quinta-feira, 14 de abril de 2016

Os olhos da alma


Os nossos olhos são como portas de entrada para as impressões exteriores ao nosso ser. Sejam elas concretas ou abstratas, sendo absorvidas pelo âmago de nossa natureza íntima. Recebemos imagens pelos olhos físicos ou pelos olhos da alma, são compreendidas ou mal compreendidas, às vezes passam desapercebidas pelo fato de nosso canal sintônico com a alma do mundo estar obstruído ou desativado pela falta de utilização do mesmo, apego demasiado às coisas materiais, má utilização de seu poder pessoal e fuga de si mesmo.
O primeiro, olho carnal,  é um dos sentidos predominantes da nossa condição de seres encarnados. O segundo, visão astral, ou terceiro olho, olho de Shiva, a clarividência, permanece adormecida e também mal compreendida pelo fato da nossa predominância sobre a matéria.
Através do olhar de uma pessoa podemos com a ajuda da intuição, perceber o seu íntimo, sua delicadeza ou grosseria, sua inteligência ou estupidez, sua calma ou impaciência, sua honestidade ou falsidade e tudo mais que esta intuição puder nos revelar. O mesmo olhar que cria, direciona energia de paz e saúde e se faz presente nos cantos escuros do espírito fazendo brilhar todo seu discernimento e beatitude,  também pode causar alguns danos de pequena ou grande monta se direcionado as pessoas ou objetos de forma negativa, com rancor, raiva, inveja... Mesmo que inconscientemente.
As vezes temos a impressão que estamos sendo invadidos com o olhar e isto pode gerar algum constrangimento. Olhares fulminantes projetando uma força nociva para quem a recebe. Alguns olhares nos trazem a sensação de sermos sugados energeticamente ou vampirizados. Intenso magnetismo negativo através do olhar empregado de forma a bloquear nossas ações ou pensamentos.
O terceiro olho, existe e pode ser reativado através de exercícios acessíveis a qualquer buscador empenhado no auto-desenvolvimento espiritual. Ele localiza-se na região do chacra frontal, entre as sobrancelhas. Algumas pessoas já trazem de outras vidas uma bagagem de conhecimento muito avançado em relação ao terceiro olho e têm uma certa facilidade para penetrar na dimensão onde o tempo e o espaço não existem e vislumbrar acontecimentos relativos ao passado, presente e futuro, como é o caso do clarividente.
No dia em que as pessoas aprenderem a utilizá-lo na culminância de suas qualidades, acredito terá sido dado um grande passo rumo à compreensão das coisas que fogem aos nossos sentidos físicos e trazendo conseqüências benéficas no sentido de ampliar nossa capacidade criativa, inteligência, consideráveis melhorias no nosso interior, e também o florescimento de uma humanidade mais solidária e com valores mais voltados ao progresso moral e intelectual indistintamente e equilibradamente.
Ter consciência da existência de um mundo além da matéria densa já é motivo bastante para uma transformação no jeito de encarar a vida.
- Adaptação do artigo "De Olhos Abertos às Visões da Alma" de Romeo G. Filho - Revista Planeta - Set/96.

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