Conhecimento é poder
Conhecimento é poder
Nessa Vivência Umbandista, muitas vezes nos deparamos com preconceito, desinformação e deturpação de fundamentos. Percebo que, infelizmente, ainda muitos umbandistas não entendem o papel da religião, dos Orixás e dos Guias em nossas vidas.
Há algum tempo, tive uma aluna do curso de Teologia de Umbanda que era médium umbandista e frequentava semanalmente um terreiro de mais de 50 anos de existência, incorporando seus Guias e dando consultas.
Após uma aula cujo assunto era assentamentos, ela veio conversar um pouco comigo; disse que assentamento de Esquerda também tinha outra função além da que eu tinha explanado em aula e pegou o celular para mostrar a foto de seu assentamento da Pombogira. A foto mostrava um banheirinho desativado, paredes pintadas de vermelho, um quartilhão vermelho e em cima uma imagem de Pombogira de cabeça para baixo!!!!!!!!
Estupefata, perguntei qual era esse “fundamento” que eu desconhecia por completo… Santo Antônio pendurado de cabeça para baixo eu já tinha ouvido falar, mas Pombogira???
Ela me explicou que o assentamento também tinha outra função: castigar a Pomgobira (e o Exu) se assim merecessem! E contou que tinha pedido para a sua Pombogira trazer o homem que ela amava e que não queria mais saber dela, pois ele estava “magiado” por outra mulher. A Pombogira não tinha atendido seu pedido e portanto estava de “castigo” até cumprir suas ordens. Então, a imagem ficava de cabeça para baixo e o assentamento sem vela, bebida ou cigarrilha, e ela ainda tinha colocado umas “coisinhas” dentro do quartilhão para a Pombogira sofrer e ir logo buscar o homem dela – mas isso não podia me contar.
Aquela explicação doeu fundo no meu coração e na minha alma umbandista… Como assim dar uma ordem para o Guia? Como assim castigar um Guia? Como assim pedir magia de amarração para Pombogira???
Claro que essa história verídica é um caso extremo, mas essa visão distorcida dos Guias da Esquerda (e até da direita), infelizmente, é algo comum e rotineiro.
Muitos acreditam que os Guias são coleguinhas, amiguinhos e até serviçais que não têm mais nada para fazer no mundo além de nos pajear, agradar, servir e proteger. Enxergando o Guia como o gênio da lâmpada de Alladin, só que concedendo pedidos sem limites! E quando o Guia não os atende – indignação, cobrança,decepção e raiva… e alguns até abandonam a Umbanda, pois ela não satisfaz seus desejos e anseios.
Creio que grande parte dessa visão deturpada e degenerada da nossa religião e dos Espíritos de Luz que nela incorporam é devido à falta de estudo e conhecimento. Quando não sei o fundamento, preencho com qualquer lixo, apenas para colocar substância e volume onde deveria ter conteúdo!
Então o caminho é abrir o coração, a mente e o espírito para o estudo com amor, respeito e devoção. Umbanda é Amor e Conhecimento!
Todos devem estar se perguntando o final da história da Pombogira de cabeça para baixo, então… chamei a aluna em minha sala e fiz o papel de advogada da Pombogira: expliquei fundamentos da esquerda, as limitações humanas da pombogira, a Lei da Ação e Reação e a relação de amor e respeito com todos os Guias.
Ela ouviu e prometeu refletir no assunto. Uns 2 meses depois, contou-me que tinha desvirado a imagem, pois a “coitadinha” da Pombogira não merecia um castigo tão longo… percebi que a semente do conhecimento estava plantada!
Há algum tempo, tive uma aluna do curso de Teologia de Umbanda que era médium umbandista e frequentava semanalmente um terreiro de mais de 50 anos de existência, incorporando seus Guias e dando consultas.
Após uma aula cujo assunto era assentamentos, ela veio conversar um pouco comigo; disse que assentamento de Esquerda também tinha outra função além da que eu tinha explanado em aula e pegou o celular para mostrar a foto de seu assentamento da Pombogira. A foto mostrava um banheirinho desativado, paredes pintadas de vermelho, um quartilhão vermelho e em cima uma imagem de Pombogira de cabeça para baixo!!!!!!!!
Estupefata, perguntei qual era esse “fundamento” que eu desconhecia por completo… Santo Antônio pendurado de cabeça para baixo eu já tinha ouvido falar, mas Pombogira???
Ela me explicou que o assentamento também tinha outra função: castigar a Pomgobira (e o Exu) se assim merecessem! E contou que tinha pedido para a sua Pombogira trazer o homem que ela amava e que não queria mais saber dela, pois ele estava “magiado” por outra mulher. A Pombogira não tinha atendido seu pedido e portanto estava de “castigo” até cumprir suas ordens. Então, a imagem ficava de cabeça para baixo e o assentamento sem vela, bebida ou cigarrilha, e ela ainda tinha colocado umas “coisinhas” dentro do quartilhão para a Pombogira sofrer e ir logo buscar o homem dela – mas isso não podia me contar.
Aquela explicação doeu fundo no meu coração e na minha alma umbandista… Como assim dar uma ordem para o Guia? Como assim castigar um Guia? Como assim pedir magia de amarração para Pombogira???
Claro que essa história verídica é um caso extremo, mas essa visão distorcida dos Guias da Esquerda (e até da direita), infelizmente, é algo comum e rotineiro.
Muitos acreditam que os Guias são coleguinhas, amiguinhos e até serviçais que não têm mais nada para fazer no mundo além de nos pajear, agradar, servir e proteger. Enxergando o Guia como o gênio da lâmpada de Alladin, só que concedendo pedidos sem limites! E quando o Guia não os atende – indignação, cobrança,decepção e raiva… e alguns até abandonam a Umbanda, pois ela não satisfaz seus desejos e anseios.
Creio que grande parte dessa visão deturpada e degenerada da nossa religião e dos Espíritos de Luz que nela incorporam é devido à falta de estudo e conhecimento. Quando não sei o fundamento, preencho com qualquer lixo, apenas para colocar substância e volume onde deveria ter conteúdo!
Então o caminho é abrir o coração, a mente e o espírito para o estudo com amor, respeito e devoção. Umbanda é Amor e Conhecimento!
Todos devem estar se perguntando o final da história da Pombogira de cabeça para baixo, então… chamei a aluna em minha sala e fiz o papel de advogada da Pombogira: expliquei fundamentos da esquerda, as limitações humanas da pombogira, a Lei da Ação e Reação e a relação de amor e respeito com todos os Guias.
Ela ouviu e prometeu refletir no assunto. Uns 2 meses depois, contou-me que tinha desvirado a imagem, pois a “coitadinha” da Pombogira não merecia um castigo tão longo… percebi que a semente do conhecimento estava plantada!
Por: Fabiana Carvalho – Jornal de Umbanda sagrada, fevereiro 2015
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