Pontos de Pretos (as) Velhos (as).
Pontos cantados na Gira de Yorimá.
Pontos cantados na Gira de Yorimá.
Chamada do Pai José de Aruanda
Barracão, telhado de Zambi Protege teus filhos Traz o Protetô... Vem Pai José de Aruanda Dono do Terreiro de Ogum e Xangô É de Pai Ogum... É de Pai Xangô... 2x Viva o mestre, feiticeiro trabalha na Angola, no Jeje e Nagô 2x ____________________________________________ Chamada da Vovó Maria Conga Vó Maria Preta Velha, no tempo da escravidão Toda tarde ela varria o terreiro do patrão. Ô Vó Maria, sacode a poeira da sua saia, sacode a poeira da sua saia , sacode a poeira da sua saia.
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Chamada de Mãe Josefa La vem Mãe Josefa descendo a Ladeira com sua Sacola É com sua bengala é com seu patuá Ela vem de Angola Eu quero ver Vovó Eu quero ver Vovó Eu quero ver, se filhos de Pemba tem querer. ____________________________________________ Chamada de Pai Antonio do Toco Que Preto é este ô Cambinda que chegou agora É Pai Antonio do Toco que veio de Angola ____________________________________________ Chamada de todos os Pretos (as) Velhos (as) Pisou na linha do Congo, é Congo, é Congo, é aruê Pisou na linha do Congo, agora que eu quero ver. Vem Congo, vem Pai, vem no Terreiro para trabalhar ____________________________________________ Preto velho que veio de Angola , vamos saravá no Congá, Aê , aê ,aê , vamos saravá no Conga, Preto Velho é pai Benedito , Preto Velho é João Ferrador , Preto Velho é Gima no toco , que chega nungoma saravá Xangô; Preto Velho veio de Cambinda , Preto Velho veio de Luanda, Preto Velho veio lá do Congo pra saravá filhos de Umbanda. ____________________________________________ Preto Velho tá cansado , de tanto trabalhar Preto Velho tá cansado , de tanto curimbar Canta ponto , risca Pemba , como é longa a caminhada Quem tem fé , tem tudo , quem não tem fé não tem nada ____________________________________________ Ele é um negro feiticeiro , que trabalha na Umbanda , que trabalha na Quimbanda e na linha do Candomblé , Esse negro eu quero ver , esse negro eu quero ver , Esse negro eu quero ver , esse negro eu quero ver. ____________________________________________ Ê Luanda , terra da macumba , do batuque e docanjerê ê ê Terra da macumba , do batuque e do canjerê Eu vou bater o tambor , eu vou bater o tambor Vou fazer o meu batuque e chamar meu protetor Vou fazer o meu batuque e chamar meu protetor ____________________________________________ Nega Cambinda que fala na lingua Nagô Nega da Costa Mina , filha de Babalaô Na macumba êê , na macumba áá Nega pula , nega dança , nega joga seu marafo, Saravá seu protetor ____________________________________________ É preto , é preto , é preto oi Cambinda Todo mundo é preto oi Cambinda Na terra dos preto oi Cambinda Eu também sou preto. ____________________________________________ Santo Antonio era menino , São Benedito era rapaz , Corre , corre Santo Antonio , quero ver quem corre mais. ____________________________________________ Meu pito tá apagado Minha marafa acabou Vou trabalhar pra zuncê Porque sou trabalhador Eu vou trabalhar, zuncê vai ganhar Muito bango meu filho, e depois vem me pagar. ____________________________________________ Navio negreiro no fundo do mar Correntes pesadas na areia arrastavam A negra escrava se pôs a rezar A negra escrava se pôs a rezar Sarava, nossa mãe Iemanjá Virou a caçamba de fundo pro mar Virou a caçamba de fundo pro mar E quem nos salvou foi Mãe Iemanjá E quem nos salvou foi Mãe Iemanjá Sarava, nossa mãe Iemanjá ____________________________________________ Saravá Pai José de Aruanda que é dono da gira do meu Terreiro Saravá Pai José de Aruanda e todos os Negros do cativeiro Pai José e e Pai José e a Pai José vem de Aruanda Pai José saravou seu Congá ____________________________________________ Ô Preta Velha seu pilão tombou Ô Preta Velha seu pilão tombou Tombou, tombou, tombou mas não quebrou Tombou, tombou, tombou mas não quebrou ____________________________________________ Adorei as Almas, as Almas me atenderam Eram as Santas Almas, lá do cruzeiro As Almas acenderam o candieiro, Ê ê, lá no fundo do mar ____________________________________________ Auê meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá Auê meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá ____________________________________________ Tá caindo fulô, Tá caindo fulô Tá no céu, ta na terra, oi lelê, ta caindo fulô ____________________________________________ Bate bate na cumbuca, repelica no congá Chama, chama os pretos velhos e vamos trabalhar ____________________________________________ Vovó tem sete saias, na última saia tem mironga Vovó veio de Angola pra salvar filhos de Umbanda Com seu patuá, arruda e guiné, vovó veio de Angola pra salvar filhos de fé ____________________________________________ Ois quindim, ois quindim, ois quindim, oi muzambo Olha lá no mar, olha lá no mar oi muzambo Olha as catangas no mar Seu rosário tem mironga, oi sinhô, ninguém pode mais oi ninguem pode mais oi muzambo Olha as catangas no mar Refrão Sua terra é muito longe oi muzambo, ninguém pode ir lá ninguém pode ir lá oi muzambo. Olha as catangas no mar Refrão Quem vem descendo aquela estrada tão bonita é o Pai José, é a Vó Maria Eles desceram desceram, foi pra ajudar Seus filhos que cairam, não souberam levantar ____________________________________________ Minha caximba tem mironga, minha caximba tem dendê Quem duvida da minha caximba, que venha ver, que venha ver Pai Joaquim ê ê, Pai Joaquim ê a Pai Joaquim veio de angola, Pai joaquim é de angola, angolá ____________________________________________ Tira o cipo do caminho ô criança, deixa o Vovô atravessar É os Pretos Velhos, que vem de Aruanda, que vem trabalhar ____________________________________________ Quem é aquele velhinho, que vem no caminho andando devagar Com seu cachimbo na boca, puchando a fumaça e soltando pro ar Ele é do cativeiro, é Pai Belarmino, ele é mirongueiro ____________________________________________ Bonga meu nego, bonga Negros que vem do meio do mar navios negreiros que vem ancorar Negros que vem pra seus filhos curar Ora viva a estrela, ora viva glória Viva o rosário de nossa Senhora ____________________________________________ Preto na senzala bateu sua caixa,deu viva à Iaiá Preto na senzala bateu sua caixa, deu viva à Ioio Viva Iaià, viva Ioio, viva Nossa Senhora, cativeiro já acabou ____________________________________________ Lá na Aruanda tem velho que não caminha É devagar, é devagarinho, quem anda com preto velho nunca fica no caminho
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DESPEDIDA DE PRETOS (as) VELHOS (as) A benção vovô se precisar lhe chamo Zambi lhe trouxe, Zambi vai te levar Agradeço a toalha divina, agradeça ao meu Pai Oxalá
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Já vai preto velho subindo pro céu e Nossa Senhora cobrindo com véu ____________________________________________ Preto Velho já vai, mais ele vai cruzar seus filhos com guiné La na Aruanda onde canta o bem-te-vi Preto Velho vai embora e deixa o seu cavalo aqui ____________________________________________ A sineta do céu bateu Oxala ja diz que é hora Eu vou, eu vou, eu vou, ficar com Deus e Nossa Senhora
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Quando a Vovó vai embora Sacode, sacode a poeira da saia ____________________________________________ Ela apagou o ponto, saravou o congá despediu dos filhos, pegou seu patuá chegou na curimba e nos deu proteção sacudiu sua saia e só deixou a poeira no chão |
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