SALVE XANGÔ!
Monarca por natureza
guerreiro bravo, conquistador,
Rei das pedreiras,
guerreiro bravo, conquistador,
Rei das pedreiras,
o primeiro deus iorubano
que pisou terras brasileiras.
Cultuado com grande devoção,
Orixá do trovão!
Xangô, (São Pedro),
não importa Ele tem enredo!
Senhor dos coriscos,
das portas do céu,
com chaves e poderes,
comanda tempestades,
chuvas brandas também!
Ele é a voz do povo,
o espírito nobre das pessoas,
é o fogo e o vulcão,
mora em meu coração,
Meu orixá da justiça,
me dá fé na vida,
Salve Xangô!
Ivone
Significado de Xangô
O que é Xangô:
Xangô é uma entidade (Orixá) bastante cultuada pelas religiões afro-brasileiras, sendo considerado deus da justiça, dos raios, dos trovões e do fogo, além de ser conhecido como protetor dos intelectuais.
Comparado com outras divindades, Xangô seria o equivalente à Zeus, para os gregos, Tupã, para os Tupi-Guarani, Júpiter, na mitologia romana, ou Odin, para os escandinavos.
Este orixá é considerado o mestre da sabedoria, gerando o poder da política e justiça. Os crentes em sua existência recorrem à ela para resolver problemas relacionados com documentos, estudos, trabalhos intelectuais e etc.
Etimologicamente, Xangô é uma palavra de origem iorubá, onde o sufixo "Xa", significa "senhor"; "angô" (AG + NO = "fogo oculto") e "Gô", pode ser traduzido para "raio" ou "alma". Assim sendo, "Xangô" significaria "senhor do fogo oculto".
De acordo com a lenda, Xangô era o rei de Òyó - região que hoje é a Nigéria - e possuía um caráter autoritário e violento, além de ser extremamente viril, atrevido, vaidoso e justiceiro. Conhecido por praticar uma justiça dura, justa e cega, como uma rocha - que aliás é outro elemento que o representa: a rocha.
A umbanda e o candomblé, religiões de origem afro-brasileira, possuem celebrações e cultos em homenagem à Xangô, que é considerado filho Yemanjá e casado com outras três divindades: Iansã, Oxum e Obá.
O "Machado de Xangô" ou Oxé, é o símbolo principal de Xangô. A arma é um machado de duas lâminas que, quando os seus "filhos" (pessoas que dentro dos cultos da umbanda e candomblé incorporam o espírito de Xangô) estão em transe, carregam com as mãos.
Os orixás são ancestrais divinizados pelo candomblé, religião trazida da África para o Brasil, durante o século XVI, pelo povo iorubá. Entre os vários orixás, além de Xangô, estão Ogum, dono do ferro e do fogo, defensor da lei e da ordem, abre caminhos e vence as lutas, protegendo os mais fracos; Exu, é o senhor do princípio e da transformação, é a figura mais importante da cultura iorubá, o guardião das aldeias e cidades. No entanto, na religião cristã ele é confundido com Satanás, um deus malígno, que se ocupa de semear a discórdia entre os seres humanos.
No Brasil, cada orixá foi associado a um santo da Igreja Católica, em uma prática que ficou conhecida por sincretismo religioso. Xangô é sincretizado como São Jerônimo, Santa Bárbara e São Miguel Arcanjo.
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