segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Pontos de Pretos (as) Velhos (as).
Pontos cantados na Gira de Yorimá.

Chamada do Pai José de Aruanda




Barracão, telhado de Zambi
Protege teus filhos
Traz o Protetô...
Vem Pai José de Aruanda
Dono do Terreiro
de Ogum e Xangô

É de Pai Ogum...
É de Pai Xangô... 2x
Viva o mestre, feiticeiro
trabalha na Angola, no Jeje e Nagô 2x

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Chamada da Vovó Maria Conga

Vó Maria Preta Velha, no tempo da escravidão
Toda tarde ela varria o terreiro do patrão.

Ô Vó Maria, sacode a poeira da sua saia,
sacode a poeira da sua saia ,
sacode a poeira da sua saia.
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Chamada de Mãe Josefa

La vem Mãe Josefa
descendo a Ladeira
com sua Sacola
É com sua bengala
é com seu patuá
Ela vem de Angola

Eu quero ver Vovó
Eu quero ver Vovó
Eu quero ver, se filhos de Pemba tem querer.

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Chamada de Pai Antonio do Toco

Que Preto é este ô Cambinda
que chegou agora

É Pai Antonio do Toco
que veio de Angola

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Chamada de todos os Pretos (as) Velhos (as)

Pisou na linha do Congo, é Congo, é Congo, é aruê
Pisou na linha do Congo, agora que eu quero ver.

Vem Congo, vem Pai, vem no Terreiro para trabalhar

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Preto velho que veio de Angola , vamos saravá no Congá,
Aê , aê ,aê , vamos saravá no Conga,

Preto Velho é pai Benedito , Preto Velho é João Ferrador ,
Preto Velho é Gima no toco , que chega nungoma saravá Xangô;
Preto Velho veio de Cambinda , Preto Velho veio de Luanda,
Preto Velho veio lá do Congo pra saravá filhos de Umbanda.

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Preto Velho tá cansado , de tanto trabalhar
Preto Velho tá cansado , de tanto curimbar

Canta ponto , risca Pemba , como é longa a caminhada
Quem tem fé , tem tudo , quem não tem fé não tem nada

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Ele é um negro feiticeiro , que trabalha na Umbanda ,
que trabalha na Quimbanda e na linha do Candomblé ,
Esse negro eu quero ver , esse negro eu quero ver ,
Esse negro eu quero ver , esse negro eu quero ver.

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Ê Luanda , terra da macumba , do batuque e docanjerê ê ê
Terra da macumba , do batuque e do canjerê

Eu vou bater o tambor , eu vou bater o tambor

Vou fazer o meu batuque e chamar meu protetor
Vou fazer o meu batuque e chamar meu protetor

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Nega Cambinda que fala na lingua Nagô

Nega da Costa Mina , filha de Babalaô

Na macumba êê , na macumba áá

Nega pula , nega dança , nega joga seu marafo,
Saravá seu protetor

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É preto , é preto , é preto oi Cambinda
Todo mundo é preto oi Cambinda
Na terra dos preto oi Cambinda
Eu também sou preto.

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Santo Antonio era menino , São Benedito era rapaz ,
Corre , corre Santo Antonio , quero ver quem corre mais.

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Meu pito tá apagado
Minha marafa acabou
Vou trabalhar pra zuncê
Porque sou trabalhador

Eu vou trabalhar, zuncê vai ganhar
Muito bango meu filho, e depois vem me pagar.

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Navio negreiro no fundo do mar
Correntes pesadas na areia arrastavam
A negra escrava se pôs a rezar
A negra escrava se pôs a rezar
Sarava, nossa mãe Iemanjá

Virou a caçamba de fundo pro mar
Virou a caçamba de fundo pro mar
E quem nos salvou foi Mãe Iemanjá
E quem nos salvou foi Mãe Iemanjá
Sarava, nossa mãe Iemanjá

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Saravá Pai José de Aruanda
que é dono da gira do meu Terreiro
Saravá Pai José de Aruanda
e todos os Negros do cativeiro

Pai José e e
Pai José e a
Pai José vem de Aruanda
Pai José saravou seu Congá

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Ô Preta Velha seu pilão tombou
Ô Preta Velha seu pilão tombou
Tombou, tombou, tombou mas não quebrou
Tombou, tombou, tombou mas não quebrou

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Adorei as Almas, as Almas me atenderam
Eram as Santas Almas, lá do cruzeiro


As Almas acenderam o candieiro,
Ê ê, lá no fundo do mar

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Auê meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá
Auê meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá

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Tá caindo fulô, Tá caindo fulô
Tá no céu, ta na terra, oi lelê, ta caindo fulô

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Bate bate na cumbuca, repelica no congá
Chama, chama os pretos velhos e vamos trabalhar

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Vovó tem sete saias, na última saia tem mironga
Vovó veio de Angola pra salvar filhos de Umbanda

Com seu patuá, arruda e guiné,
vovó veio de Angola pra salvar filhos de fé

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Ois quindim, ois quindim, ois quindim, oi muzambo
Olha lá no mar, olha lá no mar oi muzambo
Olha as catangas no mar

Seu rosário tem mironga, oi sinhô, ninguém pode mais
oi ninguem pode mais oi muzambo
Olha as catangas no mar

Refrão

Sua terra é muito longe oi muzambo, ninguém pode ir lá
ninguém pode ir lá oi muzambo.
Olha as catangas no mar

Refrão


Quem vem descendo aquela estrada tão bonita
é o Pai José, é a Vó Maria
Eles desceram desceram, foi pra ajudar
Seus filhos que cairam, não souberam levantar

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Minha caximba tem mironga, minha caximba tem dendê
Quem duvida da minha caximba, que venha ver, que venha ver

Pai Joaquim ê ê, Pai Joaquim ê a
Pai Joaquim veio de angola, Pai joaquim é de angola, angolá

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Tira o cipo do caminho ô criança, deixa o Vovô atravessar
É os Pretos Velhos, que vem de Aruanda, que vem trabalhar

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Quem é aquele velhinho,
que vem no caminho andando devagar
Com seu cachimbo na boca,
puchando a fumaça e soltando pro ar

Ele é do cativeiro, é Pai Belarmino, ele é mirongueiro

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Bonga meu nego, bonga
Negros que vem do meio do mar
navios negreiros que vem ancorar
Negros que vem pra seus filhos curar


Ora viva a estrela, ora viva glória
Viva o rosário de nossa Senhora

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Preto na senzala bateu sua caixa,deu viva à Iaiá
Preto na senzala bateu sua caixa, deu viva à Ioio
Viva Iaià, viva Ioio, viva Nossa Senhora, cativeiro já acabou

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Lá na Aruanda tem velho que não caminha 
É devagar, é devagarinho,
quem anda com preto velho nunca fica no caminho

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DESPEDIDA DE PRETOS (as) VELHOS (as)


A benção vovô se precisar lhe chamo
Zambi lhe trouxe, Zambi vai te levar
Agradeço a toalha divina, agradeça ao meu Pai Oxalá
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Já vai preto velho subindo pro céu
e Nossa Senhora cobrindo com véu

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Preto Velho já vai, mais ele vai
cruzar seus filhos com guiné

La na Aruanda onde canta o bem-te-vi
Preto Velho vai embora e deixa o seu cavalo aqui

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A sineta do céu bateu Oxala ja diz que é hora
Eu vou, eu vou, eu vou, ficar com Deus e Nossa Senhora
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Quando a Vovó vai embora
Sacode, sacode a poeira da saia

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Ela apagou o ponto, saravou o congá
despediu dos filhos, pegou seu patuá
chegou na curimba e nos deu proteção
sacudiu sua saia e só deixou a poeira no chão


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