quarta-feira, 28 de setembro de 2016



Religião e alegria não são coisas dissociadas, pois uma deve fazer parte da outra, na vivência das coisas sagradas. Sabemos que há religiões de extremo rigor, cujas práticas não combinam com a alegria. Mas, "para buscar Deus, o homem não necessita desfigurar a face. Recorde que o encontro com Deus há de ser o funeral de todos os pesares." Mateus - 6.16.
Viver com alegria, além de sábio, é saudável, pois a vida sem alegria pode levar à depressão. Para enfrentarmos as dificuldades cotidianas, é preciso praticar e incorporar a alegria às nossas vidas, de maneira cada vez mais rica e profunda.

Expressamos alegria quando cantamos, quando dançamos, celebrando momentos de festa, quando sorrimos e abraçamos nossos irmãos com sinceridade e amor. Expressamos alegria quando praticamos nossa religião, quando agimos com respeito, dedicação, cerimônia e fraternidade.
A alegria de viver não nos desvia do caminho espiritual, mas, sim, nos conduz e nos faz caminhar por ele, dissipando nossos medos e dúvidas, dando-nos segurança, firmeza e fé. Encontrar a verdadeira alegria é a tarefa espiritual mais difícil de todas.

Quando temos a certeza de que encontramos nossa verdadeira senda religiosa e a praticamos com amor e devoção, sentimo-nos plenos, realizados e felizes. Tão felizes que nada mais pode nos impedir de celebrarmos a nossa felicidade e contentamento. Só então podemos demonstrar verdadeiramente nossos sentimentos de amor e devoção ao Divino Criador  e às suas Divindades.     

Na Umbanda, praticamos nossos rituais com muita alegria, assim como fizeram e fazem diversos povos, nas várias religiões, ao longo dos séculos. Ao lado da seriedade, da reverência e do respeito, elevamos nosso pensamento a Deus e aos Orixás, evocamos e clamamos a eles a ajuda divina.

Entregamo-nos de corpo e alma às divindades que louvamos, com júbilo sagrado, e somos brindados com a imensa alegria que nossa religião nos proporciona. Ao mesmo tempo, nosso contentamento é o presente que oferecemos a Deus e às suas Divindades Sagradas, os Orixás, juntamente com nossa fé, religiosidade e amor.

Em todos os rituais e celebrações umbandistas a alegria faz parte da experiência do sagrado. Ela acende nossos corações, ilumina e renova nossa esperança de vencermos a escuridão, na busca espiritual. Ela é fundamental e se expressa até mesmo no final das giras, quando retornamos para casa energizados, felizes por termos conseguido uma aproximação maior com a espiritualidade e pela ajuda que propiciamos aos nossos irmãos.

O desejo por coisas materiais e prazeres terrenos nos enfastia com rapidez, nos deixa insatisfeitos. O único que pode nos conceder alegria imperecível é Deus, pois Dele nunca nos fatigamos. A sempre renovada alegria da alma, sintonizada com o Divino Criador, faz vibrar todos os átomos de nosso corpo, fazendo-nos adotar o procedimento correto em tudo.

A felicidade, destino traçado pelo Criador para todos nós, é a nossa grande meta. Para alcançá-la e usufrui-la, cada um deve esforçar-se e construir o seu caminho, na comunhão Divina. A felicidade ocorre quando vivemos a Lei de Deus.


O sucesso dos trabalhos efetuados em uma sessão espiritual depende, em grande parte, da concentração e da postura de médiuns e assistentes presentes.
O Templo de Umbanda é um local sagrado, especialmente preparados para as atividades espirituais, e que têm sobre seus espaços uma cúpula espiritual responsável pelas diretrizes básicas de amparo, orientação e segurança daqueles que, ou buscam ali a solução ou o abrandamento de seus males, ou dos que emprestam sua estrutura física para servirem de veículos à prática do bem. Apesar disto, alguns participantes julgam que, por tratar-se de culto de invocação, não se deve dar a devida atenção e respeito, sendo tais virtudes ausentes nestes indivíduos.
Respeito, palavra que muitos bradam quando são contrariados, mas que cai no esquecimento daqueles que muito ofendem. Temos visto, para nossa tristeza, que existem conversas paralelas, mexericos, algazarras, exibicionismos, bajulações etc., esquecendo-se que tais comportamentos atraem e "alimentam" os kiumbas, que, aproveitando-se das vibrações negativas emanadas por estas pessoas, desarmonizam e quebram a esfera fluídica positiva, comprometendo assim os trabalhos assistenciais.
Devemos lembrar que o silêncio e a pureza de pensamentos são essenciais ao exercício da fé. Temos observado também que alguns assistentes, e mesmo alguns médiuns, dirigirem-se desrespeitosamente aos espíritos trabalhadores (Entidades). Debocham de suas características e duvidam de sua eficiência.
Entretanto, quando passam por uma série de sofrimentos físicos e espirituais, recorrem àqueles mesmos espíritos que outrora foram alvos de sua indiferença. Restabelecidos, atribuem sua melhora ao acaso.
Devem, médiuns e assistentes, observar o silêncio e o pensamento em situações ou coisas que representem fluídos do bem. Este procedimento tem como consequência a irmanação energética com os espíritos, decorrendo daí o derramamento sobre o terreiro do elixir etéreo da paz e da fraternidade. O que se consegue do mundo astral é, antes de tudo, fruto da bondade e do merecimento de cada um.
A conduta reta e positiva deve ser a tônica em uma agremiação umbandista, para que os Guias e Protetores possam instalar no mental e no coração de cada participante sementes de bondade, amor e proteção.
A homogeneidade de pensamentos é instrumento de poder do ser humano, rumo à concretização de seus desejos, sendo fundamental que se apresentem límpidos e sinceros numa Casa de Umbanda.


Habitualmente questionas muitos acontecimentos que cercam a tua existência.
Consideras-te um espírito extremamente atribulado, vivenciando dúvidas atrozes, que não permitem ultrapassares obstáculos impostos pela reencarnação.
O suceder dos problemas mal oferece tempo para o refazimento das energias necessárias para superá-los.
A vida parece resumir-se ao trabalho que garante a sobrevivência, sem dar espaço para vivenciares momentos de lazer que renovariam as forças de tua alma.
Acreditas ser alguém que não faz mal ao semelhante para merecer tantas provações.
Esqueces que a Terra é um planeta que abriga espíritos em estágio de difícil aprendizado e portadores de imensas deficiências.
Cada existência representa abençoada oportunidade de reeducação que não deves desperdiçar, mas, acima de tudo, precisas bendizê-la pelo valor incomparável que representa à tua alma.
Se não existissem os problemas, provavelmente caminharias pelas trilhas da ociosidade que te impediriam de avançar.
É sempre possível optar pelo caminho do amor, mas essa é tarefa naturalmente adiada ante outras que julgas mais urgentes e que exigem de ti muito esforço e dedicação, porquanto estão colocadas na ordem de tuas mais imperiosas necessidades.
Com isso, mergulhas no mundo de tal forma, que esqueces de Deus, logo sendo assaltado pela dúvida e amargura, quando não pela revolta por tudo que não conseguiste conquistar.
Por todos os meios e através de criaturas especiais, Deus tenta despertar teu coração para descobrires a que vieste.
Como último recurso recebes a visita da dor que aciona em tua alma a busca da religião, pela extrema necessidade que sentes de que Deus te nutra de forças novas para reerguer-te, a fim de descobrires os motivos pelos quais estás na Terra.
Relembrando com maestria a tua fragilidade e pequenez, e mostrando a urgência de voltares para o Pai, muitas vezes por trajetos tortuosos, onde irás experimentar desânimo e solidão, a dor, sublime companheira, é a única capaz de indicar o caminho seguro que te fará reencontrar o bem e o amor.


Do livro: A Conquista da Felicidade


Os Benfeitores Espirituais disseram a Kardec que a ideia de Deus é intrínseca aos povos primitivos, uma espécie de sentimento inato impresso no espírito, que não foi imposto pela educação, ou seja, pelas tradições nem pelos valores intelectuais, morais e religiosos. Essa noção faz parte do sentimento natural, bem como outras tantas riquezas e bens de cunho imortalista, que estão gravadas no imo da humanidade.
A presença de Deus constitui a essência que não se restringe unicamente à consciência humana, mas se estende a toda a Natureza.
A respeito da SOLIDARIEDADE no mundo animal, escrevemos: o sentimento de acolhimento, cujo intuito é socorrer e ajudar, faz parte da nossa herança primata, mas os seres humanos têm imensa resistência em admitir que essas boas qualidades são parte da evolução filogenética de todo o reino animal. Quando indivíduos cometem genocídio - destruição de populações ou povos -, nós os chamamos de ``animalizados´´; mas, quando são solidários e bondosos, nós os elogiamos por serem ``humanitários´´.
Em 16 de agosto de 1996, uma fêmea de gorila de oito anos, denominada Binti Jua, resgatou uma criança de três, que subiu em uma grade e caiu a uma altura de aproximados seis metros, dentro da jaula dos primatas. Funcionários agiram quase que de imediato, mas foi Binti que reagiu prontamente, levantou o menino, embalando-o com o braço direito, e o carregou para um lugar seguro. Sentou-se em um tronco à beira d´água com a criança inconsciente no colo, afagou-o delicadamente com as costas da mão, deu-lhe umas pancadinhas nas costas e carregou-o por dezoito metros até uma entrada de acesso, para que o pessoal do zoológico pudesse socorrê-lo.
Esse gesto amoroso de solidariedade, sensibilizou muitos corações, e constatou a possibilidade de haver humanidade nos primatas não humanos. Binti Jua foi aclamada heroína e tida como um modelo de compaixão.
Ser solidário implica, em primeiro lugar, o respeito à dignidade individual. A solidariedade tem como intuito socorrer e confortar a outrem em suas dificuldades e colaborar, de modo efetivo, para uma vida melhor no meio social em que se vive. Ela é sempre mais verdadeira quando praticada de modo espontâneo ou com quem nem mesmo se conhece.
Constata-se hoje que certos traços, antes considerados exclusivamente humanos, são também encontrados em outros primatas. Solidarizar-se é tão frequente na Natureza quanto o comportamento belicoso.
O objetivo do ato solidário não é somente o de dar alguma coisa, por assim dizer, mas também o de doar-se; acolhendo, ouvindo, dialogando, ajudando na mais profunda dor ou necessidade de uma pessoa.
Não queremos dizer que, para sermos solidários e bondosos, devemos comungar de modo absoluto com os pontos de vista alheios; sobretudo, isso significa que devemos estar dispostos a tentar compreendê-los e respeitá-los. Não devemos supor que pensem do mesmo modo nosso. Só haverá real solidariedade quando alcançarmos uma forma de sair de nós mesmos e avaliar como cada individualidade vê o mundo com seus próprios olhos. As experiências de vida de outra pessoa são válidas para quem as experienciou e, mesmo que contestem as nossas, devemos levá-las em consideração.
Quando a solidariedade se torna um hábito e deixamos de empolgar-nos pelo julgamento precipitado,  nossa capacidade de amar amplia-se.
Segundo George Bernard Shaw, dramaturgo, romancista e jornalista irlandês, ``o pior pecado que cometemos com nossos semelhantes não é odiá-los, mas sermos indiferentes a eles. Essa é a essência da desumanidade´´.
Compartilhamos com a humanidade jornadas diárias e a nossa destinação mais completa se resume em dar atenção, compartilhar e compreender. São essas ações que, desenvolvidas, poderão resultar em qualidades, as quais serão via de mão dupla, ou seja, diretamente proporcionais à solidariedade que dedicarmos a nossos semelhantes.
Cada instante de nossa existência nos faculta experiências indispensáveis para o desenvolvimento de nossas qualidades inatas. Precisamos sair do ``pecado da indiferença´´, que tem como cerne a ``essência da desumanidade´´; não devemos nos afastar da presença uns dos outros, das contribuições e até mesmo das vicissitudes, dos altos e baixos que todos enfrentamos. Sendo solidários e bondosos avançamos tanto em conjunto como individualmente.


Adaptado do livro: Estamos Prontos (Fco. do Espírito Santo Neto - Esp. Hammed)


Observando as ações dos homens, cada dia mais me convenço de que elas se assemelham às dos animais. E para comprovar minha teoria, exemplifico com uma história que aconteceu comigo.
Tendo saído para uma caçada, de tocaia no galho de uma árvore, vi um coelho distanciado dos outros. Atirei nele e matei-o. O estampido fez com que todos os coelhos que estavam por perto fugissem rapidamente e procurassem segurança em cavidades subterrâneas.
Mas, dali  pouco, os coelhos voltaram à superfície e continuaram suas vidinhas alegres e corriqueiras, esquecidos do perigo que há pouco os assustara.
Não age assim também a espécie humana? ameaçados por uma tempestade, os homens procuram proteção num ``porto seguro´´, colocando em segurança a sua vida. No entanto, passado o perigo, eles se expõem novamente a outros temporais, quem sabe até mais violentos.
Quando os cães passam por territórios estranhos aos que lhes são costumeiros, provocam a ira dos animais locais que, a latidos e dentadas, espantam os supostos invasores por pressentirem neles uma ameaça aos seus domínios.
Os homens se assemelham aos cães quando atacam o que é novo por medo de serem por ele substituídos. Segundo a lógica dos seres humanos de vida trivial, quanto menos inovação, melhor.
Podemos tranquilamente mudar de idéia se surgirem novas informações que exijam de nós essa postura. Ao que parece, temos medo de ser convencidos pelos argumentos e razões dos outros.
O motivo é o receio de precisarmos alterar nossas opiniões, jogando fora os juízos que alicerçam nosso ponto de apoio bem como o prestígio e a reputação. Preferimos viver deprimidos a dar o braço a torcer, a abrir mão de uma teima ou a nos rendermos a uma evidência cujo resultado seria benéfico, pois nos traria muita alegria de viver.
Não devemos escamotear nossa energia prazerosa em nome do condicionamento social, para darmos a fala impressão de que somos pessoas boas, ajustadas e nobres, e na essência, sermos profundamente infelizes.
É muito mais cômodo ficar no lugar-comum, mantendo a mente fechada a novos aprendizados e uma postura ajustada a um nível limitado de saber. Mas é confortavelmente enfadonho não querer correr o risco de aderir às produções que fogem  a padrões costumeiros, temendo perder nosso referencial interno.
Somos pouco receptivos à renovação das ideias porque acreditamos ser humilhante reconhecer nossas falsas interpretações e equívocos e ter que anular nossas decisões por outras.
Todavia, quando os dias passarem e a marcha do progresso tornar evidente tudo aquilo que refutávamos, aí perceberemos que a nossa oposição obstinada diante do novo era fruto do nosso orgulho e ignorância. O vaidoso é o que mais rejeita as coisas inusitadas.
Quantas vezes, por interesses pessoais - fama, dinheiro, ascensão social -, apedrejamos o novo, denegrimos sua imagem e o atacamos sem piedade?
Quantas vezes, por comodismo, perdemos a chance de evoluir porque não encaramos o novo?
As mudanças são necessárias. Mudar faz bem, porque exige um novo olhar, amplia o campo de visão, estimula a reflexão e, consequentemente, acarreta amadurecimento.
O novo,muitas vezes, aparece em nossa vida como um conflito, um problema a ser resolvido.
O estampido que assusta os coelhos é o novo que provoca reações, que exige alteração da rotina; o novo é o bando de cães que passa em território alheio e provoca a ira dos cachorros locais, que reagem à invasão do inimigo fictício.
Não se deve evitar o novo nem reagir contra ele.
Interagir com o novo: eis o que deve ser feito. Aceitar as mudanças é uma prova de inteligência. O homem inteligente é aquele que se adapta a novas situações e com elas se integra.
Diante do novo, nem sempre precisamos mudar o caminho; às vezes, só mudamos o jeito de caminhar.


Do livro: La Fontaine e o Comportamento Humano
              Francisco do Espírito Santo Neto ( Esp. Hammed)



Salve...
Sou falangeiro de Ogum, mas me chamam de tantos nomes...
Tem gente que só de ouvir o meu nome já “treme” na base, outros riem sem entender o significado do nome, porém, nomes são símbolos e o meu significa, resumidamente, aquele que bloqueia, impedindo os espíritos de seguirem por caminhos inadequados, gostem eles ou não. Eu cumpro a Lei e promovo a Ordem na Terra e no Astral.
Sou um espírito que lidera uma falange que usa o mesmo nome que eu e isso acontece por questões de afinidade e também por determinação da Lei de Umbanda no Astral.
Isso não significa que somos todos iguais, somos indivíduos que apenas usam o mesmo nome.
Ainda tem gente por ai que acredita no Diabo e quando ouve falar em Exu, Tranca Ruas e outros logo ligam o nosso nome ao ser maligno que nada mais é que a maldade que vive no coração do homem, portanto, ele existe dentro daqueles que desconhecem o bem e estão afastados de Deus.
Grande parte desse folclore, dessa crença sem fundamento, se deve ao fato de o comércio, ávido pelo dinheiro, ter criado a partir de uma mentalidade doentia qualquer, imagens grotescas de nós e das moças que são nossas parceiras. Colocaram grandes chifres em nossas cabeças e em nossas mãos tridentes espetaculares, fazendo cair no ridículo a nossa imagem. Sem dizer que tingem de vermelho escarlate o corpo dessas pobres imagens como se tivessem acabado de sair do inferno para o mundo.
Diante de tal apresentação, até consideramos normal que as pessoas se iludam e acreditem que somos mesmo assim, uma vez que essas imagens são vistas por médiuns que não educaram a sua mediunidade, ficando expostos a toda criação mental que existe vagando ao redor da Terra, fruto do medo secular incutido por algumas religiões que se valem do medo para controlar seus fiéis. Essas imagens são criadas pelas mentes humanas e são projetadas no espaço, ficam soltas a vagar, uma vez captadas, assustam e o médium negligente acaba por acreditar que tais aberrações sejam reais.
Eu afirmo a vocês, porém, Umbandistas interessados em desvendar o mistério Exu, que não somos assim e se quiserem nos conhecer, basta olharem para si mesmos.
Se nos apresentamos, às vezes, vestindo nossas capas, chapéus, botas e outro tipo de indumentária usada na Terra, é porque trabalhamos com espíritos ainda extremamente materializados e a forma faz parte do material que usamos para cumprir a nossa missão.
Esqueçam as imagens bizarras e aprendam a não nos temer. Somos trabalhadores como qualquer outro e contamos com vocês, médiuns esclarecidos e de boa vontade, para nos auxiliarem na árdua tarefa de desmistificar o nosso trabalho e a nossa imagem.
Há uma nova Umbanda florescendo e vocês, filhos de fé, são as mais belas flores desse novo jardim que estamos construindo.
Estejam alertas e atentos. Não relutem em derrubar velhos conceitos. Tudo muda a todo instante.
Acompanhem as mudanças e sejam felizes. 

TRANCA RUA DAS ALMAS



PEDIDO A SR. TRANCA RUA DAS ALMAS

Senhor Tranca Rua das Almas, senhor do sétimo grau de evolução da lei maior de Ogum, conhecedor de todas as magias e demandas praticadas, interceda em meu caminho livrando-me de toda a energia que possa atrapalhar minha evolução; fazei de meus pensamentos uma porta fechada para a inveja, discórdia e egoísmo.

Dos sete caminhos por ti ultrapassados, foi na rua que passou a ser dono de direito, abrindo as portas para os espíritos que merecem ajuda e evolução e fechando para os que querem praticar a maldade e a inveja contra seus semelhantes.

Fazei de minhas palavras a transparência da humildade.



Caboclo Cobra Coral, o cacique guerreiro e grande mago da umbanda, também chamado de  " o mago do cajado da cobra" .

``Todos os caboclos
quando vem da mata
trazem a cinta do seu cobra coral (bis)
é do seu cobra coral (bis)´´

É assim que começa muitas das sessões dos centros de umbanda. É assim que começa mais uma noite de trabalho e aprendizagem dos médiuns e magos da umbanda...
Seu Cobra Coral é muito respeitado dentro da Umbanda e também  fora dela.  Basta ver o trabalho que a Fundação Cobra Coral faz no Brasil.
Caboclo de um respeito muito grande pelo ser humano e suas fraquezas, ele também é conhecido no mundo espiritual pelo seu trabalho, trabalhador incansável que é, em prol da umbanda. Já no astral, os chefes do submundo o conhecem e temem, pois seu trabalho já se fez sentir também por ali.
Seu Cobra Coral trabalha também com elementais e elementares; alias eles estão dentro dos terreiros de umbanda mais que imaginamos .Ao começar seu trabalho, ele se faz acompanhar previamente de um ou dois elementais, que retiram da terra e dos vegetais fluidos para descarregar os filhos de fé que vão à sua procura . Alias, este é o motivo pelo qual muitos dos caboclos de sua falange não fumam (muitos, não todos).
Cobra Coral, não faz o mal, ele só faz o bem. É muito gentil e fala quase que corretamente o português. Você não ouvirá nunca  Cobra Coral tratar alguém com grosserias.
Cacique flecheiro, comanda uma legião de espíritos que se equivalem pelo saber e companheirismo uns com os outros. Numa demanda, sabem como vence-la sem deixar mágoas e não raras vezes os desafetos fazem as pazes.
Trabalhador incansável, lida com os quatro elementos e quase sempre se ouvirá falar bem dele.
Ao contrário do que se parece, seu Cobra Coral tinha uma cobra, mas esta  era uma jiboia, que após a morte dela foi trocada por uma sucuri.
O nome ele ganhou devido à pintura de seu rosto nas batalhas de sua tribo com as tribos do norte do pará.
Quem tem Xangô, Oxóssi, Yansã e Oxum em sua linha, terá certamente a proteção deste caboclo.
Para ele a melhor oferenda é sempre sua fé.
Sua cor é verde e amarelo, suas guias confeccionadas em número de sete a sete, embora se você quiser, deixa-lo feliz deverá fazer uma guia de lágrimas de nossa senhora ou de esporão de galo (uma planta).
Sua bebida é vinho branco seco e seu prato predileto bife de gado ou carne moida frita com pouco sal. Aceita também frutas com as quais os presenteiam.
Para ele muita vela pois, quanto mais vela tiver,  mais luz seus médiuns terão.
Caro amigo e guia Cobra Coral...
Que sua luz ampare aqueles que em ti acreditam,
e iluminem aqueles que de ti duvidam...


O primeiro mandamento da lei mosaica diz que: ``Devemos amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos´´. 
O amor que deve ser dedicado a Deus, praticamente quase todas as criaturas entendem, mas o amor ao próximo, depois de vários milênios de sua promulgação pelo líder judeu Moisés, continua provocando controvérsias, e a primeira delas é a seguinte: quem é o meu próximo? Como posso identificá-lo? Ele está sempre perto ou pode também estar longe?
Ao ser interrogado por um rabino a respeito desse assunto, Jesus contou a parábola do bom samaritano,que diz o seguinte: Viajava certo homem na estrada que vai de Jerusalém a Jericó, quando foi assaltado por ladrões que levaram o seu dinheiro e o espancaram muito, deixando-o caído no chão, todo ensanguentado. Caminhava por ali um sacerdote que, ao vê-lo, passou de largo, não dando a menor importância. Logo após, passou um levita, que também viu o homem caído, mas desviou-se do caminho, deixando-o entregue à própria sorte. Porém, um samaritano que passava por aquelas bandas acercou-se dele cheio de compaixão, pensando-lhe as feridas, reanimando-o e levando-o para uma hospedaria, onde pagou adiantado todas as despesas do ferido, recomendando ao dono da hospedaria que o tratasse com cuidado e zelo, que ele voltaria para ressarcir todos os gastos com o doente.
Qual destes três parece ser o próximo do homem que caiu nas garras dos salteadores de estrada? pergunta Jesus.
E o rabino respondeu: ``Só pode ter sido o samaritano´´... E Jesus disse: ``Vai e faze o mesmo´´
Isso nos leva a crer que as pessoas que se mostram indiferentes à dor alheia, são distantes de todos, porque o nosso próximo é aquele que está mais perto de nós, que chega junto nas horas difíceis, perto, porém, do coração, pela solidariedade, pela compaixão e pelo amor. A distância que existe entre nós e o próximo não pode ser medida em metros ou kilômetros, mas sim pelo grau de vibração dos sentimentos.
Muitas vezes, temos alguém ao nosso lado, sob o mesmo teto, às vezes até fazendo parte da nossa parentela familiar, sem que, no entanto, possamos contar com sua cooperação ou solidariedade em qualquer tipo de empreendimento. 
Essas pessoas, de um modo geral, não estão perto de nós, e sim muito longe, porque não se preocupam com os assuntos que nos dizem respeito. Do mesmo modo, podemos ter uma pessoa que está a kilômetros de distância preocupando-se muitíssimo com o que acontece conosco, estando sempre pronta para dizer ``presente´´ na hora exata em que precisamos do seu concurso.
Ser próximo é ser solidário, amigo, leal, sincero, fraterno e dedicado, compartilhando sempre, nas alegrias e nas tristezas da vida.


Do livro: Os Segredos da Felicidade (Djalma Santos)