A lei do carma determina que as faltas de hoje estruturam o destino de amanhã, compondo um quadro fixo que não se move nem para a esquerda, nem para a direita, uma espécie de ``olho por olho e dente por dente´´. A lei de causa e efeito, preconizada pelo Espiritismo, também prevê sanções para as nossas faltas leves, médias ou graves, mas não determina um destino fixo, e sim, um processo aberto de resgate, em que, quanto maior for o esforço do devedor em saldar as dívidas, menores serão o castigo e o seu tempo de duração. Mesmo em caso de faltas gravíssimas, em que muitos delinquentes teriam que perder às vezes um braço ou uma perna, se houver esforço e trabalho no bem, a perda poderá ser apenas de uma mão, um dedo e até mesmo de apenas uma unha. O importante nesse processo de ressarcimento de erros transatos é o trabalho em prol dos outros, aliviando nossa consciência dos atos impensados que tramamos contra os semelhantes.
A lei do carma, ou lei de ação e reação, se refere ao processo de correções pessoais que cada um de nós vem fazer no mundo.
Essas correções se baseiam em padrões de comportamento negativo e reativo desta vida e de vidas passadas nesse processo de resgate, podendo afetar a área de finanças, relacionamento pessoal, saúde e comportamento ético. A nossa área de correção será sempre aquela em que estivermos passando dificuldades. O problema que emprestamos quando tentamos fazer correções é que não vemos relação entre a causa e o efeito. Fazemos uma ação negativa, mas não vemos o julgamento por essa ação. A consequência pode demorar meses ou décadas. É justamente este tempo, às vezes demorado, que nos permite usar o livre-arbítrio para mudar o roteiro de nossas experiências, ajustando o comportamento à ética e à moral, suprimindo defeitos e tendências para o mal, direcionando esforços de elevação para os nossos semelhantes, num ato de doação voluntária, que certamente facilitará o acordo de paz de que estamos imbuídos. Quando percebemos as consequências dessas ações negativas de nossa responsabilidade, podemos corrigir com a rapidez que se faz necessária, a fim de que nosso caminho possa ficar livre de entraves e obstáculos que atrasam a caminhada evolutiva.
Do livro: Os Segredos da Felicidade (Djalma Santos)
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