quarta-feira, 28 de setembro de 2016


O primeiro mandamento da lei mosaica diz que: ``Devemos amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos´´. 
O amor que deve ser dedicado a Deus, praticamente quase todas as criaturas entendem, mas o amor ao próximo, depois de vários milênios de sua promulgação pelo líder judeu Moisés, continua provocando controvérsias, e a primeira delas é a seguinte: quem é o meu próximo? Como posso identificá-lo? Ele está sempre perto ou pode também estar longe?
Ao ser interrogado por um rabino a respeito desse assunto, Jesus contou a parábola do bom samaritano,que diz o seguinte: Viajava certo homem na estrada que vai de Jerusalém a Jericó, quando foi assaltado por ladrões que levaram o seu dinheiro e o espancaram muito, deixando-o caído no chão, todo ensanguentado. Caminhava por ali um sacerdote que, ao vê-lo, passou de largo, não dando a menor importância. Logo após, passou um levita, que também viu o homem caído, mas desviou-se do caminho, deixando-o entregue à própria sorte. Porém, um samaritano que passava por aquelas bandas acercou-se dele cheio de compaixão, pensando-lhe as feridas, reanimando-o e levando-o para uma hospedaria, onde pagou adiantado todas as despesas do ferido, recomendando ao dono da hospedaria que o tratasse com cuidado e zelo, que ele voltaria para ressarcir todos os gastos com o doente.
Qual destes três parece ser o próximo do homem que caiu nas garras dos salteadores de estrada? pergunta Jesus.
E o rabino respondeu: ``Só pode ter sido o samaritano´´... E Jesus disse: ``Vai e faze o mesmo´´
Isso nos leva a crer que as pessoas que se mostram indiferentes à dor alheia, são distantes de todos, porque o nosso próximo é aquele que está mais perto de nós, que chega junto nas horas difíceis, perto, porém, do coração, pela solidariedade, pela compaixão e pelo amor. A distância que existe entre nós e o próximo não pode ser medida em metros ou kilômetros, mas sim pelo grau de vibração dos sentimentos.
Muitas vezes, temos alguém ao nosso lado, sob o mesmo teto, às vezes até fazendo parte da nossa parentela familiar, sem que, no entanto, possamos contar com sua cooperação ou solidariedade em qualquer tipo de empreendimento. 
Essas pessoas, de um modo geral, não estão perto de nós, e sim muito longe, porque não se preocupam com os assuntos que nos dizem respeito. Do mesmo modo, podemos ter uma pessoa que está a kilômetros de distância preocupando-se muitíssimo com o que acontece conosco, estando sempre pronta para dizer ``presente´´ na hora exata em que precisamos do seu concurso.
Ser próximo é ser solidário, amigo, leal, sincero, fraterno e dedicado, compartilhando sempre, nas alegrias e nas tristezas da vida.


Do livro: Os Segredos da Felicidade (Djalma Santos)

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