Zé Pelintra - O malandro
Zé Pelintra é uma entidade espiritual de origem afro-brasileira. É bastante cultuado e admirado na religião Umbanda como um espírito boêmio, patrono dos bares, locais de jogos e sarjetas, embora não alinhado com entidades de cunho negativo, é uma espécie de transcrição arquetípica do malandro.

Apesar da entidade ter grande importância para os praticantes do catimbó (conjunto específico de atividades mágico-religiosas, originárias da Região Nordeste do país) Zé Pelintra é uma entidade originária primeiramente da Umbanda. Preto José Pelintra, como também é conhecido no Catimbó, viveu boa parte de sua vida encarnada ao lado de índios brasileiros e que teria absorvido seus conhecimentos sobre ervas medicinais por consequência dessa convivência.
Possui grande influência nas matas assim como possui também um enorme respeito pelos santos católicos, isso se deve pelo fato do próprio Zé Pelintra ter sido batizado e seguido a Igreja Católica Apostólica Romana em vida.
O malandro é conhecido por ser mulherengo, birrento e festeiro, quando os médiuns recebem a visita dessa entidade, podem crer, a alegria será garantida. Zé Pelintra é invocado quando seus seguidores precisam de ajuda com questões que envolvem o lar e os negócios. É conhecido por ser um obreiro da caridade e da feitura de coisas boas.
Muitas vezes Zé Pelintra é confundido com algum exu, isso se deve ao fato dessa entidade se manifestar também em sessões de exus, assim como também apresentar alguns trejeitos parecidos.


Tanto na Umbanda como no Catimbó, Zé Pelintra é tido como um protetor dos pobres, uma entidade de enorme importância entre as classes menos favorecidas, tendo ganhado o apelido de "Advogado dos Pobres", pela patronagem espiritual e material que exerce. É comum achá-lo em festas e exposições, sempre rindo. E é claro, sem fazer rir.
Existem muitos relatos de avistamentos dessa entidade andando pelas ruas e sarjetas a noite, mesmo por aqueles que não possuem uma grande mediunidade ou até mesmo religiosidade. Já ouve relatos de pessoas que sentiram alguém as seguindo (geralmente em ruas desertas) e, ao olharem para trás se deram de cara com a figura do malandro sorridente a cumprimentar com a aba do chapéu, desaparecendo logo em seguida.
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