quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

       Na Umbanda Todos São IGUAIS


 

No meio das atividades espirituais e materiais dos terreiros de Umbanda 
que pregam a igualdade, a fraternidade, o amor, um fato, dentre de muitos,
 nos chama à atenção. Por isso mesmo, merece uma análise mais 
profunda e esclarecedora por parte daqueles que querem ver a Umbanda
 mais forte e coesa. A Umbanda, assim como outros agrupamentos 
religiosos, é formada por pessoas das mais diferentes classes 
econômico-sociais e étnicas, que formam o que se denomina 
de meio religioso intercorrente. Também é de conhecimento geral que,
 não obstante as pessoas terem profissões ou ofícios diferentes, todos deverão
 estar ali, naquele espaço, imbuídas da mesma finalidade: auxílio espiritual
 caritativo aos necessitados do corpo e da alma. Faz-se então necessário
 traçar uma linha divisória entre o status que algumas pessoas possam ter em
 sociedade e o trabalho espiritual exercido pelas mesmas.Todos,
 independentemente dos títulos honoríficos ou profissionais que
 possam ter deverão estar irmanados com aqueles que não
 puderam alcançar um estágio intelectual ou cultural mais elevado,
 no sentido de juntos, poderem dar a sua cota de contribuição em prol 
da Umbanda. Com muito pesar, observamos que algumas pessoas
 ainda julgam a existência da bondade e do altruísmo pela riqueza
 material ou intelectual que certos cidadãos detêm. Não que bens ou 
cultura sejam nocivos; muito pelo contrário, se bem utilizados, são de
 grande valia para o progresso da humanidade. Referimo-nos a pessoas e
 médiuns que tratam de maneira diferente abastados e pobres; que tratam
 com pompa os que possuem títulos, desprezando aqueles que possuem 
quando muito a primeira classe do antigo ginasial; que dão atenção e 

mantém diálogos somente com aqueles que têm automóvel novo e sucesso
 econômico, podendo pagar consultas e trabalhos.A soberba, a vaidade, 
o orgulho, a ganância, o egocentrismo e a ambição doentia não deixam
 ver a estas pessoas que o que importa na Umbanda é o SER, será dizer
, ser honesto, ser dedicado à religião, ser simples, ser humilde, e não o TER, 
ter títulos profissionais, carrões último modelo, mansões suntuosas, e um
 belo saldo bancário. A mediunidade na Umbanda jamais poderá ser
 utilizada como ferramenta de projeção social, nem como meio de sucesso
 financeiro e pessoal. Devemos viver para a Umbanda e não da Umbanda.
 A Umbanda, esta elevada religião, foi criada no plano astral trazendo 
como carro-chefe os espíritos de índios e negros, duas das raças mais 
martirizadas do globo terrestre, e que, em última análise, representam 
a humildade, a dignidade, a sinceridade e o alto grau de espiritualidade,
 sentimentos e virtudes ainda ausentes em muitos corações. Na Umbanda
 não há lugar para ostentações terrenas, não há lugar para títulos materiais,
 tanto para espíritos quanto para médiuns e assistentes. Na Umbanda
 não se manifestam espíritos com o rótulo de "doutores" ou "mestres",
 mas sim os esforçados e trabalhadores Caboclos, Pretos-Velhos, Exus,
 Crianças, Marinheiros, Baianos, Boiadeiros, etc., que, seguindo as 
diretrizes da espiritualidade superior, não medem esforços no sentido de 
auxiliarem os habitantes da Terra, encarnados e desencarnados, a
 progredirem espiritualmente. Que esta simples dissertação possa de
 alguma forma contribuir para que alguns irmãos umbandistas, ainda
 impressionados com títulos e posses terrenos, alcancem o verdadeiro
 sentido da palavra IGUALDADE, e assim colaborem para que cada 
vez mais a Umbanda possa se tornar, não uma religião de ricos e pobres; 
de doutores e proletários, mas sim uma religião de irmãos, unidos por laços
 de amor e fraternidade.

Autor Desconhecido.

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