terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Imunização Espiritual - Por Emmanuel





Se te decides, efetivamente, a imunizar o coração
 contra as influências do mal, é necessário te convenças:

Que todo minuto é chamamento de Deus à nossa 
melhoria e renovação;

Que toda pessoa se reveste de importância particular em 
nosso caminho;

Que o melhor processo de receber auxílio é auxiliar em
 favor de alguém;

Que a paciência é o principal ingrediente na solução de 
qualquer problema;

Que sem amor não há base firme nas construções espirituais;

Que o tempo gasto em queixa é furtado ao trabalho;

Que desprezar a simpatia dos outros, em nossa tarefa, 
é o mesmo que pretender semear um campo sem cogitar de
lavrá-lo;

Que não existem pessoas perversas e sim criaturas doentes
 a nos requisitarem amparo e compaixão;

Que o ressentimento é sempre foco de 
enfermidade e desequilíbrio;

Que ninguém sabe sem aprender e ninguém aprende sem 
estudar;

E que, em suma, não basta pedir aos Céus, através da oração,
 para que baixem à Terra, mas também cooperar, através
 do serviço ao próximo, para que a Terra se eleve igualmente
 para os Céus.


Recebido espiritualmente por Francisco Cândido Xavier -
 Texto extraído do livro "Meditações Diárias" – Editora Ide.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Oxalá

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JESUS, OXALÁ NA UMBANDA

A VIDA DE JESUS
O Cristianismo o reverencia como Deus feito homem.Xamãs indígenas, cabalistas, judeus e muçulmanos o consideraram um mestre.Indianos o reverenciaram como um “siddha” (perfeito) ou até um avatar(encarnação divina). Sua figura sempre fascinou os homens em todas as épocas;ele confortou e alegrou milhões de pessoas, mas apesar de tudo que se tem ditoa seu respeito, sua vida continua envolvida em mistério. Afinal, quem foi essehomem chamado Jesus?

Quase tudo o que sabemos de sua vida, vem dasnarrativas dos Evangelhos (do grego: boa nova). Mas foram muitos oshistoriadores e teólogos que contestaram esses textos. Essas escrituras, oschamados Evangelhos, receberam influência de um gênero literário muito comum, àépoca que misturava história, lendas e doutrinas. Também é forte, nosEvangelhos, a influência das antigas tradições judaicas, mitologias,greco-romana e oriental, e correntes esotéricas do primeiro século depois deCristo. Apesar de terem, por muitas vezes, sua veracidade refutada, hoje setende a valorizá-los.

Um dos principais argumentos que se levantoucontra os Evangelhos, é o de que demoraram demais para ser escritos, geralmentemuitas décadas depois dos fatos, época em que a memória, sobre os mesmos, jáhavia sido perdida ou modificada. Mas hoje em dia os especialistas explicamque, na verdade, a elaboração é que demorou muito para ser finalizada. OEvangelho mais recente, o de João, demorou quatro décadas para ficar pronto.

Mas antes de qualquer registro escrito, logo cedo,surgiu uma tradição oral sobre a vida e a mensagem de Jesus. Seu núcleo era o“Querigma” – palavra grega que significa “anúncio”, muito utilizada pelos seusdiscípulos para converter os ouvintes, por ter forte apelo emocional. Em tornodesses discursos se juntavam as parábolas de Jesus.

O que corroborou para que os Evangelhos realmentepassassem a ser vistos, como algo que mostra a realidade vivida por Jesus eseus discípulos, naquela época, foi a descoberta, em 1992, de um fragmento depapiro com trechos de dois versículos de Marcos, datado do ano 50 d.C. Duasdécadas depois da morte de Jesus sua história já estava sendo escrita.

O NASCIMENTO DE JESUS
Jesus nasceu quando as terras que hoje pertencem aIsrael e Palestina, estavam sob o domínio dos romanos. Ele nasceu sob o reinadode Herodes, viveu em locais governados por seus filhos e morreu sob o poder doromano Pôncio Pilatos. O dia em que comemoramos o nascimento de Jesus, o Natal,não é realmente a data de seu nascimento. Dia 25 de dezembro era uma dataespecial no calendário dos cultos de Roma. Era o dia do “Festival Pagão do SolInvencível”, que comemorava o triunfo do astro-rei. Os primeiros cristãosassociaram as qualidades do Sol a Jesus, por isso a escolha da data, que deveter sido instituída por volta de 330 d.C. Hoje se sabe que Jesus nasceu antesdo ano I, da Era Cristã, provavelmente entre 8 e 6 a.C. Existe uma passagem noEvangelho de Lucas que diz que o nascimento de Jesus se deu na época dorecenseamento feito pelo imperador César Augusto. Historiadores concordam que adata provável desse censo foi entre 8 e 6 a.C.

JESUS – O HOMEM
O Cristo encarnado, como homem na Terra – Jesus, éa própria manifestação do Verbo, como já comprovou Saint Yves D’Alveydre, comseu Arqueômetro. Em todas as escolas de tradição oriental os mestres costumamdizer, aos seus discípulos, que “todo homem possui uma centelha divina queemana do Verbo Divino. Para se tornar ‘Cristo’, basta desenvolver essacentelha”. Jesus assim o fez, e como homem encarnado atin­giu a máximaevolução.

O Verbo manifesta seu princípio em algum ponto doespaço mas não deixa de estar no Absoluto. Mas esse princípio, quandoencarnado, aceita todas as condições da existência na Terra, como oesquecimento do Plano Divino e a angústia do abandono do Pai.

Jesus teve ou tem uma existência metafísica ou éum princípio vivo que continua atuante em relação aos seres humanos? Se Jesusfoi o próprio Verbo Encarnado e se este princípio está intimamente ligado atodas as manifestações vivas da Natureza, esse mesmo princípio não abandonou oplano físico e está sempre presente para curar aqueles que dele se aproximam.Todas as raças deste planeta receberam a revelação da libertação da carne pormeio da intervenção do princípio criador. O nome desse princípio, desde aformação do nosso planeta, é Jesus, e sua atuação sobre o planeta está sempreviva e se manifestando.

Jesus é aquele que veio e está sempre presente,conduzindo a Humanidade de volta aos braços do Pai. Todas as honras e louvoreslhe são devidos por sua atuação em todos os planos. O Cristo é a própriadivindade que se encontra em estado latente em todos nós, pois somos espíritosencarnados e trazemos conosco essa centelha divina.

O personagem histórico – Jesus, o homem, ensinou oamor, a benevolência e a caridade; foi um grande mensageiro da Luz, trazendo osensinamentos que despertaram a consciência dos que estavam mortos para oEspírito, presos na escravidão da matéria, que é nossa redentora e nos auxiliaa redimir nossos erros rumo à evolução espiritual.

JESUS – UM INICIADO
Evangelhos Apócrifos (que não são reconhecidosoficialmente), atribuem a Jesus pensamentos e ensinamentos esotéricos. Isso nosfaz pensar que ele possa ter elaborado dois tipos de discurso: um exotérico(externo), adaptado à capacidade de com­preensão da grande massa e outroesotérico (interno), que se destinava à formação de seus discípulos.

As Correntes Espiritualistas cada vez maisacreditam nessa hipótese. Algumas dizem ter sido Jesus um grande Mestre daCabala, a mais mística tradição judaica; outras o colocam como sendo o portadorde um conhecimento oculto, que vem sendo passado à Humanidade desde temposimemoriais, que remontam às tradições mais antigas, como a dos Iogues indianos,e, antes, ainda, aos Xamãs pré-históricos.

JESUS E A TRADIÇÃO ESOTÉRICA
Algumas práticas citadas nos Evangelhos podem nosremeter a influências esotéricas na vida de Jesus:

· O Batismo: existe uma lacuna de 20 anos nosEvangelhos entre a infância e o início de sua pregação. Após esse período elepassou por um rito iniciático adotado por várias tradições místi­cas – obatismo. Para essas antigas tradições, nesse momento o iniciado passasimbolicamente por um processo, mor­rendo para a antiga existência e renascendopara uma nova vida.

· Prova do Deserto: outra experiência iniciáticafoi o jejum de 40 dias no deserto. Esse tipo de provação, a que o adepto éexposto, é tão antiga quanto às tradições xamânicas, ainda hoje é utilizada porvárias tradições místicas. O objetivo é manter o aspirante em total condição deisolamento, levando-o a confrontar se com o seu lado sombrio, que é retratadonos Evangelhos como o Diabo, que lança sobre Jesus as três tentações: quebrar ojejum, atirar-se do alto do templo de Jerusalém e adorar o próprio Diabo emtroca do reinado sobre a Terra. Jesus rejeitou todas.

· O Círculo Hermético: após ter dado início à suamissão, mais e mais pessoas são atraídas por suas palavras e ensinamentos: agrande massa que o ouvia nas sinagogas, uma grande quantidade de discípulos quepassaram a acompanhá-lo e o grupo dos doze apóstolos, que a tudo abandonarampara segui-lo. É provável que a estrutura desse círculo restrito de seguidoresobedecesse a um modelo estabelecido em comunidades místicas.

· O Texto na Tabuleta Pregada na Cruz: a frase quePôncio Pilatos redigiu para ser colocada na cruz – “Jesus Nazareno, Rei dosJudeus” – pode ter tido um significado muito maior do que o resumo dasacusações que lhe foram feitas. A palavra Nazareno, além de designar o localonde viveu parte de sua vida, pode se referir também a “Nazir” ou “Nazireu”,aquele que é consagrado a Deus e que entre outras obrigações não poderia cortaros cabelos. A palavra rei também pode ter outro significado nessa inscrição.Esse título, nos círculos esotéricos era dado ao indivíduo que iniciava adeptosao conhecimento dos mistérios. Poderia ser uma conotação de Mestre Iniciático.

JESUS, O ARREBATADOR DE ALMAS
O antigo povo de Israel esperava um “Messias” – naverdade um guerreiro que os livrasse da opressão romana. Jesus veio pregando oamor incondicional, por meio do qual seria possível se conquistar o reino deDeus. Mas o que a maioria esperava era um revolucionário que expulsasse osdominadores romanos, derrubando Herodes e restabelecendo um poder legítimo emIsrael. Jesus não se apresentou como esse revolucionário e sua condiçãofraternal foi explorada por seus inimigos, que o condenaram à morte. Ele pregouuma “revolução” a longo prazo, sem luta, sem visar somente o lado material, masamplamente profunda e esclarecedora do ponto de vista espiritual. Sua meta era,por meio da conscientização e de uma transformação radical, trazer o reino deDeus à Terra.

A RESSURREIÇÃO SEGUNDO A TRADIÇÃO ORIENTAL
A idéia de transmutação do corpo físico e imortalidadesão comuns em certas tradições espiritualistas da índia e da China.

Extremamente rara, essa possibilidade poderia seralcançada pelos “siddhas”, os perfeitos, mas seria inerente a todo ser humanoque, por devoção a Deus, exercícios e prática da yoga, poderia atingir umestágio supremo de desenvolvimento.

OXALÁ, O ORIXÁ DA CRIAÇÃO
Na Umbanda, Oxalá representa o mais alto nahierarquia dos Orixás, tendo como contraparte nosso Mestre Jesus, o médiumsupremo. Nos pontos riscados é representado por uma estrela de cinco pontas.Como Orixá na Umbanda, Oxalá se apresenta sob três formas:

OXAGUIAN: o Oxalá Menino, que é sincretizado com oMenino Jesus de Praga.

OXALUFAN: o Oxalá Velho, sincretizado com Jesus noMonte das Oliveiras.

OXALÁ: sincretizado com Jesus Cristo.

Tanto na Umbanda quanto no Candomblé é de Oxalá atarefa de criação da Humanidade. Por isso a equivalência a Jesus, manifestaçãomáxima de Deus trino: Pai, Filho, Espírito Santo. Além de responsável pelomolde dos primeiros seres humanos na Terra, é considerado também o criador dacultura material.

Oxalá é representado nos Congas por Jesus e é aautoridade suprema na Umbanda. É ele quem ordena aos Orixás que venham ajudarseus filhos por meio dos Guias e Mensageiros que vêm em Terra. Sua imagem é ade Jesus Cristo, sem a cruz e sua cor é branca. Oxalá é considerado o Orixámaior na Umbanda, porque é capaz de atuar em todos os elementos e vibraçõesatravés dos outros Orixás.

Éter e Luz: são o elementos e a força da Naturezacorrespondentes à Linha de Oxalá.

Dia da Semana: Sexta-feira.

Vibração: atua no chacra coronário.

Cor: Branca, com raios dourados.

Cores da Guia: Contas brancas leitosas.

OXALÁ NOS CULTOS AFRO-BRASILEIROS
O mais importante e elevado do Panteão lorubá; foio primeiro Orixá criado por Olorum (O Deus supre­mo). E um dos Orixás Fun-Fun(da cor branca).

São muitas as suas lendas e extensa sua origem ehistória na África. No Brasil, são mais conhecidos Oxalufan “o velho” eOxaguian “o moço”. Na sua forma “guerreira”, Oxalá carrega uma espada, cheio devigor e no­breza; na condição de velho e sábio, curvado pelo peso dos anos, éuma figura nobre e bondosa que carrega um cajado, o Opaxorô, de forte sim­bologia,utilizado para separação do Orun (o Céu) e o Ayié (a Terra). No Brasil é o maisvenerado e sua maior festa é uma cerimônia chamada “Águas de Oxalá”, que dizrespeito à sua lenda dos sete anos de encar­ceramento, culminando com acerimônia do “Pilão de Oxaguian”, para festejar a volta do Pai. Esse respeito advémda sua condição delegada, por Olorum, da criação e governo da Humanidade.

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXALÁ
Os filhos de Oxalá são pessoas tranqüilas, quetendem à calma até nos momentos mais difíceis. São amáveis e pensativos, masnão cos­tumam ser subservientes. São articulados, reservados e às vezes muitoteimosos, sendo difícil con­vencê-los de que estão errados na resolução de umproblema. Em Oxalufan, o Oxalá mais velho aparece com a tendência para o debatee a argumentação.

A LENDA AFRICANA
Orixalá ou Obatalá foi encarregado por Olorum derealizar uma grande e importante tarefa: a da criação do mundo. Para isso,recebeu de Olorum o “Saco da Criação”. Mas antes de iniciar sua viagem para ocumprimento da mis­são era necessário que Oxalá realizasse oferendas para Bará.Mas, com seu caráter um tanto orgulhoso, não o fez.

Iniciou então sua caminhada, e, ao chegar à portado além, encontrou Exu-Bará, fiscal das comunicações entre os dois mundos. Aosaber que o Grande Orixá não havia feito as oferendas, fez com que ele sentissemuita sede durante a caminhada. Oxalá não teve outra saída senão tomar olíquido refrescante que escorre do dendezeiro – o vinho de palma. Com issoficou bêbado, perdeu o rumo e adormeceu.

Veio então Odudua, criado depois de Oxalá, e,vendo-o adormecido, roubou-Ihe o Saco da Criação e levou até Olorum, que disse:“Vá você Odudua, vá e crie o mundo”. Odudua encontra uma grande extensão deágua e deixa cair o conteúdo do Saco da Criação – a terra; formou-se um monteque ultra­passou as águas. Odudua colocou sobre o monte de terra uma galinha decinco patas, que espalhou a terra sobre as águas. A terra foi se alargando cadavez mais criando a cidade de llê-lfê.

Quando Oxalá acordou e não encon­trou o Saco daCriação procurou Olo­rum, que o castigou proibindo-o de beber vinho de palma eusar azeite de dendê. Como consolo, ordenou-lhe que moldasse no barro o corpodos seres humanos, sobre os quais Ele, Olorum, sopraria a vida.

Texto epesquisa: Virgínia Rodrigues – base de consulta: www.auxiliadora.org.br
Fonte: RevistaEspiritual de Umbanda – Nº 12

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Ponto Cantado a Oxalá

Oxalá meu pai
Tem pena de nós, tem dó
Se as voltas no mundo é grande
Seus poderes são maior
Oxalá meu pai
Tem pena de nós, tem dó
Se as voltas no mundo é grande
Seus poderes são maior
O malei malei
O malei malá
O malei malei
Salve as forças de Oxalá !

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Oração a Oxalá
SalveOxalá, força divina do amor, exemplo vivo de abnegação e carinho!
Nós vos rogamos, ó bondoso Mestre, a Vossa proteção para que, possamos sentirem nossos corações, cada vez mais viva, e chama do nosso amor por Deus e portodas as suas criaturas.
Derramai Vossa benção por sobre todos nós e especialmente por sobre aqueles quese encontram recolhidos às casas de saúde, manicômios e penitenciárias, porsobre todos os que nascem neste momento e, ainda, muito especialmente pelos quedesencarnaram  e se dirigem, já em espírito, ao mundo invisível, para oajuste de contas.
Proteção ó Pai Oxalá!...
Forçae proteção para todos os que palmilham o caminho do bem, e misericórdia para osque vivem no mal e para o mal, esquecidos de si próprios.
AssimSeja !

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Oração para a Proteção de Jesus

QueridoPai, que enviastes vosso filho Jesus,
Para nos ensinar a amor e o perdão,
Colocai sobre mim, agora, a infinita proteção do nome de Jesus Cristo:
Jesus me guarda,
Jesus me ampara,
Jesus ma guia,
Jesus me defende,
Jesus me salva,
Jesus me protege,
Jesus me eleva,
Com Jesus tenho paz, verdade, justiça e fé.
Amém!

Velas quebradas e usadas


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Nos trabalhos de Umbanda existe uma grande preocupação com o uso de velas virgens ou que não estejam quebradas.
 
A principio pensei tratar-se de mera superstição, mas depois compreendi que a vela virgem estava isenta da magnetização de uma vela usada anteriormente, evitando assim um choque de energias, que geralmente anula o efeito do trabalho de magia.
 
Na vela quebrada, existe a interrupção da seqüência que a queima da mesma representa.

Sabão da Costa - "Ose"


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Sabão de origem da Costa do golfo da Guiné, África. Sendo que, na África tem o nome de “ose”, com a cor escuro, mole e perfumado, usado em “Rituais” tanto na África como no Brasil nos Cultos Afro-Brasileira.
Este sabão é muito importante, cuja composição original é conservada secreta, hoje, existe muito sabão falsificados, é uma pena, porque é um sabão muito usado nas ocasiões em que antecede a qualquer tipo de banho ritualístico, muito aconselhável à usá-lo sempre, ao menos duas vezes por semana, excluindo-se às sextas-feiras, sábados e domingos, sendo utilizado antes de dormir, para descarregar maus fluídos adquiridos durante o dia, obtendo um sono tranqüilo.
De modo geral, o banho é feito desde os ombros até os pés, sem tocar na cabeça. (lavagem de cabeça é outra coisa)
Quando terminar o banho, devemos ter junto uma vasilha com água com açúcar e largar nos quatros cantos do Box, evitar larvas negativas à outrem.
O sabão da Costa é utilizado na preparação inicial de okutás e utensílios de um “Ritual de Obrigação”, com a finalidade de eliminar todos os maus fluídos e larvas negativas, tornando os objetos virgens e purificados para receber o Àse (força do Òrìsà) à ser feito e assentado.
Fonte:
http://povodosanto.wordpress.com/

Luxo na Umbanda

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LUXO NA UMBANDA? NECESSIDADE ESPIRITUAL OU VAIDADE DO(S) MÉDIUM(NS)?

Vamos refletir sobre: "necessidade x vaidade x humildade".

Não está acontecendo um exagero de vaidade na Umbanda (não da religião, mas dos adeptos)?
Entre muitos aspectos, podemos citar como exemplo a vestimenta e os paramentos: quando o médium tem uma entidade ou outra que usa um apetrecho de trabalho (um chapéu, um lenço, uma bengala ou mesmo outro elemento), nota-se que a necessidade desse material é do guia, ou seja, aquele espírito usa o chapéu, o lenço etc. para realizar seu trabalho, dentro do seu fundamento.
Mas, quando TODAS as entidades que trabalham com o mesmo médium, ou todas do mesmo terreiro (mesmo em médiuns diferentes) precisam se paramentar, não seria mais coisa do(s) médium(ns), na maioria das vezes semi-consciente(s), do que do(s) espírito(s) atuante(s)? .
Na internet, revistas e jornais, podemos ver com facilidade, fotos em que o mesmo médium (ou todos do terreiro), quando incorporado(s) apresenta(m)-se da seguinte forma: o baiano está vestido de cangaceiro, com falangeiros de seu Zé Pelintra (não concordo com o termo “linha de malandros”, usado pelos umbandistas mais novos ) usa terno, bengala e chapéu, o boiadeiro parece um capataz ou um coronel fazendeiro, o caboclo se veste imitando um índio (já que o de modo geral, os artigos encontrados, como cocares, não são genuinamente indígenas, e muitos não têm nenhuma semelhança aos paramentos que eram utilizados pelos povos ancestrais de nosso continente, ou mesmo pelos índios atuais), o Ogum veste roupa de soldado romano e tem uma linda espada (se possível, cravejada de brilhantes), o erê traja roupas infantis (macacãozinho, vestidinho colorido etc), o cigano com vestes características do povo (e lógico, quanto mais colorido, melhor), o Exu usa capa, tridente e cartola, o marinheiro usa uma “farda” como se fosse um autêntico capitão da marinha americana, etc. Isso quando não resolvem por um “trono” no meio do terreiro, colocando a entidade numa posição de rei dentro da casa (já existem tronos especialmente confeccionados para Exus e que são vendidos aos “olhos da cara” nas casas de artigos religiosos).
O que vocês acham? Será que existem mesmo médiuns ou casas onde TODAS as Entidades atuantes precisam se paramentar?
Seria coincidência esses espíritos escolherem, todos ao mesmo tempo, esse médium ou essa casa, para se paramentar?
Isso não seria contrário ao principal lema da Umbanda: “HUMILDADE e SIMPLICIDADE”- tão ensinado pelos nossos sábios Pretos-Velhos?
A roupa branca (símbolo de igualdade), aos poucos estaria deixando de ser a FARDA dos soldados do exército do Pai Oxalá, já que até em dias de giras comuns estão usando roupas cada vez mais esplendorosas?
Será que festa de entidade ou orixá precisa mesmo desse luxo todo, deixando, às vezes, um local sagrado como um templo umbandista mais parecido com uma ala de escola de samba, onde todo mundo fica "fantasiado"?
Esse colorido todo não facilita a indução à mistificação, ou no mínimo, ao animismo, já que o médium que gastou tanto dinheiro com toda essa parafernália, não vai querer deixar tudo aquilo guardado?
Ou será que os guias, que sempre foram exemplos de humildade e simplicidade, é que são (ou estão ficando) cada vez mais vaidosos (o que não acredito)?
Irmãos-de-fé, filhos da nossa amada Umbanda: apesar do respeito às diferenças, certas questões poderiam e deveriam ser melhor estudadas ou revistas pelos seguidores do Mestre Oxalá, afinal de contas, a Umbanda veio para dar espaço a todos os filhos do Pai Celestial, principalmente aos simples e humildes (encarnados e desencarnados), muitas vezes não aceitos em outros segmentos religiosos. Com toda essa parafernália utilizada atualmente, como os mais necessitados se encaixarão, já que muitos não podem comprar uma “roupa de Exu”, que muitas vezes, custa mais do que eles ganham por um mês de trabalho?
Lembremos que o brilho que devemos mostrar não é no luxo da vestimenta, ou seja, o lado externo, pois tudo isso é ilusório, já que roupa não tem força espiritual. O que realmente importa é a essência divina que existe em cada um de nós, filhos de Deus (encarnados e desencarnados). Esse brilho, que brota no âmago do ser é que deve ser mostrado e melhor ainda, doado, a todos aqueles que necessitam. Isso sim agrada ao Pai, aos orixás e seus Falangeiros de Luz.

Os Falangeiros


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Os Falangeiros são os representantes dos Orixás, e, em muitos casos, a essência dos próprios Orixas manifestada nos médiuns, pois sua força é a emanação pura dos Orixás (ou como alguns dizem: são a vibração virginal dos Orixás). Sendo assim, eles podem incorporar nos médiuns, em seus “cavalos”, e mostram sua presença e sua força em nome de um Orixá. Porém, são frágeis (o médium pode perder sua sintonia muito facilmente) e exigem muito dos médiuns, não podendo permanecer por muito tempo em Terra. Podemos utilizar como exemplos de falangeiros:
Falangeiros de Ogum:
Ogum Beira-Mar; Ogum Megê;Ogum Sete Ondas;Ogum Sete Espadas
Ogum Iara;Ogum Matinata; Ogum Rompe-Mato
Em algumas ramificações da Religião de Umbanda (nas Umbandas de Caboclo, Umbanda branca, Umbanda esotérica e nas Umbandas voltadas ao Espiritismo ou Kardecismo) que não trabalham diretamente com os Orixás , na forma de Falangeiros de Orixás (não estão ligados a uma corrente africana), o trabalho com os Orixás é feito com os Guias (Espíritos reencarnacionais, pois já tiveram vida corpórea) chamados "Capangueiros de Orixás", ou seja, são Guias (entidades que falam, bebem, fumam, dão consultas ...) que vêm na vibração ou emanação daquele Orixá. Na maioria das vezes, são Caboclos que cumprem essa função e carregam o nome do Orixá junto ao deles, como:
Caboclo Ogum Iara; Caboclo Ogum Sete Espadas;
Caboclo Ogum Beira-mar;Caboclo Xangô das Matas;
Caboclo Xangô Sete Pedreiras ...
Existem casos (talvez por isso cause tanta confusão) que os médiuns não colocam a palavra caboclo na frente do nome do Capangueiro, e acaba saindo Ogum Iara, Ogum Sete Espadas, em vez de Caboclo Ogum Iara, Caboclo Ogum Sete Espadas ... Isso confunde as pessoas e elas acabam achando que estão trabalhando com um Orixá, que o Orixá bebe, fuma, dá consultas etc. 
Porém, o que está se manifestando ali (com grande força e beleza), são Guias, são os Capangueiros.
Então como diferenciar os Falangeiros dos Orixás e os Guias Capangueiros dos Orixás?
É simples. 
Os Falangeiros dos Orixás não falam, não bebem, não fumam (na grande maioria dos casos), não dão consultas, e estão vinculados à casas de corrente Africana (casas de Umbanda com fundamentos como feitura, camarinha, boris, obrigações, oferendas, cortes ...). Trabalham na harmonização do terreiro, afastando cargas e no desenvolvimento e equilíbrio dos médiuns. Já os Guias Capangueiros dos Orixás dão consultas, fumam, bebem, e falam (interagem) com os assistenciados (e as casas em que trabalham, em sua grande maioria, não estão vinculados à corrente Africana diretamente).
Só lembrando que todos os guias (Pretos-velhos, Caboclos, Crianças, Boiadeiros, Marinheiros, Baianos, Exus / Bombogiras,...) trabalham sob a ordem de um Orixá e também podem ser considerados como "Capangueiros". A diferença entre eles e os Guias Capangueiros dos Orixás é que eles não carregam em seus nomes o próprio nome do Orixá de trabalho.
Dentro da cultura Afro-brasileira é considerada a existência de uma “vida passada na Terra”, na qual os Orixás teriam entrado em contato direto com os seres humanos, aos quais passaram ensinamentos diretos e se mostraram em forma humana.
Essa teria sido uma época muito distante na qual o ser humano necessitava da presença física dos Orixás (um estado presencial em forma humana), pois o ser humano ainda se encontrava em um estágio muito primitivo, tanto materialmente como espiritualmente.

Após passarem seus ensinamento voltaram à Aruanda, mas deixaram na Terra sua essência e representatividade nas forças da natureza.
Em algumas correntes Umbandistas ditas sincréticas há a associações entre Oxalá e Jesus Cristo, entre Santo Antônio e Exu, entre Santa Bárbara e Iansã, entre São Jorge e Ogum ... 
E isso acabou virando "uma simbiose Espiritual, uma apropriação simbólica", em que a imagem do Santo Católico apenas representa um Orixá, mas não é o Orixá; é apenas um símbolo, uma referência material e a apropriação da data de comemoração do Santo para se louvar o Orixá. 
Entendendo assim, que não se "baixa" São Jorge em um terreiro, não se baixa Santa Bárbara, mas sim, o Orixá, que é sincretizado com a imagem e o nome  do santo católico.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

CONHECENDO OS FALANGEIROS DE 

IANSÃ






    Mais uma vez vamos falar de Falangeiros, dessa vez vamos falar dos
Falangeiros de Iansã, a Orixá guerreira, deusa dos ventos e
tempestades.

    Sempre friso que os Falangeiros são Entidades que estão somente
abaixo do Orixá. Eles comandam as legiões de Entidades e Espíritos que
se afinizam na vibração do Orixá que os governa.

    E os Falangeiros de Iansã, que também chamamos de Oyá, vem
relacionados da seguinte forma:

Egunitá, Onira, Balé, Biniká, Senó, Abomi, Gunán, Bagán, Kodun,
Maganbelle, Yapopo, Onisoni, Bagbure, Topé, Filiaba, Semi, Sire,
Funán, Furé, Guere, Toningbe, Fakarebó, De, Min, Lario, Adagangbará.

    Esses Falangeiros vem em irradiação com Iansã e vibração ou
fundamento com os seguintes Orixás:


Oyá Egunitá: Vem em vibração ou fundamento com Oxalá, Ogum, Oxossi e
Nanã Buruquê.

Oyá Onira: Vem em vibração ou fundamento com Oxum, Ogum, Oxaguiã e
Obaluaiê.

Oyá Balé: Vem em vibração ou fundamento com Oxalá, Omulú e Nanã
Buruquê.

Oyá Biniká: Vem em vibração ou fundamento com Oxumaré, Oxum e Omulú.

Oyá Senó: Vem em vibração ou fundamento com Iemanjá, Oxumaré e Xangô
(Airá)

Oyá Abomi: Vem em vibração ou fundamento com Xangô e Oxum.

Oyá Gunán: Vem em vibração ou fundamento com Omulú, Xangô, Ogum e Exú.

Oyá Bagán: Vem em vibração ou fundamento com Oxossi, Ossãe, Ogum e
Exú.

Oyá Kodun: Vem em vibração ou fundamento com Oxum, Nanã Buruquê,
Iemanjá e com Oxaguiã.

Oyá Maganbelle: Vem em vibração ou fundamento com Xangô e Iroko.

Oyá Yapopo: Vem em vibração ou fundamento com Obaluaiê.

Oyá Onisoni: Vem em vibração ou fundamento com Omulú.

Oyá Bagbure: Não vem em vibração ou fundamento com nenhum Orixá.

Oyá Topé: Vem em vibração ou fundamento com Oxum, Xangô, Ogum e Exú.

Oyá Filiaba: Vem em vibração ou fundamento com Omulú.

Oyá Semi: Vem em vibração ou fundamento com Obaluaiê.

Oyá Sire: Vem em vibração ou fundamento com Ossãe e Xangô (Airá).

Oyá Funán: Vem em vibração ou fundamento com Oxalá, Nanã Buruquê, Ogum
e Omulú.

Oyá Furé: Vem em vibração ou fundamento com Nanã Buruquê, Oxalá, Omulú
e com a própria Iansã.

Oyá Guere: Vem em vibração ou fundamento com Ogum e Omulú.

Oyá Toningbe: Vem em vibração ou fundamento com Ogum, Exú e Omulú.

Oyá Fakarebó: Vem em vibração ou fundamento com Bará e Ogum.

Oyá De: Vem em vibração ou fundamento com Obaluaiê/Omulú, Oxossi e
Oxum.

Oyá Min: Vem em vibração ou fundamento com Exú, Omulú e Ogum.

Oyá Lario: Vem em vibração ou fundamento com Omulú, Ogum e Exú.

Oyá Adagangbará: Vem em vibração ou fundamento com Bará (Exú)

    Falaremos resumidamente sobre as características de cada um
desses Falangeiros de Iansã, para entendermos como se apresentam em
trabalho.

Oyá Egunitá: Tem como característica uma forma madura, nem muito
jovem, nem muito idosa. Do reino das Igbalés (Iansã ligado as Almas),
essa Falangeira tem um culto ligado aos eguns. É ela que encaminha os
espíritos arrependidos ao encaminhamento, pois ela caminha com os
mortos.

    Tem sua roupagem nas cores amarelo e branco. Traz nas mãos uma
espada de ouro, na qual abre caminho para encaminhar os espíritos
perdidos.

    Dizem que todo vento que atravessa o bambuzal e conduzido por Oyá
Egunitá, e quando se ouve o zumbido desse vento, é essa Falangeira
que está encaminhando os espíritos caídos.

Oyá Onira: Falangeira de característica jovem, arrojada e ao mesmo
tempo guerreira e doce (dependendo da vibração que venha).

    Ela é vista muitas vezes como uma ninfa das águas doces, as vezes
se confundindo com as outras Falangeiras por ser uma grande guerreira
igualmente.

    Oyá Onira tem uma ligação fortíssima com Oxum, e a lenda diz que
foi essa Falangeira que ensinou a Oxum Apará a lutar.

    Sua roupagem vem nas cores coral e amarelo, podendo ser também
totalmente rosa. Tem nas mãos uma espada curta e uma longa, na qual
utiliza ao chegar em Terreiros ou roças para seu trabalho de caridade.

    É vista como uma rainha dentre as Falangeiras de Iansã, sendo
respeitada como tal.

    Muitos a temem pela ligação com Ogum (guerreiro), Obaluaiê
(varíola) e Oxaguiã (poder).

Oyá Balé: Falangeira de forma e característica idosa. Também conhecida
como Gbalé. É aquela que retorna a terra, a Deusa dos mortos, a
senhora dos Eguns, ou a senhora dos cemitérios.

    É ela que tem domínio sobre os mortos para fazer o encaminhamento,
mostra o caminho as Entidades resgatadoras, e demonstra o
entendimento a quem busca por ele.

    Nunca se deve vestir essa Falangeira de vermelho, pois isso poderá
trazer quizilas, por sua ligação com Egum. Sua roupagem deve ser
totalmente na cor branco.

    Ao chegar em Terreiros ou roças, essa Falangeira dança como se
estivesse expulsando os espíritos errantes do ambiente onde se
encontra. Dizem que ela manda esses espíritos ao encontro de Omulú
para que ele os encaminhem fora do trabalho de caridade, para que
assim o trabalho não seja prejudicado.

Oyá Biniká: De formas e características não muito jovem, mas também
não muito idosa, essa Falangeira é conhecida como a Senhora dos ventos
quentes.

    Tem uma ligação muito especial com Oxum, e sempre se apresenta em
Terreiros e Roças trazendo a Falangeira dessa Orixá, Oxum Apará, na
qual tem um trabalho muito semelhante, e uma ligação espiritual
constante em prol da caridade.

    Sua roupagem vem nas cores azul escuro, amarelo, com detalhes em
preto e verde raiado de amarelo. Traz nas mãos uma espada, na qual
faz sua dança utilizando esse instrumento, fazendo assim que muitas
pessoas a confundam com Oxum Apará.

Oyá Senó: Também conhecida como Sinsirá, essa Falangeira De
características e formas jovem, tem um modo carismático de se
demonstrar, fazendo de seus consulentes verdadeiros protegidos.

    Uma Falangeira raríssima de se apresentar em Terreiros ou Roças,
sendo quase uma benção para aqueles que tiveram a sorte de um dia
poderem ver seu trabalho de caridade.

    Sua roupagem se consiste nas cores azul claro, marrom e amarelo
raiado de verde claro.

Oyá Abomi: Também conhecida como Oiá Bomin, é uma Falangeira de forma
e característica bem jovem. além de guerreira, se utiliza da razão e
da justiça para realizar seus trabalhos de caridade.

    Sua roupagem vem nas cores amarelo, azul anil e marrom em
detalhes. Traz nas mãos três pequenas conchas, na qual faz a limpeza
em seu consulentes com elas.

Oyá Gunán Falangeira que também pode ser conhecida como Gigan, tem
como característica a forma madura, trazendo a sabedoria no olhar
profundo.

    Tem um modo muito particular de chegar a Terreiros e Roças, as
vezes chega com uma grande força jovial, trazendo uma vibração a
muitos Médiuns que tenham na coroa a Orixá Iansã. Essa forma mais
rápida de chegada se consiste no momento de vibração com Exú. Caso
sua vibração do momento se consistir com Omulú, sua chegada vem mais
pesada, devagar, e muitas das vezes sem a dança tradicional.

    Sua roupagem vem na cor Marrom, com detalhes em vermelho e preto.
Algumas vezes pode ter nas mãos duas cabaças, na qual se dizem trazer
espíritos errantes, que ´por ela foram presos, para não trazer mazelas
para o trabalho de caridade a consulentes.

Oyá Bagán: Falangeira de características e formas muito jovial. Grande
guerreira, audaciosa, batalhadora, e que não deixa uma pergunta sem
resposta.

    Grande Deusa dos ventos estreitos corrente por entre as matas,
e essa Falangeira não admite que mencionem a ela algo injusto, não
aceita ouvir sequer palavras que vão contra os semelhantes.

    Se veste na cor amarelo e verde, com muitos detalhes em vermelho
e preto. Tem um capuz cobrindo a cabeça, para demonstração que essa
Falangeira não a tem. Nas mãos pode trazer uma espada curta ou um arco
e flecha, dependendo da vibração maior que esteja presente.

    Sua chegada em Terreiros e Roças se consiste em movimentos fortes
e rápidos, deixando muitas vezes algumas pessoas em dúvida, por
parecer a chegada de Exú.

Oyá Kodun: Falangeira de forma e característica jovem/madura, que
vibra sobre as águas. Protetora de seus filhos, amável e carinhosa.
Porém em algumas vezes pode vir de forma mais radical, com palavras um
tanto mais duras para alertar a seus consulentes.

    Como uma mãe protetora, sabe muito bem a hora de acariciar e a
hora de mostrar o erro.

    Sua roupagem vem nas cores amarelo, azul, com detalhes em roxo e
branco. Sua dança de chegada se consiste em erguer as mãos, e puxar
para si, como se estivesse buscando as forças de Oxalá para seu
trabalho de caridade.

Oyá Maganbelle: Também conhecida como Oyá Agangbele, tem como
característica a forma madura/idosa. Se utiliza da justiça e do tempo
passado, presente e futuro para seus trabalhos de caridade. De
semblante fechado, sem muitas palavras, se faz presente em Terreiros e
Roças sem a dança tradicional nas chegadas ou partidas. Aprecia o
silêncio, e demonstra irritação a aqueles que não entendem que tudo
tem o tempo certo de acontecer.

    Muitas Médiuns que tem essa Falangeira na coroa, possivelmente
terão dificuldades para engravidar, pois e nessa qualidade que é
demonstrado o qual a dificuldade para a gestação.

    Tendo essa Falangeira na coroa, e desejando engravidar sem
preocupações, se deve fazer um firmamento aos pés de uma grande
árvore, para que assim a gestação seja protegida.

    As vestes dessa Falangeira se consiste nas cores Marrom, amarelo e
branco, com detalhes em palha da costa.

Oyá Yapopo: Falangeira de forma e característica jovem. Tem grande
ligação com Obaluaiê, e nele vibra quando tem sua chegada em
Terreiros e Roças.

    Seu modo de trabalho é virado a cura de doentes, e traz nas mãos
uma pequena cruz em madeira, na qual faz limpeza em consulentes
tomados por males físicos.
    Sua roupagem é na cor branco com bordas em amarelo.

Oyá Onisoni: Falangeira de característica e forma idosa. De palavras
curtas, sem expressão na face, não se apega a conversas
desnecessárias, fazendo seu trabalho de uma forma lenta, calma,
serena, isso se caso o consulente não expressar algo que venham fora
da regra da religião, como pedir mal a semelhantes, ou amarrações de
diversas formas.

    Essa Falangeira tem um trabalho especial em encaminhamento e busca
de espíritos desencarnados. Tem como finalidade buscar e levar
espíritos errantes, para que não fiquem rondando nas caminhadas de
consulentes.

    Sua roupagem é nas cores amarelo e preto, tendo detalhes em
branco.
    Sua forma de chegada e partida de Terreiros e Roças é de forma
lenta, pesada, de fronte voltada ao chão.

Oyá Bagbure: Como não tem ligação ou fundamentos com nenhum Orixá,
essa Falangeira tem várias formas e características, podendo se
apresentar na forma jovial ou idosa.

    Seu trabalho é exclusivo ao culto de Egunguns, chamado de, Bamila
Âçô Eró Olufon. Sua roupagem é totalmente branca. E muito pouco vem em
Terreiros e Roças.

Oyá Topé: De formas e característica muito jovem, Oyá Topé é uma
Falangeira de extremo conhecimento que vai da paz a guerra no mesmo
instante. Tem um jeito carismático e de grande teor de inteligência.

    Dizem que essa Falangeira mora no templo onde reside Oxum e Exú, e
por isso sempre que vem a terreiros e roças, traz os dois junto a si.

    Em alguns casos a Oyá Topé é vista como uma Igbalé. E também pode
ser conhecida como Yatopé, ou Tupé. Tudo depende da região.

    Sua roupagem vem na cor branco, azul, marrom, com detalhes em
vermelho raiado de preto.

    Traz nas mãos uma espada curta e uma longa, que dança mostrando e
cruzando ambas. Isso para demonstrar que está ali tanto para a paz
quanto para guerra, claro que isso se referindo aos espíritos sem luz.

Oyá Filiaba: De forma e característica muito idosa, essa Falangeira vem
com passos pesados, lentos, de corpo um tanto curvado.

    Ligada diretamente a encaminhamento dos desencarnados, tem como
finalidade principal a demonstração de entendimento as almas recém
desencarnadas, caso essas não compreendam a nova situação.

    Tem suas vestes em cores branco e preto, raiadas de amarelo nas
bordas. Traz nas mãos uma pequena cruz de madeira, e tem em seu
semblante um ar de seriedade intenso. Nunca se viu essa Falangeira
esboçar um ar de sorriso, tem seu olhar muito penetrante, e algumas
vezes a vemos olhando para o vazio. Muitos dizem que nessa condição,
Oyá Filiaba está mostrando os caminhos a serem seguidos, pelos
espíritos errantes, que possam estar tentando atrapalhar uma Gira de
caridade.

Oyá Semi: Falangeira de característica e formas jovens. Pela sua ligação
ou fundamento com o Orixá Obaluaiê, tem o domínio das doenças e pestes.

    Suas vestes são nas cores amarelo e preto. Sua chegada em terreiros
ou roças vem de uma forma mais agitada,, com uma dança na qual levanta e
abaixa os braços, que quando no movimento de abaixar os braços, faz como
se puxasse algo para si. Dizem que seria a captura de males dos corpos
dos filhos presentes no ambiente religioso.

Oyá Sire: De formas e características jovem/madura, Oyá Sire tem como
finalidade principal questionar as coisas que acredita estar erradas,
tanto na casa onde vem, como nos pedidos de consulentes. Caso os
argumentos sejam satisfatórios, essa Falangeira faz de tudo, possível e
impossível para ajudar. Mas se caso os argumentos pedidos não respondam
as questões de Oyá Sire, não adianta pestanejar, pois a conversa acabou
naquele ponto.

    De grande inteligência e de enorme experiência em manipulação das
ervas, essa Falangeira sempre está presente na irradiação de outras
Falangeiras de Iansã, caso necessário ter algum tipo de auxílio com
ervas e raízes.

    Suas vestes vem nas cores marrom, amarelo e verde, raiadas nas
bordas de branco.
    Traz nas mãos o símbolo de Ossãe, na qual tem imensa ligação, esse
símbolo seria um Ferro com sete pontas com um pássaro na ponta central.
(Representa uma árvore de sete ramos com um pássaro pousado sobre ela).

Oyá Funán: Falangeira de característica e forma madura/idosa. De grande
poder, e imensa demonstração de força sobre tudo que venha a trabalhar
em prol da caridade.

    Senhora dos grandes ventos, deusa do interior dos bambuzais, força
superior que demonstra a rapidez de chegar da guerra a paz em pouco
tempo.
    Oyá Funán também pode ser conhecida como Igbalé Fumán ou Afefe Yku
Funan, a senhora do fogo e dos ventos da morte.

    Também encaminhadora de desencarnados,
    Suas vestes vem na cor branco, preto, com bordas raiadas de
vermelho e roxo.

    Sua chegada em terreiros e roças podem ser divididas em atos e ações
rápidas, ou em passos e dança pesadas. Tudo vai depender do Orixá que
está lhe acompanhando no momento do trabalho.

Oyá Furé: De característica madura mas de forma jovem, essa Falangeira é
guerreira, forte e poderosa nas ações contra as mazelas levadas as casas
espiritualistas. Pode ser conhecida também pelo nome de Oyá Tanan. É ela
que recebe os desencarnados na passagem da vida para a morte.

    Suas vestes vem na cor branco, por cima dessa roupagem tem palhas da
costa cobrindo a maioria dessas vestes.

    Ela usa uma foice na mão esquerda e um eruexim na mão direita. Chega
em terreiros e roças dançando como se estivesse carregando na cabeça uma
enorme cabaça.

    Em suas vestes são penduradas pequenas cabaças, e no tornozelo
direito uma pulseira de aço.

    Tem ligação direta com culto aos Eguns, pois ela preside a vida e a
morte.

Oyá Guere: De forma e característica madura/idosa, essa Falangeira é
extremamente guerreira e poderosa.
    Conhecida também como Logunere, essa Falangeira é um tanto temida
pela sua ligação com a força da guerra e a destreza da morte.

    Ao chegar em terreiros e roças, vem de uma forma sagaz, dançando de
uma forma como em ataque o tempo todo. Dizem que essa forma de dança
equivale aos ataques a espíritos obsessores que possam atrapalhar a
jornada dos trabalhos de caridade. E ela usa a força de Ogum com a
própria força de Iansã para esse ataque, e a sabedoria e o
encaminhamento do Orixá Omulú para levar para longe do ambiente essas
forças obscuras.

    Suas vestes vem nas cores amarelo ouro, vermelho e bordas raiadas em
preto. Traz nas mãos uma espada longa, na qual usa nas suas danças de
desobsessão

Oyá Toningbe: Forma e característica jovem/idosa, essa Falangeira tem
uma ligação muito grande com Exú e Ogum, também tendo ligação com Omulú,
fazendo disso então uma grande legião de força e poder
para vencer mazelas e pelejas.

    Elas estão ligadas ao culto dos mortos, assim como algumas outras
Falangeiras de Iansã, tendo a diferença da ligação com Exú e Ogum,
fazendo assim o trabalho de limpeza das cargas deixado por espíritos
errantes ficarem muito mais intensos.

    Ao chegar em Terreiros e Roças, essa Falangeira dança parecendo
expulsar os obsessores com os braços.

    Suas vestes vem na cor vermelho, com bordas pretas, raiadas na cor
branco.

Oyá Fakarebó: De característica e forma muito jovem, essa Falangeira tem
como finalidade principal guerrear, vencer sempre. e essa guerra
constante contra espíritos sem luz, nunca termina, pois como diz essa
Falangeira, são os sentimentos humanos que dão forças a esses
espíritos.

    Oiá Fakarebó, também pode ser conhecida como Fakarebô, ela não é
feita em seus eleitos. Dizem que é a verdadeira senhora dos Ebós, a
lenda diz que é a ela que se é entregue todos os Ebós feitos por seus
filhos.

    Tem uma ligação extrema com Exú e Egum, todos seus rituais são
feitos no morim (tipo de pano), cabaças (vasilha feita da casca da
abóbora depois de seca) e porrões (artefato de barro).

    Sua chegada em Terreiros ou Roças é de uma forma agitada, rápida,
dançante, rodopiante, modo raramente visto em outros Falangeiros.

    Tem atos e ações rápidos, que muitas vezes deixa até os consulentes
apreensivos.

    Sua roupagem vem nas cores preto e branco, raiado de vermelho nas
bordas.

Oyá De: Falangeira de característica jovem/idosa, tem grande ligação
com o momento inicial de uma doença física, até o momento da morte. Pela
sua ligação extrema com o Orixá Obaluaiê (forma jovem do Orixá) e Omulú
(forma idosa do Orixá), a Oyá De, tem esse controle sobre os males
físicos e desencarne.

    Sua roupagem é na cor branco, podendo em alguns casos terem as
bordas em azul anil e verde. Tem nas mãos duas cabaças, na qual traz e
leva as doenças.

    Ao chegar em Terreiros e Roças, essa Falangeira vem em uma dança
constante, girando, com as duas cabaças nas mãos.

Oyá Min: De característica e forma madura. Encaminhadora de Eguns,
guerreira que luta contra espíritos errantes.

    De poucas palavras, de olhar que se fixa no olhar de seu consulente,
como se estivesse vendo a alma de cada um. Não aceita a falsidade e nem
as mentiras. Caso seja colocado algum pedido, na qual o consulente tente
esconder algo relevante, essa Falangeira o olha bem no fundo dos olhos e
questiona o porque daquele ato.

    Quando chega nos Terreiros e Roças, chega de uma forma extrovertida,
mas sempre se focando em algum ponto da casa. Dizem que seria para
colocar nesse ponto todos os espíritos errantes, para quando levá-los
para o encaminhamento, levaria todos de uma só vez.

    Tem suas vestes nas cores amarelo ouro ou toda preta, podendo também
ser na cor preto com bordas em vermelho e branco. Traz nas mãos uma
espada longa, na qual em sua dança, guerreia contra todos os males.

Oyá Lario: Falangeira de característica e forma de idosa para jovem.
Tendo seu maior tipo, a forma jovem, pela sua ligação extrema com Exú.
Sendo Exú também quem domina o modo de roupagem, de chegada em
Terreiros e Roças.

    Tem um jeito extremamente extrovertido, falante, sorridente em suas
consultas de caridade. Está sempre se mexendo, falando com um e com
outro ao mesmo tempo que conversa com seu consulente.

    Não é difícil ver essa Falangeira parar uma consulta no meio para ir
ao centro do Terreiro dançar ao sons mágicos do atabaque. E logo que faz
sua performance, retorna a seu trabalho, sobre os olhares encantados de
todos os consulentes presentes.

    Sua roupagem vem nas cores vermelho e preto, muitas das vezes tem as
bordas raiadas em amarelo ouro.

    Nunca deixa um consulente sem resposta, mesmo que não seja a
resposta que o consulente deseja ouvir.

    Para essa Falangeira o que interessa é o entendimento das coisas, e
se caso um consulente pedir algo, esse algo for levar esse consulente a
um caminho de escuridão, ele será avisado com todos os detalhes, e se
mesmo assim esse consulente teimar com esse pedido, Oyá Lario vai ficar
mostrando a todo custo a cobrança que esse consulente sofrerá, até ele
entender.

Oyá Adagangbará: De forma e característica jovem, grande ligação com
Exú, essa Falangeira por muitas vezes se confunde com Oyá Lario, pois
tem características, forma de chegada em terreiros e roças, e até
roupagem muito parecido com a Falangeira Lario.

    A diferença maior se consiste em uma espada curta dourada, que Oyá
Adagangbará traz na mão esquerda, na qual gira enquanto dança. O
restante dos detalhes são praticamente iguais a Falangeira Oyá Lario.


    Essas são as Falangeiras dessa poderosa e linda Orixá, que
descrevemos resumidamente, pois precisaríamos muito mais que um texto
para descrever tamanho poder dessa linha de falangeiros.

    Saravá a Falange de Mãe Iansã!

Eparrei Bela Oiá!

Carlos de Ogum.