quarta-feira, 26 de agosto de 2015


Eres na umbanda




São Cosme e Damião eram dois irmãos médicos, bons e caridosos; porém na Umbanda foram sincretizados como a linha de trabalho das crianças. Uma característica sem precedentes, uma vez que no histórico dos mesmos, ao contrário do que muitos pensam, não eram crianças, e não se declinavam especificamente a cuidar somente delas. Porém, junto às representações de São Cosme e São Damião, aparece uma criancinha vestida igual a eles. Essa criança é chamada de Doum, que personifica as crianças com até sete anos. Talvez a partir dessa figura tenha se criado a idéia de que São Cosme e São Damião eram crianças. Portanto, não se sabe precisar em que momento eles foram assim associados, o que se sabe é que teriam a capacidade de agilizar qualquer pedido que lhes fosse feito em troca de doces e guloseimas.

Reza a crença de que para cada dois gêmeos que nascem, um terceiro não encarna neste mundo. Mas, embora não apareça de forma física, Doum também é venerado e respeitado como parte da família dos Cosmes, considerado “aquele que não veio”. Doum era filho de uma empregada da família dos gêmeos Cosme e Damião e morreu no dia seguinte ao martírio dos irmãos, e foi levado por eles, que o amavam muito. 
No entanto, trabalhamos e recebemos os Cosmes como entidades infantis, que morreram de alguma forma trágica, como por exemplo, de fome, de sede e de maus tratos. Porém existe a tese de que essas entidades são espíritos que nunca encarnaram, são “encantados” pois vivem numa dimensão paralela a nossa só que com magnetismos puros de sua natureza individual. 
Existe ainda, muita confusão em torno dos Cosmes, Ibejis e Axêre. Porém, os mesmos não possuem  ligação com os Ibejis, que são cultuados como Orixás, e tampouco possuem alguma ligação com o Axêre, (entidade infantil que é o intermediário entre a pessoa e seu Orixá) que não é manifestado em nossa Nação.

Salve as Crianças!

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