Barracão, telhado de Zambi Protege teus filhos Traz o Protetô... Vem Pai José de Aruanda Dono do Terreiro de Ogum e Xangô
É de Pai Ogum... É de Pai Xangô... 2x Viva o mestre, feiticeiro trabalha na Angola, no Jeje e Nagô 2x
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Chamada da Vovó Maria Conga
Vó Maria Preta Velha, no tempo da escravidão Toda tarde ela varria o terreiro do patrão.
Ô Vó Maria, sacode a poeira da sua saia, sacode a poeira da sua saia , sacode a poeira da sua saia.
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Chamada de Mãe Josefa
La vem Mãe Josefa descendo a Ladeira com sua Sacola É com sua bengala é com seu patuá Ela vem de Angola
Eu quero ver Vovó Eu quero ver Vovó Eu quero ver, se filhos de Pemba tem querer.
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Chamada de Pai Antonio do Toco
Que Preto é este ô Cambinda que chegou agora
É Pai Antonio do Toco que veio de Angola
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Chamada de todos os Pretos (as) Velhos (as)
Pisou na linha do Congo, é Congo, é Congo, é aruê Pisou na linha do Congo, agora que eu quero ver.
Vem Congo, vem Pai, vem no Terreiro para trabalhar
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Preto velho que veio de Angola , vamos saravá no Congá, Aê , aê ,aê , vamos saravá no Conga,
Preto Velho é pai Benedito , Preto Velho é João Ferrador , Preto Velho é Gima no toco , que chega nungoma saravá Xangô; Preto Velho veio de Cambinda , Preto Velho veio de Luanda, Preto Velho veio lá do Congo pra saravá filhos de Umbanda.
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Preto Velho tá cansado , de tanto trabalhar Preto Velho tá cansado , de tanto curimbar
Canta ponto , risca Pemba , como é longa a caminhada Quem tem fé , tem tudo , quem não tem fé não tem nada
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Ele é um negro feiticeiro , que trabalha na Umbanda , que trabalha na Quimbanda e na linha do Candomblé , Esse negro eu quero ver , esse negro eu quero ver , Esse negro eu quero ver , esse negro eu quero ver.
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Ê Luanda , terra da macumba , do batuque e docanjerê ê ê Terra da macumba , do batuque e do canjerê
Eu vou bater o tambor , eu vou bater o tambor
Vou fazer o meu batuque e chamar meu protetor Vou fazer o meu batuque e chamar meu protetor
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Nega Cambinda que fala na lingua Nagô
Nega da Costa Mina , filha de Babalaô
Na macumba êê , na macumba áá
Nega pula , nega dança , nega joga seu marafo, Saravá seu protetor
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É preto , é preto , é preto oi Cambinda Todo mundo é preto oi Cambinda Na terra dos preto oi Cambinda Eu também sou preto.
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Santo Antonio era menino , São Benedito era rapaz , Corre , corre Santo Antonio , quero ver quem corre mais.
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Meu pito tá apagado Minha marafa acabou Vou trabalhar pra zuncê Porque sou trabalhador
Eu vou trabalhar, zuncê vai ganhar Muito bango meu filho, e depois vem me pagar.
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Navio negreiro no fundo do mar Correntes pesadas na areia arrastavam A negra escrava se pôs a rezar A negra escrava se pôs a rezar Sarava, nossa mãe Iemanjá
Virou a caçamba de fundo pro mar Virou a caçamba de fundo pro mar E quem nos salvou foi Mãe Iemanjá E quem nos salvou foi Mãe Iemanjá Sarava, nossa mãe Iemanjá
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Saravá Pai José de Aruanda que é dono da gira do meu Terreiro Saravá Pai José de Aruanda e todos os Negros do cativeiro
Pai José e e Pai José e a Pai José vem de Aruanda Pai José saravou seu Congá
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Ô Preta Velha seu pilão tombou Ô Preta Velha seu pilão tombou Tombou, tombou, tombou mas não quebrou Tombou, tombou, tombou mas não quebrou
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Adorei as Almas, as Almas me atenderam Eram as Santas Almas, lá do cruzeiro
As Almas acenderam o candieiro, Ê ê, lá no fundo do mar
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Auê meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá Auê meu cativeiro, meu cativeiro, meu cativerá
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Tá caindo fulô, Tá caindo fulô Tá no céu, ta na terra, oi lelê, ta caindo fulô
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Bate bate na cumbuca, repelica no congá Chama, chama os pretos velhos e vamos trabalhar
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Vovó tem sete saias, na última saia tem mironga Vovó veio de Angola pra salvar filhos de Umbanda
Com seu patuá, arruda e guiné, vovó veio de Angola pra salvar filhos de fé
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Ois quindim, ois quindim, ois quindim, oi muzambo Olha lá no mar, olha lá no mar oi muzambo Olha as catangas no mar
Seu rosário tem mironga, oi sinhô, ninguém pode mais oi ninguem pode mais oi muzambo Olha as catangas no mar
Refrão
Sua terra é muito longe oi muzambo, ninguém pode ir lá ninguém pode ir lá oi muzambo. Olha as catangas no mar
Refrão
Quem vem descendo aquela estrada tão bonita é o Pai José, é a Vó Maria Eles desceram desceram, foi pra ajudar Seus filhos que cairam, não souberam levantar
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Minha caximba tem mironga, minha caximba tem dendê Quem duvida da minha caximba, que venha ver, que venha ver
Pai Joaquim ê ê, Pai Joaquim ê a Pai Joaquim veio de angola, Pai joaquim é de angola, angolá
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Tira o cipo do caminho ô criança, deixa o Vovô atravessar É os Pretos Velhos, que vem de Aruanda, que vem trabalhar
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Quem é aquele velhinho, que vem no caminho andando devagar Com seu cachimbo na boca, puchando a fumaça e soltando pro ar
Ele é do cativeiro, é Pai Belarmino, ele é mirongueiro
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Bonga meu nego, bonga Negros que vem do meio do mar navios negreiros que vem ancorar Negros que vem pra seus filhos curar
Ora viva a estrela, ora viva glória Viva o rosário de nossa Senhora
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Preto na senzala bateu sua caixa,deu viva à Iaiá Preto na senzala bateu sua caixa, deu viva à Ioio Viva Iaià, viva Ioio, viva Nossa Senhora, cativeiro já acabou
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Lá na Aruanda tem velho que não caminha É devagar, é devagarinho, quem anda com preto velho nunca fica no caminho
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DESPEDIDA DE PRETOS (as) VELHOS (as)
A benção vovô se precisar lhe chamo Zambi lhe trouxe, Zambi vai te levar Agradeço a toalha divina, agradeça ao meu Pai Oxalá
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Já vai preto velho subindo pro céu e Nossa Senhora cobrindo com véu
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Preto Velho já vai, mais ele vai cruzar seus filhos com guiné
La na Aruanda onde canta o bem-te-vi Preto Velho vai embora e deixa o seu cavalo aqui
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A sineta do céu bateu Oxala ja diz que é hora Eu vou, eu vou, eu vou, ficar com Deus e Nossa Senhora
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Quando a Vovó vai embora Sacode, sacode a poeira da saia
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Ela apagou o ponto, saravou o congá despediu dos filhos, pegou seu patuá chegou na curimba e nos deu proteção sacudiu sua saia e só deixou a poeira no chão
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