sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

                        Guias, Protetores e suas ligações com os médiuns

Nos trabalhos medianímicos, que principalmente ocorrem nas lides 
caritativas do movimento umbandista, é comum vermos os chamados 
"Guias" e "Protetores" se utilizarem dos seus médiuns para oferecerem
 algum tipo de alento, esclarecimento e socorro aqueles que aportam nos
 terreiros de Umbanda.




Esse serviço é realizado através dos aconselhamentos, onde o 
Espírito trabalhador não tem o dever de resolver nossos problemas 
ou caprichos, e sim nos orientar de como caminhar perante a vida e 
as situações que muitas vezes não conseguimos equacionar. 
Também é utilizado o tratamento magnético por meio dos passes,
 das ervas e defumações, da cromoterapia e do uso de pedras e 
outros recursos que podem ser utilizados pelos Espíritos trabalhadores 
da corrente de Umbanda, e também por aqueles que somente estagiam 
nos terreiros.

Mas viemos hoje trazer uma reflexão para vocês, tendo em vista alguns 
pontos de vista que médiuns e frequentadores apresentam, principalmente
 na seara da Umbanda.

É comum, quando frequentamos algum terreiro, notarmos que certos
 trabalhadores manifestam diversos guias, muitas vezes numa mesma
 linha de trabalho e em uma mesma sessão, por exemplo, durante 
uma gira, o trabalhador começa trabalhando com o "Caboclo X", após 
um tempo ele já da "passagem" para o "Caboclo Y", volta o "X", 
e mais pra frente, durante os atendimentos ele já se encontra com o 
"Caboclo Z".

Notam-se médiuns que alegam trabalhar com uma gama imensa de
 Espíritos, falando de seus diversos feitos, de como são "iluminados",
 fortes, e de como resolvem os diversos problemas. Muitas vezes os 
guias e protetores são tomados como espíritos "Super-poderosos",
 que fazem de tudo, como se pudessem ignorar as leis naturais que nos regem.

Pois bem, nós achamos essa postura um tanto incoerente e fantasiosa
 perante nosso ponto de vista e nossas vivências. Deixamos aqui 
um trecho do livro Evolução no Planeta Azul, de Ramatís e 
Vovó Maria Conga, psicografado por Norberto Peixoto, pela Editora
 do Conhecimento:

"PERGUNTA: - O que são guias e protetores e qual a relação/ligação
 dos médiuns com eles? Há envolvimento de vidas passadas ou de 
antepassados?

VOVÓ MARIA CONGA: - Guias e protetores são espíritos como os filhos,
 somente sem esse pesado fardo que é o paletó físico que os encobre, 
nada mais. Claro está que por todos nós sermos espíritos milenares 
em evolução, as situações de encarnações passadas determinam as 
afinidades amorosas que unem os guias e protetores aos seus pupilos 
na carne, ou as repulsas odiosos que separam os filhos do amor e os 
imantem no cipoal das vinganças sem fim dos obsessores e desafetos
 de outrora, já que não existe perfeição na Terra, sendo a vida dos 
espíritos única e atemporal nas suas jornadas rumo às paragens 
angelicais desde o momento crucial em que fomos criados por Deus.

PERGUNTA: - É verdade que os espíritos classificados como
 protetores são entidades necessitadas de evolução e os guias
 não precisam mais evoluir?

VOVÓ MARIA CONGA: - Todos no Cosmo estão evoluindo ininterruptamente
 e por toda a eternidade, pois só existe uma perfeição absoluta,
 que é Deus. O que ocorre é que existem patamares evolutivos que 
distanciam um irmão do outro meramente por diferenças vibratórias, mas 
estamos todos unidos no ideal de caridade.
Geralmente, um protetor sob a égide da Umbanda é espírito mais 
necessitado de contato com a mecânica de incorporação com o aparelho
 mediúnico, e ambos, espírito e médium, se completam nesse labor de 
auxílio aos necessitados e estão evoluindo juntos. O protetor "cuida" 
mais do seu aparelho, tem maior compromisso com o seus
 desenvolvimento e grande comprometimento em apoiá-lo, ligações que 
vem de encarnações passadas. É muito comum o protetor ter
 necessidade de mais algumas encarnações e é provável que o
 médium de hoje seja o protetor amanhã, em conluio amoroso de longa data.
Por sua vez, os guias, vários não precisando mais reencarnar 
compulsoriamente, ligam-se aos aparelhos por compromissos em 
tarefas específicas, mais igualmente têm laços de antepassados e estão
 evoluindo. Na verdade somos todos irmãos e tais denominações são
 para situar os filhos, tão carentes de referencias de nomes e adjetivos no
 plano Terra."

Acreditamos que, se os médiuns se comprometessem mais com o 
estudo e com o seu preparo, coisa que falta MUITO nas atividades 
mediúnicas, iria se compreender muito mais os reais papeis dessas
 entidades em nossas vidas, e principalmente, nos trabalhos caritativos.

Trazendo pro contexto umbandista, o que mais vemos são centros e
 mais centros, que se importam muito com o número dos frequentadores
 e de sua corrente mediúnica; dirigentes que não se dedicam o mínimo 
no seu dia-a-dia para o estudo de conhecimentos e práticas coerentes.
 Isso tudo acarreta no despreparo em massa que visualizamos atualmente, 
onde o médium tem uma fantasia no seu mental e manifesta isso como um
 suposto trabalho mediúnico, com comportamentos e posturas totalmente 
inadequadas com as tarefas que a Umbanda realmente tem de realizar em 
solo terreno.

Desenvolver-se como médium trabalhador, simplesmente dentro do 
contexto dos trabalhos de um Centro, já leva anos e anos de estudo 
e prática, tendo complexas questões a compreender para que possamos
 ter uma considerável sintonia com poucos guias.

Agora imagine, em cada linha de trabalho o médium tendo três espíritos
 que se manifestem através dele, e muitas vezes vemos esse médium 
começando seu caminho mediúnico, sem o mínimo preparo disponibilizado
 pelo centro que frequenta, difícil não?

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