terça-feira, 16 de agosto de 2016


FALADORES DE PLANTÃO


Era dia de gira. O terreiro já estava todo limpo e preparado, os médiuns responsáveis pela limpeza daquele dia conversavam alegremente.
O dirigente e os médiuns mais velhos já haviam feito todas as firmezas e podiam agora se juntar aos demais médiuns para um entrosamento maior. 
O ambiente era tranqüilo e feliz.
Duas horas antes do início efetivo da sessão começaram a chegar os demais médiuns pertencentes a casa, uns mais efusivos que outros como ocorre em todo grupo, todos se cumprimentam alegremente.
Faltando uma hora para o início dos trabalhos é iniciada a doutrina destinada a assistência e médiuns.

Com a doutrina já quase no fim, eis que chega uma das médiuns novas da casa, com pouco mais de três meses na casa. 
Entra quieta e apressada, cumprimenta os irmãos de corrente com um “Oi” geral, um sorriso amarelo e vai direto  trocar de roupa. Alguns médiuns se entreolham sem saber o porque daquela irmã nunca se entrosar com eles. 
Chega sempre em cima da hora da sessão, nunca se oferece para ajudar na faxina do terreiro e nem participa das obras assistenciais. Mesmo em trabalhos internos, entra muda e sai calada.
Essa atitude dela vem já causando algum desconforto entre alguns médiuns, que resolvem, com a “melhor das boas intenções” perguntar á mim, faltando menos de 15 minutos para o início da sessão, se eu sei o porque desse “descaso” para com os irmãos e para com a própria Casa.
Como adoro gente curiosa respondo para que deixem a novata em paz...pois  ela tem compromissos previamente assumidos que a impedem de estar mais tempo junto de nós. Isso não significa que ela não gosta da Casa ou de nós e lhes pergunto porque  não tentam colocá-la mais a vontade em nossa Casa?

Mas médium antigo é mais curioso... e um deles  dispara: 
- Mas Pai, nem quando ela chega aqui ela fala com a gente direito... Entra muda e sai calada. Assim fica difícil fazer amizade com ela,quando lhe pergunto se já lhe passou pela cabeça que a sua forma de aproximação poderia assustá-la ou afastá-la?
Este médium vai para dentro do terreiro determinado a descobrir os “tais compromissos” e se a nova médium realmente era tímida ou antipática. Afinal, ele trabalhava tanto, fazia tanto pela Casa limpava, fazia faxina, chegava cedo no terreiro, participava das aulas, doutrinas, sessões de desenvolvimento... e tinha o mesmo tratamento que a novata? Recebia de mim o mesmo sorriso, a mesma atenção... Não achava justo isso. Ia dar um jeito de mostrar para mim que eu estava sendo condescendente demais com aquela médium tão inexpressiva e indisciplinada.

Começa a sessão... os trabalhos transcorrem normalmente e a novata incorpora pela primeira vez o seu Caboclo... e diz ao Caboclo  Sete flechas: esse Caboclo tá muito satisfeito com o que seu aparelho vem fazendo com minha filha. Ela precisa de muita orientação e amparo. Não permita que turvem os olhos e o coração do seu aparelho com maledicências...

Quando meu caboclo  responde:Pode ficar tranqüilo. Meu aparelho já sabe.
Ao ver que a novata havia incorporado, aquele médium mais velho sente aumentar ainda mais a sua inveja... e pensa “Agora que ela vai ter mais atenção mesmo... se sem incorporar nada já recebia atenção... agora então...
 A sua ansiedade não permitiu que ele mesmo incorporasse seu enviado de Oxóssi. Desequilibrou-se e acabou ficando sem receber as irradiações maravilhosas de seu guia, que tenta exaustivamente chamá-lo a razão, dizendo a seu ouvido:
 Meu filho, reflita no real motivo que se empenha tanto em ajudar na Casa. É por humildade ou para “aparecer”. O pai tem que zelar por todos igualmente e é óbvio que irá se preocupar com os que mais necessitam. Abranda o teu coração e sossega teu pensamento para que possa fazer o que devia ser o teu primeiro objetivo aqui... praticar a caridade servindo de aparelho para mim e a tua Banda toda...

Mas nada... o médium mais velho não lhe dava ouvidos. A corrente da Casa já havia anulado a ação dos espíritos trevosos que circundavam o terreiro, mas eles encontravam dificuldade em afastar alguns pois estavam encontrando ressonância de sentimentos no médium mais velho que estava com a “guarda aberta”.
O Caboclo Sete flechas, foi avisado pelos guardiões o que estava se passando. Ele olhou para o médium mais velho que de tão cego que estava não percebeu o olhar do Caboclo. O sêo sete flechas avançou em direção áo médium que cantava pontos sem prestar a menor atenção ao que estava acontecendo a sua volta, pois o seu olhar estava fixo sobre a novata incorporada. Quando deu por conta, sêo sete flechas estava na sua frente... e falou:

- Muleque presta atenção na gira e não em médium. Presta atenção ao seu guia, ele está do seu lado! sempre! Ele tem compromisso com você e com a casa. Você é que está preocupado com coisa que não é para se preocupar e nem saber. Coisa que não deveria ser do seu interesse. Cuida do teu e do que veio fazer aqui!

Este médium fecha os olhos e balança suavemente para frente e para trás... o Sêo sete flechas dá o seu brado e o Caboclo daquele médium se apresenta

Os dois conversam. O sêo sete flechas pede para que este  seja enérgico com seu médium, que o oriente a deixar os assuntos que não sejam de sua alçada fora de seus pensamentos. Que não seja intransigente com os irmãos, que controle a sua curiosidade e julgue menos. Que veja todos os irmãos iguais e que se conscientize do seu papel dentro do terreiro e dentro da Umbanda.

O Caboclo do médium promete que irá continuar trabalhando mas que seu médium tem o seu livre arbítrio e pede ajuda nessa tarefa,quando chega o momento do passes e o trabalho transcorre com tranqüilidade.

Ao término da sessão a novata é só sorrisos. Feliz por haver incorporado pela primeira vez o seu Caboclo, quase corre para perto de mim e me  abraça agradecida.

Pai, obrigada! As suas palavras ontem me deram novo incentivo, nova vida. Renovaram o meu desejo de crescer, estudar, evoluir. Fiz tudo direitinho conforme a senhora orientou e hoje vi que não estou louca... Cheguei aqui hoje ainda com um pouco de medo. Mas... Ele existe mesmo e a sensação é maravilhosa. Aqui é a minha Casa por que é a Casa Dele. Além do mais, hoje quando fui fazer a entrevista de emprego, me saí tão bem que já começo a trabalhar na segunda-feira e terei mais tempo para me dedicar ao Centro e aos estudos da espiritualidade.

 Todos nós passamos por isso, sentimos esse medo, essa insegurança... só que alguns esquecem que um dia foram inseguros e tiveram seus problemas também.neste momento a novata diz ao médium mais velho:gostaria muito de ajudar na limpeza de nosso terreiro e em todas as tarefas disponíveis, agora que arrumei outro emprego e não trabalho mais em dia de sessão. Como posso fazer? Falo com quem? Você sempre foi tão prestativo e atencioso comigo... pode me ajudar?

Felizmente a excitação da novata  não permitiu que ela percebesse o quão desconcertado e envergonhado o médium mais velho estava, pois ele ouvira na íntegra a conversa entre o seu Caboclo e o sêo sete flechas e agora ouvia aquilo...
 Acho que sorri. Mais uma lição havia sido aprendida por aquele filho tão querido. Me volto para o Congá e me alegro ao olhar a imagem de meu Caboclo e em pensamento digo: “Obrigado Pai! Obrigado Umbanda pela oportunidade do aprendizado constante!”

UMBANDA,CATOLICISMO E ESPIRITISMO




POR MUITAS VEZES AQUI EM NOSSA CASA CITAMOS SIMILARIDADES DA UMBANDA COM OUTRAS RELIGIÕES,PORÉM SEMPRE FAÇO QUESTÃO DE FRISAR EM NOSSAS DOUTRINAS QUE A UMBANDA É UMA RELIGIÃO COM LITURGIA PRÓPRIA,DOUTRINA PRÓPRIA E POR SE TRATAR DE UMA RELIGIÃO INICIÁTICA POSSUI EM SUA DOUTRINA IDENTIDADE PECULIAR E  BEM DEFINIDA EM TODAS AS LEIS E DOGMAS.
MUITOS MÉDIUNS CONFUNDEM UMBANDA COM ESPIRITISMO OU KARDECISMO,ENTENDENDO QUE POR TODAS ESTAS SE TRATATREM DE RELIGIÕES REENCARNACIONISTAS POSSUEM MESMA BASE LITÚRGICA,O QUE É LEDO ENGANO,POIS NÃO DEPENDEMOS DE NINGUÉM E DE NADA PARA DEFINIRMOS NOSSAS BASES DE CULTO E SIM DE UM PROFUNDO E SÁBIO APRENDIZADO DITADO POR NOSSAS ENTIDADES DE TRABALHO QUE MILITAM NESTA SEARA.POR INCRÍVEL QUE PAREÇA SE FORMOS COMPARAR A UMBANDA COM OUTRA RELIGIÃO,A MAIS PARECIDA COM NOSSA PRÁTICA É O CATOLICISMO,SIM O CATOLICISMO POSSUI MAIS SEMELHANÇAS COM A UMBANDA DO QUE QUALQUER OUTRA RELIGIÃO,COMPARE AS MAIS EVIDENTES:

Procedimento, prática ou ritual das religiões abaixo:- Umbanda- Catolicismo- Espiritismo


1. Uso de altares


SimSimNão


2. Uso de imagens


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3. Uso de velas


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4. Uso de incensos e defumações


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5. Vestimentas e paramentos especiais


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6. Obrigações aos seus praticantes


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7. Proibições aos seus praticantes


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8. Ajoelhar-se, sentar-se e levantar-se em seus cultos


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9. Bebidas alcoólicas em seus cultos


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10. Sacerdócio organizado


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11. Sacramentos


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12. Casamento religioso e batizados


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13. Amuletos, patuás, escapulários e penduricalhos


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14. Hinos e cantarolas nos cultos


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15. Crença na existência de satanás


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Como pode, então pessoas que frequentam uma tenda de umbanda afirmarem que Espiritismo e Umbanda são a mesma coisa?Não seria mais coerente dizer que tem mais semelhanças com o Catolicismo, embora não seja também a mesma coisa?O espírita não tem a menor pretensão de diminuir ou desvalorizar o adepto da Umbanda que, por sua vez, tem também a sua denominação própria que é Umbanda, e não Espiritismo, apenas quer deixar claro queEspiritismo é Espiritismo e Umbanda é Umbanda, assim como Catolicismo é Catolicismo, Protestantismo é Protestantismo.A afirmativa que alguns fazem, em dizer que tudo é a mesma coisa, com a diferença de que na Umbanda se reúnem negros e pobres e no tal 'Kardecismo' se reúnem o que chamam de elites, é extremamente leviana, desonesta e irresponsável,o que em nossa casa é totalmente combatido,até por entendermos que foi-se o tempo que somente pobres e ignorantes frequentavam nossas sessões.O Espiritismo não faz qualquer discriminação de raças, cor ou padrão social, já que em seu movimento existem inúmeros negros, mulatos, brancos e de todas as etnias.Allan Kardec não inventou, ou criou, Espiritismo nenhum,como já disse em outras matérias,julgo que ele somente codificou o que os mentores astrais lhe ensinavam.A proposta veio de Espíritos, através de manifestações espontâneas, consideradas como fenômenos, na época, e ele, que nada tinha a ver com aquilo, foi convidado por alguns amigos para examinar e analisar os tais fenômenos, em suas casas, oportunidade em que foi convidado, pelos Espíritos, pela sua condição de pedagogo e educador criterioso,a organizar aqueles ensinamentos em livros e disponibilizar para a humanidade.Portanto sempre peço aos médiuns de nossa casa para se esmerarem no aprendizado pois só assim conseguirão fazer bem feito o que outras religiões fazem tão bem mais feito que nós umbandistas,que é evangelizar e arrebanhar mais seguidores


21 DÚVIDAS SOBRE O PASSE MEDIÚNICO




TEMOS AQUI NA T.U.O.D E POSSO GARANTIR QUE EM QUALQUER CASA DE ESPIRITUALIDADE MUITAS DÚVIDAS ACERCA DO MOMENTO DO PASSE MEDIÚNICO,MUITOS MÉDIUNS ACABAM POR NÃO ENTENDER A GRANDIOSIDADE DESTE MOMENTO DE DEDICAÇÃO.DESPRENDIMENTO E AMOR AO PRÓXIMO EM TODA SUA MAGNITUDE,POR MAIS QUE ABORDEMOS ESTE TEMA,ELE SEMPRE SERÁ QUESTIONAMENTO PARA MUITOS MÉDIUNS QUE ESTÃO INICIANDO-SE NA PRÁTICA CARITATIVA,POR ISSO VAMOS ABORDAR ALGUMAS DÚVIDAS MAIS IMPORTANTES:
01- A higiene pessoal influencia no passe?
Sim. Podemos destacar duas razões básicas: (1) os desequilíbrios a que submetemos o corpo físico são refletidos nos outros corpos do indivíduo, contribuindo para a piora dos fluidos que formam tais corpos. Sendo esses fluidos doados no momento do passe, é natural esperarmos que tal parcela deletéria seja também transferida ao paciente. (2) Tanto o passista quanto o paciente necessitam de concentração mental para que se alcance maior eficácia no passe. A falta de higiene provoca muitas vezes odores fétidos que desarticulam a capacidade de concentração, afetando inclusive quem esteja localizado no mesmo ambiente físico, prejudicando a todos.
02- O vestuário do passista influencia na tarefa?
Sim. A grande maioria das pessoas encarnadas ainda enfrenta problemas relacionados à área sexual. Nesse sentido, muitas vezes o uso de roupas mais curtas e justas funciona como catalisador de pensamentos abusivos que destoam completamente da serenidade requerida na hora do passe. Tendo em vista esse problema comum, não só o passista ou o paciente, mas qualquer um de nós deverá observar com cautela o vestuário a ser utilizado no dia a dia, lembrando sempre que “o equilíbrio está no meio”,por isso aqui em casa cuidamos tanto disso na hora de encaminhar um consulente á uma entidade.
03- O passista precisa fazer tratamento de desobsessão antes de ingressar na tarefa?
Não. Freqüentemente a falta de trabalho em benefício do semelhante é o ponto de apoio de variada gama de processos obsessivos. Em relação ao passista, apenas os casos de subjugação deverão merecer tratamento antecipado.
04- Estou fazendo uso de remédios. Posso ser passista?
Depende. Há medicamentos que podem ser ditos “simples”, tais como remédios para dor de cabeça, cólica, azia, resfriado e coisas afins. Sabemos ser provável que parcela sutilizada do remédio venha a se agrupar aos fluidos do passista, vindo parte desta ser posteriormente transferida para o paciente. Há casos raros na literatura espírita relacionada aos passes que acusem esses fatos. No entanto,mesmo que a transferência ocorra, cremos que para os remédios ditos “simples” a parcela transferida chega a ser desprezível. O único problema aqui encontrado é a classificação exata de um remédio como sendo “simples” ou não. Na dúvida, talvez o melhor seja abster- se de participar da tarefa pelo período de uso do remédio. No rol dos medicamentos impeditivos da participação na tarefa, caso o passista os use, estão enquadrados todos aqueles que afetem o Sistema Nervoso Central.Porém se o médium se sentir totalmente á vontade e firme para dar passe devrá prestar seu serviço mediúnico
05- E se o passista estiver doente?
Em geral um organismo adoentado apresenta maior dispêndio de energia para sua manutenção e/ ou maior dificuldade em absorção desta. Excetuando- se os casos em que as observações acima não se verifiquem, tal como ocorre em algumas doenças que acompanham o indivíduo durante toda a vida, o passista deverá se afastar da tarefa até o restabelecimento adequado.
06- A ingestão de carne influencia na tarefa do passe?
Nem preciso lembrar do nosso preceito antes dos cultos né? Embora o passista não deva ser obrigatoriamente vegetariano, encarando o passe como recurso terapêutico físico e espiritual, geralmente utilizado quando apresentamos indisposições de variada ordem, é útil abstermo-nos de alimentos mais pesados, tal qual fazemos quando em tratamentos médicos convencionais. A alimentação do passista afeta os fluidos que este doará no momento do passe.  porém a abstinência de carne será meritória se a praticarmos em benefício dos outros. Tendo em mente o benefício do próximo, compensa ter pelo menos no dia de nosso culto uma alimentação mais regrada e sem carne vermelha
07- Posso dar passe de estômago cheio?
Vejo muita diferença entre estar bem alimentado,á estar estourando de tanto comer,não julgo certo o corpo estar realizando a digestão de nossa comida emquanto estamos dando passe através de nossas entidades,acho correto irmos para o terreiro,médiuns e consulentes apenas levemente alimentados.
08- Estou cheio de preocupações. Posso dar o passe assim mesmo?
Se o passista já aprendeu que amparar o semelhante é a melhor forma de auxiliar a si mesmo, compreenderá que principalmente nesses casos sua presença se faz mais útil.
09- Sou fumante. Posso ser passista?
O ideal é que ninguém fosse fumante. No entanto, o bom não poderá ser inimigo do ótimo. Pessoas que ainda se utilizem do cigarro, mas estejam se esforçando continuamente para abolir o vício, encontrarão na aquisição de responsabilidade como passistas maior motivação para absterem- se do fumo, desde que – enquanto ainda fumem – procurem não fazer uso do cigarro pelo menos como determina nossa doutrina,ou seja á partir das 11:00.
10- Faço uso de bebidas alcoólicas. Posso ser passista?
Nem preciso lembrar do nosso preceito antes do culto né?todo médium devia esforçar- se por discernir adequadamente entre o uso e o abuso. Em caso de abuso, recomendo que o médium contenha-se de bebidas no dia do culto para livrar-se do máximo possível dos fluidos deletérios contraídos pelo excesso praticado. Em situações normais, recomenda- se que particularmente no dia da tarefa o passista não faça uso de qualquer tipo de bebida alcoólica.
11- Faço uso de tóxicos. Posso ser passista?
Não. O usuário de tóxicos não deverá participar de tarefas de doação de fluidos e de trabalhos de caridade.
12-Quantas vezes por semana posso participar da tarefa do passe?
Recomenda- se que o passista intercale um dia de atividade na tarefa de doação de fluidos com um dia de descanso para a reposição natural de fluidos. Nesse particular, as reuniões mediúnicas são também considerados eventos de doação fluídica.
13- Sou médium ostensivo e participo de reuniões mediúnicas. Posso dar passes?
Sim, desde que observados os períodos de descanso para reposições fluídicas. No entanto, como a tarefa do passe não exige qualquer tipo de mediunidade ostensiva, é sempre um gesto de amor dar preferência a tarefeiros que não apresentem os requisitos para o mediunismo
14- Minha vida é muito corrida e agitada. Posso ser passista?
Há muitas pessoas que, mesmo com propósitos nobres, abarcam mais responsabilidades do que podem dar conta. A tarefa do passe, como outras, exige presença assídua de seus colaboradores, assim como dedicação – sempre que possível – aos estudos para melhoramento individual do passista. Normalmente é preferível não contar com um passista, do que contar com ele apenas raramente. Isso não deveria ser desculpa para se esquivar de sua religião,pois minha vida também é bem corrida!!!!
15- Para ser passista, qual é o sexo mais adequado?
Para a tarefa do passe, não há diferenciação entre os sexos.
16- A vida sexual do passista influencia em seu desempenho na tarefa?
Sim, principalmente a vida sexual a nível mental, pois o pensamento atrai energias positivas ou não, conforme o que se pensa. Assim, o que gravita em nosso redor invariavelmente se combina com nossos fluidos com base na lei de afinidade. Esses mesmos fluidos são transferidos posteriormente ao consulente. A grosso modo, recomenda- se que principalmente no dia da tarefa o passista procure manter sua “casa mental” adequadamente limpa e organizada e longe de qualquer ato sexual
17- Quero ser passista. Preciso ser “santo”?
Não. O passe é tarefa de amor, recurso terapêutico para as almas,porém uma boa conduta fora do espaço do terreiro ajuda em muito a qualidade de seus passes
18- O passista precisa se preparar ao longo do dia para dar o passe?
Podemos comparar o passista a um cirurgião. O cirurgião, antes do trabalho, deverá apresentar- se o mais higienizado possível para o desempenho adequado de sua tarefa sem a infecção do paciente. O passista deverá higienizar sua “casa mental” para evitar a contaminação de seus próprios fluidos que serão transferidos ao paciente. Tal higienização só poderá ocorrer com o esforço de se evitar pensamentos incorretos de qualquer tipo, a leitura de publicações inadequadas, a conversa de temas inferiores, e absorção de qualquer tipo de idéia nociva aos príncipios de nossa doutrina
19- O passista deve estudar sempre?
Sempre que possível, o passista deverá melhorar sua compreensão dos mecanismos do passe pelo estudo e observação. No entanto, o bom desempenho na tarefa do passe não se vincula exclusivamente ao aspecto intelectual, mas principalmente ao amor com que se participa do culto e com que quantidade de boa vontade realiza sua missão
20- O passista absorve os fluidos negativos dos pacientes?
Na tarefa de passe realizada dentro do terreiro, com a observância dos critérios de segurança e disciplina conhecidos, a coordenação da tarefa ocorre a nível espiritual, embora se tenha sempre um coordenador encarnado. Assim, é lícito pensar- se que a Espiritualidade procura sempre resguardar os tarefeiros durante o trabalho. 
21- Posso dar passe fora do centro espírita?
Nós aqui na t.u.o.d ás vezes vamos realizar algum trabalho externo na natureza ou na casa de alguém,porém sempre se lembrando de  trabalhar sob condições de disciplina e ordem para se garantir a segurança adequada ao desempenho da tarefa. O passista, sozinho, nunca deverá assumir responsabilidades por qualquer tipo de trabalho fora do âmbito da casa que freqüenta, embora, a título de beneficência, em visita a companheiro adoentado, poderá orar por ele – o que na verdade é também um passe -,  somente nos casos em que o próprio doente manifeste o interesse pela aplicação. Mesmo nesses casos, deverá o passista agir com extrema cautela afim de se evitar inconvenientes tais como manifestações mediúnicas de qualquer parte ou o perigo de algum espírito zombeteiro vir lhe atrapalhar a seriedade de seu trabalho. Atendimentos a companheiros vinculados a processos obsessivos que envolvam manifestação mediúnica e que se encontrem impossibilitados de se dirigir à casa espírita nunca deverão ser realizados pessoalmente por qualquer indivíduo, mas apenas por equipe escolhida pela direção da casa