quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Responsabilidade na Umbanda

Não pense que ser umbandista é fácil meu irmão, ser umbandista requer disciplina, conhecimento e fé.
Se você pensa em entrar na umbanda porque é bonito ou porque deve ser muito legal incorporar, não entre, Umbanda não é isso, umbanda é muito mais que isso, umbanda é não ter mais a sua sexta feira, ou seja, o dia que for a sua sessão ou curimba, Umbanda é se entregar de corpo e alma a algo sagrado.
Quando eu comecei a frequentar a umbanda na casa do pai Jera do Onira do Yle Ogum e Iemanjá, eu não pensava que ela a Umbanda me pegaria de tal forma e tão lindamente no meu coração, la comecei a conhecer os preceitos da religião de umbanda, quibanda e nação de Jeje Nago, não tive a cabeça lavada e nem a mão do pai de santo sobre a minha cabeça, mas assim mesmo, com muitos dos irmãos achando que por este motivo eu não pertencia a quela família, eu já me sentia como parte da casa e dos muitos filhos do pai Jera.
Por motivos que não vem ao caso aqui e agora neste texto, a terreira teve que fazer uma mudança para outro local da cidade de Alvorada, e la junto foram alguns filhos, mas como sabemos que filhos no santo são itinerantes, muitos deixaram a nossa casa assim como muitos chegaram, mas ao passar o tempo trocamos novamente de endereço, mas mantendo-se na mesma cidade, e fomos aumentando em números de irmãos, assim consequentemente aumentando a nossa corrente mediúnica, Eu nunca quis entrar na corrente, seja de Umbanda ou de Quimbanda, mas nunca foi por medo e sim por achar que eu tinha um trabalho diferente a fazer na terreira, e o tempo passou e falei com o pai Jera se teria como eu fazer algo que me levasse a aprender mais sobre a religião e ao mesmo tempo ajudasse a organizar a nossa casa, ele prontamente me deu a responsabilidade de ser o Ogã da casa, mas não o ogã que toca tambor e sim o que organiza e que cuida da parte de dirigir a secretária e renda da casa.
Sempre procurei fazer o meu melhor, muitas vezes acertei e outras vezes eu errei, e foi com erros e acertos que eu aprendi cada vez mais e continuo aprendendo.
Alguns meses atras eu estava numa sessão de umbanda e me sentei coisa que pouco faço, quase sempre estou de pé atendendo os médiuns e a assistência, então la sentado comecei a pensar, o que eu estou fazendo aqui? Poderia esta em casa olhando TV, poderia ter saído com os amigos, ido para outras festas ou um churrasco.
Então olhei na minha volta mais de 30 irmãos incorporados, o ponto que tocava era ao meu pai Ogum e era lindo, a defumação que deixava um aroma e uma energia de paz no ar, o empenho do pai de santo, e principalmente o meu desenvolvimento como pessoa e espirito que somos, e a nossa linda assistência, porque a assistência? Porque estas pessoas não estão ali a passeio, estão procurando uma ajuda um caminho, uma palavra de conforto ou até mesmo um copo de aguá, e não estou aqui para julga-las em seus pedidos e sim ajuda-las no que for preciso, e muitas das vezes a nossa casa é o único lugar a que elas podem recorrer, então não me permito ficar doente, será que uma simples dor de cabeça uma gripe mal curada ou uma indisposição é capaz de fazer com que eu não vá e trabalhe em prol destas pessoas que precisão do nosso trabalho, do passe ou de uma palavra,
Sua entidade nunca te deixara mal, porque ela precisa de você, assim como você precisa dela,e quando você não estiver bem ai é que você mais precisa da agregora que se cria dentro de um terreio de umbanda dentro de uma corrente, Umbanda é caridade.
Mas como tudo passa e as mudanças acontecem, pedi ao pai Jeremias para deixar de ser o Ogã da casa, mas continuarei minha caminhada juntos da terreira sempre ajudando no que for preciso, muitos estão na umbanda e outros são umbanda e eu escolhi ser Umbanda, mas se você só esta na umbanda , você esta na religião errada, Umbanda como diz o pai Jeremias e fazer o bem sem olhar a quem e que todos somos o elo de uma só corrente.
Melo

domingo, 11 de fevereiro de 2018

RECADO AOS QUE PROCURAM PELOS GUIAS DE UMBANDA II



O QUE É PRCISO PARA SER MÉDIUM UMBANDISTA ?



A umbanda é uma religião constituida sobre a mediunidade de incorporação, por isso ser umbandista é quase que sinônimo de médium que incorpora. Na prática isso quer dizer que o médium tem o compromisso de servir como um instrumento aos Orixás e Guias espirituais.

Para tanto, deve preparar-se através do estudo teórico e conceitual, assim como práticas incorporativas da umbanda, desenvolvendo ao máximo a sua mediunidade, sempre buscando a elevação moral e espiritual, uma aprendizagem que lhe será constante.

Saiba que para ser um médium de Umbanda a pessoa:

- Precisa crer em um único ( D' EUS, Pai/ Mãe ) Criador de todas as coisas e seres;
- Precisa amar e respeitar os Orixás como Divindades Tronais* e aos Guias Seus representantes em trabalhos;
- Precisa ter assiduidade e compromisso com sua Casa, ter fé, amor e caridade em sua alma e espírito, para com todas as criaturas;
- Precisa saber respeitar as hierarquias, seja física ou extra-fícicas;
- Precisa acreditar em re- encarnação como veículo de aperfeiçoamento e evolução do ser;
- Precisa estar ciente que a Umbanda é uma religião prática e deve ser vivenciada no dia-a-dia, e não apenas no Terreiro;
- Precisa saber separar seus problemas pessoais dos problemas dos consulentes;
- Precisa ser discreto e guardar sigilo sobre as confidências que ouve em consultas;
- Precisa saber respeitar todas as pessoas independente de raça, nacionalidade, credo, sexo, posição social e cultural;
- Precisa ter um comportamento moral familiar, social e profissional digno;
- Precisa ser honesto e íntegro em suas atitudes, pois do contrário acaba atraindo forças negativas, obsessores ou espíritos revoltados que vagam pelo mundo espiritual atrás de encarnados desequilibrados que estejam na mesma faixa vibratórias que eles;

Eu poderia continuar com esta lista, mas só acrescentarei mais um aspecto que muitos que estão de fora ( e mesmo alguns adeptos desatentos ) não imaginam que, pode ser que para uma boa parte de bons médiuns, essa seja uma barreira difícil de se romper para que ele exerça a sua mediunidade.
- É preciso saber que ser médium de Umbanda exige-se bem mais que somente boa vontade e disposição por parte de uma pessoa, pois cada um deve arcar com os custos financeiros de todo o material usado pele seus Guias,  ( cigarros, charutos, cigarrilhas, bebidas, ervas, pembas, guias de contas, velas, sal, flôres, eventual comida como os doces das crianças,  brinquedos; chupeta, mamadeiras  além do (s) transportes ( a maioria mora longe do Terreiro), das oferendas e Obrigações de Iniciação e festas comemorativas.

Desenvolver a mediunidade é um processo que deve ser encarado de forma séria e paciente, regado por um profundo amor e graça pela doação.

Por isso, quando você que não é umbandista for procurar um Centro de Umbanda e pela caridade dos médiuns e Guias que ali trabalham, lembre-se disto tudo que é exigido desta pessoa na sua frente, incorporada por um Guia, mas que é de carne e osso e tem todas as dificuldades da vida, igualzinho a você.

Aquele material que o Guia benze e lhe entrega para levar para a casa foi pago pelo médium, e, a única coisa que o Guia lhe pede é seu despertar, sua evolução. E o médium, deseja que você tenha o mínimo, respeito pelo Guia que o incorpora.

Estou falando sobre isso por estar muito triste com o comportamento da maioria das pessoas que procuram pela Umbanda.

Chegam ao Centro todas carregadas, recebem todas uma limpeza que começa quando elas cruzam a porta de entrada, são reequilibradas pelo Guia em terra, são aconselhadas sobre como devem agir para não sofrerem tanto,etc.. 

Bem, quando se postam diante dos Guias agem como se eles fossem seus empregados, quando não seus escravos, numa postura inquiridora e desafiadora. A maioria sequer se dão ao trabalho de responder aos cumprimentos dos Guias. 

Saiba que tudo, tudo mesmo o que há num Centro ( o aluguel, os impostos, a luz, a água, o papel , o sabonete, as velas, as flôres no Altar e o ambiente limpo e agradável que lhe acolhe) é pago por todos os médiuns da Casa, desde o/a dirigente até o mais novo. 

Centro de Umbanda não recebe doações, ( pelo contrário, muitas vezes são multados indevidamente por fazer 
caridade ), e não cobra por nenhum trabalho com os Guias. 

E você acha muito dispensar respeito aos Guias ? ( Veja que não estou falando das pessoas encarnadas, o que já deveria ser básico ). Respeito é a base das relações. Onde não há respeito, não há confiança, e como você busca por algo que não respeita, portanto não confia?!

A maioria dos médiuns são conscientes e embora não estejam no comando das ações, podem registrar mentalmente tudo o que está ocorrendo. Quando o Guia se vai é normal que fique bem poucas cenas na cabeça dos médiuns, mas as que ficam normalmente são essas que os tocam emocionalmente.

A maioria dos médiuns durante uma gira pode dar passagem ao ser mais trevoso que não se abala, mas se você desrespeita o Guia que lhe incorpora, estará atrapalhando a sua própria consulta, pois desequilibra o médium e embora receba todo amor e carinho do Guia, não merece a Graça que não vem do Guia, este também é somente um instrumento maior do Alto do Altíssimo, que é de onde vem tudo que recebemos.

Veja que, sua atitude de desafio desrespeitoso para com um Guia é também um desrespeito e falta de consideração para com um médium que trabalhou o dia todo ganhando o dinheiro que paga ( para você receber o que não merece!? ) 
Veja mais, que até para receber é preciso o mínimo de inteligência, o que não tenho visto na maioria das pessoas. É triste, mas é real!

Se você acha que " peguei ' pesado sugiro um exercício: imagine que seu pai e/ou mãe após um dia cansativo de trabalho, deixam tudo e vão com você ajudar pessoas que precisam. E que, entre os que recebem há uma boa quantidade que desrespeitam-nos na sua frente. Imagine que apesar de vocês estarem doando tudo o que de melhor têm, pessoas exaltadas exigem que sua mãe ou pai prove que são bons de fato. Pois é, seria horrível.


Os Guias, para o médium, são como  pais, mães, avôs e avós, portanto respeite-os!

O que é ser umbandista?


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Tenho observado essa nova geração de umbandistas, e sempre me faço as mesmas perguntas: Será que eles realmente sabem o que é ser umbandista? Será que eles se empenham em realmente conhecer um pouco mais a Umbanda? E com isso me refiro a extrapolar os limites do próprio terreiro, a extrapolar o conhecimento do zelador do terreiro. Será que eles tem a mente suficientemente madura para entender que a Umbanda é plural e que determinar o certo e o errado é uma tarefa um tanto complicada?

Vou me ater a minha idéia inicial: o que é ser Umbandista?

O Umbandista não é um herói, não é alguém com super poderes, muito menos é mera ferramenta de espíritos, mero fantoche a mercê da vontade dos espíritos. Tampouco é um “cavalo”.

O Umbandista é membro de uma equipe de trabalho, que trabalha em prol do bem comum. Uma equipe que, se uma das peças comete um erro, todos pagam por ele. Uma equipe, que quanto mais conhecimento acumular, mais ferramentas de trabalho terá. Uma equipe onde cada um que consiga uma conquista, essa é dividida com todos. Uma equipe que atua 24 hora por dia, 7 dias por semana...
E é incrível o número de iniciantes, e mesmo de veteranos adeptos que desconhecem isso!

O curioso sobre a Umbanda é que para se tornar umbandista, não existe um ritual específico, em geral você participa como consulente, e depois de um tempo é convidado a integrar as fileiras da casa, se assim desejar... Passa, ou pelo menos deveria passar, por aulas, para entender os princípios da religião, as normas da casa, com o tempo, passar a desenvolver seu potencial mediúnico.

É durante este desenvolvimento que se passa a ter idéia do compromisso inerente a ser umbandista, um compromisso que não se resume a algumas horas semanais, mas sim a tempo integral. Um compromisso com você mesmo, em primeiro lugar, em buscar o aperfeiçoamento como ser humano, depois com a espiritualidade, de dedicar parte do seu tempo a espiritualidade e ao próximo, aos seus irmãos (carnais ou não), à casa (centro, terreiro, templo), aos seus filhos e principalmente aos filhos (consulentes, clientes) das suas entidades.

Ser umbandista é agir com bom senso perante a vida, não faça aos outros o que não deseja para si. É se “des-envolver” de alguns valores e se envolver com outros, é ser mais humilde, menos egoísta, é se amar.
É se desprender por um momento dos seus problemas para poder auxiliar o próximo a resolver os dele, é praticar a caridade, é ser correto sem esperar nada em troca.

Enfim, o umbandista é uma pessoa “normal”, que vive (deveria viver, pelo menos) de maneira sensata, fazendo o bem, sem olhar a quem...

Aos apressados, incorporação é apenas uma parte, e bem pequena, do que é ser umbandista. O umbandista, não precisa necessariamente incorporar, mas por em prática o que aprende com seu povo espiritual, e/ou com o povo espiritual dos seus irmãos de fé.

Ser umbandista é fácil no terreiro, naquelas 3 ou 4 horas semanais... O difícil é ser no dia-a-dia, na lida com os parentes, com os vizinhos, no trabalho, na escola... Enfim, na lida com a vida, onde é mais importante que se consiga ser umbandista!

Agradeço a Patrícia, minha grande amiga e irmã de santo, pela ajuda na confecção deste pequeno texto!

O que é ser filho de Santo?


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Filho de Santo - Filho de Orixá - Yawô

Primeiro acho importante destacar que ser Filho de Santo hoje é uma coisa, a 30 anos atrás, outra... Ser filho de Santo no Brasil é uma coisa, na África outra... Não respeitar as diferenças de tempo e espaço, e tudo que isso engloba, como a sociedade, a cultura, a “fisiologia” do lugar em si, a paisagem, é não respeitar as forças que tudo isso representa.

Ser filho de Santo é um processo, em que se morre para o mundano e se nasce para o divino. Como cada um vivenciará esse processo é difícil dizer, mas de certo envolve uma grande jornada de auto-conhecimento e uma profunda mudança no estilo de vida.

A despeito dos mitos metafóricos, eu acredito que o Orixá sempre existiu, Orixá não passa a existir a partir do momento em que o Abian (noviço) é iniciado. O que a iniciação faz é reestabelecer, renovar, o contato que o mundo profanou, religando o iniciado a sua divindade interna, a sua essência divina.

Uma vez ouvi: “Amar Orixá é amar a si mesmo, cultuar Orixá é cultuar o que de mais puro e divino temos em nós.” Acho que isso tem muito fundamento, por que o que de mais íntimo poderia existir que nosso Orixá.

Ser filho de Santo implica em seguir regras impostas por seu Orixá. Essas regras dizem respeito a maneira de cultuá-lo, hábitos que deve abandonar e adotar, o que vestir, o que comer, como agir... Desrespeitar essas regras indica a incapacidade para cultuar seu Orixá, sua essência divina.

Ser filho de Santo demanda zelo para com sua porção divina, e só quem é obtuso o bastante não compreende que este zelo além de para o Orixá é para si mesmo. Todos somos feitos de energia; cuidar, equilibrar, cultuar e expandir essa energia só nos propicia o bem.

Ser filho de Santo implica em descobrir/redescobrir sua essência, compreender e aceitar quem você é realmente, exaltando as qualidade e corrigindo os defeitos. Orixá não é desculpa para seus destemperos, seu mau humor, sua falta de tato ao lidar com as situações, seus maus hábitos.

Ter Orixá assentado não faz de ninguém um ser melhor que os outros. Muitos são os médiuns que esquecem que ser filho de Santo é ser humildade, é ter retidão de caráter, porque compreendendo-se sua essência, você deve passar a compreender a essência daqueles que te cercam. Existem muitas lendas que ilustram isso, Oxalá perdeu o direito de ser o criador do mundo, por conta de sua arrogância e prepotência. Então este comportamento não cabe a nenhum filho de Santo.

Filho de Santo não é um semi-deus, ao contrário do que alguns acreditam.
Acreditam que após terem Orixá assentado, ou melhor (não será pior?), acreditam que se tranformam no próprio Orixá, estando assim acima de tudo e todos.

O culto à Orixá está intimamente ligado a família, a comunidade. Ser filho de Santo demanda saber viver em comunidade. Não existe culto solitário... É incrível como muitos médiuns ignoram essa parte, se achando auto-suficientes após assentaram Orixá.

Ser filho de Santo demanda compromisso, em primeiro lugar consigo mesmo, compromisso de honrar sua força, de buscar conhecimento, de louvar seu Orixá, em segundo lugar com seu Orixá e sua casa de Asè. Esses compromissos são sérios e não devem ser assumidos de maneira leviana. Ter um monte de fios no pescoço e se dizer filho desse ou daquele Orixá é fácil. Ser filho de Santo mesmo, é bem complicado, nem por isso deixa de ser prazeiroso e gratificante.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Sob a regência do orixá Bará, 2018 será um ano de recomeço

BARÁ

Os primeiros missionários após identificarem, o que para eles era importante, o que representava este Orixá aos negros, logo o identificaram como o Diabo, talvez por alguns comportamentos que a Ele é comum, como: irreverência, prepotência, arrogância, astúcia e um ser nem um pouco puro, se óbvio, comparado aos padrões da Igreja Católica.
Por várias características pertencentes aos homens, Bará se apresenta como o Orixá mais humano de todos os Deuses africanos, a mais marcante e que responde sempre na mesma forma de como é tratado, se ganha o que lhe pertence, encontraremos um Orixá prestativo e presente, segurando todas nossas futuras necessidades, caso contrario devemos nos preparar, sem exagero, para alguma coisa desagradável. 
Como dono das chaves, dos portais, encruzilhadas e caminhos, deve sempre ter suas saudações, obrigações e cortes, este último quando necessário, feitos em primeiro lugar, assim nós humanos garantimos a segurança de nosso ritual, assim como no ritual é o Orixá responsável pela boa abertura dos trabalhos, está para nossos negócios e vidas, destrancando caminhos e abrindo portas, ou trancando e fechando, dependendo de nossos merecimentos e cumprimento de tarefas. 
Uma de suas características mais marcantes, está presente em uma das milhares lendas existentes sobre este Orixá, conta a lenda que certo dia Bará desafia Oxalá, a discussão em pauta era saber quem era o mais antigo, logo Aquele que deveria receber mais respeito, e se tornar o soberano em relação ao Outros, após uma batalha cheia de peripécias e truques, Oxalá domina a cabaça de Bará, onde esta sua concentração de poderes, tornando-lhe assim seu eterno servo. 

Saudação: Alúpo ou Lalúpo 
Dia da Semana: Segunda-feira 
Número: 07 e seus múltiplos 
Cor: Vermelho 
Guia: Corrente de aço (para alguns), vermelho escuro (Legba), vermelha 
Oferenda: Pipoca, Milho torrado, 07 batatas inglesas assadas e azeite de dendê 
Adjuntós: Legba com Oiá Timboá, Lodê com Iansã ou com Obá, Lanã com Obá ou com Oiá, Adaqui com Oiá ou com Obá, Agelú com Oxum Pandá e as vezes com Oiá 
Ferramentas: Corrente, chave, foice, moeda, búzios, entre outros 
Ave: Galo Vermelho 
Quatro pé: Cabrito branco osco mais ou menos marrom 
Sincretismo: 
*Bará Lodê: São Pedro, quando faz adjuntó com Iansã, São Benedito com faz adjuntó com Obá. 
*Bará Lanã: Santo Antônio do Pão dos Pobres 
*Bará Adaqui: Santo Antônio
*Bará Agelú: Menino no colo do Santo Antônio 

Aqueles que são regidos por Bará, apresentam uma personalidade muito marcante e um comportamento cotidiano muito diverso. São pessoas altamente fiéis aos seus princípios, aos amigos e ás suas causas. São corajosos e dedicados. Amáveis, não medem esforços nem sacrifícios para auxiliar aqueles que ama. Excelentes amantes, a virilidade é uma característica básica daqueles regidos por este orixá.
Características Positivas: São comerciantes hábeis e espertos, profissionalmente sempre chegam ao seu objetivo, mesmo que para isto tenham que se empenhar de corpo e alma para conseguirem seus intentos. Fortes, capazes, românticos, felizes, participativos, francos, espertos, inquietos, saudáveis, sinceros, astutos, atentos, rápidos, despachados e sagazes.
Características Negativas: Severos e exigentes ao extremo, caprichosos, extremamente vaidosos e ambiciosos. Brigões, debochados, brincalhões, sempre esperam uma recompensa por aquilo que fizeram.Tem caráter dúbio, sendo gentil e maldoso ao mesmo tempo.


Lendas


Bará teve numerosas brigas com outros orixás, nem sempre saindo vencedor. Certas lendas nos contam seus sucessos e seus reveses nas suas relações com Oxalá, ao qual fez passar alguns maus momentos, em vingança por não haver recebido certas oferendas, quando Oxalá foi enviado por Olodumaré, o deus supremo, para criar o mundo. Bará provocou-lhe uma sede tão intensa que Oxalá bebeu vinho de palma em excesso, com conseqüências desastrosas... Em outras lendas narra-se que houve uma disputa entre Bará e o Grande Orixá, para saber qual dos dois era o mais antigo e, em conseqüência, o mais respeitável. Oxalá provou sua superioridade durante um combate cheio de peripécias, ao fim do qual ele apoderou-se da cabacinha que encerra o poder de Bará, transformando-o em seu servidor. Durante uma competição da mesma natureza entre Bará e Xapanã, foi este último que saiu igualmente vencedor.

O lado malfazejo de Bará é evidenciado nas seguintes histórias:Uma delas, bastante conhecida e da qual existem numerosas variações, conta como ele semeou discórdia entre dois amigos que estavam trabalhando em campos vizinhos. Ele colocou um boné vermelho de um lado e branco do outro e passou ao longo de um caminho que separava os dois campos. Ao fim de alguns instantes, um dos amigos fez alusão a um homem de boné vermelho; o outro retrucou que o boné era branco e o primeiro voltou a insistir, mantendo a sua afirmação; o segundo permaneceu firme na retificação. Como ambos eram de boa fé, apegavam-se a seus pontos de vista, sustentando-os com ardor e, logo depois, cólera. Acabaram lutando corpo a corpo e mataram-se um ao outro.

Uma história mais simples mostra a atividade de Bará na vida cotidiana: uma mulher se encontra no mercado vendendo seus produtos. Bará põe fogo na sua casa, ela corre para lá, abandonando seu negócio. A mulher chega tarde, a casa está queimada e, durante esse tempo, um ladrão levou as suas mercadorias.Nada disso teria acontecido - nem os amigos teriam brigado, nem a mulher teria perdido tudo que tinha, se tivessem feito a Bará as oferendas usuais.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Leis Universais que regem a Vida Humana



Jesus foi o nosso exemplo de conduta, mas estamos ainda a tatear no caminho do "conhece-te a ti mesmo".

Conhecer as leis que regem a vida e as relações facilita em muito a nossa evolução, então leiam e vamos aplicar em nós.

Só um detalhe: Essas leis são definitivas, imutáveis, criadas por Deus e seguem a lógica da física quântica, ou seja, não adianta lutar contra, é necessário se adaptar para poder evoluir.

Paz e Luz.

Por Simone Breda

1ª Lei da Vibração
O que é vibração?

Vibração é "Vai e vem", "Ir e vir" ir é dar; vir é receber.

Essa lei se expressa na realidade humana caracterizada no (Dar e Receber), no ser Útil e ser Valorizado. Dar e ser Útil são "Ir", Receber e ser Valorizado é "Vir". Por isso quando uma pessoa não se sente útil também não se sente satisfeita, mesmo que receba muito, como ocorre na superproteção.

2ª Lei da Evolução
O universo encontra-se em marcha contínua para frente. O mais importante é compreender que estamos integrados na contínua evolução universal. Existimos para crescer, evoluir, aprender, progredir, aperfeiçoar-nos, sermos felizes e ascendermos. A Lei da Evolução Contínua é infinita e mais forte que a nossa fragilidade de elemento cósmico. A felicidade estática de permanente desfrutar não existe. A felicidade somente será encontrada num processo evolutivo, como realização e satisfação daquele que se vêem crescendo. A evolução cósmica processa-se em todos os níveis, todos os sentidos, e todos os elementos.

3ª Lei da Direção
A lei da "direção" como lei cósmica é uma só; da matéria à energia, do mundo físico ao mental. No mundo físico é a Lei da Dinâmica, em sua manifestação mais "pura". Um elemento não pode deslocar-se em direções diferentes ao mesmo tempo. A lei da direção no sentido psíquico se expressa da seguinte forma: Só podemos atingir um alvo de cada vez. E como é possível fazer rápido progresso, se só podemos programar um objetivo de cada vez? A lei determina um objetivo de cada vez, mas não fala de dimensão (tamanho) desse objetivo.

4ª Lei da Harmonia
No micro e no macrocosmo existe uma harmonia de forças, movimentos, ritmos, e equilíbrio de energias, harmonia é a unidade na variedade. O universo é um todo em harmoniosa evolução. A lei da harmonia, no sentido mental ou psíquico é "Um por todos e todos por um”. Todo objetivo programado precisa ter em vista o seu bem pessoal (felicidade), e o de todas as pessoas envolvidas.

5ª Lei do Impulso
É a mesma lei que fez o físico grego Arquimedes exclamar: "Dêem-me um impulso e um apoio e levantarei o mundo" Todo movimento está fundamentado num impulso inicial. A alavanca existe na medida em que há um apoio. Você só pode erguer o pé direito para dar um passo na medida em que o pé esquerdo encontre apoio no chão ou em qualquer superfície resistente. A segurança dos movimentos depende da segurança do apoio. A lei do Impulso encontra seu equivalente no mundo mental ou psíquico na lei da Gratidão. Quando agradecemos, reconhecemos que conseguimos algo e sempre que há motivo para agradecer; há o reconhecimento de que existiu um apoio. Quanto mais agradecemos, mais segurança adquirimos.

6ª Lei da Não-Resistência
A lei da Não-Resistência é também uma aplicação da lei da dinâmica. Quanto menor a resistência do atrito, por mais tempo se mantém um corpo em movimento. É para reduzir a resistência do atrito entre o eixo e a roda de um veículo que se usa lubrificante. No mundo psíquico, a lei da Não-Resistência encontra seu correspondente na lei do Perdão que é a própria Compreensão.

7ª Lei da Atração
Na realidade é a própria lei da criação expressa de outra forma, ou dito de outro modo, é uma lei derivada da lei da criação. Os semelhantes "se atraem". Que semelhantes? O que está na mente (subconsciente), e o que está na realidade exterior prática ou existencial. Assim, quem tem programado em seu subconsciente que a vida é difícil, vai atrair dificuldades para sua vida. Outra forma de manifestação dessa lei é você cultivar pensamentos positivos na dificuldade.
8ª Lei da Afirmação
A repetição contínua de uma idéia desenvolve pensamentos e imaginação, até criar convicção a Fé. A Fé a que se refere esta Lei é totalmente ecumênica não tem nada com religião, mas sim com a certeza.

9ª Lei dos Opostos
Entre o Bem e o Mal, o Positivo e o Negativo, há uma relação de complemento e não de negação. "O problema não existe", o que existe são obstáculos e dificuldades colocados em nosso caminho como desafio, que nos provocam ou nos chamam ao crescimento, ao desenvolvimento e a efetivação da lei da Evolução. Nós temos a mania de vestir as dificuldades e obstáculos como o "fantasma" do problema. O mal é desafio para a caminhada em direção ao aprofundamento na compreensão e a valorização da alegria. É a dor que nos permite experimentar a maior profundidade sensorial do prazer, somente o sofrimento nos permite dimensionar o valor e a grandeza da felicidade.
10ª Lei do Equilíbrio
A lei do equilíbrio no mundo físico encontra seu similar no principio da balança. Uma pessoa passa a ser negativista e perder o equilíbrio entre o positivo e o negativo, quando em sua mente fazem-se presentes mais as imagens negativas e com essas imagens tudo passa a dar "errado". A decadência de um povo ou de uma nação inicia-se quando 50% + 1 das pessoas está negativa.
11ª Lei do Amor Próprio
É Lei que nos mostra o ensinamento do Mestre Jesus: “AMA A TEU DEUS E A TEU PRÓXIMO COMO A TÍ MESMO”, mas quem é o próximo; mais próximo; que está próximo de nós? Somos nós mesmos, portanto, devemos nos amar até o amor transbordar e, assim envolver tudo e todos em nossa volta. Esta lei é comparada com a maior de todas as leis: CRIAÇÃO.
12ª Lei da compreensão
Em primeiro lugar devemos compreender a nos mesmos; se observarmos a palavra compreensão vamos notar duas vogais (EE) juntas, isto é, como no verbo a primeira pessoa sou (EU) a terceira é (ELE), portanto, primeiro eu me compreendo para depois buscar compreender meu semelhante, ou seja Ele/o outro. A Compreensão encontra seu equivalente na lei do PERDÃO.
13ª Lei do Policiamento
Devemos policiar palavras, pensamentos, sentimentos, ações e emoções. O que sai de nossa boca não volta, com uma PALAVRA enaltecemos ou destruímos um pessoa ou a nós mesmos, por isso devemos policiar tudo que dissermos.

PENSAMENTOS; todos os pensamentos se transformam em imaginação, e a imaginação materializa-se.

SENTIMENTOS; Somos seres que vibram entre o positivo/negativo e passamos parte de nosso tempo oscilando entre Alfa e Ômega; policiar os sentimentos é ficarmos o máximo de tempo na freqüência mental Alfa.

AÇÕES; a forma como agimos faz toda a diferença em nossa vida! E como queremos viver? A vida é feita de escolhas e nossa escolha faz toda diferença.

EMOÇÕES; é muito importante colocarmos a certeza positiva em tudo, não só nas emoções, mas em todas as nossas escolhas. Esta Lei encontra sue equivalente no (ORAI E VIGIAI).
14ª Lei do Desejo
Especificar de modo claro tudo o que queremos (desejamos), todo desejo deve ter princípio, meio e fim, deve haver coerência, bom senso.
15º Lei da Ousadia
É preciso ter muito mais coragem para viver do que para morrer. Ousado é aquele que faz tudo o que for melhor em seu favor com determinação e persistência, aguardando o tempo que for necessário sem jamais desistir de suas metas e seus objetivos.
16ª Lei da Certeza
A certeza é o mesmo que a fé, colocar a certeza em tudo não basta é preciso colocar a certeza positiva, portanto, a certeza encontra seu equivalente na Fé inabalável e a Fé remove montanhas.
17ª Lei do Silêncio
Devemos calar para tudo o que for a nosso favor. O silêncio nos protege da maledicência e da inveja. Esta Lei encontra equivalência na Lei de Atração.
18ª Lei da Capacitância
A capacitância está ligada a capacidade do campo áurico individual e a tela do pensamento. A energia cósmica sabe que tem capacidade; antes ela é a própria capacidade, porém, na aura, ela se encontra condicionada pelo espaço/tempo e também pelo livre-arbítrio. Imaginemos o espaço ocupado pela aura em torno da matéria, este espaço é ocupado pelos demais corpos, mas o circulo dourado os condiciona, pois ele circunda a aura, sendo a sua proteção. Dentro deste espaço o homem tem em si a parcela da energia cósmica, com a qual ele trabalha. A existência humana ocorre no presente, mas na aura correr na linha evolutiva, indo ao passado ou ao futuro.

19ª Lei da Resistividade
A resistividade é a capacidade de usar bem e de uma forma sensata e equilibrada todo o potencial energético que forma a nossa capacitância. Nos sistemas eletrônicos, o resistor é uma peça componente do circuito integrado de um transformador. Ele está programado para oferecer uma determinada resistência a um fluxo de corrente diminuindo-lhe a voltagem. No sistema integrado mental, não existe uma peça programada para opor resistência ao fluxo de energia; o mecanismo funciona movido pela 13º Lei: POLICIAMENTO.
20ª Lei da Indutância
A indutância que no terreno psicobiofísico é um resultado obtido pela conjugação do uso energético das duas Leis que a antecedem. No campo da eletrônica está ligada ao magnetismo exatamente como acontece no processo mental. A Lei mental ligada a Indutância é a Lei da certeza, que aciona a energia potencial da aura, magnetizando-a fazendo-a assumir a sua verdadeira característica que é ser dinâmica.
21ª Lei de Causa e Efeito
Esta lei explica os acontecimentos da vida atribuindo um (Motivo Justo), e uma (Finalidade Proveitosa), para todos os acontecimentos com que se depara o homem. Causa e Efeito e/ou Ação e Reação encontram sua equivalência na lei da Compreensão.
22ª Lei de Responsabilidade
A responsabilidade das faltas é toda pessoal, ninguém sofre por erros alheios salvo se a eles deu origem, quer provocando-os pelo exemplo, quer não os impedindo quando poderia fazê-lo. A lei de Responsabilidade encontra equivalência na lei do Policiamento.
23ª Lei de Misericórdia
Esta Lei ensina "Não julgues" para que não sejais julgados com a mesma severidade com que julgastes o teu semelhante: Isto não significa que vamos abolir as leis morais, mas sim dar-lhes cumprimento. Compreender o próximo, conviver com as diferenças, respeitar as limitações também é um ato de misericórdia, mesmo quanto seja necessário aplicar a disciplina com o rigor correspondente ao ato praticado. Esta lei encontra equivalência na lei do Amor Próprio, que por sua vez encontra seu equilíbrio na lei da Criação.
24ª Lei da Potencialidade Pura
Entre em contato reservando um momento do dia para ficar em silêncio! Para apenas SER. Fique sozinho em meditação silenciosa pelo menos uma vez por dia. Reserve um período do dia para comungar com a natureza e observar em silêncio a inteligência que há em todas as coisas vivas. Pratique o não-julgamento. Comece o dia dizendo: Hoje não julgarei nada; não julgarei quem quer que seja; nem a mim mesmo.
25a Lei da Doação
Dê um presente em todo lugar que for, a todos que encontrar; esse presente pode ser um cumprimento, uma flor, uma oração/prece. Ofereça sempre alguma coisa às pessoas com quem fizer contato. Estará, assim desencadeando o processo de circulação de energia, alegria, riquezas e abundância na sua vida e na vida de outras pessoas. Agradeça as dádivas que a vida oferece. E esteja aberto para receber. Deseje em silêncio felicidade e muita alegria toda vez que encontrar alguém. .
26ª Lei do Carma
Observe as escolhas que vai fazer a todo momento. Toda vez que fizer uma escolha pergunte à si mesmo; quais serão as conseqüências? Trará felicidade e satisfação a mim e aos outros? Peça orientação ao seu coração. Se sentir conforto siga adiante com a escolha; se sentir desconforto observe. O coração é intuitivo e conhece a resposta certa.
27ª Lei do Mínimo Esforço
Pratique a aceitação dizendo: Hoje aceitarei pessoas, as situações, as circunstâncias e os fatos como eles se manifestarem. Não se volte contra o Universo lutando contra o momento presente. Aceitando as coisas como elas são assuma a responsabilidade pela sua situação. Desista da necessidade de defender seus pontos de vista e de convencer ou persuadir os outros. Permaneça aberto a todos os pontos de vista.
28ª Lei da Intenção
Faça uma lista de todos os seus desejos. Olhe para ela antes de entrar em silêncio e meditação; olhe antes de adormecer; olhe quando acordar. Libere a lista de seus desejos no ventre da criação; confie. Esteja consciente do momento presente.
29ª Lei do Desapego
Comprometa-se hoje com o distanciamento e o desapego. Não force soluções de problemas. Transforme as incertezas em um ingrediente essencial da própria experiência através da sabedoria da certeza e encontrará segurança. Experimente a aventura da vida com todo o mistério, diversão e magia.
30ª Lei do Propósito de Vida
Você deve nutrir com amor a divindade que habita em você; no fundo de sua alma. Preste atenção no espírito que anima seu corpo e sua mente. Faça uma lista de seus talentos únicos, depois outra lista das coisas que adora fazer; diga então: Quando eu expresso meus talentos e os ponho a serviço da humanidade perco a noção do tempo e crio abundância na minha vida e na vida de outras pessoas. Pergunte diariamente a si mesmo: Como posso servir? Como posso ajudar?"

Por Que Firmamos o Anjo da Guarda?



Comumente escutamos em atendimentos com guias que devemos manter a vela de nosso anjo de guarda acesa.

Esta atitude gerou diversas Dúvidas e colocações nem sempre verdadeiras a respeito do fato de se firmar anjo de guarda. E aí surgem as perguntas: Damos luz para nossos anjos de guarda?

Deus colocaria um espírito sem luz para tomar conta de nossas vidas?

Notamos aí sem duvidas em grande erro.  Quando firmamos uma vela para nosso anjo, não estamos dando-lhe luz, mas sim criando um campo de proteção a nossa volta ígneo, ou seja, a partir da chama da vela nosso anjo irradia uma energia ígnea para consumir campos negativos, afastar espíritos desequilibrados e iluminar nosso mental para podermos receber suas orientações através da intuição. Da mesma forma que não encontramos lógica em se firmar esta vela acima ou abaixo de nossa cabeça, pois de um momento que ela tenha sido devidamente consagrada aonde a mesma ficará firmada seja em cima de nossa cabeça ou abaixo da mesma não fará a menor diferença. Quando ofertamos a nosso anjo a água, também não estamos matando sede de ninguém, mas tão somente utilizando-se de um elemento aquático para purificação de nosso espírito. Esperamos que com esta pequena contribuição possamos mostrar um dos fundamentos dos rituais de Umbanda.

Por Géro Maita

Emmanuel, por Chico Xavier



Lembro-me de que, em 1931, numa de nossas reuniões habituais, vi a meu lado, pela primeira vez, o bondoso Espírito Emmanuel.
Eu psicografava, naquela época, as produções do primeiro livro mediúnico, recebido através de minhas humildes faculdades e experimentava os sintomas de grave moléstia dos olhos.
Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso, sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença, mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz. Às minhas perguntas naturais, respondeu, o bondoso guia: — “Descansa! Quando te sentires mais forte, pretendo colaborar igualmente na difusão da filosofia espiritualista. Tenho seguido sempre os teus passos e só hoje me vês, na tua existência de agora, mas os nossos espíritos se encontram unidos pelos laços mais santos da vida e o sentimento afetivo que me impele para o teu coração tem suas raízes na noite profunda dos séculos..."
Essa afirmativa foi para mim imenso consolo e, desde essa época, sinto constantemente a presença desse amigo invisível que, dirigindo as minhas atividades mediúnicas, está sempre ao nosso lado, em todas as horas difíceis, ajudando-nos a raciocinar melhor, no caminho da existência terrestre. A sua promessa de colaborar na difusão da consoladora Doutrina dos Espíritos tem sido cumprida integralmente. Desde 1933, Emmanuel tem produzido, por meu intermédio, as mais variadas páginas sobre os mais variados assuntos. Solicitado por confrades nossos para se pronunciar sobre esta ou aquela questão, noto-lhe sempre o mais alto grau de tolerância, afabilidade e doçura, tratando sempre todos os problemas com o máximo respeito pela liberdade e pelas ideias dos outros. Convidado a identificar-se, várias vezes, esquivou-se delicadamente, alegando razões particulares e respeitáveis, afirmando, porém, ter sido, na sua última passagem pelo planeta, padre católico, desencarnado no Brasil. Levando as suas dissertações ao passado longínquo, afirma ter vivido ao tempo de Jesus, quando então se chamou Públio Lêntulus. E de fato, Emmanuel, em todas as circunstâncias, tem dado a quantos o procuram o testemunho de grande experiência e de grande cultura.
Para mim, tem sido ele de incansável dedicação. Junto do Espírito bondoso daquela que foi minha mãe na Terra, sua assistência tem sido um apoio para o meu coração nas lutas penosas de cada dia.
Muitas vezes, quando me coloco em relação com as lembranças de minhas vidas passadas e quando sensações angustiosas me prendem o coração, sinto-lhe a palavra amiga e confortadora. Emmanuel leva-me, então, às eras mortas e explica-me os grandes e pequenos porquês das atribulações de cada instante. Recebo, invariavelmente, com a sua assistência, um conforto indescritível, e assim é que renovo minhas energias para a tarefa espinhosa da mediunidade, em que somos ainda tão incompreendidos.

Francisco Cândido Xavier - Pedro Leopoldo - Minas Gerais, 16 de Setembro de 1937

terça-feira, 4 de julho de 2017

A postura de um médium

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A importância do cambone no terreiro