quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Fundamentos da Umbanda

Sua estrutura baseia-se em três princípios, comuns a todas as formas de umbanda, que são: fraternidade, caridade e respeito ao próximo. Além da obediência a esses princípios, existem conceitos básicos nos quais a umbanda se fundamenta:
  • Existência de um único Deus, supremo e onipotente, conhecido como Zambi, Olorum ou simplesmente Deus;
  • Existência dos orixás, seres do Plano Superior que representam, cada um a sua forma, elementos da natureza, do planeta ou das próprias características humanas;
  • Manifestação dos espíritos e suas várias formas de atuar, podendo ser os guias, que são mensageiros divinos, espíritos de luz em evolução que incorporam nos médiuns para ensinar e orientar aos que buscam auxílio, e os kiumbas, espíritos obsessores e sem luz que se alimentam das fraquezas humanas, como ódio, vingança e vícios;
  • A mediunidade como forma de comunicação entre as esferas física e espiritual;
  • Crença na alma imortal e na reencarnação;
  • Crença na Lei Cármica, no qual se baseiam as ações do homem e suas consequências;
  • “O Caminho”, ideia no qual as pessoas devem procurar a religião com que mais se identifiquem, visto que a Umbanda não discrimina nenhuma religião e crê que, sendo alicerçada pelas mãos divinas, qualquer jornada é válida na evolução espiritual;
  • Referências africanas (culto aos orixás e antepassados), indígenas (forte ligação com os elementos da natureza), europeias (sincretismo com os santos cristãos) e indianas (reencarnação e o Karma);
  • A não cobrança pelos trabalhos prestados.

Código Ético Litúrgico da Umbanda 

Federação Brasileira de Umbanda disponibiliza em seu site o Código Ético Litúrgico da Umbanda com as principais diretrizes que regem e disciplinam a prática da religião, como os ritos e as cerimônias, dentro dos princípios dos Fundamentos da Umbanda. Nele se encontram artigos relacionados à organização, ritos, liturgia, acessórios e instrumentos litúrgicos e calendários.
Para conhecer melhor a Umbanda, sua história, sincretismo religioso, seus orixás, guias e as principais diferenças entre as religiões afro descendentes, confira as outras páginas do site!
"Dê de graça, o que de graça recebestes: com amor, humildade, caridade e fé".
Além da umbanda, existem muitas outras práticas religiosas baseadas nas tradições africanas que foram trazidas pelos escravos – dentre outras fontes, como Batuque, Cabula, Omoloko, Xambá, Terecô e, principalmente, o Candomblé e a Quimbanda.

Diferenças entre Umbanda, Candomblé e Quimbanda

As três religiões são muito confundidas por terem origens e conceitos parecidos – principalmente pelos preconceituosos que as definem pejorativamente por “macumba”; mas seguem algumas principais características que as diferenciam:
  • A natureza das entidades cultuadas e evocadas;
  • Os procedimentos realizados no culto;
  • Os elementos culturais que compõem o sincretismo;
  • O uso diferenciado das forças metafísicas acionadas.
No candomblé, os orixás são considerados deuses e todos os cultos são voltados unicamente para eles. Já na umbanda e na quimbanda, os orixás são espíritos.
Na umbanda, qualquer tipo de entidade é permitida para incorporação. No candomblé, só os orixás podem provocar a possessão, pois isso não é possível a nenhum espírito que possa ter tido vida na Terra.
No candomblé, a maioria das consultas é feita através do jogo de búzios, pois não aceitam a comunicação entre espíritos da forma que ocorre na umbanda, onde as consultas são feitas através dos espíritos de pretos velhos, caboclos, crianças etc.
A história da quimbanda diz que a magia era pra ser utilizada de uma forma diferente, deveria servir para o equilíbrio, mas hoje existem muitos terreiros que praticam a magia negra, envolvendo práticas que são procuradas por pessoas que pedem um trabalho para o mal de alguém e, segundo eles, o efeito é mais rápido porque passam por cima de todas as leis e regras da hierarquia. São várias as pessoas que ganham dinheiro por usar o nome dos orixás e das entidades para fazer magia negra.
Na quimbanda e no candomblé existe o sacrifício de animais às entidades, prática totalmente inaceitável na Umbanda.

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