao relaxamento das idéias-força, que retinham o moribundo.

Nossas idéias podem ser flor ou espinho, pão ou pedra, asa ou algema, que arremessamos na mente alheia e que retornarão, inevitavelmente, até nós, trazendo-nos perfume ou chaga, suplício ou alimento, cadeia ou libertação.

O crime é uma idéia-flagelação que se insinuou na mente do criminoso.

A guerra de ofensiva é um conjunto de idéias-perversidade, subjugando milhares de consciências.

O bem é uma idéia-luz, descerrando caminhos de elevação.

A paz coletiva é uma coleção de idéias-entendimento, promovendo o progresso geral. 

É por essa razão que o Evangelho representa uma glorificada equipe de idéias de amor puro e fé transformadora, que Jesus trouxe para as esferas dos homens, erguendo-os para Deus.

Na manjedoura, implanta o Mestre a idéia da humildade.

Na carpintaria nazarena, traça a idéia do trabalho.

Nas bodas de Caná, anuncia a idéia de auxílio desinteressado à felicidade do próximo.

No socorro aos doentes, cria a idéia da solidariedade.

No Tabor, revela a idéia da sublimação.

No Jardim das Oliveiras, insculpe a idéia da suprema lealdade a Deus.

Na cruz da renúncia e da morte, irradia a idéia do sacrifício pessoal pelo bem dos outros, como bênçãos de ressurreição para a imortalidade vitoriosa.

* * *

Não nos esqueçamos de que nossos exemplos, nossas maneiras, nossos gestos e palavras que saem da nossa boca, geram idéias.

Essas idéias, à maneira de ondas criadoras, vão e vêm, partindo de nós para os outros e voltando dos outros para nós, com a qualidade de sentimento e pensamento que lhes imprimimos, levando-nos ao triunfo ou à derrota.

É por isso que, em nossas tarefas habituais, precisamos selecionar as idéias que nos possam garantir saúde e tranqüilidade, melhoria e ascensão.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.

A FIRMEZA DE UM TERREIRO




Muito se tem ouvido falar nos meios umbandistas com relação às firmezas necessárias para um bom andamento dos trabalhos num terreiro de Umbanda. 

Logicamente que toda parte ritualística de uma Casa tem razão e função de ser, uma vez que a própria Umbanda tem fundamentos e é preciso preparar os mesmos como é falado em uma curimba de defumação. 

Porém, além das firmezas materiais que estão ligadas aos elementos de trabalho dos Orixás, Guias e Entidades e que são catalisadoras das energias necessárias para esses trabalhos, ora servindo como força agregadora de energias positivas, ora desagregando as negativas, há outra firmeza de fundamental importância. 

E qual seria essa firmeza? 

A firmeza que me refiro meus filhos é a firmeza interior de cada médium de Umbanda. 

Mas como se dá essa firmeza? 

Se dá através da humildade, do exercício do amor ao próximo e da caridade prestada sem pedir ou esperar nada em troca. 

A firmeza interior trabalhada na humildade permite ao médium o esclarecimento de que ele não sabe tudo, que sempre estará em aprendizado pois a Espiritualidade por mais que ensine ainda não deu a palavra final. Dessa forma o médium sempre estará acrescentando ao seu aprendizado ensinamentos novos, iniciando-se assim para ele sempre novas etapas, que devem ser ultrapassadas com muito respeito, amor, dedicação, renúncia e fé. 

A firmeza interior pautada no exercício do amor ao próximo fará o médium se ver novamente no lugar do outro que chega na Casa em busca de ajuda, auxílio, esclarecimento e compreensão como o próprio médium chegou um dia. 

A firmeza originada na caridade fará o médium entender que não deve julgar quem quer que seja e que muitas vezes ele sofrerá ingratidão e descrédito por parte de algumas pessoas ao verem seus pedidos negados pelas entidades de Umbanda que não barganham e nem trabalham contra as Leis de Deus. 

Se hoje meus filhos já caminharam mais um pouquinho, mais motivos tem para buscar o exercício dessa firmeza interior. 

Ser médium dentro do templo é muito fácil!
O difícil é colocar-se como médium no dia-a-dia onde a sociedade pede muitas vezes uma postura não tão condizente com os ensinamentos de paz, amor e fraternidade deixados pelo Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Lembrem-se filhos de fé, é através de vossas atitudes que o templo do qual você faz parte será representado, é através das vossas condutas que a Umbanda será mostrada a outras pessoas. 

Médium, sinônimo de ponte, meio, instrumento. Que o médium de Umbanda seja um instrumento dócil nas mãos de Pai Oxalá para que assim as bênçãos de amor e luz possam se fazer na Terra. 

Um Caboclo de Oxóssi.

10 MANDAMENTOS DA BOA CONVIVÊNCIA




I - Tenha controle de sua língua. Sempre diga menos do que pensa.
Cultive uma voz baixa e suave.
A maneira como se fala muitas vezes impressiona muito mais do que aquilo que se fala.


II - Pense antes de fazer uma promessa e depois não dê importância ao 
quanto lhe custa.


III - Nunca deixe passar uma oportunidade para dizer uma coisa meiga e 
animadora a uma pessoa ou a respeito dela.


IV - Tenha interesse nos outros, em suas ocupações, seu bem-estar, seus 
lares e famílias.
Seja alegre com os que riem e lamente com os que choram.
Deixe cada pessoa com quem encontra, sentir que você lhe dispensa 
importância e atenção.


V - Seja alegre. Conserve para cima os cantos da boca.
Esconda as suas dores, seus desapontamentos e inquietações sob um sorriso.
Ria de historias boas e aprenda a contá-las.


VI - Conserve a mente aberta para todas as questões da discussão. 
Investigue, mas não argumente. 
É marca de ser superior... discordar e ainda conservar a amizade.


VII - Deixa as suas virtudes falarem por si mesmo e recuse a falar das 
faltas e fraquezas dos outros.
Desencoraje murmúrios.
Faca uma regra de falar coisas boas aos outros.


VIII - Tenha cuidado com os sentimentos dos outros. 
Gracejos e humor não valem a pena e freqüentemente magoam quando menos se espera.


IX - Não faça caso das observações mas a seu respeito.
Só viva de modo que ninguém acredite nelas.
Nervosismo e indigestão são causas comuns para maledicência.


X - Não seja tão ansioso a respeito de seus direitos.
Trabalhe, tenha paciência, conserve seu temperamento calmo, esqueça de si mesmo e receberaa sua recompensa.

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Caridade: benevolência para com todos, indulgência para
as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.

(Livro dos Espiritos, 886)
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ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO TAMBÉM VAI QUEM JÁ "MORREU"




“Atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu...”. – Caetano Veloso

Ao contrário do que reza o frevo de Caetano Veloso, não são somente os “vivos” que formam a multidão de foliões que se aglomera nas ruas das grandes cidades brasileiras ou de outras plagas onde se comemore o Carnaval. O Espiritismo nos esclarece que estamos o tempo todo em companhia de uma inumerável legião de seres invisíveis, recebendo deles boas e más influências a depender da faixa de sintonia em que nos encontremos. Essa massa de espíritos cresce sobremaneira nos dias de realização de festas pagãs, como é o Carnaval. Nessas ocasiões, como grande parte das pessoas se dá aos exageros de toda sorte, as influências nefastas se intensificam e muitos dos encarnados se deixam dominar por espíritos maléficos, ocasionando os tristes casos de violência criminosa, como os homicídios e suicídios, além dos desvarios sexuais que levam à paternidade e maternidade irresponsáveis. Se antes de compor sua famosa canção o filho de Dona Canô tivesse conhecido o livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ditado ao médium Divaldo Pereira Franco pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda, talvez fizesse uma letra diferente e, sensível como o poeta que é, cuidaria de exortar os foliões “pipoca” e aqueles que engrossam os blocos a cada ano contra os excessos de toda ordem. Mas como o tempo é o senhor de todo entendimento, hoje Caetano é um dos muitos artistas que pregam a paz no Carnaval, denunciando, do alto do trio elétrico, as manifestações de violência que consegue flagrar na multidão. 

No livro citado, Manoel Philomeno, que quando encarnado desempenhou atividades médicas e espiritistas em Salvador, relata episódios protagonizados pelo venerando Espírito Bezerra de Menezes, na condução de equipes socorristas junto a encarnados em desequilíbrios.
Philomeno registra, dentre outros pontos de relevante interesse, o encontro com um certo sambista desencarnado, o qual não é difícil identificar como Noel Rosa, o poeta do bairro boêmio de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, muito a propósito, integrava uma dessas equipes socorristas encarregadas de prestar atendimento espiritual durante os dias de Carnaval. Interessado em colher informações para a aprendizagem própria (e nossa também!), Philomeno inquiriu Noel sobre como este conciliava sua anterior condição de “sambista vinculado às ações do Carnaval com a atual, longe do bulício festivo, em trabalhos de socorro ao próximo”. Com tranqüilidade, o autor de “Camisa listrada” respondeu que em suas canções traduzia as dores e aspirações do povo, relatando os dramas, angústias e tragédias amorosas do submundo carioca, mas compreendeu seu fracasso ao desencarnar, despertando “sob maior soma de amarguras, com fortes vinculações aos ambientes sórdidos, pelos quais transitara em largas aflições 

No entanto, a obra musical de Noel Rosa cativara tantos corações que os bons sentimentos despertados nas pessoas atuaram em seu favor no plano espiritual; “Embora eu não fosse um herói, nem mesmo um homem que se desincumbira corretamente do dever, minha memória gerou simpatias e a mensagem das musicas provocou amizades, graças a cujo recurso fui alcançado pela Misericórdia Divina, que me recambiou para outros sítios de tratamento e renovação, onde despertei para realidades novas”. Como acontece com todo espírito calceta que por fim se rende aos imperativos das sábias leis, Noel conseguiu, pois, descobrir “que é sempre tempo de recomeçar e de agir” e assim ele iniciou a composição de novos sambas, “ao compasso do bem, com as melodias da esperança e os ritmos da paz, numa Vila de amor infinito...”.
Entre os anos 60 e 70, Noel Rosa integrava a plêiade de espíritos que ditaram ao médium, jornalista e escritor espírita Jorge Rizzini a série de composições que resultou em dois discos e apresentações em festivais de músicas mediúnicas em São Paulo. O entendimento do Poeta da Vila quanto às ebulições momescas, é claro, também mudou: “O Carnaval para mim, é passado de dor e a caridade, hoje, é-me festa de todo, dia, qual primavera que surge após inverno demorado, sombrio”. 

“A carne nada vale”. O Carnaval, conforme os conceitos de Bezerra de Menezes, é festa que ainda guarda vestígios da barbárie e do primitivismo que ainda reina entre os encarnados, marcado pelas paixões do prazer violento. Como nosso imperativo maior é a Lei de Evolução, um dia tudo isso, todas essas manifestações ruidosas que marcam nosso estágio de inferioridade desaparecerão da Terra. Em seu lugar, então, predominarão a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real, com o homem despertando para a beleza e a arte, sem agressão nem promiscuidade. A folia em que pontifica o Rei Momo já foi um dia a comemoração dos povos guerreiros, festejando vitórias; foi reverência coletiva ao deus Dionísio, na Grécia clássica, quando a festa se chamava bacanalia; na velha Roma dos césares, fortemente marcada pelo aspecto pagão, chamou-se saturnalia e nessas ocasiões se imolava uma vítima humana.
Na Idade Média, entretanto, é que a festividade adquiriu o conceito que hoje apresenta, o de uma vez por ano é lícito enlouquecer, em homenagem aos falsos deuses do vinho, das orgias, dos desvarios e dos excessos, em suma.
Bezerra cita os estudiosos do comportamento e da psique da atualidade, “sinceramente convencidos da necessidade de descarregarem-se as tensões e recalques nesses dias em que a carne nada vale, cuja primeira silaba de cada palavra compõe o verbete carnaval”. Assim, em três ou mais dias de verdadeira loucura, as pessoas desavisadas, se entregam ao descompromisso, exagerando nas atitudes, ao compasso de sons febris e vapores alucinantes. Está no materialismo, que vê o corpo, a matéria, como inicio e fim em si mesmo, a causa de tal desregramento. Esse comportamento afeta inclusive aqueles que se dizem religiosos, mas não têm, em verdade, a necessária compreensão da vida espiritual, deixando-se também enlouquecer uma vez por ano. 

Processo de loucura e obsessão. As pessoas que se animam para a festa carnavalesca e fazem preparativos organizando fantasias e demais apetrechos para o que consideram um simples e sadio aproveitamento das alegrias e dos prazeres da vida, não imaginam que, muitas vezes, estão sendo inspiradas por entidades vinculadas às sombras. Tais espíritos, como informa Manoel Philomeno, buscam vitimas em potencial “para alijá-las do equilíbrio, dando inicio a processos nefandos de obsessões demoradas”. Isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano.
Esse processo sutil de aliciamento esclarece o autor espiritual, dá-se durante o sono, quando os encarnados, desprendidos parcialmente do corpo físico, fazem incursões às regiões de baixo teor vibratório, próprias das entidades vinculadas às tramas de desespero e loucura. Os homens que assim procedem não o fazem simplesmente atendendo aos apelos magnéticos que atrai os espíritos desequilibrados e desses seres, mas porque a eles se ligam pelo pensamento, “em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo”. Ou seja, as tendências de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são o imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do desequilíbrio, o qual, em suma, não existiria se os homens se mantivessem no firme propósito de educar as paixões instintivas que os animalizam. 

Há dois mil anos. Tal situação não difere muito dos episódios de possessão demoníaca aos quais o Mestre Jesus era chamado a atender, promovendo as curas “milagrosas” de que se ocupam os evangelhos. Atualmente, temos, graças ao Espiritismo, a explicação das causas e conseqüências desses fatos, desde que Allan Kardec fora convocado à tarefa de codificar a Doutrina dos Espíritos. Conforme configurado na primeira obra da Codificação – O Livro dos Espíritos -, estamos, na Terra, quase que sob a direção das entidades invisíveis: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações?”, pergunta o Codificador, para ser informado de que “a esse respeito sua (dos espíritos) influência é maior do que credes porque, freqüentemente, são eles que vos dirigem”. Pode parecer assustador, ainda mais que se se tem os espíritos ainda inferiorizados à conta de demônios.
Mas, do mesmo modo como somos facilmente dominados pelos maus espíritos, quando, como já dito, sintonizamos na mesma freqüência de pensamento, também obtemos, pelo mesmo processo, o concurso dos bons, aqueles que agem a nosso favor em nome de Jesus. Basta, para tanto, estarmos predispostos a suas orientações, atentos ao aviso de “orar e vigiar” que o Cristo nos deu há dois mil anos, através do cultivo de atitudes salutares, como a prece e a praticada caridade desinteressada. Esta última é a característica de espíritos como Bezerra de Menezes, que em sua última encarnação fora alcunhado de “o médico dos pobres” e hoje é reverenciado no meio espírita como “o apostolo da caridade no Brasil”.

Fonte: Visão Espírita


EMANUEL FALA SOBRE O CARNAVAL




Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas.


É lamentável que, na época atual, quando os conhecimentos novos felicitam a mentalidade humana, fornecendo-lhe a chave maravilhosa dos seus elevados destinos, descerrando-lhe as belezas e os objetivos sagrados da Vida, se verifiquem excessos dessa natureza entre as sociedades que se pavoneiam com o título de civilização. Enquanto os trabalhos e as dores abençoadas, geralmente incompreendidos pelos homens, lhes burilam o caráter e os sentimentos, prodigalizando-lhes os benefícios inapreciáveis do progresso espiritual, a licenciosidade desses dias prejudiciais opera, nas almas indecisas e necessitadas do amparo moral dos outros espíritos mais esclarecidos, a revivescência de animalidades que só os longos aprendizados fazem desaparecer.

Há nesses momentos de indisciplina sentimental o largo acesso das forças da treva nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos precisos de uma hora de insânia e de esquecimento do dever.

Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidade e de fome, sobram as fartas contribuições para que os salões se enfeitem e se intensifiquem o olvido de obrigações sagradas por parte das almas cuja evolução depende do cumprimento austero dos deveres sociais e divinos.

Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos, na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho

Ao lado dos mascarados da pseudo-alegria, passam os leprosos, os cegos, as crianças abandonadas, as mães aflitas e sofredoras. Por que protelar essa ação necessária das forças conjuntas dos que se preocupam com os problemas nobres da vida, a fim de que se transforme o supérfluo na migalha abençoada de pão e de carinho que será a esperança dos que choram e sofrem? Que os nossos irmãos espíritas compreendam semelhantes objetivos de nossas despretensiosas opiniões, colaborando conosco, dentro das suas possibilidades, para que possamos reconstruir e reedificar os costumes para o bem de todas as almas.

É incontestável que a sociedade pode, com o seu livre-arbítrio coletivo, exibir superfluidades e luxos nababescos, mas, enquanto houver um mendigo abandonado junto de seu fastígio e de sua grandeza, ela só poderá fornecer com isso um eloqüente atestado de sua miséria moral.

Emmanuel
Psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier
em Julho de 1939 / Revista Internacional de Espiritismo,
Janeiro de 2001.

TRABALHO DOS EXUS GUARDIÕES NO CARNAVAL



Carnaval é uma festa pagã, cuja a origem exata é obscura.


Existem registros dessas festividades em civilizações antigas romanas
egípcias, gregas, entre outras.

Com a legitimação do Cristianismo em 313 d.C., pelo Imperador romano Constantino, através do Édito de Milão, a Igreja Católica proibiu essas manifestações pagãs. Mas o Édito de Milão, permitia a liberdade de crenças e não tornou o paganismo ilegal, mesmo sendo o Cristianismo considerado como religião oficial do Império Romano. O Cristianismo era para muitos, uma religião de fachada, e a elite romana ainda era pagã em sua essência. E nos campos, a população ainda mantinha-se fiel aos seus cultos ancestrais.

Mas muitos pagãos, que já simpatizavam com a doutrina Cristã, converteram-se à nova religião oficial, entretanto não conseguiam romper por completo com as tradições em que haviam sido formados.

A Igreja tinha que encontrar um meio de equilibrar esses opostos, e mesmo não permitindo aos cristãos participarem, moveu as festividades pagãs para antes do período da quaresma, que antecede a Páscoa.

Essas festividades ficaram conhecidas como "carnen levare", que em latin significa "adeus à carne". Mas em em 590 d.C., a Igreja Católica oficializou a festa, por perceber que não podia mais proibi-la, ainda que o paganismo já não fosse mais permitido como religião livre. Era um modo de "contentamento pagão controlado", que permanece até os nossos dias.

Nossos Guardiões, estão em vigília intensa nesse período, pois o mesmo
é carregada de vibrações densas. No Natal, as entidades trevosas oportunistas se valem do sentimentos de melancolia, abandono, solidão, carência material, saudades e culpa, entre outros como facilitadores da sintonia obsessiva, junto aos encarnados.

Já no Carnaval, as vítimas costumam ser outras. A sintonia se dá mais
facilmente com encarnados que mantêm, ainda que não conscientes ou expressos, sentimentos de luxúria , ira, vícios, desejos de vingança e falta de valores morais e espirituais, que consequentemente os afastam de Deus e os tornam presas fáceis das artimanhas das trevas.

Essas manifestações ocorrem desde os pequenos desentendimentos até aos mais graves atos de violência e crueldade, culminando em assassinatos. Esses acontecimentos estão presentes durante todo o ano, mais ganham "força" nesse período. O resultado está nas estatísticas: assaltos, drogas, álcool, orgias, acidentes, agressões, assassinatos, etc.

Devido ao livre arbítrio, que é uma determinação divina, os seres podem
escolher seu caminho e suas ações, mas não ficam livres da cobrança cármica. E esta é muito efetiva nessa época, os Exús como agentes executores da lei, cumprem determinações rígidas de suas hierarquias no sentido de promoverem esses ajustes, ninguém escapa da lei.

São protegidos e poupados os que merecem. São expostos e cobrados, os que devem, os "encontros cármicos de ajustes" são inevitáveis, mas o desfecho depende de cada um dos envolvidos. As oportunidades de evolução nos são fornecidas o tempo todo.
Nenhum Exú Guardião pode escolher por nós ou modificar por si só nossas débitos e créditos. O que eles podem e fazem como ninguém, é impedir o ataque em massa de entidades trevosas e sua tentativa de reino e domínio nesse, que ainda é um planeta de provas e expiações.

O trabalho dos Guardiões no Carnaval, difere do realizado no Natal, já que esse período vem sendo usado ao longo dos séculos para ajustes cármicos. Muitas são as pessoas de boa índole e alegres que brincam o seu Carnaval de modo tranquilo e que são protegidas, pois não sintonizam com as vibrações trevosas e nem têm "contas a ajustar", seus Guardiões têm o mesmo trabalho dos demais, a diferença é que
"podem poupá-las".


Para bom entendedor...

CLAUDIA BAIBICH


Tenda Espirita de Umbanda Vovó Benedita do Congo e Caboclo Sete Matas de Oxosse

CADA UM COLHERÁ AQUILO QUE PLANTOU




Os pretos-velhos levam a força de Deus (Zambi) a todos que queiram apender e encontrar uma fé.

Sem ver a quem, sem julgar, ou colocando pecados.
Mostrando que o amor a Deus, o respeito ao próximo e a si mesmo, o amor próprio, a força de vontade e o encarar o ciclo da reencarnação podem aliviar os sofrimentos e elevar o espírito para a luz divina.
Fazendo com que as pessoas entendam e encarem seus problemas e procurem suas soluções da melhor maneira possível dentro da lei do da causa e efeito.

Eles aliviam o fardo espiritual de cada pessoa fazendo com que ela se fortaleça espiritualmente. 
Se a pessoa se fortalece e cresce consegue carregar mais comodamente o peso de seus sofrimentos.
Ao passo que se ela se entrega ao sofrimento e ao desespero enfraquece e sucumbe por terra pelo peso que carrega. Então cada um pode fazer com que seu sofrimento diminua ou aumente de acordo com encare seu distino e os acontecimentos de sua vida: 

"Cada um colherá aquilo que plantou.

Se tu plantaste vento colherás tempestade. 

Mas, se tu entenderes que com luta o sofrimento podeis tornar-se alegria vereis que deveis tomar consciencia do que foste teu passado aprendendo com teus erros e visando o cescimento e a felicidade do futuro.

Não sejais egoista, aquilo que te fores ensinado passai aos outros e aquilo que recebeste de graça, de graça tu darás.

Porque só no amor, na caridade e na fé é que tu podeis encontrar o teu caminho interior, a luz e DEUS"

(Pai Cipriano, incorporado no médium Etiene Sales, em setembro de 1997).

AS MÁS QUALIDADES DE UM "MÉDIUM"




A presunção de achar que só incorpora espíritos extraordinários, MELHOR do que os outros ou que incoporra a própria DIVINDADE. Isto é mais comum do que parece.

Os mercenários que só trabalham por dinheiro ou beneficios, achando que aqueles que batem-lhe à porta vêm “aborrecer” sua folga.
Por isto, devem pagar, e muito bem, pelos seus “serviços”.

Os que acham que os Guias é que devem servir seus caprichos e que, nunca ao contrário, são instrumentos ou fazem parte de uma equipe de trabalho. 

Invocam-nos para punir ou perseguir pessoas que são seus DESAFETOS, sem importar-se com a JUSTIÇA DIVINA.

Os ambiciosos que entram na mediunidade porque não terão patrão, ganharão muito dinheiro e se aposentarão cedo, ambicionando mansões e carros importados à custa de sua mediunidade, sem a menor fé.

Os suscetíveis a não escutar, jamais, quando uma entidade resolve dar-lhes conselhos ou nunca aceitam a sugestão do dirigente. Magoam-se por qualquer coisa.

Os levianos que adoram DIVERTIR-SE com os defeitos alheios e vão às sessões para DEBOCHAR de tudo o que vêem à sua volta.

Os que gostam mesmo de MISTIFICAR (Mentir, enganar) porque não acreditam estar incorporados por serem CONSCIENTES (em maior ou menor grau).

Os que não têm tato com o público, sendo grosseiros, impacientes, brutais e desumanos.

Os que mesmo não encontrando problemas, não se importam de chegar atrasados ou de faltar as sessões. Muitos deles trocam uma sessão por qualquer festa do bairro, nos fins de semana.

Os que comparecem ás vésperas de festas de terreiro apenas para divertir-se. Durante o ano inteiro desaparecem.

Os que não encontrando-se em condições físicas ou psíquicas, resolvem INCORPORAR de qualquer jeito, criando o hábito da mistificação (mentir, enganar)
Os que julgam melhores porque são mais antigos e experientes ou porque são jovens e de “cabeça aberta” achando ambos terem toda a verdade do mundo.

Os excessivamente tímidos, nunca permitindo uma incorporação completa. 

Os ligados a espíritos sofredores e nunca percebem estar precisando de tratamento espíritual (os outros é que precisam).

Os que se fecham em suas casas, implantando a desconfiança em seu coração.

A pior qualidade: 
os que não desejam aprender porque tudo sabem, esquecendo-se de que são membros ativos de um complexo físico e espíritual.

Quanto ás boas qualidades de um médium, cabe apenas uma recomendação:
o desejo sincero de não ter todos os vícios acima e lutar sinceramente contra eles. 


Os Erros dos Médiuns em suas ditas "Incorporações"

O dito médium diz estar incorporado com a candura de um preto-velho. 
O médium apresenta sinais de brutalidade, impaciência, linguagem grosseira, tudo contrariando o caráter de uma entidade de tal calibre. 

Ou estamos frente a um espírito mistificador ( e portanto perigoso) ou o médium está mistificando (mentindo, engando). De qualquer maneira, cabe ao Guia Chefe não permitir, sob hipótese alguma tais comportamento.

Um caboclo ensina receitas infalíveis para separar casais, abortos, matar alguém e coisas assim. Nenhuma entidade de UMBANDA faz isso, nem mesmo um EXU.

O médium sempre incorpora determinada entidade que pertuba o trabalho dos demais: barulho execessivo, quer “comandar” os trabalhos tirando a autoridade espiritual do Guia Chefe, tem comportamento totalmente diverso do padrão existente. 

É aí que aparecem os pretos-velhos sensuais, os caboclos desordeiros, exus bêbados e as pombagiras apresentando defeitos físicos (exceto os casos de espíritos obsessores, zombeteiros).

Um espírito de luz jamais ameaça, promete arrebentar com a vida do fulano, amaldiçoa. 

Cuidado!

Após o trabalho, o dito Exu ou o Preto Velho cai em coma alcoólico.

Um espírito, ao “subir”, leva todos os resquícios de alcoól, não deixando hálito no médiun. Isto acontecendo mais vezes exige atitude firme do Guia Chefe.

O Exu quer bebidas caras, gelo, cereja ou azeitonas em suas bebidas. 
Isso são hábitos do médium e não do espírito.
Em alguns terreiros Exu bebe cachaça no chão e não se queixa.

Um Exu, uma Pombagira, nunca desce para ficar apenas dançando no salão.

Uma entidade sempre vêm para trabalhar e não pra fazer bonito.

Modalidade nova são os pretos-velhos centenários (apresentam-se sob esta forma) e os sisudos caboclos em graciosas coreografias.

Lugar de entidade trabalhar é dentro do salão. 

Já ouvi falar que em alguns locais, Exus que terminaram a sessão no bar da esquina ou na encruzilhada.
Incorporados com o uniforme.
Nem Exu nem “Cosme” vêm apenas para fazer bagunça. 

Execessos devem ser controlados. 

Há padrões de nomes, pontos, cores de roupas e comportamento entre entidades, apesar de serem espíritos de “mortos” costumam adotar nome padrão e comportamento de suas falanges. (existem excessões porém tudo com fundamento).

O mesmo vale para pombagiras com nomes curiosos como “Maria da Conceição, Vovó Padilha, Anjo Azul, Greta Garbo”, cuja imaginação do médium poderá ir até em colocar-lhes como nome uma palavra chula.

Uma entidade verdadeira precisa trazer uma mensagem consistente ou, se não for permitido pelo Alto, dizer que isso não poderá ser dito. Estranhe entidades que nunca dizem algo de valor. 

Um Exu costuma ser mais “pedichão” do que os outros Guias de umbanda. Mas há diferença entre um Exu que pede uma bebida ou uma oferenda simples para aqueles que pedem um carro, ou que paguem as prestações do “cavalinho”, ou que pedem uma reforma no salão. Cuidado! 

Uma entidade aprende a falar português, pois usa um médium que fala esta lingua. Isto é automático.
Um espírito que vem numa roda de umbanda vêm para trazer uma boa mensagem, tanto para o consulente como para os médiuns.

Cuidado com entidades que, durante muito tempo, ninguém consegue entender o que dizem.

Humildade e simplicidade são leis de Umbanda.

Entidade não vêm para o luxo, nem exigindo aparato. Isto são idéias próprias do Chefe do terreiro ou de seu corpo mediúnico.

Há hora para começar e terminar um trabalho.

A pontualidade é sagrada para as entidades que tem outras atividades importantes a fazer.
Nenhum espírito sério tem permissão para prorrogar horários indefinidamente sem que haja necessidade extrema. 

O Guia Chefe deve intervir de imediato.

Nenhuma entidade sai de uma roda de trabalho para atender “Lá fora” sem permissão do Guia Chefe.

É perfeitamente possivel um médium ser abandonado por suas entidades que se recusam a incorporar devido a problemas de conduta.

Nestes casos os médiuns costumam ser alertados com bastante antecedência antes de acontecer. 
Mas a perda da mediunidade nem sempre é punitiva.
Poderá ocorrer por esgotamneto físico do trabalhador (ou doenças) ou sob lincença da entidade-guia para resolver problemas como excesso de estudo, trabalho, família, etc.

Uma entidade, mesmo que tenha o mesmo nome, nunca é exatamente igual a outra. Contudo, como já foi dito, há padrões básicos.
Nenhuma entidade desmerece o trabalho de outra ou diminui a autoridade da Entidade-guia (anjo da guarda, Mentor, Orixá) do médium.

Uma mensagem como esta merece ser analisada com todo carinho pelo Guia Chefe. 


TRABALHOS COM ESPÍRITOS OBSESSORES NUMA GIRA DE UMBANDA

No trato com obsessores, muito comum em alguns terreiros, existem pessoas experientes sem saber o que fazer.
É muito importante que o Guia Chefe e seus médiuns conheçam ao menos as seguintes observações:

Não ficar com medo frente ao ataque de obsessores e obsidiados. 
A afinidade só existe entre ambos, não havendo real perigo entre o evangelizador e o doente.

Não comentar levianamente, após um caso destes, “chamando” este tipo de entidade para junto de si. 
O esquecimento deve ser a chave-mestra nesses processos. Imaginem se um diretor de mesa Kardecista que só trabalha com esse tipo de espírito fosse ficar impressionado, falando disto após os trabalhos.

Ter confiança absoluta em seus Guias e no que eles poderão fazer nesses casos. Mas não fazer como aquela piada que diz que, na aplicação do Evangelho ao obesessor, o diretor dos trabalhos jogou com força o livro em cima do doente. Firmeza, mas não grosseria, é parte do perfil do umbandista.

Obesessão não é doença contagiosa. Frente a um ataque o Guia Chefe deve orientar os médiuns que segurem “pontos” e aos médiuns mais seguros que façam uma roda em torno do doente para “firmar” a evangelização.

Não dê muita conversa ao obsessor. 

Para isto há trabalhos de desobsessão em determinados dias nos Centros Espíritas (sessão de Mesa), aos quais em certos casos, recomendamos após o tratamento.

Firmeza na linha de uma entidade (muitas vezes na linha de ogum) e o pedido firme para que o obsessor acompanhe Entidades de luz que se apresentam para levá-lo a locais de internação espíritual e tratamento.
No caso de renitente desobediência, são chamados à Linha de Exus para que atuem. 

FONTE:
Livro: UMBANDA: Crença, Saber e Prática
Autor: Miriam de Oxalá (Miriam Prestes)
Editora: Pallas

AXÉ




FORÇA SAGRADA, ENERGIA VITAL,FORÇA BENIGNA que o Orixá possue.

Palavra conhecida no Brasil na linguagem popular como "BOA ENERGIA" ou "ALTO ASTRAL".

De acordo com a tradição religiosa YORUBANA, o AXÈ é compreendido como ENERGIA VITAL, verdadeira presença de DEUS nas forças e formas da natureza,assim como no interior dos seres humanos.

AXÈ, tambem é na filosofia do CANDOMBLÉ, o poder de fazer coisas acontecerem,comando espiritual,poder de invocar,oração, agradecimento,luz prórpia de DEUS tornada acessível aos homens e mulheres.

De acordo com o IFÁ, o momento de criação gerou uma única força conhecida como AXÉ.
Essa força se manifesta na forma polar como EXPANSÃO e CONTRAÇÃO.

A força de EXPANSÃO cria a luz.

A força de CONTRAÇÃO cria a matéria.

É a interação harmoniosa entre luz e matéria que é responsável pela boa sorte conhecida em YORUBÁ como IRÊ.

As cores do AXÈ são:
-branco
-preto
-vermelho

As tres cores sintetizam as manifestações cromáticas da divindade nos reinos :
-animal
-vegetal
-mineral


O BRANCO

revela as cores do leite, do esperma,das secreções do corpo.
representa a luz solar responsável pelo oxigênio que respiramos e por toda a vida na Terra.
Simboliza tambem a origem de toda matéria, e todas as cores numa só.

A cor BRANCA, em si, revela o ORIXA OBATALÁ (OXALÁ), um dos criadores do mundo.

BRANCO é a cor do plasma do IGBIN(caracol), comida preferida desse Orixá.
O EFUN (giz) é branco, e na Africa é feito de argila branca, que, misturada com sal branco, é usado em muitos rituais.

No Reino Mineral, são associados ao BRANCO:
-a prata
-o chumbo
-o estanho


PRETO

O PRETO é do carvão, do ferro e portanto da Terra.

É a matéria em sua forma respectiva, simboliza o principio feminino, útero da natureza onde a vida morre, fermente e nasce novamente.

Todas as cores escuras são associadas ao PRETO, inclusive o VERDE e o AZUL.

As cinzas dos animais sacirficados e calcinados compôem o AXÉ no elemento PRETO.


VERMELHO

È a cor do SANGUE humano e dos animais,bem como seu equivqlente no reino vegetal.
O azeite-de-dendê, visto como verdadeira seiva Divina.

O VERMELHO para os YORUBÁS é considerado a suprema presença da cor, pois assinala a potencialidade do que existe e do que está para exisitir.

O COBRE, o LATÃO e o OURO são agrupados dentro dessa cor por sua tonalidade abrasiva.

O AMARELO e o LARANJA são considerados emanações do vermelho.

Além das cores e elementos naturais como pedras e árvores, o AXÉ é catalisado nas obras de arte,sobretudo nas esculturas.

Os povos YORUBÁS nos deixaram obras raras onde podemos perceber a riqueza e a simbologia dos elementos que compôem o AXÉ.

A criação de um terreiro de CANDOMBLÉ implica o assentamento do AXÉ.
É uma tarefa longa, que inclui uma complexidade de etapas e rituais, tais como:

- a preparação de pedras sagradas
-o assentamento dos AXÉS especificos de cada ORIXÁ

O CANDOMBLÉ é uma usina de catalisacão do AXÉ.

O AXÉ se manifesta tanto sob a forma do ZIGUE-ZAGUE de um raio fulminante como no sinuoso fio d'agua de uma nascente nas montanhas.

ATITUDES QUE DRENAM ENERGIA




1. Pensamentos obsessivos - Pensar gasta energia, e todos nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais negatividade para nossas vidas.

2. Sentimentos tóxicos - Choques emocionais e raiva intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.

3. Maus hábitos, falta de cuidado com o corpo - Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção da saúde energética. 

4. Fugir do presente - As energias são colocadas onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no presente que podemos construir nossas vidas.

5. Falta de perdão - Perdoar significa soltar ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e si mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.

6. Mentira pessoal -Todos mentem ao longo da vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço.

7. Viver a vida do outro - Ninguém vive só e, por meio dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, é a frustração. 

8. Bagunça e projetos inacabados - A bagunça afeta muito as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos, além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia. Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e energia.

9. Afastamento da natureza - A natureza, nossa maior fonte de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais. 

Novamente - posicionar os móveis de maneira correta, usar espelhos para proteger a entrada da casa, colocar sinos de vento para elevar a energia ou ter fontes d’água para acalmar o ambiente são medidas que se tornarão ineficientes se quem vive neste espaço não cuidar da própria energia. Portanto, os efeitos positivos da aplicação do Feng Shui nos ambientes estão diretamente relacionados à contenção da perda de energia das pessoas que moram ou trabalham no local.
O ambiente faz a pessoa, e vice-versa.


É oculta a ação dos Espíritos sobre a nossa existência e quando nos protegem, não o fazem de modo ostensivo.

Se vos fosse dado contar sempre com a ação deles, não obraríeis por vós mesmos e o vosso Espírito não progrediria. Para que este possa adiantar-se, precisa de experiência, adquirindo-a freqüentemente à sua custa.

É necessário que exercite suas forças, sem o que, seria como a criança a quem não consentem que ande sozinha. A ação dos Espíritos que vos querem bem é sempre regulada de maneira que não vos tolha o livre-arbítrio, porquanto, se não tivésseis responsabilidade, não avançaríeis na senda que vos há de conduzir a Deus. Não vendo quem o ampara, o homem se confia às suas próprias forças. 
Sobre ele, entretanto, vela o seu guia e, de tempos a tempos, lhe brada, advertindo-o do perigo.

Quando um Espírito protetor deixa que seu protegido se transvie na vida, não é porque não possa lutar contra os Espíritos_maléficos, mas porque não quer. E não quer, porque das provas sai o seu protegido mais instruído e perfeito. Assiste-o sempre com seus conselhos, dando-os por meio dos bons pensamentos que lhe inspira, porém que quase nunca são atendidos. A fraqueza, o descuido ou o orgulho do homem são exclusivamente o que empresta força aos maus Espíritos, cujo poder todo advém do fato de lhes não opordes resistência.

Quando o Espírito protetor, consegue trazer ao bom caminho o seu protegido, constitui isso um mérito que lhe é levado em conta, seja para seu progresso, seja para sua felicidade. Sente-se ditoso quando vê bem sucedidos os seus esforços, o que representa, para ele, um triunfo, como triunfo é, para um preceptor, os bons êxitos do seu educando. Entretanto, não é responsável pelo mau resultado de seus esforços. Pois que fez o que de si dependia.

O Espírito protetor quando vê que seu protegido segue mau caminho, não obstante os avisos que dele recebe, compungem-no os erros do seu protegido, a quem lastima. 

Tal aflição, porém, não tem analogia com as angústias da paternidade terrena, porque ele sabe que há remédio para o mal e que o que não se faz hoje, amanhã se fará.