terça-feira, 15 de março de 2016

                     Reencarnação

null:

1. Introdução


2. Nada é por Acaso
Diante de tantas informações disponíveis sobre a Reencarnação é inadmissível que as pessoas continuem achando que a gravidez acontece somente por um pequeno descuido ou, como muitos imaginam, um castigo dos céus.
Como veremos no artigo a Reencarnação é fruto de um planejamento da espiritualidade, com a participação de muitos espíritos. Está muito longe de ser uma simples fecundação do óvulo, pois é um verdadeiro Projeto Espiritual, onde mãe e filho se unem para "materializar" o corpo físico e possibilitar mais um ciclo de crescimento para o espírito. Os Anjos do Senhor também participam e supervisionam a tarefa, ajudando sempre que lhes é permitido.
Nada é por Acaso, Tudo tem um objetivo!!!

3. Reencarnação
171. Em que se funda o dogma da reencarnação?
“Na justiça de Deus e na revelação, pois incessantemente repetimos: o bom pai deixa sempre aberta a seus filhos uma porta para o arrependimento. Não te diz a razão que seria injusto privar para sempre da felicidade eterna todos aqueles de quem não dependeu o melhorarem-se? Não são filhos de Deus todos os homens? Só entre os egoístas se encontram a iniqüidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.”
Todos os Espíritos tendem para a perfeição e Deus lhes faculta os meios de alcançá-la, proporcionando-lhes as provações da vida corporal. Sua justiça, porém, lhes concede realizar, em novas existências, o que não puderam fazer ou concluir numa primeira prova.
                           Allan Kardec – O Livro dos Espíritos

O conceito de reencarnação já existe em diversas culturas há milênios, o Hinduismo, Budismo, e outras filosofias (principalmente orientais) já aceitavam a volta da alma ao mundo das formas. Antigamente o tema era mais explorado pelas religiões orientais, contudo, com o advento do espiritismo a doutrina da reencarnação foi explorada com profundidade pelo Mestre Kardec.
Allan Kardec fez um estudo minucioso sobre a reencarnação, explorando o assunto com grande riqueza de detalhes. O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, A Revista Espírita e outras obras publicadas pelo grande pesquisador espiritual contêm as descobertas mais importantes e as suas principais conclusões.
Embora muitas religiões não aceitem a reencarnação, ela nos ajuda a responder várias dúvidas, por exemplo:
• Porque nascem pessoas deficientes físicas, ou deficientes físicas e mentais? Se aceitarmos a existência de Deus e de uma única vida então concluiremos que Deus é parcial, porque dá a alguns uma saúde invejável e a outros a limitação que os acompanhará até a morte.
• Como explicar a sensação agradável que algumas pessoas desconhecidas nos causam, e por outro lado, a repulsa contra outros. Até mesmo depois do convívio, porque temos sempre alguma predileção?? Encontramos maiores afinidades até nos relacionamentos entre pais e filhos, é notório que existe um filho que é mais próximo do pai, outro da mãe, embora eles amem a todos com o mesmo carinho.
A reencarnação explica pelas experiências, boas ou ruins, que já estivemos antes com essas pessoas. Embora as lembranças não estejam no arquivo físico, elas estão armazenadas nos arquivos da alma. As impressões marcadas na alma são trazidas a tona quando entramos em contato com o espíritos que nos são próximos ou com quem temos compromissos.
Essa “atração” não está ligada a evolução, todos a sentem, a única diferença é a maior consciência que espíritos mais evoluídos possuem, podendo até lembrar dos momentos passados em outras vidas.
204. Uma vez que temos tido muitas existências, a nossa parentela vai além da que a existência atual nos criou?
“Não pode ser de outra maneira. A sucessão das existências corporais estabelece entre os Espíritos ligações que remontam às vossas existências anteriores. Daí, muitas vezes, a simpatia que vem a existir entre vós e certos Espíritos que vos parecem estranhos.”
                              Allan Kardec – O Livro dos Espíritos
• Porque nascem pessoas puras, boas e caridosas e outras malévolas, frias, insensíveis?? Como podemos imaginar Deus criando espíritos em uma fábrica onde a linha de produção embala bons, malévolos, medianos, doentes, etc, em setores diferentes??
O grau de adiantamento do espírito será exteriorizado em seu comportamento, a evolução está diretamente ligada a quantidade de vezes que o espírito encarnou e o quanto soube aproveitar as oportunidades que lhe foram dadas para crescer espiritualmente.
Espíritos ainda mergulhados na ignorância do mal serão um dia tão bons quanto os que hoje auxiliam na evolução do planeta, isso acontecerá pelos suaves sopros do instinto evolutivo ou pelas pesadas marteladas da dor.
• E as crianças que desencarnam em tenra idade?? Deus seria justo se tirasse na sorte quando ocorreria a desencarnação?? Talvez esse pensamento seja muito cômodo quando não acontece conosco, mas o que pensar quando se perde o filho querido ou o campanheiro(a) ou os pais?? Novamente recorremos a Allan Kardec:
199. Por que tão freqüentemente a vida se interrompe na infância?
“A curta duração da vida da criança pode representar, para o Espírito que a animava, o complemento de existência precedentemente interrompida antes do momento em que devera terminar, e sua morte, também não raro, constitui provação ou expiação para os pais.”
...
a) - Que sucede ao Espírito de uma criança que morre pequenina?
“Recomeça outra existência.”
Se uma única existência tivesse o homem e se, extinguindo-se-lhe ela, sua sorte ficasse decidida para a eternidade, qual seria o mérito de metade do gênero humano, da que morre na infância, para gozar, sem esforços, da felicidade eterna e com que direito se acharia isenta das condições, às vezes tão duras, a que se vê submetida a outra metade?
Semelhante ordem de coisas não corresponderia à justiça de Deus. Com a reencarnação, a igualdade é real para todos.

Podemos citar alguns conceitos básicos da reencarnação:
1 – Não possuímos uma só existência, voltamos várias vezes com o objetivo de depurar nosso espírito. Esse é o principal motivo da nossa volta. Alguns espíritos não aproveitam a chance que lhes é dada e, só para piorar, se comprometem mais ainda, afundando seus espíritos na lama dos prazeres e viciações, criando débitos ao invés de crescer e conquistar méritos. Terão que voltar até quitar os débitos contraídos e alcançar a vibração necessária para habitar outros mundos ou não necessitar mais reencarnar para evoluir.
Allan Kardec fala um pouco mais sobre a evolução do espírito através da reencarnação no livro dos espíritos:
167. Qual o fim objetivado com a reencarnação?
“Expiação, melhoria progressiva da Humanidade. Sem isto, onde a justiça?”
168. É limitado o número das existências corporais, ou o Espírito reencarna
perpetuamente?
“A cada nova existência, o Espírito dá um passo para diante na senda do progresso. Desde que se ache limpo de todas as impurezas, não tem mais necessidade das provas da vida corporal.”
169. É invariável o número das encarnações para todos os Espíritos?
“Não; aquele que caminha depressa, a muitas provas se forra. Todavia, as
encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porquanto o progresso é quase infinito.”
170. O que fica sendo o Espírito depois da sua última encarnação?
“Espírito bem-aventurado; puro Espírito.”
2 – Podemos voltar em situações diferentes da atual encarnação, ou seja, com sexo diferente, posição social diversa, situação material melhor ou pior, saúde comprometida ou renovada, etc. Esse foi um dos motivos que fizeram com que muitos não aceitassem a reencarnação, pois não se admitia que um Rei, General ou Lorde pudesse voltar como um escravo ou uma simples pessoa do povo.
Muitos que hoje estão em posição vantajosa acham que Deus é bondoso, maravilhoso porque o escolheu, se acha o Escolhido. Mas e os outros, e a multidão de pessoas que o acompanha em uma situação inferior?? São os esquecidos?? Os humildes, pobres e doentes foram abandonados por Deus?? O ser mais perfeito que pousou no planeta mostrou-nos o contrário, ele sempre estava próximo dos aflitos, das almas pedintes, dos sofridos e largados pelo mundo. Podemos assim concluir que Deus está próximo de todos, mas ligado somente aos que com ele tentam falar. Infelizmente, no atual estado evolutivo da humanidade a grande massa que busca Deus são os que sofrem, pois os que estão em posição favorável só pensam em si.
O espírito que aceita a reencarnção deve viver sua vida plenamente, mas consciente que aquele que hoje o serve de uma posição inferior pode ser em outra oportunidade seu superior, ou, o que não é raro, ser um espírito mais evoluído.
Novamente recorremos a Allan Kardec:
a) - Como se explica então a pluralidade de suas existências em um mesmo globo?
“De cada vez poderá ocupar posição diferente das anteriores e nessas diversas posições se lhe deparam outras tantas ocasiões de adquirir experiência.”
;;
201. Em nossa existência, pode o Espírito que animou o corpo de um homem animar o de uma mulher e vice-versa?
“Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.”
202. Quando errante, que prefere o Espírito; encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?
“Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.”
Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo Visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes proporciona provações e deveres especiais e, com isso, ensejo de ganharem experiência. Aquele que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os homens.

3 – Podemos voltar nesse planeta, em um mais adiantado ou menos adiantado, tudo dependerá da posição espiritual que nos encontramos e da vontade daqueles que nos orientam na caminhada rumo a Luz Infinita
178. Podem os Espíritos encarnar em um mundo relativamente inferior a outro
onde já viveram?
“Sim, quando em missão, com o objetivo de auxiliarem o progresso, caso em que aceitam alegres as tribulações de tal existência, por lhes proporcionar meio de se adiantarem.”
a) - Mas, não pode dar-se também por expiação? Não pode Deus degredar para mundos inferiores Espíritos rebeldes?
“Os Espíritos podem conservar-se estacionários, mas não retrogradam. Em caso de estacionamento, a punição deles consiste em não avançarem, em recomeçarem, no meio conveniente à sua natureza, as existências mal empregadas.”
                                            Allan Kardec – Livro dos Espíritos

4 – Os erros e acertos que cometemos nos acompanham após a morte, contribuindo para melhores opções de crescimento futuro ou obrigando-nos a voltar a Terra para acertar os compromissos assumidos.
5 – O espírito não regride no seu adiantamento espiritual, o que pode acontecer é a aquisição de maiores compromissos com a justiça divina e com outros espíritos que tenha prejudicado. Nesses casos ele terá que voltar quantas vezes forem necessárias para resgatar seus erros e auxiliar aqueles que prejudicou.
“Os Espíritos podem conservar-se estacionários, mas não retrogradam. Em caso de estacionamento, a punição deles consiste em não avançarem, em recomeçarem, no meio conveniente à sua natureza, as existências mal empregadas.”
                                         Allan Kardec – Livro dos Espíritos

Todo conhecimento pode ser utilizado para o crescimento ou para a deteriorização, muitos ficam imaginando que serão carregados pela ondas do crescimento global, já que é a vontade do Pai que todos evoluam. Se você está nesse grupo aconselho a sair da inércia espiritual porque a única onda que vai arrasta-lo será a do crescimento pela DOR!
Allan Kardec fala sobre os espíritos que acham que podem adiar seus compromisssos para novas existências:
195. A possibilidade de se melhorarem noutra existência não será de molde a fazer que certas pessoas perseverem no mau caminho, dominadas pela idéia de que poderão corrigir-se mais tarde?
“Aquele que assim pensa em nada crê e a idéia de um castigo eterno não o refrearia mais do que qualquer outra, porque sua razão a repele, e semelhante idéia induz à incredulidade a respeito de tudo. Se unicamente meios racionais se tivessem empregado para guiar os homens, não haveria tantos cépticos. De fato, um Espírito imperfeito poderá, durante a vida corporal, pensar como dizes; mas, liberto que se veja da matéria, pensará de outro modo, pois logo verificará
que fez cálculo errado e, então, sentimento oposto a esse trará ele para a sua nova existência. É assim que se efetua o progresso e essa a razão por que, na Terra os homens são desigualmente adiantados. Uns já dispõe de experiência que a outros falta, mas que adquirirão pouco a pouco. Deles depende o acelerar-se-lhes o progresso ou retardar-se indefinidamente.”
A reencarnação de um espírito é um processo muito complexo, que exige a participação de vários espíritos, muitos deles com razoável evolução espiritual. Existem equipes espirituais que são especializadas neste procedimento e são responsáveis pela maior parte das reencarnações que ocorrem na Terra. Eles são chamados de Construtores por André Luiz no livro Missionários da Luz.
Não foi um pequeno descuido o responsável pela gravidez, na verdade a “tendência” para a aproximação entre mãe e filho estava próxima e o casal simplesmente permitiu a continuidade do processo que se iniciou bem antes da fecundação do óvulo.
Se não houver a aproximação do espírito reencarnante, o concurso dos espíritos construtores e autorização da espiritualidade superior então não ocorrerá a gravidez. Não existe a possibilidade de uma mulher ficar grávida sem a devida autorização espiritual. 
Em linhas gerais podemos identificar dois tipos básicos de reencarnação: A Compulsória e a Voluntária.
    .
Reencarnação Compulsória
Esta se aplica aos espíritos pouco evoluídos, revoltados ou malignos.
Os menos evoluídos não tem muita consciência após a morte do corpo físico, quando ficam estacionados no plano astral, por esse motivo não conseguem alcançar os locais do astral onde poderiam estudar e se preparar para a nova encarnação.
Geralmente entram em sono profundo e reencarnam, e assim será até que atinjam um nível superior de consciência espiritual.
No livro Missionários da Luz – André Luiz e Chico Xavier – o instrutor Alexandre fala sobre esse assunto ao chamar a atenção de um espírito que está prestes a reencarnar:
“Restaure a sua fé, regenere a esperança, porque você não pode entrar na corrente material à maneira dos nossos irmãos ignorantes e infelizes, que reclamam quase absoluto estado de inconsciência para penetrarem, de novo o santuário maternal.” 
Os espíritos revoltados podem ser levados a encarnações compulsórias caso os espíritos superiores não vejam outra opção, nada mais pode ser feito para reverter o estado de descontrole em que ele se encontra. Entre os que se encontram nesse grupo podemos citar aqueles que não conseguem perdoar e transformam a vingança no seu único objetivo.
Somente após várias tentativas frustradas de auxilio e vendo que nada pode ser feito em seu favor é que os espíritos superiores tomam essa decisão. O espírito acaba sendo encarcerado na carne, pois na maioria das vezes as provas e dificuldades que ele passará não são muito agradáveis, já que a vingança ou o ódio o impediram de alcançar o equilíbrio necessário para formação de um corpo normal.
No livro Missionários da Luz temos a explicação do instrutor Alexandre:
– Existem, então – perguntei sob forte interesse –, aqueles que reencarnam inconsciente do ato que realizam?
– Certamente – respondeu ele, solicito –, assim também como desencarnam diariamente na Crosta milhares de pessoas sem a menor noção do ato que experimentam. Somente as almas educadas têm compreensão real da verdadeira situação que se lhes apresenta em frente da morte do corpo. Do mesmo modo, aqui. A
maioria dos que retomam a existência corporal na esfera do Globo é magnetizada pelos benfeitores espirituais, que lhes organizam novas tarefas redentoras, e quantos recebem semelhante auxílio são conduzidos ao templo maternal de carne como crianças adormecidas.O trabalho inicial, que a rigor lhes compete na organização
do feto, passa a ser executado pela mente materna e pelos amigos que os ajudam de nosso plano. São inúmeros os que regressam à Crosta nessas condições, reconduzidos por autoridades superiores de nossa esfera de ação, em vista das necessidades de certas almas encarnadas, de certos lares e determinados agrupamentos.
A primeira vista pode parecer um absurdo a encarnação compulsória, aparentando até ferir o livre arbítrio, contudo, isso só acontece com os que ainda estão engatinhando na caminhada espiritual.
Nas primeiras fases de aprendizado o estudante não tem opção, ele faz o que mandam, não tem direito a escolher quase nada, pois tudo que aprende é básico e se ele não aprender direito não poderá freqüentar os próximos níveis.
Conforme ele vai crescendo, evoluindo em discernimento, conhecimento e maturidade, torna-se capaz de decidir o que é melhor para si, escolhendo até a profissão que deseja seguir.
As encarnações compulsórias não tem um planejamento muito extenso, já que o motivo principal da volta do espírito é pessoal, tendo como objetivo principal a reconciliação com outros espíritos ou expurgo de energias tóxicas existentes em seu corpo astral.
Novamente temos uma passagem do livro Missionários da Luz onde o instrutor espiritual comenta o assunto.
– Não poderíamos, porém – indaguei –, intitular semelhante
prova de – “destino fixado”?
O instrutor aduziu com paciência:
– Não incida no erro de muita gente. Isto implicaria obrigatoriedade
de conduta espiritual. Naturalmente, a criatura renasce com independência relativa e, por vezes, subordinada a certas condições mais ásperas, em virtude das finalidades educativas, mas semelhante imperativo não suprime, em caso algum, o impulso livre da alma, no sentido de elevação, estacionamento ou queda em situações mais baixas. Existe um programa de tarefas edificantes a serem cumpridas por aquele que reencarna, onde os dirigentes da alma fixam a cota aproximada de valores eternos que o reencarnante é suscetível de adquirir na existência transitória. E o Espírito que torna à esfera de carne pode melhorar essa cota de valores, ultrapassando a previsão superior, pelo esforço próprio intensivo, ou distanciar-se dela, enterrando-se ainda mais nos débitos para com o próximo, menosprezando as santas oportunidades que lhe foram conferidas.

Algumas vezes um espírito superior encarna e se compromete a auxiliar um ou mais espíritos que compulsoriamente voltarão a Terra, esses missionários realizam esses atos de renuncia para estimular a evolução desses espíritos. No livro Libertação de André Luiz e Chico Xavier temos um exemplo:
Em breves anos, voltarei também ao círculo de lutas em que te debates.
– Tu? – gritou Margarida, apalermada, ante a perspectiva de renascimento carnal para o ser iluminado que se mantinha à nossa
vista – porque te seria imposta semelhante pena?
– Não te guardes em tamanha incompreensão da lei do trabalho – ajuntou a mensageira, sorrindo –; a reencarnação nem sempre é simples processo regenerativo, embora, na maioria das vezes, constitua recurso corretivo de Espíritos renitentes na desordem e no crime. A Crosta da Terra é comparável a imenso mar onde a alma operosa encontra valores eternos aceitando os imperativos de serviço que a Bondade Divina nos oferece. Além disso, todos temos doces laços do coração, que se demoram, por muitos séculos, retidos ao fundo do abismo. É indispensável buscar as pérolas perdidas para que o paraíso não permaneça vazio de beleza ao nosso olhar. Depois de Deus, o amor é a força gloriosa que alimenta a vida e move os mundos.
No livro Ação e Reação (André Luiz e Chico Xavier) temos mais informações sobre a reencarnação de espíritos ainda ignorantes da lei do amor universal.

Para que me faça compreendido, convém esclarecer que, se existem reencarnações ligadas aos planos superiores, temos aquelas que se enraízam diretamente nos planos inferiores. Se a penitenciária vigora entre os homens, em função da criminalidade corrente no mundo, o inferno existe, na Espiritualidade, em função da culpa nas consciências. E assim como já podemos contar na esfera carnal com uma justiça sinceramente interessada em auxiliar os delinqüentes na recuperação, através do livramento condicional e das prisões-escola, organizadas pelas próprias autoridades que dirigem os tribunais humanos em nome das leis, aqui também os representantes do Amor Divino podem mobilizar recursos de misericórdia, beneficiando Espíritos devedores, desde que se mostrem dignos do socorro que lhes abrevie o resgate e a regeneração.
- Quer dizer - exclamei - que, em boa lógica terrena, e utilizando-me de uma linguagem de que usaria um homem na experiência física, há reencarnações em perfeita conexão com os planos infernais...
- Sim. Como não? Valem como preciosas oportunidades de libertação dos
círculos tenebrosos. E como tais renascimentos na carne não possuem senão características de trabalho expiatório, em muitas ocasiões são empreendimentos planejados e executados daqui mesmo, por benfeitores credenciados para agir e ajudar em nome do Senhor.

Reencarnação Voluntária
Não se enganem achando que aqueles que se encontram nesse grupo são espíritos superiores, aliás, muito pelo contrário, espíritos superiores formam uma subdivisão desta, eles são voluntários/missionários, podendo até voltar para aprimorar alguma característica pessoal, mas sempre são responsáveis por alavancar o crescimento de um grupo, seja ele na arte, filolsofia, religião, ciência, etc..
Jesus, o mais perfeito espírito que já pisou na Terra, marcou a humanidade com a sua vinda, deixando através do Evangelho o caminho para aqueles que desejam se libertar do ciclo de Causa e Efeito, nosso querido Mestre é o exemplo de uma encarnação totalmente missionária.
Acredito, e isso é uma opinião própria, que os espíritos que entram no grupo que encarna voluntariamente são os que compreendem o estado em que se encontram, sabem dos erros cometidos no passado e entendem a necessidade de ajuste com a Lei da Harmonia Cósmica. A maioria também tem idéia de suas imperfeições morais e espirituais, e por isso tem algum conhecimento das provas e necessidades individuais para evoluir.
Nesse grupo os espíritos podem opinar sobre tendências, restrições, dificuldades e provas da sua próxima encarnação, mas isso vai variar de acordo com duas variáveis básicas: Evolução e Merecimento.
Quem tem pouca evolução não pode opinar muito e as requisições são restritas, eles estão subordinados as diretivas estabelecidas pelos mentores espirituais responsáveis pela reencarnação.
O merecimento é um tópico interessante, pois muitos podem achar que significa nascer milionário e curtir a vida em uma mansão ou ganhar na loteria. O merecimento está mais ligado a permissão para solicitar um desafio ou adquirir a oportunidade de dar um salto na própria evolução, ou seja, merecimento é uma moeda de troca para oportunidades de conquistar tesouros espirituais.
Alguns exemplos do que o merecimento adquirido na última encarnação ou durante a erraticidade (período após a desencarnação) podem permitir
• Mediunidade - Esse é talvez um dos melhores exemplos. O merecimento do espírito e a confiança dos mentores permitem que as faculdades mediúnicas sejam induzidas no espírito reencarnante, já que ele não tem evolução espiritual suficiente para obttê-la de forma natural.
Se o espírito reencarnante tiver sucesso ele dará um salto espiritual, pois harmonizará a faculdade induzida e terá auxiliado muitas pessoas, resgatando através da caridade dividas cármicas adquiridas em vidas anteriores.
• Permissão para reencarnar junto aos espíritos que são queridos. Na grande maioria das vezes os “espíritos queridos” passarão por grandes provações e por isso o espírito amigo intercede junto a espiritualidade superior para encarnar como mãe, pai, irmão, etc, e fazer o possível para evitar que a oportunidade que foi dada se perca. São almas bondosas e sublimes, que geralmente desencarnam prematuramente, assim que acabam de passar as informações ou ensinamentos ao grupo que pediu para ajudar.
• Pode-se solicitar que uma doença ou uma deficiência física, como por exemplo, atrofia das mãos ao nascer ou durante a vida. Esse pedido pode ser para ajuste de alguma culpa do passado ou a conquista de algum atributo divino que o espírito deseja exercitar (espíritos mais evoluídos). No livro Perguntas e Respostas Sobre a Vida (Narcí Castro de Souza) temos uma passagem que comenta esse assunto:
... a maioria das vezes, é sim, uma conseqüência do mau uso da liberdade que pode gerar uma deformação no corpo, outras vezes, pode ser a opção do espírito para aprimorar uma qualidade que quer fazer eclodir de forma rápida, como a erradicação do orgulho e vaidade excessivos que o caracterizou em vida pregressa.
Em relação à conseqüência do mau uso da liberdade, incluímos o suicídio que lesa, além do corpo físico, o corpo astral e priva o espírito da intervenção de médicos da espiritualidade no sentido de refazer o órgão que foi danificado através desse delito. O remorso resultante de uma ação que trouxe grande prejuízo a outrem pode também influenciar na deformação da parte do corpo que cometeu esse ato.
Podemos então perceber que quando a deformidade é uma solicitação do espírito para seu auto-aprimoramento, entram em ação os engenheiros genéticos e, que nos outros casos, os traumas lesivos de ordem física ou moral são os responsáveis por essas ocorrências.
• Encarnação em Mundos mais evoluídos. Allan Kardec explica o assunto no livro dos espíritos
184. Tem o Espírito a faculdade de escolher o mundo onde passe a habitar?
“Nem sempre. Pode pedir que lhe seja permitido ir para este ou aquele e pode obtêlo, se o merecer, porquanto a acessibilidade dos mundos, para os Espíritos, depende do grau da elevação destes.”
O que podemos concluir sobre o processo encarnatório voluntário é que a preparação da reencarnação está diretamente ligada a evolução do espírito e sua tarefa. As encarnações de Jesus, Francisco de Assis, Mahatma Gandhi e dos grandes luminares necessitaram de extenso planejamento, além da participação de outros espíritos, que também encarnaram para auxiliar na missão (discípulos, amigos, auxiliares, etc).
A encarnação de um médium também exige planejamento, quanto maior a tarefa do medianeiro maior o grupo envolvido e maior deve ser a preparação. Em alguns casos podemos ter até a encarnação de outros espíritos que o auxiliarão.
Espíritos muito evoluídos realizam o processo de ligação com o ventre materno sem necessitar do auxilio das equipes reencarnacionistas, o mesmo acontece quando desencarnam, eles não perdem a consciência durante os dois processos. A grande maioria dos espíritos fica em estado semi-consciente ou inconsciente durante a encarnação e desencarnação, o instrutor espiritual fala sobre esse assunto no livro Missionários da Luz:
Há companheiros de grande elevação que, ao voltarem à esfera mais densa em apostolado de serviço e iluminação, quase dispensam o nosso concurso
Retiramos o trecho abaixo do livro Obreiros da Vida Eterna, onde o instrutor fala sobre a reencarnação de espíritos muito evoluídos.
Pertence Asclépios a comunidades redimidas do Plano dos imortais, nas regiões mais elevadas da zona espiritual da Terra.
Vive muito acima de nossas noções de forma, em condições inapreciáveis
à nossa atual conceituação da vida. Já perdeu todo contacto direto com a Crosta Terrestre e só poderia fazer-se sentir, por lá, através de enviados e missionários de grande poder ..
Asclépios, todavia, não mais reencarnará na Crosta?
O instrutor gesticulou, significativamente, e esclareceu:
– Poderá reencarnar em missão de grande benemerência, se quiser, mas a intervalos de cinco a oito séculos entre as reencarnações.


Processo Reencarnatório
Como foi dito por um instrutor espiritual no livro Missionários da Luz, nenhum processo reencarnatório é igual ao outro, muitas variáveis influenciam na forma como é conduzida a ligação do espírito com sua mãe..
Os processos de reencarnação, tanto quanto os da morte física, diferem ao infinito, não existindo, segundo cremos, dois absolutamente iguais. As facilidades e obstáculos estão subordinados a fatores numerosos, muitas vezes relativos ao estado consciencial dos próprios interessados no regresso à Crosta ou na libertação dos veículos carnais. Há companheiros de grande elevação que, ao voltarem à esfera mais densa em apostolado de serviço e iluminação, quase dispensam o nosso concurso. Outros irmãos nossos, contudo, procedentes de zonas inferiores, necessitam de cooperação muito mais complexa que a exercida no caso de Segismundo.
                                           Missionários da Luz – Chico Xavier
É muito importante entender que nenhuma encarnação ocorre sem planejamento da espiritualidade. O esforço gasto na preparação varia de acordo com as complexidade e dificuldade da tarefa. No livro Missionários da Luz o amigo André Luiz fala sobre a preparação para a reencarnação:
Ponderei, então, no concurso enorme que todos recebemos ao regressar ao círculo carnal. Aqueles devotados benfeitores auxiliavam Segismundo, desde o primeiro dia, e, ainda ali, diante do possível recuo do interessado, eles mesmos se mostravam dispostos a consolar-lhe todas as tristezas, levantando-lhe o ânimo para o êxito final
....
– A reencarnação de Segismundo obedece às diretrizes mais comuns. Traduz expressão simbólica da maioria dos fatos dessa natureza, porquanto o nosso irmão pertence à enorme classe média dos Espíritos que habitam a Crosta, nem altamente bons, nem conscientemente maus. Acresce notar, todavia, que a volta de certas entidades das regiões mais baixas ocasiona laboriosos e pacientes esforços dos trabalhadores de nosso plano. Semelhantes seres obrigam-nos a processos de serviço que você gastará ainda muito tempo para compreender.
Também no livro Entre o Céu e a Terra temos informações sobre as diferentes formas de reencarnar:
O renascimento na carne funciona em condições idênticas para todos, contudo, à medida que se nos desenvolvem o conhecimento e o amor, conseguimos colaborar em todos os serviços do aperfeiçoamento moral em nossas recapitulações. A alma, como a planta, pode ressurgir em qualquer trato de solo, mas não seria justo relegar sementes selecionadas a terrenos incultos. A reencarnação, por si, tanto quanto ocorre nos reinos inferiores à evolução humana, obedece a princípios embriogênicos automáticos, com bases na sintonia magnética; contudo, em se tratando de criaturas com alguns passos à frente da multidão comum, é possível ajustar providências que favoreçam a execução da tarefa a cumprir.
Os espíritos que já tem alguma evolução sabem que vão reencarnar, compreendem a gravidade do assunto e por isso fazem o possível para se preparar. Já os espíritos pouco evoluídos ou revoltados geralmente entram em sono profundo e exigem grandes esforços das equipes reencarnacionistas.
É comum que o espírito que vai reencarnar seja aproximado da futura mãe antes de ocorrer a ligação final, freqüentando seu futuro lar e entrando em contato com os pais ele vai semeando os futuros laços de confiança e amor, que perdurarão por toda a vida.
Os pais também são informados e/ou consultados sobre o novo filho que receberão. Os casais que não tem compromisso com o espírito reencarnante podem rejeitar o pedido, mas isso geralmente não ocorre. É por esse motivo que muitas mães e pais não sabem explicar porque mas sentem que em breve receberão “uma grata” surpresa.
Após o envolvimento dos participantes da nova “trama”, o espírito reencarnante entra em um processo de desligamento das energias astrais para que possa novamente mergulhar no mundo físico, é um processo desgastante, que culmina com a ajuda de técnicos espirituais, diminuindo a forma espiritual para que ele se ligue magneticamente à mãe. O trecho abaixo foi retirado do livro Missionários da Luz:
Desde muito, e, particularmente, desde a semana passada,está em processo de ligação fluídica direta com os futuros pais. Herculano está encarregado de ajudá-lo nesse trabalho. À medida que se intensifica semelhante aproximação, ele vai perdendo os pontos de contacto com os veículos que consolidou em nossa esfera, através da assimilação dos elementos de nosso plano. Semelhante operação é necessária para que o organismo perispiritual possa retomar a plasticidade que lhe é característica e, no estágio em que ele se encontra, o serviço impõe-lhe sofrimentos.

O trecho abaixo, retirado do livro Missionários da Luz, mostra o processo final de ligação do espírito reencarnante com a mãe.
Surpreendido, reconheci que, ao influxo magnético de Alexandre e dos
Construtores Espirituais, a forma perispiritual de Segismundo tornava-se reduzida.
A operação não foi curta, nem simples. Identificava o esforço geral para que se efetuasse a redução necessária.
Segismundo parecia cada vez menos consciente. Não nos fixava com a mesma lucidez e suas respostas às nossas perguntas afetuosas não se revelavam completas.
Por fim, com grande assombro meu, verifiquei que a forma de nosso amigo assemelhava-se à de uma criança.
....
Foi então, ó divino mistério da Criação Infinita de Deus, que a vi apertar a “forma infantil” de Segismundo de encontro ao coração, mas tão fortemente, tão amorosamente, que me pareceu uma sacerdotisa do Poder da Divindade Suprema. Segismundo ligara-se a ela como a flor se une à haste. Então compreendi que, desde aquele momento, era alma de sua alma aquele que seria carne de sua carne.
....
Observando que a forma de Segismundo se ligara a ela, por divino processo de união magnética, recebi a determinação do meu orientador para seguir-lhe, de perto, o trabalho de auxílio na ligação definitiva de Segismundo à matéria.
...
O meu orientador, absolutamente entregue ao seu trabalho, tocou a pequenina forma com a destra, mantendo-se no serviço de divisão da cromatina, cujas particularidades são ainda inacessíveis à minha compreensão, conservando a atitude do cirurgião seguro de si, na técnica operatória. Em seguida, Alexandre ajustou a forma reduzida de Segismundo, que se interpenetrava com o organismo perispirítico de Raquel, sobre aquele microscópico globo de luz, impregnado de vida, e observei que essa vida latente começou a movimentar-se. Havia decorrido precisamente um quarto de hora, a contar do instante em que o elemento ativo ganhara o núcleo do óvulo passivo
Na passagem acima foi mostrado pelo instrutor espiritual o momento em que o espírito se liga ao óvulo, faltando ainda a fecundação, que ocorre algum tempo depois.
Em outra passagem temos mais informações de um dos espíritos responsáveis pela equipe reencarnacionista.
Quando Raquel aceitou a tarefa maternal, fê-lo com decisão e obediência construtiva: Ela recebeu Segismundo em seu organismo perispiritual e, mobilizando os poderes naturais de sua mente, situou-lhe o molde vivo na esfera uterina, com a mesma espontaneidade de outros processos orgânicos, superintendidos pela atividade mecânica subconsciente, cujo automatismo traduz a conquista de experiências multimilenárias da alma reencarnada. Para os círculos da mulher é tão fácil a ambientação das forças criativas, como é natural para o homem a manutenção da atitude patriarcal e protetora, enquanto perdura a existência dos laços paternais.

No caso relatado no livro Missionários da Luz o instrutor espiritual Alexandre visualiza o elemento masculino mais apto para a fecundação e o auxilia no caminho percorrido. Sobre a interferência espiritual no momento da fecundação do óvulo o mesmo instrutor comenta:
– Quanto às suas observações alusivas à colaboração de Alexandre na escolha do elemento masculino de fecundação, cumpre-me acentuar que não podemos contar em todos os casos com esse concurso, que depende do setor de merecimento. Entretanto, quando o fator magnético não procede de cooperação elevada dessa ordem, devemos considerar que ele prevalece do mesmo modo, compreendendo-se que a esfera passiva está igualmente
impregnada de energias da atração. Se o elemento masculino da fecundação está repleto de força positiva, o óvulo feminino está cheio de força receptiva. E se esse óvulo está imantado de energias desequilibrantes, naturalmente exercerá especial atração sobre o elemento que se aproxime da sua natureza intrínseca. Em vista disso, meu amigo, a célula masculina que atinge o óvulo em primeiro lugar, para fecundá-lo, não é a mais apta em sentido de
“superioridade”, mas em sentido de “sintonia magnética”, em todos os casos de fecundação para o mundo das formas. Esta é a lei, pela qual os geneticistas do Globo são muitas vezes surpreendidos em suas observações, em face das mudanças inesperadas na estrutura de vários tipos, dentro das mesmas espécies. As células possuem também o seu “individualismo magnético” algo independente, no campo das manifestações vitais.
No livro Entre o Céu e a Terra o instrutor Clarencio comenta um exemplo de reencarnação onde não houve interferência espiritual para fecundação.
A reencarnação no caso de Júlio não reclama de nossa esfera cuidados especiais. É uma descida experimental ao campo da matéria densa, com interesse tão somente para ele mesmo e para os familiares que o cercam.
Todavia, se a existência do filho de Amaro estivesse destinada, no momento, a influenciar a comunidade, se ele fosse detentor de méritos indiscutíveis, com responsabilidades justas nos caminhos alheios, o problema seria efetivamente
outro. Forças de ordem superior seriam fatalmente mobilizadas para a interferência nos cromossomos, garantindo-se o embrião do veículo físico de
maneira adequada à missão que lhe coubesse...
— E se o reencarnante fosse um homem de larga intelectualidade? —
inquiriu Hilário, estudioso.
— Merecer-nos-ia cautelosa atenção na estrutura cerebral, para que lhe
não faltasse um instrumento à altura de seus deveres na materialização do
pensamento.
— E se fosse um médico? um grande cirurgião por exemplo? — perguntei
por minha vez.
— Receberia assistência aprimorada na formação do sistema nervoso,
assegurando-se-lhe pleno domínio das emoções.
Porque não mais indagássemos especificamente, o instrutor continuou:
— Contudo, em milhares de renascimentos, na Terra, os princípios
embriogênicos funcionam, automáticos, cada dia. A lei de causa e efeito executa-se sem necessidade de fiscalização da nossa parte. Na reencarnação,
basta o magnetismo dos pais, aliado ao forte desejo daquele que regressa ao
campo das formas físicas. De retorno ao corpo físico, estamos invariàvelmente
animados de um propósito firme... seja o anseio de alijar a dor que nos
atormenta, a aspiração de conquistas espirituais que nos facilitem o acesso à
Vida Superior, o voto de recapitular serviços mal feitos ou o ideal de realizar
grandes tarefas de amor entre aqueles a quem nos afeiçoamos no mundo. De
modo geral, a maioria das almas que reencarnam satisfazem à fome inquietante de recomeço
No livro Perguntas e Respostas Sobre a Vida (Narci Castro de Souza) o instrutor espiritual responde uma pergunta sobre o momento que ocorre a ligação do espírito com o óvulo:
Pouco antes da fecundação o espírito reencarnante é trazido para junto dos pais e é ligado vibratoriamente ao óvulo que assim imantado por ele, atrairá o espermatozóide cujas características genéticas se harmonizam com as necessidades do espírito. Esta ligação é realizada por um espírito de ordem superior que supervisiona o processo da reencarnação – respondeu o mentor.

As equipes espirituais responsáveis pela reencarnação de espíritos não participam do ato sexual entre cônjuges, eles começam a trabalhar depois de algum tempo, preservando a intimidade do casal, contudo, isso só ocorre em lares dignos, o instrutor espiritual comenta esse assunto no livro Missionários da Luz.
– Não é necessária a nossa presença ao ato de união celular.
Semelhantes momentos do tálamo conjugal são sublimes e invioláveis
nos lares em bases retas. Você sabe que a fecundação do óvulo materno somente se verifica algumas horas depois da união genesíaca. O elemento masculino deve fazer extensa viagem, antes de atingir o seu objetivo.
...
– Com relação às uniões sexuais, de acordo com o seu parecer, todas elas são invioláveis?
– Isto não – aduziu o instrutor, atencioso –, você não deve esquecer que aludi aos “lares em bases retas”. Todos os encarnados que edificam o ninho conjugal, sobre a retidão, conquistam a presença de testemunhas respeitosas, que lhes garantem a privacidade dos atos mais íntimos, consolidando-lhes as fronteiras vibratórias e defendendo-as contra as forças menos dignas, tomando
por base de seus trabalhos, os pensamentos elevados que encontram
no ambiente doméstico dos amigos; não ocorre o mesmo, entretanto, nas moradias, cujos proprietários escolhem baixas testemunhas espirituais, buscando-as em zonas inferiores. A esposa infiel aos princípios nobres da vida em comum e o esposo que põe sua casa em ligação com o meretrício não devem esperar que seus atos afetivos permaneçam coroados de veneração e santidade.
Suas relações mais íntimas são objeto de participação das desvairadas testemunhas que escolheram. Tornam-se vítimas inconscientes de grupos perversos, que lhes partilham as emoções de natureza fisiológica, induzindo-as a mais dolorosa viciação.
Ainda que esses cônjuges infelizes estejam temporariamente catalogados no pináculo das posições sociais humanas, não poderão trair a miserável condição interior, sequiosos que vivem de prazeres criminosos, dominados de estranha e incoercível volúpia.
O auxilio espiritual para a reencarnação ocorre em qualquer caso, inclusive nos ambientes familiares mais conturbados, todos, sem exceção, são protegidos durante a gravidez e nos primeiros anos de vida, mas a intercessão da espiritualidade está condicionada ao merecimento e evolução de cada um.
Mais uma vez recorremos a uma passagem do livro Missionário da Luz, onde o instrutor espiritual explica com detalhes o assunto.
– O auxílio que vemos atingirá, porventura, a todos? Aqui nos encontramos num lar em bases retas, segundo sua própria afirmação.
Mas... Se nos achássemos numa casa típica de deboche carnal?
E se fôssemos aqui defrontados por paixões criminosas e desvarios desequilibrantes?
O instrutor meditou gravemente e redargüiu:
– André, o diamante perdido no lodo, por algum tempo, não deixa de ser diamante. Assim, também, a paternidade e a maternidade, em si mesmas, são sempre divinas. Em todo lugar desenvolve-se o auxilio da esfera superior, desde que se encontre em jogo o trabalho da Vontade de Deus. Entretanto, devemos considerar que, em tais circunstâncias, as atividades de auxilio são verdadeiramente sacrificiais. As vibrações contraditórias e subversivas das
paixões desvairadas da alma em desequilíbrio comprometem os nossos melhores esforços e, muitas vezes, nessas paisagens de irresponsabilidade e viciação, para ajudar, em obediência ao nosso ministério, devemos, antes de tudo, lutar contra entidades monstruosas, dominadoras dos círculos de vida dos homens e das mulheres que, imprevidentemente, escolhem o perigoso caminho da perturbação emocional, onde tais entidades ignorantes e desequilibradas transitam. Nesses casos, nem sempre a nossa colaboração
pode ser perfeita, porquanto são os próprios pais que, menosprezando
a grandeza do mandato que lhes foi confiado, abrem as portas de suas potências sagradas aos impiedosos monstros da sombra que lhes perseguem os filhos nascituros. Certas almas heróicas escolhem semelhante entrada na existência carnal, a fim de se fortalecerem nas resistências supremas contra o mal, desde os primeiros dias de serviço uterino. Entretanto, devemos considerar que é preciso ser suficientemente forte na fé e na coragem para
não sucumbir. Nos renascimentos dessa espécie, o maior número de criaturas, porém, cumpre o programa salutar das provações retificadoras. Muitas fracassam; todavia, há sempre grande quantidade das que retiram os melhores lucros espirituais no setor da experiência para a vida eterna.
Cada um deve refletir sobre esse tópico para entender como é importante dar o devido valor a vida e as oportunidades que temos de crescer durante nossa encarnação.
A reencarnação é o fruto de um extenso trabalho da espiritualidade superior e não deve ser menosprezado, pois ninguém está aqui por acaso, passeando.
Ao se defrontar com as dores da vida busque dilatar sua visão, buscando antes de mais nada curar as Chagas da Alma.
É importante entender ao final deste tópico que o homem não tem o direito de acabar com uma vida, seja a dele ou de outros, sejam espíritos brutos e revoltados ou pequenos anjos que buscam a Terra para se redimir, a vida física é expressão da vontade do Criador e somente ele tem o direito de extingui-la.
Aqueles que transgredirem essa lei certamente se arrependerão, pois terão que acertar contas com a justiça divina, não existindo muitos atenuantes para esses casos.
O suicídio e o aborto são as expressões mais agressivas do desrespeito a vida e ao amor do Criador, e por isso mesmo são tratadas como transgressões sérissimas no plano espiritual. Os “delinqüentes” não têm direito a regalias, mesmo após serem resgatados por equipes espirituais, seu único objetivo durante a erraticidade (período que o espírito fica no astral) é se preparar para a(s) próxima(s) encarnação(ões) , onde terá obrigatoriamente que quitar as dividas adquiridas pelo ato delitoso.
Falaremos mais sobre o aborto neste artigo e futuramente escreveremos sobre o suicídio.

Reencarnações Interrompidas na Infância
Existem caso de espíritos que desancarnam muito cedo, deixando desolados pais e mães, que não entendem como Deus pode levar embora alguém tão querido e amado.
Antes de abordar o tema devemos lembrar que não existe injustiça ou castigo, somente amor, misericórdia e aprendizado. Sempre existe uma outra forma de olhar os acontecimentos, é uma pena que quase nunca conseguimos ser imparciais e compreensivos.
Existem três linhas básicas para explicar a morte prematura:
- Um espírito evoluído que vem com um objetivo específico, é o caso menos comum.
- Um espírito em evolução que vem resgatar erros e compromissos assumidos no pretérito.
- Um espírito revoltado, esse é internado na carne e vive para expurgar as cargas tóxicas aderidas ao seu corpo astral.
Os dois últimos casos são os mais comuns e dentro deles existem grande quantidade de variações. Podemos ter por exemplo suicidas, assassinos, homens e mulheres que realizaram aborto, etc.
Retiramos um trecho do livro Evolução em Dois Mundos (Chico Xavier) que aborda com profundidade a desencarnação na infância.
Podemos considerar a desencarnação da alma, em plena infância, como sendo uma punição das Leis Divinas, na maioria das vezes?
— Muitas existências são frustradas no berço, não por simples punição externa da Lei Divina, mas porque a própria Lei Divina funciona em todos nós, desde que todos existimos no hausto do Criador.
Freqüentemente, através do suicídio, integralmente deliberado, ou do próprio desregramento, operamos em nossa alma desequilíbrios, quais tempestades ocultas, que desencadeamos, por teimosia, no campo da natureza íntima.
Cargas venenosas, instrumentos perfurantes, projétis fulminatórios, afogamentos, enforcamentos, quedas calculadas de grande altura e multiformes viciações com que as criaturas responsáveis arruínam o próprio corpo ou o aniquilam, impondo-lhe a morte prematura, com plena desaprovação da consciência, determinam processos degenerativos e desajustes nos centros essenciais do psicossoma, notadamente naqueles que governam o córtex encefálico, as glândulas de secreção interna, a organização emotiva e o sistema hematopoético.
Ante o impacto da desencarnação provocada, semelhantes recursos da alma entram em pavoroso colapso, sob traumatismo para o qual não há termo correlato na diagnose terrestre.
Indescritíveis flagelações, que vão da inconsciência descontínua à loucura completa, senhoreiam essas mentes torturadas, por tempo variável, conforme as atenuantes e agravantes da culpa, induzindo as autoridades superiores a reinterná-las no plano carnal, quais enfermos graves, em celas físicas de breve duração, para que se reabilitem, gradativamente, com a justa cooperação dos Espíritos reencarnados, cujos débitos com eles se afinem.
Eis por que um golpe suicida no coração, acompanhado pelo remorso, causará comumente diátese hemorrágica, com perda considerável da protrombina do sangue, naqueles que renascem para tratamento de recuperação do corpo espiritual em distonia; o auto-envenenamento ocasionará, nas mesmas condições, deploráveis desarmonias nas regiões psicossomáticas correspondentes à medula vermelha, conturbando o nascimento das hemácias, tanto em sua evolução intravascular, dentro dos sinusóides, como também na sua constituição extravascular, no retículo, gerando as distroftas congênitas do eritrônio com hemopatias diversas; os afogamentos e enforcamentos, em identidade de circunstáncias, impõem naqueles que os provocam os fenômenos da incompatibilidade materno-fetal, em que os chamados fatores Rh, de modo geral, após a primeira gestação, permitem que a hemolisina alcance a fronteira placentária, sintonizando-se com a posição mórbida da entidade reencarnante, a se externarem na eritroblastose fetal, em suas variadas expressões; e o voluntário esfacelamento do crânio, a queda procurada de grande altura e as viciações do sentimento e do raciocínio estabelecem no veículo espiritual múltiplas ocorrências de arritmia cerebral, a se revelarem nos doentes renascituros, através da eclampsia e da tetania dos latentes, da hidrocefalia, da encefalite letárgica, das encefalopaxias crônicas, da psicose epiléptica, da idiotia, do mongolismo e de várias morboses oriundas da insuficiência glandular.
Claro está que não relacionamos nessa sucinta apreciação os problemas do suicídio associado ao homicídio, os quais, muita vez, se fazem seguidos, em reencarnação posterior do infeliz, por lamentáveis reações, com a morte acidental ou violenta na infância, traduzindo estação inevitável no ciclo do resgate.
No que tange, porém, às moléstias mencionadas, surgem todas elas nos mais diferentes períodos, crestando a existência do veículo físico, via de regra, desde a vida “in utero” até os dezoito e vinte anos de experiência recomeçante e, como vemos, são doenças secundárias, porqüanto a etiologia que lhes é própria reside na estrutura complexa da própria alma.
Urge ainda considerar que todos os enfermos dessa espécie são conduzidos a outros enfermos espirituais — os homens e as mulheres que corromperam os próprios centros genésicos pela delinqüência emotiva ou pelos crimes reiterados do aborto provocado, em existências do pretérito próximo, para que, servindo na condição de atendentes e guardiães de companheiros que também se conspurcaram perante a Eterna Justiça, se recuperem, a seu turno, regenerando a si mesmos pelo amoroso devotamento com que lutam e choram, no amparo aos filhinhos condenados à morte, ou atormentados desde o berço.
Segundo observamos, portanto, as existências interrompidas, no alvorecer do corpo denso, raramente constituem balizas terminais de prova indispensável na senda humana, porque, na maioria dos sucessos em que se evidenciam, representam cursos rápidos de socorro ou tratamento do corpo espiritual desequilibrado por nossos próprios excessos e inconseqüências, compelindo-nos a reconhecer, com o Apóstolo Paulo (14), que o nosso instrumento de manifestação, seja onde for, é templo da Força Divina, por intermédio do qual, associando corpo e alma, nos cabe a obrigação de aperfeiçoar-nos, aprimorando a vida, na exaltação constante a Deus.



Anjo da Guarda
Não vos parece grandemente consoladora a idéia de terdes sempre junto de vós seres que vos são superiores, prontos sempre a vos aconselhar e amparar, a vos ajudar na ascensão da abrupta montanha do bem; mais sinceros e dedicados amigos do que todos os que mais intimamente se vos liguem na Terra? Eles se acham ao vosso lado por ordem de Deus. Foi
Deus quem aí os colocou e, aí permanecendo por amor de Deus, desempenham bela, porém penosa missão. Sim, onde quer que estejais, estarão convosco. Nem nos cárceres, nem nos hospitais, nem nos lugares de devassidão, nem na solidão, estais separados desses amigos a quem não podeis ver, mas cujo brando influxo vossa alma sente, ao mesmo tempo que lhes ouve os ponderados conselhos.
                                      Allan Kardec – O Livro dos EspíritosPerdoe-me, mas ainda sou estudante incipiente da vida espiritual. Os anjos de guarda estão em nossa esfera?
Clarêncio encarou-me, admirado, e sentenciou:
— Os Espíritos tutelares encontram-se em todas as esferas, contudo é
indispensável tecer algumas considerações sobre o assunto, Os anjos da
sublime vigilância, analisados em sua excelsitude divina, seguem-nos a longa
estrada evolutiva. Desvelam-se por nós, dentro das Leis que nos regem,
todavia, não podemos esquecer que nos movimentamos todos em círculos
multidimensionais. A cadeia de ascensão do espírito vai da intimidade do
abismo à suprema glória celeste.
                                        Entre o Céu e a Terra – Chico Xavier 
Todos aqueles que voltam à querida Terra possuem amigos na espiritualidade, que fazem o possível para auxiliar na conquista de valores espirituais, visitam-nos sempre que podem e intercedem por nossas dificuldades sempre que lhes é permitido, foram pais, amigos, companheiros, cônjuges, filhos em outras encarnações e por isso encontram-se diretamente ligados conosco. Os laços de amor são indestrutíveis, não se perdem com o esquecimento temporário de uma encarnação.
Os amigos espirituais podem nos auxiliar de forma direta ou solicitando auxílio a setores especializados do plano espiritual, cada caso tem sua característica, sendo sempre o merecimento do beneficiado a variável de maior peso.
Ninguém está sozinho ou abandonado, podemos ser rejeitados pelos amigos encarnados, mas isso nunca acontecerá com os que compartilharam conosco histórias que se perdem na eternidade.
Em qualquer região, convivem conosco os Espíritos familiares de nossa vida e de nossa luta. Dos seres mais embrutecidos aos mais sublimados, temos a corrente de amor, cujos elos podemos simbolizar nas almas que se querem ou que se afinam umas com as outras, dentro da infinita gradação do progresso. A família espiritual é uma constelação de Inteligências, cujos membros estão na Terra e nos Céus. Aquele que já pode ver mais um pouco auxilia a visão daquele que ainda se encontra em luta por desvencilhar-se da própria cegueira. Todos nós, por mais baixo nos revelemos na escala da evolução, possuímos, não longe de nós, alguém que nos ama a impelir-nos para a elevação. Isso podemos verificar nos círculos da matéria mais densa. Temos constantemente corações que nos devotam estima e se consagram ao nosso bem.
                                       Entre o Céu e Terra – Chico Xavier
Os espíritos amigos só se afastam quando o encarnado passa a vibrar em padrão inferior, afundando nas paixões inferiores, vícios ou no desregramento emocional. A visita que antes era agradável torna-se penosa devido ao ambiente hostil que o encarnado cria em sua aura e consequentemente no ambiente em que vive.
Uma situação similar no plano terreno é a visita à familiares que são chatos, briguentos, rabugentos, etc. Não é um ambiente agradável e por isso acabamos por reduzir as visitas a quantidade mínima necessária.
Os amigos espirituais não nos abandonam nessa situação, continuam nos visitando, mas vendo que nada pode ser feito se afastam, esperando o momento propicio para se aproximar novamente.
Sempre ressaltamos a importância do Evangelho Semanal no Lar, a prece sincera e a vivência dos sentimentos Cristãos no ambiente doméstico, porque assim seremos sempre visitados por aqueles que nos amam, que se satisfazem em compartilhar o ambiente de luz dos queridos irmãos. As visitas continuas fortalecem a égregora do ambiente e afastam do ambiente familiar espíritos inferiores e energias hostis.
Falamos sobre os amigos espirituais que nos ajudam sempre que possível, mas realizam esse ato por amor e caridade, não existindo compromisso.
Em varias religiões temos referência ao anjo da guarda, que possui em cada uma um nome diferente, entre eles podemos citar: anjo protetor, protetor espiritual, anjo guardião. Não estamos preocupados com o rótulo utilizado para chamá-lo e sim com a função junto ao seu tutelado.
Ele tem um compromisso espiritual com o encarnado, acompanhará de perto os seus passos e fará o que for permitido para auxilia-lo no crescimento ESPIRITUAL. Lembre-se que falo sobre crescimento espiritual e não material como muitos gostam de imaginar.
490. Que se deve entender por anjo de guarda ou anjo guardião?
“O Espírito protetor, pertencente a uma ordem elevada.”
491. Qual a missão do Espírito protetor?
“A de um pai com relação aos filhos; a de guiar o seu protegido pela senda do bem, auxiliá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas suas aflições, levantar-lhe o ânimo nas provas da vida.”
492. O Espírito protetor se dedica ao indivíduo desde o seu nascimento?
“Desde o nascimento até a morte e muitas vezes o acompanha na vida espírita depois da morte, e mesmo através de muitas existências corpóreas, que mais não são do que fases curtíssimas da vida do Espírito.”
                                  Allan Kardec – O Livro dos Espíritos
O protetor espiritual tem que ser um espírito mais evoluído que o protegido, não podemos imaginar o caso contrário, não teria lógica, seria similar ao professor que sabe menos que o aluno sobre o assunto da aula.
Embora o anjo protetor seja um espírito mais evoluído, isso não significa que atingiu o estado de perfeição, na maioria dos casos ainda são espíritos em evolução, sujeitos a falhas.

Geralmente são espíritos muito amigos, unidos por fortes laços de amor.
O gênio guardião será sempre um Espírito benfazejo para o protegido, mas é imperioso anotar que os laços afetivos, em torno de nós, ainda se encontram em marcha ascendente para mais altos níveis da vida. Com toda a veneração que lhes devemos, importa reconhecer, nos Espíritos familiares que nos protegem, grandes e respeitáveis heróis do bem, mas ainda singularmente distanciados da angelitude eterna.
Naturalmente, avançam em linhas enobrecidas, em planos elevados,
todavia, ainda sentem inclinações e paixões particulares, no rumo da
universalização de sentimentos. Por esse motivo, com muita propriedade, nas
diversas escolas religiosas, escutamos a intuição popular asseverando: —
«nossos anjos de guarda não combinam entre si», ou, ainda, «façamos uma
oração aos anjos de guarda», reconhecendo-se, instintivamente, que os gênios
familiares de nossa intimidade ainda se encontram no campo de afinidades
específicas, e precisam, por vezes, de apelos à natureza superior para
atenderem a esse ou àquele gênero de serviço.
                            Entre o Céu e a Terra – Chico Xavier507. Pertencem todos os Espíritos protetores à classe dos Espíritos elevados?
Podem contar-se entre os de classe média? Um pai, por exemplo, pode tornar-se o Espírito protetor de seu filho?
“Pode, mas a proteção pressupõe certo grau de elevação e um poder ou uma virtude a mais, concedidos por Deus. O pai, que protege seu filho, também pode ser assistido por um Espírito mais elevado.”
....
509. Quando em estado de selvageria ou de inferioridade moral, têm os homens, igualmente, seus Espíritos protetores? E, assim sendo, esses Espíritos são de ordem tão elevada quanto a dos Espíritos protetores de homens muito adiantados?
“Todo homem tem um Espírito que por ele vela, mas as missões são relativas ao fim que visam. Não dais a uma criança, que está aprendendo a ler, um professor de filosofia. O progresso dos Espírito familiar guarda relação com o do Espírito protegido. Tendo um Espírito que vela por vós, podeis tornar-vos, a vosso turno, o protetor de outro que vos seja inferior e os progressos que este realize, com o auxílio que lhe dispensardes, contribuirão para o vosso adiantamento. Deus não exige do Espírito mais do que comportem a sua
natureza e o grau de elevação a que já chegou.”
                          Allan Kardec – O Livro dos Espíritos
O protetor passará a utilizar parte do seu tempo para auxilio ao tutelado, ele poderia estudar, aprimorar-se, contudo, prefere dar a mão aquele que tanto ama, auxiliando-o no caminho escolhido.
O protetor assume o compromisso de auxiliar o seu tutelado até o final da sua encarnação, protegendo-o segundo seu merecimento e inspirando-o sempre que houver receptividade à sua influência.
Muitas vezes ouvimos uma voz interior, sensata, que nos inspira a realizar o bem ou evitar o erro, no entanto, a maior parte das pessoas fecha-se ao conselho ou o ignora. Nesses momentos, que ouvimos nossos anjos e demônios, é que escolhemos nossas companhias espirituais, pois decidimos se queremos ouvir aqueles que querem nosso crescimento espiritual ou os que desejam companhia nos vales sombrios do astral inferior.
493. É voluntária ou obrigatória a missão do Espírito protetor?
“O Espírito fica obrigado a vos assistir, uma vez que aceitou esse encargo. Cabe-lhe, porém, o direito de escolher seres que lhe sejam simpáticos. Para alguns, é um prazer; para outros, missão ou dever.”
                             Allan Kardec – O Livro dos Espíritos
O período mais intenso de auxilio espiritual por parte do anjo da guarda vai do inicio da gravidez até os sete anos de idade, após esse período ele continua presente, mas suas responsabilidades são atenuadas, conforme o tempo vai passando o espírito encarnado deve elevar sua freqüência vibratória para se tornar receptivo ao auxilio de seu protetor espiritual.
Meus amigos, o nosso Herculano permanecerá em definitivo junto de Segismundo, na nova experiência, até que ele atinja os sete anos, após o renascimento, ocasião em que o processo reencarnacionista estará consolidado. Depois desse período, a sua tarefa de amigo e orientador será amenizada, visto que seguirá o nosso irmão em sentido mais distante. Sei que o devotado companheiro tomará todas as providências indispensáveis à harmoniosa organização fetal, seja auxiliando o reencarnante, seja defendendo
o templo maternal contra o assédio de forças menos dignas.
                               Missionários da Luz – Chico Xavier499. O Espírito protetor está constantemente com o seu protegido? Não haverá alguma circunstância em que, sem abandoná-lo, ele o perca de vista?
“Há circunstâncias em que não é necessário esteja o Espírito protetor junto do seu protegido.”
                                  Allan Kardec – O Livro dos Espíritos
O Anjo da Guarda tem atribuições diferentes do Guia ou Mentor Espiritual, o primeiro está vinculado à encarnação e trabalha pelo crescimento espiritual do seu tutelado, o segundo tem compromisso com tarefas assumidas pelo espírito antes de reencarnar. É importante lembrar que o missionário pode atuar em diferentes campos, como por exemplo, religião, flosofia, arte, ciência, política, etc, os médiuns não são os únicos que possuem um mentor ou guia.
Embora os papéis sejam diferentes, nada impede que o espírito que é o anjo protetor seja o guia espiritual, contudo, nunca chegou ao meu conhecimento um caso como esse.
O afastamento do anjo da guarda pode ocorrer nos seguintes casos:
    - Reencarnação – outro espírito assume seu lugar.
    - Novas Responsabilidades – outro espírito assume seu lugar.
494. O Espírito protetor fica fatalmente preso à criatura confiada à sua guarda?
“Freqüentemente sucede que alguns Espíritos deixam suas posições de protetores para desempenhar diversas missões. Mas, nesse caso, outros os substituem.”
                                                  Livro dos Espíritos
- Caso Perdido – Depois de inúmeras tentativas admite-se que o espírito encarnado não pode mais ser auxiliado, a espiritualidade superior afasta o protetor atribuindo-lhe novas tarefas. O espírito encarnado fica vinculado aos espíritos inferiores com quem sintonizou por escolha própria. A espiritualidade não o abandona, mas espera pacientemente o seu arrependimento e vontade sincera de modificação. Em vários casos isso só acontecerá muito tempo depois do seu desencarne.
495. Poderá dar-se que o Espírito protetor abandone o seu protegido, por se lhe mostrar este rebelde aos conselhos?
“Afasta-se, quando vê que seus conselhos são inúteis e que mais forte é, no seu protegido, a decisão de submeter-se à influência dos Espíritos inferiores. Mas, não o abandona completamente e sempre se faz ouvir. É então o homem quem tapa os ouvidos. O protetor volta desde que este o chame.
“É uma doutrina, esta, dos anjos guardiães, que, pelo seu encanto e doçura, devera converter os mais incrédulos.
...
496. O Espírito, que abandona o seu protegido, que deixa de lhe fazer bem, pode fazer-lhe mal?
“Os bons Espíritos nunca fazem mal. Deixam que o façam aqueles que lhes tomam o lugar. Costumais então lançar à conta da sorte as desgraças que vos acabrunham, quando só as sofreis por culpa vossa.”
497. Pode um Espírito protetor deixar o seu protegido à mercê de outro Espírito
que lhe queira fazer mal?
“Os maus Espíritos se unem para neutralizar a ação dos bons. Mas, se o quiser, o protegido dará toda a força ao seu protetor. Pode acontecer que o bom Espírito encontre alhures uma boa-vontade a ser auxiliada. Aplica-se então em auxiliá-la, aguardando que seu protegido lhe volte.”
                                  Allan Karded – O Livro dos Espíritos
Muitas pessoas acham que tudo na vida pode ser resolvido pelo anjo da guarda, acendem vela, fazem promessa, alguns acham até que podem negociar com ele. O protetor só pode seu tutelado se a espiritualidade superior autorizar, ou seja, Anjo da Guarda não tem obrigação de:
    - Fazer prova;
     - Arrumar emprego
     - Trazer pessoa amada de volta;
     - Arrumar promoção
     - SALVAR SUA VIDA
Ele fará de tudo para inspirá-lo a atitudes espirituais superiores e quando for possível intercederá por benefícios espirituais que sejam NECESSÁRIOS para sua vida. Não podemos imaginá-lo como uma babá ou um gênio da lâmpada que atende nossos desejos mesquinhos.
Será justo lembrar que estamos plasmando nossa individualidade
imperecível no espaço e no tempo, ao preço de continuadas e difíceis
experiências. A idéia de um ente divinizado e perfeito, invariàvelmente ao
nosso lado, ao dispor de nossos caprichos ou ao sabor de nossas dívidas, não
concorda com a justiça. Que governo terrestre destacaria um de seus ministros
mais sábios e especializados na garantia do bem de todos para colar-se,
indefinidamente, ao destino de um só homem, quase sempre renitente cultor de
complicados enigmas e necessitado, por isso mesmo, das mais severas lições
da vida? porque haveria de obrigar-se um arcanjo a descer da Luz Eterna para
seguir, passo a passo, um homem deliberadamente egoísta ou preguiçoso?
Tudo exige lógica, bom-senso.
                                 Entre o Céu e a Terra – Chico Xavier


Pais e Filhos
209. Por que é que de pais bons e virtuosos nascem filhos de natureza perversa?
Por outra: por que é que as boas qualidades dos pais nem sempre atraem, por simpatia,um bom Espírito para lhes animar o filho?
“Não é raro que um mau Espírito peça lhe sejam dados bons pais, na esperança de que seus conselhos o encaminhem por melhor senda e muitas vezes Deus lhe concede o que deseja.”

210. Pelos seus pensamentos e preces podem, os pais atrair para o corpo, em formação, do filho um bom Espírito, de preferência a um inferior?
“Não, mas podem melhorar o Espírito do filho que lhes nasceu e está confiado. Esse o dever deles. Os maus filhos são uma provação para os pais.”
Allan Kardec – Livro dos Espíritos

É muito difícil um espírito encarnar em uma família e não possuir vínculo com nenhum dos integrantes, quase sempre existem laços de amor ou ódio, construídos sobre experiências edificantes ou dolorosas.
Os comparsas de delitos voltam para que os ajudem na sua recuperação. O ódio precisa ser extirpado para que as sementes de amor encontrem terreno fértil nos corações envolvidos em histórias de vingança e maldade.
Como o próprio Cristo nos informou, somente quando o espírito não possuir dívidas cármicas com outros irmãos é que ele poderá passar para a próxima etapa da sua evolução.
Não existe regra para o grau espiritual do filho que se ligará aos pais, podemos ter compromissos espirituais com espíritos delinqüentes ou merecimento para receber um luminar em nosso lar. Casais boníssimos podem ser utilizados pela misericórdia de Deus para ajudar espíritos rebeldes a se recuperarem do lodo em que se afundaram.
Quando o espírito se aproxima dos pais, logo antes de reencarnar, é possível que suas vibrações os atinjam e que as lembranças remotas voltem a tona. O pai de hoje pode ser o inimigo do passado, a mãe pode lembrar do desfiladeiro de paixões inferiores que o seu atual filho a levou em vidas anteriores. É por esse motivo que algumas vezes a espiritualidade tem que agir antes de uma encarnação para minimizar esses sentimentos e criar um ambiente favorável para a volta do espírito.
Sensações agradáveis ou angustiosas podem vir a tona, contudo, os pais devem lembrar de compromissos assumidos e da misericórdia para com aquele que pede um chance para voltar e se redimir.
Não imaginem que o espírito que reencarna é o único devedor, em muitos casos os pais possuem responsabilidades enormes pela atual situação espiritual do espírito que reencarna.
A gravidez geralmente é notificada a pelo menos um dos participantes, dependendo é claro da situação espiritual que se encontram. Muitos lembram vagamente dessa informação, guardando para si ou até compartilhando com o companheiro(a) .
É comum, mas não uma regra, que haja um encontro entre os participantes da tarefa, ou seja, pai, mãe e o novo filho. Se os pais encontram-se mergulhados em baixas vibrações o encontro também é evitado, pois isso acabaria piorando a situação.
Pode também ocorrer uma aproximação espiritual entre o reencarnante e a familia, ele passa a freqüentar o seu futuro ambiente domestico, se afinizando vibratoriamente, principalmente com a futura mãe, com quem compartilhará emoções, pensamentos e impressões durante os nove meses de gravidez.
A aproximação do filho pode trazer vários benefícios para os pais, entre eles podemos citar:
- Harmonização Física e Emocional – Se houver autorização os espíritos auxiliarão na transformação vibratória do ambiente doméstico e na saúde dos pais, que devem estar em uma condição mínima para doarem de forma satisfatória as sementes da vida.
- Auxilio Material – Os próprios méritos do espírito que reencarna e a misericórdia de Deus podem atuar no plano físico, criando oportunidades para que os pais adquiram uma condição material satisfatória para garantir a criação do seu futuro filho.
- Cura – Pode ocorrer a cura de um dos cônjuges para garantir a criação do filho, existem doenças e desequilíbrios espirituais que a gravidez cura.
Essas etapas não são obrigatórias, a intensidade de cada uma varia muito com a situação e o merecimento do grupo. Podemos ter, por exemplo, um espírito com sérios compromissos com o pai, imaginemos que ele assassinou o pai em uma vida passada, nesse caso é importante que a aversão instintiva que existe entre ambos seja minimizada, caso contrário todo o processo pode ser comprometido.
O capitulo 13 do livro Missionários da Luz (Reencarnação), de André Luiz, traz um ótimo exemplo da preparação que algumas vezes se faz necessária para a volta do espírito.



Integração do Espírito ao Plano Físico 
O período de adaptação do espírito ao plano físico vai do momento em que se liga à mãe até os sete anos de idade, durante esse período ele necessita de maior proteção física e espiritual, pois seus corpos (físico, etérico e astral) estão em adaptação.
– Está pronto o serviço de reencarnação inicial. O trabalho completo, com a plena integração de nosso amigo nos elementos físicos, somente se verificará de agora a sete anos!
...
Meus amigos, o nosso Herculano permanecerá em definitivo junto de Segismundo, na nova experiência, até que ele atinja os sete anos, após o renascimento, ocasião em que o processo reencarnacionista estará consolidado
...
Porque tamanho cuidado com o sangue do futuro recém-nascido? Somente aos sete anos iniciais de existência humana estaria terminado o serviço de reencarnação?
Como sempre acontecia, o nobre mentor ouviu-me, complacente, Sorriu qual pai carinhoso, e respondeu, solicito:
– Você não ignora que o corpo humano tem as suas atividades propriamente vegetativas, mas talvez ainda não saiba que o corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. Na organização fetal, o patrimônio sanguíneo é uma dádiva do organismo materno. Logo após o renascimento, inicia-se o período de assimilação diferente das energias orgânicas, em que o “eu” reencarnado ensaia a consolidação de suas novas experiências e, somente aos sete anos de vida comum, começa a presidir, por si mesmo, ao processo de formação do sangue, elemento básico de equilíbrio ao corpo perispirítico ou forma preexistente, no novo serviço iniciado. O sangue portanto, é como se fora o fluido divino que nos fixa as atividades no campo material e em seu fluxo e refluxo incessante, na organização fisiológica, nos fornece o símbolo do eterno movimento das forças sublimes da Criação Infinita. Quando a sua circulação deixa de ser livre, surge o desequilíbrio ou enfermidade e, se surgem obstáculos que impedem o seu movimento, de maneira absoluta, então sobrevém a extinção do tônus vital, no campo físico, ao qual se segue a morte com a retirada imediata da alma.
Missionários da Luz – Chico Xavier



Hereditariedade
Existem filhos que culpam os pais pelas doenças que possuem e isso causa transtorno, pois acham-se “geneticamente” culpados pela desdita dos filhos. 
Os pais podem ter compromissos espirituais com os filhos, mas de forma alguma são geneticamente culpados, pois os filhos não são deles e sim de Deus, os pais são um canal para permitir a volta dos espíritos à carne, mas não são a fonte, a vida está em Deus. As dificuldades ou limitações dos filhos de hoje são frutos dos SEUS erros no passado.
A hereditariedade, qual é aceita nos conhecimentos científicos do
mundo, tem os seus limites. Filhos e pais, indubitàvelmente, ainda mesmo
quando se cataloguem distantes uns dos outros, sob o ponto de vista moral,
guardam sempre afinidade magnética entre si; desse modo, os progenitores
fornecem determinados recursos ao Espírito reencarnante, mas esses recursos
estão condicionados às necessidades da alma que lhes aproveita a
cooperação, porque, no fundo, somos herdeiros de nós mesmos. Assimilamos
as energias de nossos pais terrestres, na medida de nossas qualidades boas
ou más, para o destino enobrecido ou torturado a que fazemos jus, pelas
nossas conquistas ou débitos que voltam à Terra conosco, emergindo de
nossas anteriores
Entre o Céu e a Terra – Chico Xavier
E a lei da hereditariedade fisiológica? perguntei.
– Funciona com inalienável domínio sobre todos os seres em evolução, mas sofre, naturalmente, a influência de todos aqueles que alcançam qualidades superiores ao ambiente geral. Além do mais, quando o interessado em experiências novas no plano da Crosta é merecedor de serviços “intercessórios”, as forças mais elevadas podem imprimir certas modificações à matéria, desde as atividades embriológicas, determinando alterações favoráveis ao trabalho de redenção.
Missionários da Luz – Chico Xavier
Na realidade as características morais não são herdadas, o que acontece é que muitas vezes espíritos de gosto e tendências semelhantes se atraem. Sabemos, no entanto, que nem sempre é assim em relação a pais e filhos, muitos filhos são o oposto de seus pais, lares formados por um casal de elevada moral recebem algumas vezes em missão, ou compromisso cármico, espíritos que se encontram ainda em um padrão moral bem inferior a eles. Outras vezes, seres quase angelicais nascem em famílias que ainda se encontram em estágios inferiores de evolução com a finalidade de protegê-los e estimular-lhes o progresso.
Perguntas e Respostas Sobre a Vida – Narcí Castro de Souza

207. Freqüentemente, os pais transmitem aos filhos a parecença física.
Transmitirão também alguma parecença moral?
“Não, que diferentes são as almas ou Espíritos de uns e outros. O corpo deriva do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito. Entre os descendentes das raças apenas há consangüinidade.”
a) - Donde se originam as parecenças morais que costuma haver entre pais e
filhos?
“É que uns e outros são Espíritos simpáticos, que reciprocamente se atraíram pela analogia dos pendores.”
208. Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho depois do
nascimento deste?
“Ao contrário: bem grande influência exercem. Conforme já dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa
Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho”.
Allan Kardec – O Livro dos Espíritos

Nenhum comentário: